Data: 29.09.98, horário: 19:45 horas, “o último encontro do grupo antes das eleições”:

Era terça-feira, cheguei no Restaurante Candeias e me dirigi diretamente para uma conversa com “Geraldo” que como sempre se encontrava atrás do caixa. Como não poderia deixar de ser, começamos a falar sobre política e ele comentou que um vereador do PMDB de São José teria dito que o candidato Gervásio Silva não estava em boas condições, faria mais ou menos vinte poucos mil votos, sendo que a expectativa inicial era de quarenta e cinco mil. Segundo Gerando o candidato a deputado federal estaria muito dinheiro na sua campanha, só com o Diário Catarinense onde saiu a sua foto na capa teria despendido... por dia, o que totalizaria cinquenta mil reais no mês. Aproveitei para dizer que os policiais civis não possuíam um candidato com propostas na área de segurança pública e que ele poderia ter feito um trabalho que com certeza lhe renderia milhares de votos. Estimei em mais de dez mil votos se ele tivesse feito um bom trabalho com os policiais. Geraldo completou dizendo que poderia ter usado aquele dinheiro que gastou só em publicidade com o Diário Catarinense fazendo campanha na Polícia Civil, no que concordei. Depois, Geraldo perguntou como é que estava a campanha do Heitor, já que me mostrava entendido no assunto. Respondi que seria muito difícil Heitor Sché se eleger, sem bem que em política, ainda mais em se tratando desse candidato... Geraldo, bastante interessado com a nossa conversa, finalmente, perguntou como estava a campanha do Júlio. Respondi que se fosse o Júlio Garcia teria tudo para se eleger. Geraldo retificou e perguntou sobre a campanha do Júlio Teixeira, já que pelo que sabia não estaria bem, corria o risco de não se eleger (lembrei do silêncio do nosso candidato nos últimos tempos, especialmente, no período que passou em Rio do Sul...), mas talvez ficasse entre os últimos colocados. Contrariei Geraldo dizendo que o Júlio deveria se eleger com folga, o Heitor também teria ótimas chances, porém, corriam o risco de ficarem até numa suplência. Argumentei, ainda, que quando Heitor Sché era Secretário de Segurança, Delegado em atividade, Deputado Estadual, amigo do Governador Esperidião Amin, na sua candidatura a reeleição, fez quase trinta mil votos, agora, considerando que estava no ostracismo, sem a estrutura que tinha antigamente, talvez chegasse a vinte e cinco mil votos o que já seria muito difícil, porém, não era impossível. Geraldo concordou com esse raciocínio. Conversamos ainda sobre Péricles Prade, candidato a Deputado Federal,  e argumentei que o candidato foi uma decepção e relatei que quando fui Diretor da Penitenciária de Florianópolis, logo no início da minha gestão o Secretário de Justiça esteve me visitando naquele estabelecimento e, numa reunião com toda a direção prometeu que,  no mínimo, uma vez a cada quinze dias estaria visitando o estabelecimento para se inteirar dos problemas, almoçarmos juntos... Nessa oportunidade teria agradecido Prade e dito que não precisava, que poderia ser uma visita quinzenal ou até mensal, entretanto, o Titular da Pasta nunca mais voltou à Penitenciária, bem pelo contrário,  parecia fugir do mundo prisional, não conseguia falar com ele no seu Gabinete, os projetos que fizemos não foram recebidos e tivemos que passar muitas horas de sufoco, o mesmo aconteceu com o Vereador Gean Loureiro, o mais jovem vereador da História da Câmara de Vereadores, quando foi candidato à reeleição esteve várias vezes na Penitenciária, juntamente com Aguinaldo, seu pai, para pedir que ajudássemos na sua campanha. Certamente que me prontifiquei a ajudá-lo, mas só pela amizade e porque não tinha candidato. Gean parecia muito interessado pelos problemas penitenciários, sempre levava brindes para os servidores e conseguimos mobilizar pessoas que canalizaram  dezenas de votos para o candidato, fizemos isso sem nada querer em troca, muito pelo contrário, especialmente, no meu caso. Só que quando houve a grande rebelião na Penitenciária (maio de 1997), previamente dirigida para me derrubar da direção por pessoas de má índole e antagônicas..., entrei em contato com Gean que já havia migrado do PDT para o PMDB. Esse contato foi num domingo de manhã (dia das mães) para sua residência e ele estava sonolento, expliquei a gravidade da situação e pedi que ele fosse até a Penitenciária para se inteirar do ocorrido... Gean não me respondeu, ao contrário, se justificou que estava muito cansado, tinha dormido até muito tarde na noite anterior e que um outro dia ele daria uma olhada no caso, quase me pedindo para não....e que me virasse sozinho, e foi o que aconteceu...

