Quem roubou nossa coragem?
Publicado em 23 de agosto de 2011 por Cléber Luís da Silva Chiaradia
Começo escrever essas mal traçadas linhas me valendo da frase usada por Renato Russo em uma de suas canções. Essa é a pergunta que não quer calar. Que não me deixa dormir em paz.
O motivo de remoer essa questão é um só: a sociedade perdeu a capacidade de indignar-se, o que por si só não basta, também se negam em fazer valer a tal democracia, que alguns teimam afirmar que existe nessa Terra de Santa Cruz!
Quando o assunto são as mazelas e falcatruas orquestradas por verdadeiras quadrilhas existentes em todas as esferas do poder, vem à tona aquela velha e malfadada frase, que me causa náuseas: rouba, mas faz! Ora, tem que fazer sim, mas, sem roubar. Já ganham para tal, e muito bem, diga-se de passagem.
Em todos os setores da sociedade cobra-se a ética como preceito básico para a existência: jornalista tem que ser exemplo de conduta ilibada ? e tem que ser mesmo-, padre, pastor, então, nem se fala. Médicos, advogados, professores, todos, sem exceção, são vigiados constantemente. Até jogador de futebol: as torcidas ficam de olho se estão fugindo da concentração, se estão "se acabando" nas baladas... E o político, ah, esse pode fazer o que quer, com o nosso dinheiro.
Muito se deve essa conduta ao medo de retaliações, já que verdadeiros coronéis, que nada mais são que misturas de Kadhafis, Hitlers e Mussolinis, de uma forma mais contida, claro, ainda ocupam cadeiras e tem o poder nas mãos. Verdadeiros holocaustos morais acontecem diariamente, não só em Brasília, por conta do descontentamento destes com aqueles, tidos como loucos, que teimam em querer a verdade. E como não poderia ser diferente, ainda existem os bobos da corte, que se organizam para defender o poderoso chefão.
Eu, por exemplo, não sou nenhum herói, estou bem longe disso, mas, ainda sendo chamado de maluco, mesmo vendo a sociedade inerte, estática, não consigo ficar sem me exaltar ao ver tanta "lambrecagem" feita por aí.
E você, caro leitor, também deve se mexer, pois, as mais importantes conquistas populares foram obtidas através da ousadia, da coragem dos personagens históricos da época. O primeiro passo para mudar uma realidade é indignar-se com ela.
Depois, temos que ir à luta, mostrar que não compactuamos com tais feitos, e claro, na hora do voto, "botar pra correr" aqueles que não honraram a confiança depositada.
Já dizia o grego Tucídedes que "o mal não deve ser imputado apenas àqueles que o praticam, mas também àqueles que poderiam tê-lo evitado e não o fizeram", nesse caso, nós, eleitores. Ou seja, colocar a culpa nos políticos no bate-papo entre amigos, dizer que nenhum presta, e ficar por isso mesmo, já "não cola". Ou faz-se alguma coisa, ou o país "irá à falência".
Com a arrecadação que possuímos, as escolas deveriam ser "de primeiro mundo". A saúde deveria estar impecável, as estradas, um tapete, e sem pedágio. A realidade é completamente diferente, e você, nobre leitor, sabe muito bem o motivo.
Sei que muitos balançaram a cabeça enquanto liam; concordaram com as afirmações, mas, ao terminar esse texto, voltarão à sua rotina, ouvirão inúmeras denúncias de corrupção nos noticiários e se afundarão em seus afazeres, deixando os "ratos" à vontade. Precisamos descobrir logo: Quem roubou nossa coragem? Quem roubou nossa indignação? E claro, precisamos recuperá-las, antes que seja tarde demais!
O motivo de remoer essa questão é um só: a sociedade perdeu a capacidade de indignar-se, o que por si só não basta, também se negam em fazer valer a tal democracia, que alguns teimam afirmar que existe nessa Terra de Santa Cruz!
Quando o assunto são as mazelas e falcatruas orquestradas por verdadeiras quadrilhas existentes em todas as esferas do poder, vem à tona aquela velha e malfadada frase, que me causa náuseas: rouba, mas faz! Ora, tem que fazer sim, mas, sem roubar. Já ganham para tal, e muito bem, diga-se de passagem.
Em todos os setores da sociedade cobra-se a ética como preceito básico para a existência: jornalista tem que ser exemplo de conduta ilibada ? e tem que ser mesmo-, padre, pastor, então, nem se fala. Médicos, advogados, professores, todos, sem exceção, são vigiados constantemente. Até jogador de futebol: as torcidas ficam de olho se estão fugindo da concentração, se estão "se acabando" nas baladas... E o político, ah, esse pode fazer o que quer, com o nosso dinheiro.
Muito se deve essa conduta ao medo de retaliações, já que verdadeiros coronéis, que nada mais são que misturas de Kadhafis, Hitlers e Mussolinis, de uma forma mais contida, claro, ainda ocupam cadeiras e tem o poder nas mãos. Verdadeiros holocaustos morais acontecem diariamente, não só em Brasília, por conta do descontentamento destes com aqueles, tidos como loucos, que teimam em querer a verdade. E como não poderia ser diferente, ainda existem os bobos da corte, que se organizam para defender o poderoso chefão.
Eu, por exemplo, não sou nenhum herói, estou bem longe disso, mas, ainda sendo chamado de maluco, mesmo vendo a sociedade inerte, estática, não consigo ficar sem me exaltar ao ver tanta "lambrecagem" feita por aí.
E você, caro leitor, também deve se mexer, pois, as mais importantes conquistas populares foram obtidas através da ousadia, da coragem dos personagens históricos da época. O primeiro passo para mudar uma realidade é indignar-se com ela.
Depois, temos que ir à luta, mostrar que não compactuamos com tais feitos, e claro, na hora do voto, "botar pra correr" aqueles que não honraram a confiança depositada.
Já dizia o grego Tucídedes que "o mal não deve ser imputado apenas àqueles que o praticam, mas também àqueles que poderiam tê-lo evitado e não o fizeram", nesse caso, nós, eleitores. Ou seja, colocar a culpa nos políticos no bate-papo entre amigos, dizer que nenhum presta, e ficar por isso mesmo, já "não cola". Ou faz-se alguma coisa, ou o país "irá à falência".
Com a arrecadação que possuímos, as escolas deveriam ser "de primeiro mundo". A saúde deveria estar impecável, as estradas, um tapete, e sem pedágio. A realidade é completamente diferente, e você, nobre leitor, sabe muito bem o motivo.
Sei que muitos balançaram a cabeça enquanto liam; concordaram com as afirmações, mas, ao terminar esse texto, voltarão à sua rotina, ouvirão inúmeras denúncias de corrupção nos noticiários e se afundarão em seus afazeres, deixando os "ratos" à vontade. Precisamos descobrir logo: Quem roubou nossa coragem? Quem roubou nossa indignação? E claro, precisamos recuperá-las, antes que seja tarde demais!