Qual será a próxima onda?
Publicado em 23 de fevereiro de 2011 por Dinheiro Etc
As últimas décadas foram marcadas por transformações impressionantes no mundo dos negócios. Entre as grandes corporações de hoje, muitas não se destacavam, outras nem existiam 10 anos atrás.
E não foi apenas uma alternância de empresas. Novos mercados foram criados, outros transformados levados pelas ondas da Internet.
A internet era um novo serviço extremamente prático para comunicação. O e-mail surgiu como um dos primeiros grandes atrativos da conectividade. A troca de mensagens escritas, mais rastreáveis, precisas e impessoais que um telefonema, e ao mesmo tempo muito mais práticas que o envio de cartas era simplesmente muito atrativo. A conveniência de se usar um site para a troca de e-mails levou à expansão dos webmails (google, yahoo, hotmail, etc).
A facilidade de se divulgar informações levou à criação de grandes portais de conteúdo que focalizavam o tráfego da internet em seus primeiros momentos.
Havia alguns sites de buscas competindo pelo mercado, e uma pesquisa bem feita precisava incluir muitos deles. Isso tanto era verdade que alguns sites fizeram muito sucesso por integrar buscas em diversos sites e apresentar o resultado em uma só página.
Mas a abundância de informação começou a tornar o serviço de buscas cada vez mais crítico e seletivo, levando a consagração do Google pela sua inovação em velocidade e relevância de resultados.
Neste ponto, um número cada vez maior de pessoas passa a ter acesso, e acesso cada vez mais rápido. Um grande mercado consumidor conectado se formava, turbinando o comércio online. Surge então a oportunidade para sites de trocas, leilões e vendas online, como o eBay e o Mercado Livre.
Mas a Internet passava a ser tão fundamental, tão importante para a vida das pessoas que não havia por que dissociá-la dos mercados não virtuais. Fez então a grande oportunidade para sites de comparação de preços.
A Internet passou cada vez mais a fazer parte da vida das pessoas, e principalmente de como elas se comunicavam. E-mails não eram mais suficientemente eficientes. Ferramentas de chat (conhecidos como IM - Interactive Messengers) como ICQ, Live Messenger e Google Talk foram desenvolvidas fazendo muito sucesso.
Armazenamento e velocidade de conexão crescentes e preços caindo. Câmeras digitais melhores e mais acessíveis. Celulares que filmam. Ambiente perfeito para uma grande plataforma de publicação de vídeos domésticos na Internet: Youtube.
Com a crescente familiarização dos usuários com a Internet, e a universalização do acesso levou a Web a um nível de complexidade social maior. Formas mais elaboradas de interação se faziam necessárias, dando espaço para o enorme desenvolvimento das redes sociais e da web 2.0, como twitter e facebook.
Os sites de redes sociais são excelentes plataformas de interação, mas são limitantes em seu formato. Todos os usuários usam o mesmo conjunto padrão de ferramentas, e nem sempre possuem a liberdade de se expressar, compartilhar, divulgar, promover discussões da forma como bem entendem. Além disso, a própria página em uma rede social sempre dá aquela sensação de sermos apenas mais um entre muitos. Ocorre então um crescimento acentuado dos blogs, e das empresas que hospedam ou produzem plataformas para blogs.
Mas ter isso tudo apenas diante do pc era pouco. Celulares se desenvolveram incrivelmente e agora uma grande parte da população anda pelas ruas com verdadeiros computadores de bolso. Um mercado enorme para novos aplicativos, acessórios, serviços e propaganda.
Quando a Internet parecia para alguns esgotada em termos de funcionalidade, surge um novo grande fenômeno: a combinação do poder de aglutinação de interesses da Internet com o poder de barganha de compras em grande volume e com o apelo comercial de uma grande propaganda levaram à explosão de sites de compras coletivas. Esta explosão foi tão grande e são tantas opções de sites e produtos que uma nova categoria de sites tem crescido muito: busca de ofertas de compras coletivas.
E a TV? A TV ainda é muito tradicional para a maior parte da população. Mesmo a TV paga ainda possui poucos recursos se comparada à riqueza de interatividade da Internet. A próxima onda, já começada mas ainda não estourada é a fusão dos meios de comunicação, a fusão da internet com a televisão. (Ler mais...).
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