Em seguida chegou Krieger, isso por volta de vinte horas, após os cumprimentos, fui sentar na mesma mesa da última reunião, no mesmo lugar, Krieger nesse instante atendia uma ligação no seu celular, enquanto eu fazia o mesmo também, do outro lado era o Garcez que dizia que estava dando atendimento a uma parente que sofria de psicoses e que talvez tivesse que se atrasar ou até não pudesse vir. Argumentei  que estaríamos no restaurante até meia-noite e que ele chegasse um pouco mais tarde (no meu íntimo, como já conhecia Garcez, nessas circunstâncias era bem mais provável que não viesse) e Krieger falava com sua mãe de sessenta e três anos que antes de viajar, na época da copa do mundo para os Estados Unidos, havia fraturado o braço e naquele momento tinha acabado de cair novamente, vindo a ter uma fratura no mesmo lugar. Segundo Krieger, sua mãe apesar de não sentir dores, estava indignada com sua situação e precisava desabafar, pois teria que ficar novamente com o braço engessado.

A lista de Pacheco:

No nosso encontro, depois que tivemos quorum, começamos a fazer um balanço sobre a nossa festa, os principais acontecimentos:

“(...)

  • Esse Wanderley é uma pessoa difícil, não serve para eu ter amizade. (Krieger)
  • Olha,  eu não conhecia bem ele, a gente só houve falar, mas realmente na festa ele quis nos usar, vocês viram o que ele fez com o sistema de som? Manipulou tudo, sinceramente acho que ele perdeu uma oportunidade para estabelecer relações conosco, realmente é uma pessoa muito difícil. (Jorge)
  • Sim.. eu trabalhei com o Noronha na DEIC (Delegado Maurício Noronha – ex-Presidente da Adpesc), que profissional, aprendi um monte com ele, me lembro que naquele episódio da Ponte o Wanderley fez o inquérito policial, só que quem decidia quem iria ser indiciado era o Pacheco. (Krieger)
  • Eu não entendi, quem é que presidia o inquérito? Era o Noronha na DEIC? (Felipe)
  • Não! O Wanderley estava na Gerência de Identificação, o  Pacheco (Coronel – PM-SC e Secretário de Segurança) determinou que ele presidisse o inquérito, e lá no Gabinete o Wanderley dava os nomes dos envolvidos, mas era o Pacheco que decidia quem seria ou não indiciado. O Wanderley ditava os nomes e o Pacheco mandava tirar ou manter na lista... , e ele ia até lá para fazer fofocas, não gosto disso, não serve para ter amizade comigo, por exemplo, eu acho que o que a gente conversa entre nós aqui deve morrer por aqui, ninguém deve sair por ai falando essas coisas. (Jorge)
  • Também acho, mas eu não sabia disso. (Felipe)
  • Inclusive, ele e o Acioni (Delegado Acioni Souza Filho) foram para Espanha, lembram? (Krieger)
  • Isso eu me lembro. (Felipe)
  • Então, mas eu acho que tem que haver discrição, não se pode estar por aí fazendo fofocas, não vai levar a nada, o que importa agora é o nosso projeto... (Jorge)

(...)”.

