Deus, para cumprir o Seu plano, criou o homem, como um vaso (Rm 9:21-24), que é constituído por três partes: corpo, alma e espírito (1 Ts 5:23). O corpo contata e recebe o que pertence à esfera física. A alma, a faculdade mental, contata e recebe tudo o que diz respeito à esfera psicológica. E o espírito humano, a parte mais profunda do homem, foi feito para contatar e receber o próprio Deus (Jo 4:24).

 O maior mistério da vida está na alma, na mente humana.

 Para elevar o padrão dessa vida é necessário que o homem aprenda a explorar a si mesmo, o seu próprio mundo intrapsiquico. Aprender a se interiorizar; a criar raízes mais profundas dentro de si mesmo; a explorar a historia intrapsiquica arquivada na memória; a questionar os paradigmas socioculturais; a trabalhar com maturidade as dores. Perdas e frustrações psicossociais; aprender a desenvolver consciência critica, a conhecer os processos básicos que constroem os pensamentos e que constituem a consciência existencial.

 

O homem que não se interioriza dança a valsa da vida engessado intelectualmente.

Quem sai do discurso intelectual superficial e procura velejar para dentro de si, e vive a aventura impar de explorar sua própria mente, nunca mais será o mesmo. Quem não duvida e critica a si mesmo nunca posiciona como aprendiz diante da vida e, consequentemente, nunca explora com profundidade seu próprio mundo intrapsiquico.

 

 

Por que não podemos desistir de nossos sonhos e quais são os dois tipos básicos de sonhos?

 

Os sonhos nos instigam a criar, nos motivam a arriscar, nos animam a superar dificuldades. O sonho que surge quando se tem um filho, quando se ama alguém, quando se tem esperança de voltar a ter saúde, quando se tem uma fé e se acredita em um ser superior. Precisamos ir atrás de nossos mais lindos sonhos sejam eles: materiais, afetivos, espirituais ou intelectuais. Como disse Augusto Cury: “Não se esqueça que você vai falhar 100% das vezes que não tentar, vai perder 100% das vezes que não procurar, vai estacionar 100% das vezes que não ousar caminhar.” Vamos sonhar de forma genuína, sem colecionar derrotas em nossas vidas.

Sem sonhos, as pedras do caminho se tornam montanhas, os pequenos problemas ficam insuperáveis, as perdas são insuportáveis, as decepções se transformam em golpes fatais e os desafios se transformam em fonte de medo. Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história, renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos de raro valor. Os sonhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades.

 

Há dois tipos de sonhos: Primeiro, os sonhos produzidos quando mergulhamos no sono.
Segundo, os sonhos que produzimos quando estamos acordados, vivendo as batalhas da existência, sentindo a vida que pulsa em nosso dia-a-dia.

 

Os que transformaram seus sonhos em realidade aprenderam a ser líderes de si mesmos para depois liderar o mundo que os cerca.

 

 

O que é ser um líder ideal, qual a grande primeira lição e os ambientes de liderança?

 

O primeiro elemento que é preciso levar em consideração é que o desempenho das atividades do líder depende do compartilhamento dos resultados com as pessoas que fazem parte de sua equipe de trabalho. É preciso um envolvimento com a equipe, no sentido de impulsionar os esforços em uma mesma direção, fazendo com que todos possam atingir um mesmo objetivo.

O mundo vive a era da informação e do conhecimento. Portanto, o foco principal para a obtenção dos resultados organizacionais não é mais a tecnologia, mas sim as pessoas. O foco principal da liderança está em respeitar as pessoas, estimular o autogerenciamento, as equipes autônomas e as unidades empreendedoras. Os líderes pensam mais a longo prazo, percebem as inter-relações que fazem parte de realidades mais amplas, pensam em termos de renovação, têm habilidades políticas, provocam mudanças, afirmam valores e conseguem unidades. O líder deve ser antes de tudo um Gestor de Pessoas.

Cada pessoa é um ser humano único, sistêmico, com personalidade, características, habilidades, atitudes e conhecimentos diferentes uns dos outros.

O líder deve observar freqüentemente o comportamento pessoal e profissional de seus colaboradores, buscando identificar os pontos fortes e os pontos fracos de cada indivíduo, direcionando para a busca de melhorias contínuas, tanto no aspecto técnico quanto no comportamental. Precisa ajudar as pessoas a encararem a realidade e mobilizá-las para que façam mudanças, para que superem hoje o que fizeram ontem e para que despertem para novos desafios a cada dia.

 

A segurança pessoal e profissional vem do conhecimento daquilo sobre o que cada um tem maior interesse e aptidão, cabendo ao líder direcionar o indivíduo à realização de atividades que lhe tragam satisfação e que possam atingir seus objetivos.

 

O bom líder deve:

 

Ouvir e ensinar - a atenção e percepção sobre as necessidades das pessoas são fatores fundamentais para o lider. Muitos problemas podem ser identificados por quem escuta com atenção.

Além de estar atento ao conjunto de palavras, é necessário perceber os pedidos de ajuda, explícitos ou não. Portanto, o lider deve ouvir com interesse a verdade do colaborador, especialmente quando esta opinião for diferente da sua. O lider deve estar aberto para transmitir seus conhecimentos sem ter medo da sombra, ou seja, sem temer que seus ensinamentos possam ser uma ameaça para si próprio. Assim, deve buscar constantemente o seu desenvolvimento, agregando cada vez mais conhecimentos, para estar atualizado e poder repassar essas informações aos demais.

