Os países ricos estão entrando na batalha contra o coronavírus, para imunizar seus efeitos sobre a economia global, uma vez a epidemia se espalha no mundo, alerta a OMS sobre a escassez de equipamentos da proteção.

O vírus já infectou mais de 92.000 pessoas em todo o mundo, matando cerca de 3.200 pessoas.

Em tentar limitar as repercussões econômicas do novo coronavírus, que atrapalha a vida cotidiana das pessoas em muitos países, o banco central dos EUA (Fed), o mais poderoso do mundo sofreu um grande golpe, terça-feira passada, baixando urgentemente suas taxas de dívidas e interesses.

Essa queda surpresa, sem precedentes dessa forma desde a crise financeira de 2008, se não houve intervenção poderá prejudicar o desenvolvimento da economia internacional e do comércio em geral, segundo o presidente da instituição Jerome Powell.

Até agora, a maior economia do mundo foi relativamente poupada da epidemia. Mas os previsionistas temem que os Estados Unidos, por sua vez, estejam por sua vez afetados e entrem em recessão, arrastando toda a economia internacional no sentido de uma crise humanitária.

Lembrando que mais de cem casos foram registrados nos Estados Unidos, incluindo nove mortes somente no estado de Washington (noroeste).

Pouco antes do anúncio do Fed, os países do G7, as economias mais ricas do mundo, enviaram um sinal positivo, informando estar prontos para agir, inclusive para tomar medidas orçamentárias para apoiar a economia internacional.

Na quarta-feira passada, os mercados asiáticos reagiram de várias maneiras a esses anúncios: as bolsas chinesas abriram em baixa, Xangai rendeu 0,16% e Hong Kong postando -0,12%. Por seu lado, a Bolsa de Tóquio hesita a reagir bem.
A China, onde o vírus apareceu pela primeira vez no mês do dezembro, registrou mais de 38 mortes somente nesta última quarta-feira.

O número nacional de mortos passou a 2.981 mortos, segundo a Comissão Nacional de Saúde, com mais de 80.200 pessoas infectadas no total, cujas 50.000 recuperadas.

As autoridades sanitárias informam sobre o número de novos casos afectados que cai pelo terceiro dia consecutivo. Apenas 115 novos casos foram signalados na província central de Hubei, epicentro da epidemia, cujos 56 milhões de pessoas foram colocadas em quarentena e apenas quatro em outras partes do país.

As regras drásticas do confinamento parecem dar frutos. A China se preocupa com as novas contaminações dos indivíduos rastreados, quando retornam do exterior.

Os viajantes que chegam a Pequim dos países mais afetados pelo vírus - incluindo a Coréia do Sul, a Itália, o Irã e o Japão – se encontram no estado da quarentena, mantidas 14 dias. Outras cidades, como Xangai, pretendem adotar  medidas urgentes.

Pelo menos 13 casos de contaminação dos chineses que voltaram do exterior foram identificados nos últimos dias, oito voltaram da Itália, terça-feira passada, para a província de Zhejiang, no leste. 

A Itália é o país europeu, o que é mais afetado pelo coronavírus.

Em outras partes do mundo, o vírus continua a se espalhar.

A Coréia do Sul listou 142 novos casos de coronavírus, elevando o número de mortos para 5.328. Quatro novas mortes foram anunciadas. Este país, o mais afetado pela epidemia depois da China, contou com 32 mortos.

Por fim, a Ucrânia, o Marrocos, Tunisia, Argélia, a Argentina, o Chile e a Letônia se juntaram às fileiras dos países afetados. A Espanha relatou sua primeira morte.
Para o Irã, o país onde a epidemia já matou 77 pessoas e infectou mais de 2.300, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre a falta de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde. Essas faltas de equipamentos medicais podem comprometer os esforços para conter a epidemia, no mundo.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus alertou sobre os estoques de equipamentos de proteção individual contra a doença, conjugar os esforços para palhar as falhas e assegurar o mundo. 

A capacidade dos países responder a estas  epidemias  de forma que o mundo ultrapassa esta fase da história, estabelecendo canais com os principais países afetados pelo vírus na Europa, na América, na  Asia ou na Africa.

Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador universitário, Rabat- Marrocos