“Ainda o Caso do Bicho”:

E pensando nisso, no Wanderley Redondo, passei a contar o que havia sido comentado sobre o Delegado W. D.:

  • Eu não sei se falei prá vocês o que o Wanderley conversou comigo sobre o  W. D. ? (Felipe)
  • Não. Não sei de nada. (Krieger)
  • Falei já para o Jorge. Mas tu sabes Krieger que eu penso no nosso grupo, não gosto de decidir nada sozinho. Quando o Wanderley veio falar comigo para nós transferirmos a nossa festa de sexta para sábado eu disse a ele que da minha parte estava tudo bem.
  • Ah sim, eu falei com ele naquele dia e mandei ligar para ti, e ele não me falou isso. (Krieger)
  • Sim, é verdade, e eu liguei, disse a ele que conversaria com o grupo. (Felipe)
  • E ele já não disse que eu tinha concordado com a mudança da festa? (Krieger)
  • Não, Krieger, não disse nada, eu tenho que ser honesto, ele não disse que tu já tinhas concordado. (Felipe)
  • Ah, bom! (Krieger)
  • Falei que concordava, só que condicionei ao grupo, mas quando falei em grupo, ele quis saber quem era o grupo e eu disse que era eu, Jorge, Garcez, Krieger, Cláudio... quando falei W. ele passou a questionar esse nome dizendo que estava envolvido com o j.b., que estava tentando e. d. de b, não acreditei e disse isso a ele que não acreditava, e na década de setenta... (Felipe)
  • Setenta? (Krieger)
  • Não. Isso ele diz que é recente e todos nós sabemos que W. é uma pessoa muito honesta. (Felipe)
  • É verdade! (Jorge)
  • E ele, como certamente viu que não conseguia mudar a minha opinião passou para frente tratando da festa, mas deixando registrado que não aceitava o nome de nosso colega. Eu até acho que eles tiveram algum problema no passado, provavelmente o W. deve ter presidido alguma sindicância ou processo contra o Wanderley, sinceramente, não sei, mas nem é bom comentar isso agora com o W., mesmo porque nós temos a nossa opinião formada e no momento oportuno direi a ele, não sei qual seria a sua reação e peço reserva a vocês. Mas eu conversei com o Jorge e ele me disse que no início da década de setenta houve um falatório de que o pessoal da antiga Furtos estaria recebendo propinas do j. do b., e dentre os nomes estava o de W., Irá, Arno..., só que nada ficou provado e naquela época era normal esse tipo de coisa ou seja havia policiais corruptos que mordiam os bicheiros, só que usavam a lista com o nome de todos os policiais para receber por eles. Eu lembro que quando iniciei a minha carreira na Delegacia de Costumes e Menores (1978), num determinado dia o Comissário Roberto Batista Jerônimo veio me dizer que o meu nome estava na listagem de um b. e que policiais inescrupulosos estavam usando o meu nome e de outros dos policiais recém nomeados..., e soube que um deles era o Comissário I. R., já aposentado e que continuava “ativo” na coleta de propinas. (Felipe)

(...)

E nesse instante chegou Cláudio Moura que pegou a conversa em andamento e foi  se inteirando do que estava sendo tratado:

  • Pois é, Cláudio, talvez até o teu nome esteja lá na lista dos b., quando é que você ingressou? (Felipe)
  • Eu ingressei em 1981. (Cláudio)
  • Então provavelmente eles usaram também o teu nome e isso era normal, só que a gente não sabia. (Felipe)
  • Mas será que existe ainda esse tipo de coisa? (Krieger)
  • Sim, claro que existe mas talvez não como antigamente, mas esse caso aí do Wanderley é bem provável que ele conheça b. aqui da Capital. (Felipe)

Márcia Arend:  

