Quem foi Diógenes de Sínope.

400-325 a. C.

Homem muito simples.

 De comportamento atípico.

 Foi contemporâneo de Aristóteles, era apaixonado por Filosofia.

Aristóteles como Platão, não o considerava como filósofo e detestava o seu modo de ser. Sua irreverência entendia como um provocar social e com pouco domínio do conhecimento filosófico.  

De caráter carismático e misterioso, serviu o seu pensamento filosófico, como base para a construção da filosófica dos denominados filósofos sínicos.

Arredio ao poder, não gosta de relacionamento, fundamentado na relação de estatus quo, sempre fora indiferente ao poder, nem mesma a sabedoria de Aristóteles ou Platão lhe entusiasmava qualquer aproximação.

Um andarilho estava disposto à reflexão, mas não tanto a fala, aquilo que era comum à linguagem como apresentação do que pensava.

Era completamente ateu, encontrava na ideia de Deus a ilusão de pessoas absolutamente perdidas, discriminava a metafísica como reflexão insignificante, do mesmo modo não tinha pretensões ao saber oficial dos filósofos.

 Defendia  a seguinte ideia, a felicidade só é possível se homem souber escolher um caminho simples para dedicar os próprios passos, a vida não merece nenhum tipo de sofisticação.

 A vaidade é um grande mal e pessoa torna se demasiadamente pequena, se  ela mesma   fizer de tudo para ser grande, o único significativo segredo da vida, é que para ela mesma não existe nenhum segredo significativo.

Para ser feliz tem que viver segundo as regras da natureza, aquilo que for das leis da natureza não se devem contrariar seus fundamentos.

 Não se pode negar aquilo que se tem por princípio a verdade, o que não vai modificar em nada a natureza das coisas.    

Viver segundo as leis da natureza para Diógenes, é viverem segundos as exigências básicas do corpo, fazendo uso de mecanismos muito simples, esse é o caminho obvio para ser feliz, o único objetivo da vida.

Ele sobrevivia pedindo esmola ensinava algumas pessoas, mas recusava receber pelos seus ensinamentos, tinha talvez apenas a roupa do corpo, dormia em casas do fundo, e muitas vezes pessoas ricas que lhe acomodava julgava louco, ajudava, mas sequer queria ouvir da parte dele qualquer ensinamento filosófico.

Era muito provocador, com isso também contestado, chegou algumas vezes masturbar em publico, apenas com o propósito, de mostrar a sociedade como era simples resolver certas coisas necessárias à vida instintual.

Para ele o domínio para ser feliz era  necessário o caminho da liberdade, requer a prática do treinamento, a questão da autodisciplina, diante das adversidades, o mundo por mais simples que seja até mesmo a simplicidade é muito complexa, é necessário saber lidar com o diverso.

Sua filosofia da indiferença era fundamental não ser apegado a nenhuma forma de propriedade, não poderia  ter valor social, tudo isso com a finalidade de evitar vínculos psicológicos,  e alteração da emocionalidade, as coisas temporárias sem significação para vida real.

Contudo é necessário libertar da sociedade, porque a mesma é produtora dos males, todos eles são sociais, com efeito, a sociedade precisa ser atacada, de certa forma destruída, para que o homem possa viver a sua própria liberdade.

As pessoas para serem livres precisam desprender da sociedade, fundamental oferecer a uma situação ridícula para criar as condições emocionais da libertação, não serem prendidos as ideologias comuns dos saberes antropológicos.

Diógenes desenvolveu uma filosofia muito radical, exigente de acordo com seus pontos de vista, achava que apenas ele era o dono da verdade, e que o modo de ser de outras pessoas, era tão somente alienação, o mundo precisava desenvolver o espírito crítico, ser livre dele mesmo, por meio de uma revolução cultural do desapego.

Apesar de toda essa agressividade a filosofia de Diógenes tem sua herança formulativa nos ensinamentos orientais, particularmente nas escolas do budismo e do taoismo.

Refiro  especificamente, sobretudo, quanto ao seu estilo de vida, certo desleixo pelo mundo, o insignificado da vida humana, uma desilusão a existência do homem. Tudo isso aqui  certa perda de tempo, o futuro do homem em relação a vida, seria tão somente uma tragédia.

No entanto, muitos críticos ataca a filosofia de Diógenes, como se a indulgencia fosse um valor em si para ele mesmo,  um homem que vivia da generosidade de outros, que recusava  qualquer forma de trabalho, a não ser exatamente a tarefa do pensamento, refletir era exatamente sua função.

Se todos fossem seguir o seu exemplo contrariamente ao mundo do trabalho a sociedade entraria em colapso, ficando inviável para todos inclusive para o senhor Diógenes, então sua filosofia pode ser considerada elitista, aliás, nenhuma filosofia poderá de certo modo não ser elitista.

Essa crítica tão pouco sequer perturbou os cínicos, deve  observar  o termo, cujo significado não se pode classificar como desejavam entende-lo algumas culturas.

  Uma concepção modernamente hoje atribuída, cuja natureza ressurge da crítica que se fazia a uma filosofia tradicional em ataque Aristocracia.  

A popularidade dos cínicos coincidiu com tempo de muita turbulência e até mesmo mudança de classes social no poder da cidade estado.

 Suas ideias defendiam certa relativização de tudo, inclusive do saber.  Não valorizava nem mesmo os bens culturais, mas tudo que deveria ser considerado era tão somente a felicidade, o grande motivo para existência humana.

Viver para ser feliz esse era o grande ensinamento o qual deveria ser dito a sociedade, e foi nesse contexto que surgiu e desenvolveu  a filosofia de Diógenes.   

Edjar Dias de Vasconcelos.