 

O líder deve saber compartilhar responsabilidades - deve assumir a responsabilidade de analisar, juntamente com o colaborador, as situações inesperadas, e então redirecionar os planos de ação sempre que for preciso. A responsabilidade pela obtenção dos resultados nos projetos efetuados pelas pessoas deve ser calcada no compromisso mútuo. O comprometimento com as realizações deve ser compartilhado entre o lider e o indivíduo, uma vez que é imprescindível uma condução adequada nos projetos, bem como uma definição clara daquilo que é possível fazer.

 

O líder deve orientar as pessoas - analisar, juntamente com as pessoas, as situações que interferem na condução dos projetos e redireciona os planos de ação sempre que necessário. O direcionamento das estratégias para a obtenção dos objetivos estabelecidos faz com que o lider oriente para o melhor caminho a seguir, tanto com relação ao desenvolvimento técnico necessário para o desempenho das atividades, quanto com relação ao comportamento eficaz para atender às necessidades do projeto. Nesse caso, terá que desenvolver algumas habilidades próprias para levar adiante os objetivos pretendidos, como determinação, paciência e persuasão.

As pessoas, quando passam por um processo de mudança, naturalmente tendem a resistir a um novo paradigma, por inúmeros motivos. O principal deles é o desconhecido, que afeta a rotina já estabelecida, e o aprendizado de coisas novas, que poderá interferir em sua zona de conforto e na acomodação a uma situação já conhecida. Por isso o líder precisa ter argumentações persuasivas que direcionem para a aceitação de novos paradigmas, diminuindo resistências e conduzindo esforços para que um novo modelo possa ser desenvolvido e implementado, de acordo com os objetivos traçados.

 

O líder deve saber reter talentos - o maior desafio das organizações é gerir seu capital intelectual, criando condições para o seu constante desenvolvimento. O lider pode ajudar as pessoas na obtenção de novos conhecimentos, no desenvolvimento de novas habilidades e na busca do aprendizado constante. Assim, surgem os talentos que precisam ser mantidos na empresa para contribuir para as novas formas de trabalho e promover resultados competitivos no mercado.

O lider pode estimular a trajetória do profissional, reforçando positivamente os comportamentos desejados e estimulando cada vez mais a busca da aplicabilidade de seus conhecimentos.

O trabalho do líder envolve mais do que determinação. É preciso ter visão, comprometimento, comunicação, integridade, realidade e intuição. O líder é antes de tudo um visionário, pois se permite prospectar o futuro e se compromete a realizá-lo. O comprometimento gera responsabilidade, poder e confiança, fazendo com que as metas estabelecidas possam ser atingidas.

 

Outro fator importante na liderança é a comunicação, que significa manter as pessoas informadas, dando e recebendo feedback adequados, explicando decisões e políticas com franqueza e transparência. O líder tem um papel preponderante no papel de comunicador, devendo expressar de forma clara as crenças e os valores do ambiente em que atua. É preciso que transmita uma direção firme, envolvendo a todos numa causa única e criando um clima de confiança que permita a troca de feedback, promovendo um clima de cooperação em que a crítica é encarada como uma forma de crescimento interpessoal. A boa comunicação transmite mensagens claras, que concorrem para que as pessoas trabalhem produtivamente e de forma harmoniosa, sem incompreensões e interpretações equivocadas. Por isso, é preciso que o líder saiba lidar com situações em que é necessário o levantamento de informações adequadas e fidedignas para que possa tomar decisões acertadas.

A comunicação interpessoal depende da atuação direta das pessoas com as pessoas. Por isso os líderes precisam fomentar a volta dos colaboradores satisfeitos, inspirando ao pessoal confiança, respeito e espírito de equipe, sendo receptivos e levando adiante as melhores idéias, promovendo maior comprometimento e alcance dos objetivos.

Para ser um líder, é necessário desenvolver atitudes e habilidades que auxiliem na condução de um grupo de pessoas, buscando tomar decisões e ações acertadas, tendo em mente objetivos orientados para resultados. Para

tanto, uma inteligência privilegiada não basta. É necessária a combinação com outras qualidades pessoais, como espírito democrático, entusiasmo pelo trabalho em equipe, habilidade em inspirar confiança, competência técnica, habilidade de delegação, controle emocional, autenticidade, compreensão da natureza humana, respeito pelo ser humano, habilidade em propor e estimular idéias, habilidade em ensinar e despertar melhores talentos.

 

Contudo a primeira grande lição de um líder é aprender a ser humilde. Os líderes mais humildes respeitam as pessoas que com eles trabalham. Todos merecem respeito por parte do líder e é por isso que os líderes humildes tendem a conhecer melhor os seus colaboradores, a desenvolverem relações mais genuínas, mais francas e abertas. O líder deve ser um servo, deve ir de encontro às necessidades dos liderados. A humildade é importante para o líder porque as pessoas seguem mais entusiasticamente aquele cuja motivação não é servir-se a si mesmo. Se todos os outros fatores forem iguais, o líder humilde está mais perto de alcançar seus objetivos. Porque seu objetivo é beneficiar a todo o grupo, e não o seu engrandecimento pessoal. A alegria do líder humilde provém de ver o grupo caminhar no sentido de atender às reais necessidades do grupo. A liderança que não possui essa qualidade, essa expressão de amor, inevitavelmente perde a credibilidade. O bom líder sabe ser humilde e gosta de pessoas.

Os que transformaram seus sonhos em realidade aprenderam a ser líderes de si mesmos para depois liderar o mundo que os cerca.