Em determinado momento da conversa estávamos falando sobre cobrança de impostos e a busca por uma forma de se evitar sonegação, assuntos de polícia e crimes especiais. Opinei dizendo que uma das coisas que tínhamos que fazer  era criar a Delegacia Especializada no combate à sonegação fiscal. Defendi a especialização de policiais, quando  Krieger não só concordou como citou exemplos de outros países que valorizavam muito a especialização de seus policiais. Krieger citou os trabalhos que fizeram com a Promotora de Justiça Márcia Arend e eu registrei que estudei com ela e que sempre foi uma excelente aluna. Mencionei o fato de que na disciplina Direito Constitucional com o professor Paulo Medeiros Vieira, eu e ela fomos os únicos alunos da turma que conseguiram conceito “b” (não esqueci esse fato porque ela era muito “CDF” e alguns colegas reclamaram, mas registre-se que ela era uma das melhores alunas da turma, mas só foi nessa matéria, se bem que minha especialização foi em Direito Penal. Também, lembrei que dia atrás, nas minhas pesquisas no Arquivo Público do Estado, conversei com a servidora Ana que disse ser amiga de Márcia, vindo a me relatar que ela e o marido chegavam a ser chatos de tanto que competiam entre si para saber quem era o melhor. Krieger comentou ainda que Márcia, além de competente era muito querida, estaria fazendo Mestrado. Cláudio adicionou que ela era muito bonita e fiquei meio sem jeito porque nunca a vi daquela maneira, diferentemente de outra sua muito amiga... Márcia era talvez a pessoa certa no lugar certo para comandar o Ministério Público do Estado, bem longe de outras figuras ministeriais de carteirinha, só que como não quis fazer carreira, acabou ficando para trás, talvez um sacrifício pessoal pela família ou, ainda, por não querer se sujeitar a ir para o interior...

Relatos sobre a festa:

E mais a seguir chegou Wilmar Domingues, enquanto que Garcez, como já pressentia, não apareceu.

Jorge aproveitou para fazer um relato sobre a festa para Wilmar e Cláudio que não puderam ir. Deu ênfase sobre os problemas que tivemos com Wanderley Redondo (na verdade eu,  particularmente, achei que estava se dando muito enfoque para ele, e que não deveria ser bem assim, concordava que tivemos problemas com ele, que não deveríamos ter feito a festa no mesmo dia e que ele manipulou tudo desde o início, desde a carreata, o próprio candidato Júlio Teixeira, o sistema de som, o pessoal que ele trouxe, mas diante daquilo tudo, tínhamos que aceitar aquela realidade porque fomos pegos de surpresa, na verdade também poderíamos ter sido usados e agora era hora de virarmos a página, aproveitando a experiência que restou depois de tudo). 

Reiterei o que já havia dito para Jorge Xavier, que vi e revi as filmagens da nossa festa e que havia gostado muito, tinha achado que Júlio Teixeira se saiu muito bem e que foi muito importante o documentário porque nele o nosso candidato fez questão de registrar o seu compromisso com o nosso plano, invocou valores superiores, tais como a família, pais, irmãos, amigos, falou sobre o caráter das pessoas e, por último, sobre o que representava a lealdade para ele. Isso tudo só reforçaria que estávamos no caminho certo e em que pese os problemas com o grupo de Redondo deveríamos  acreditar no seu trabalho pois certamente iríamos colher bons frutos no futuro.

Não como no último encontro, mas a comida era digna de registro novamente,  montanhas de camarões, ao bafo, à milanesa, e tudo por conta do sogro do Jorge. Aproveitei para comentar que não havia tomado o café da manhã, nem almoçado,  realmente havia me preparado para o jantar... (o que era uma meia verdade, porque tinha comido alguma coisa no almoço).

