Quem foi Voltaire.

1694-1778.

Famoso pensador iluminista, crítico literário, defensor da liberdade de expressão, não diria um grande filósofo, mas deixou sua contribuição a Filosofia.

 Irônico  tinha grande estilo de retórica, detestava o clero, entendia a Igreja como uma Instituição do atraso, um empecilho à construção do mundo moderno.

Era possivelmente ateu, lutou durante a sua vida pela tolerância religiosa, era contrário aos dogmas da Igreja católica. Do ponto de vista da política nunca foi um democrata, até porque no seu tempo histórico, não existia mediação no mundo cultural para tal proposição.

Nunca foi inteiramente favorável ao Antigo Regime, desconfiava do poder aristocrático, mas defendia por outro lado, uma monarquia que respeitasse as liberdades do individuo.

 Que o governo fosse exercido por uma forma de poder esclarecido, mas não pelo parlamento e sim por um soberano que sempre valorizasse as luzes, as bases filosóficas culturais era o sustentáculo de uma monarquia não absolutista.  

Ficou muito famoso, pelo seu posicionamento diante de uma Filosofia que fundamentava os preceitos da defesa da liberdade do pensamento, formou uma ideologia profunda do respeito por tudo àquilo que fosse diferente a respeito das ideias do direito do homem no desenvolvimento da sua própria compreensão de mundo.

 Autor da famosa frase, dizia Voltaire, posso não concordar com nada, com nenhuma das formulações desenvolvida por qualquer pessoa, mas defenderei o direito dessa pessoa em expressar suas contradições.

 O mundo precisa da liberdade, ninguém poderá proibir a manifestação do entendimento do outro, formulado a respeito do entendimento do mundo, as diferenças das compreensões culturais, são prioridades na defesa do poder.  

Ele escreveu diversas obras filosóficas como também literárias, nas quais desenvolveu sua reflexão substancial em defesa da liberdade de expressão, entendia a tolerância humana como uma ação notável, cujo efeito, formidável era  a virtude.

O homem sábio era aquele que sabia respeitar as diferenças, apesar do seu posicionamento contra a Igreja, particularmente o clero mais conservador, setores significativos da mesma, sempre gostou de dialogar com Voltaire, dado a sua oratória e inteligência.

Produto de um tempo histórico, ele nunca teve com clareza a formulação de como seria o Estado moderno, não conseguiu entender que a verdadeira mudança do seu tempo histórico, passava pelo desenvolvimento da sociedade econômica e consequentemente política, no sentido epistemológico da criação do Estado moderno, com características liberais.

Edjar Dias de Vasconcelos.