Gean Karla Dias Pimentel

Graciele Castro Silva

Renata Rodrigues de Arruda

 

Este texto, tem como objetivo mostrar que o brinquedo faz parte do convívio da  criança, pois, quanto mais a criança convive com brinquedos mais estímulos ela terá para o desencadeamento dos aspectos afetivo, cognitivo, psicomotor e social. Neste sentindo, essa  ação desenvolvida pela criança ao contextualizar ou manipular qualquer tipo de brinquedo, proporciona desenvolver a linguagem oral e cognitiva de forma individualizada, pois, o brinquedo é algo particular da criança, cada uma tem seu próprio entendimento e significado para os mesmos. Citaremos um exemplo: um cabo de vassoura pode ser um cavalo para uma criança, enquanto para os outros pode ser uma espada. Uma simples garrafa, pode ser vista como boneca, carrinho entre outros.

A ação numa situação imaginaria ensina a criança a dirigir seu comportamento não somente pela percepção imediata dos objetos ou pela situação que afeta de imediata, mas também pelo significado dessa situação. (MARTINI,2010).

Essa habilidade de nomear ou conceituar o objeto torna-se processo de desenvolvimento e estimulo oralidade. “O brinquedo faz parte da criança. Ele simboliza-se a relação pensamento-ação e sob esse ponto constitui provavelmente a matriz de toda atividade linguística ao tornar possível o uso da fala, do pensamento e da imaginação. (ALMEIDA, 1987, citado por MARTINI,2010 p.27).

Já para Kishimoto (2004) explica a respeito da dimensão das habilidades e competências que a criança adquire em relação aos brinquedos e brincadeiras. “o brinquedo entendido como objeto, suporte da brincadeira, supõe relação intima com a criança. {...} o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagem.

De acordo com os autores essa ação ensina a criança a ter percepção de si e do outro, e também auxilia no processo da fala e da imaginação.

Observamos que o brinquedo é resultado de uma ação na qual coloca a criança na presença de objetos, existentes no seu cotidiano, “pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo e dar a criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los (SANTOS,2004 p.24).

Neste sentindo, Martini 2010 p.26, complementa

 

“É no brinquedo que a criança aprende agir numa esfera cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas” {..} (VYSCOTSKY,1984, p.106

 

 

Quanto mais a criança convive com brinquedos mais estímulos ela terá para o desencadeamento dos aspectos afetivo, cognitivo, psicomotor e social. Através dos brinquedos a criança tem maiores probabilidades de ampliar suas capacidades de linguagem oral, pensar levando-os a diferentes espaços imaginários, que tronam em atitudes fundamentais para o seu desenvolvimento e aprendizagem.

No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Os brinquedos contêm todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensado, sendo ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento. (VYGOSTKY,1984, p.117, apud MARTINI,2010 p.27)

 

Fica comprovado que o brinquedo pode ser representado como um manual que instrui a criança buscar conhecimentos que sirvam de apoio no processo da construção de conhecimentos no seu cotidiano. Observamos que ao brincar quer seja com bonecas, ou bolas. A criança exercita uma relação de busca para aquilo que possa satisfazer seu ego, pois através da brincadeira a criança começa a sentir necessidade de integração com o meio observando o agir dos membros de sua família e de mais pessoas que convivem.

A brincadeira proporcionara condições para o desenvolvimento integral e a socialização já o brinquedo será a ferramenta utilizada como o suporte para essas brincadeiras. Vale ressaltar que o ato de brincar deve ocorrer de forma prazerosa para que a criança consiga desenvolver fisicamente e emocionalmente.

 

Considerações finais

 

O papel do professor nas brincadeiras é essencial, pois, é através desta que a criança estabelece os seus próprios limites e papeis sociais, imita a realidade para compreendê-la, constrói a sua identidade, exerce liderança, desenvolve espirito de solidariedade e cooperação, ajuda mútua e aceitação. Neste sentindo cabe ao professor organizar, selecionar, estabelecer prioridades e estímulos para as crianças.

 

 

Referências Bibliográficas

KISHIMOTO, Tisuko Morchida. Brinquedo e Brincadeira – usos e significações dentro de contextos culturais. In: SANTOS. Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. 7ª Edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. ________. (org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 7ª edição. São Paulo, SP: Cortez, 2003. ________. Jogos Infantis – O jogo, a criança e a educação. 12ª edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

MARTINI, Lucia Eugenia Pittas:Na escola, brincando a gente também aprende. Dissertação de mestrado. Campo Grande:VCDB,2010