“Contos e relatos sobre o ‘Grupo Cassol’”:

Krieger deu uma aula de história sobre o “Grupo Cassol”, a começar sobre a divisão das cotas de participação da família Cassol, desde Adroaldo e seus cinco filhos (dois dos quais se dedicavam à empresa). A situação de seu sogro no negócio e os seus três filhos... (Krieger é casado com Raquel que é a única filha entre os três). Os projetos de Adroaldo que tinha na época perto de sessenta anos, sua paixão por aviação, barcos... destacou a sua engenhosidade, como se deu a construção do Shopping Beira Bar Norte pelo grupo, a participação da Cassol no empreendimento, o recebimento de dividendos e os pagamentos que eram efetuados às irmãs de Adroaldo que venderam a sua parte no negócio. Enfim, deu uma aula sobre o grandioso complexo “Cassol”, o emprego que perdeu na Direção-Geral do Shopping Beira Bar... (teve seu nome vetado pela diretoria), cujo salário era de quinze mil reais, a luta pelo poder dentro da família Cassol e as noites que sua esposa chegou em casa chorando em razão desses conflitos, a dura convivência dentro do clã dos descendentes de Ernesto Cassol que foi o fundador do grupo, as relações entre os membros das famílias que chegavam a ser desumanas, só se falava em poder, dinheiro,  negócios... Krieger concluiu relatando com pureza e humildade que o salário de sua esposa como engenheira da Cassol pré-moldados era de dois mil reais por mês e que ela detinha seis por cento do negócio, sendo que cada um por cento correspondia a cerca de um milhão de reais...

“Contas a pagar”:

A seguir Jorge conclamou todos para a prestação de contas, mostrando o documento da “Creche Pai Herói” (logo imaginei se ela lá que a filha de “Cesinha” estudava...) que confirmava a doação de quinze quilos de carne que sobrou da festa e sugeri que esse documento fosse mandado cópia para que o Júlio Teixeira tivesse conhecimento. E no final, além da contribuição dos trinta reais que cada um havia dado, coube adicionar mais quarenta e cinco reais, tendo Wilmar integralizado naquele ato esse valor de setenta e cinco reais e, ainda, mais cinco de gorjeta para os garçons. Cláudio deu um cheque de quarenta e cinco reais para o dia vinte um próximo e eu fiquei devendo ainda dez reais para o Wilmar que havia me emprestado. Krieger ficou em haver ainda a parte de Garcez que não veio na reunião, e ainda houve o problema com a sobra de refrigerante que ficou para ser acertado posteriormente pelo próprio Krieger com o zelador do ginásio.

“A expectação”:

No final, por volta de vinte e três horas e trinta minutos, após se verificar que não tinha sobremesa na casa, decidiu-se que até o dia das eleições os membros do grupo não se reuniriam mais, devendo todos se esforçarem para conseguir o maior número de votos possível para Júlio. E eu,  inclusive, registrei que iria a Tubarão na próxima sexta-feira para fazer campanha. Jorge argumentou que esteve no dia anterior em Governador Celso Ramos. Ficou acertado para a próxima terça-feira nova reunião quando até lá provavelmente já teríamos o resultado das eleições (ficou acertado que a partir daí nós passaríamos a pagar as despesas com os jantares). Krieger ainda mencionou o fato de que todos os comissionados da Segurança teriam sido convocados nos finais de semana para fazerem panfletagem e citou o caso da Delegada Veronice da Academia de Polícia que estava subindo morros.

Ao deixar o local lembrei que Garcez não havia aparecido (o que dizer de Garcez e sua desconexão?), e lembrei também o que Krieger havia dito sobre a necessidade da nossa discrição comportamental, aquilo me preocupou por um momento, mas, em seguida tive a convicção de que ele como era uma pessoa de vanguarda e bastante coerente certamente que entenderia no futuro, quando isso tudo só for história, que o que se pretendeu foi algo muito maior e digno do que aparentava ser nos nossos encontros, que talvez até venha a nos encher de orgulho, pelo menos é o que eu pensava naquele momento.