Quem sou eu?
Sou passaro que voa sem asas,
sou homem que caminha sem bigode,
sou verso que ouço sem dizer, sou ferida
que fere sem corroer.

Sou eu que assopro ao relento,
que assovia o ar ja inspirado o
amor que veio e ficou num caminho
que eu jamais havia traçado.

Sou eu coroa sem espinhos,
verso sem poesia, sem rimas?
É abstrato ao crepusculo
simbolo de um imaturo.