Data: 27.11.98, “Os Critérios Políticos Determinam as Ações”:

E no mesmo artigo, sobre o preenchimento dos cargos...:

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Ontem, quando encerrou o primeiro prazo para que os partidos fizessem as indicações para o preenchimento dos cargos comissionados, havia pelo menos 360 nomes nas mãos do coordenador da equipe de transição, Celestino Secco. O PPB, até agora, foi dos partidos componentes da coligação Mais Santa Catarina e que tem representação parlamentar que fez sugestões de parte dos nomes de forma ‘institucional’. ‘Algumas pessoas do PFL ou do PSDB nos passaram nomes, mas esses partidos ainda não concluíram as listas’, explica Secco.

Embora, ressalve que ainda é difícil precisar a quantidade de nomeações que serão feitas, Secco calcula que há cerca de 1,3 cargos de primeiro a quarto escalões. Como será feito um corte de 25%, restam entre 800 e 900 vagas na estrutura administrativa, sem contar aquelas que devem ser ocupadas por servidores do quadro efetivo (são cerca de três mil diretores e secretários de escolas que podem ser trocados, por exemplo).

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(Diário Catarinense, 27.11.98, pág. 10)

“Celesc 2000 x Segurança 2000: Dois ‘Planos’... Duas Medidas”:

E, para finalizar, nesse mesmo artigo:

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As indicações partidárias serão repassadas aos titulares de primeiro escalão, assim que forem nomeados por Amin – para que, em efeito cascata e ‘na medida do possível’, sejam atendidos os pleitos dos coligados. Paralelamente, Celestino Secco começa a receber o detalhamento dos projetos da equipe que montou o plano de governo de Amin. Ontem, ‘viveu um dos melhores e mais vibrantes momentos do trabalho de transição, com a apresentação do projeto Celesc 2000. O resultado da equipe comandada pelo deputado estadual reeleito Lício Mauro  da Silveira (PPB) empolgou o professor Secco pelas oportunidades de desenvolvimento que são apontadas para o setor elétrico.

(Diário Catarinense, 27.11.98, pág. 10)

“O Clima: Uma Imagem e Mil Palavras”:

Julio Teixeira que presidia a CPI das letras apareceu numa foto no interior de uma Delegacia de Araranguá tendo ao seu lado o Delegado Luiz Wanderlei Sala (Diretor de Polícia do Litoral) e  sentado ao seu lado o Corregedor de Polícia Nilton Andrade: 

Habilitações falsas

Investigada participação de políticos nas fraudes

Presidente da CPI da Assembleia, deputado Júlio Teixeira, foi a Araranguá juntar documentos

Claudia Marcelo

Araranguá

O Deputado estadual Julio Teixeira (PFL) está realizando um levantamento para apurar se há envolvimento de políticos que tenham sido beneficiados com a emissão irregular de carteiras de habilitação, feitas no município. Teixeira preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), formada na semana passada para investigar as denúncias. Ontem, ele esteve em Araranguá com o objetivo de juntar documentos, ouvir o Ministério Público e os delegados que investigam o caso e saber se houve o favorecimento a políticos nas fraudes. Os documentos serão entregues ao relator da CPI, deputado Ivo Konell e aos demais integrantes da comissão. ‘Viemos confirmar algumas denúncias’, frisou ele.

Poderá haver conexão de políticos que estejam ligados ao primeiro escalão do governo’, adiantou. ‘Não podemos divulgar nomes, porque estamos averiguando as informações obtidas’, justificou. Se for confirmada a participação, o deputado garante que só responsáveis serão punidos por crime de responsabilidade, mesmo que os culpados não exerçam mais os cargos. Na próxima semana, ele assegura que poderá fornecer novidades sobre o assunto. Julio Teixeira permanece na cidade até hoje à tarde.

Repercussão – Esta é a primeira vez que este tipo de diligência é efetuada pela Assembléia Legislativa. ‘Ficamos preocupados com a repercussão que os fatos tiveram. Além disso, em função de denúncias que partiram de outras regiões do Estado, nos vimos obrigados a interferir’, disse Teixeira. A Casa entra em recesso no dia 15 de dezembro e os trabalhos devem ser retomados pelos parlamentares em fevereiro.

As investigações sobre a máfia das carteiras de motoristas continua sendo feita pelos delegados José Elói Antunes e Jorge Gilraldi. O primeiro é responsável pela auditoria que está sendo feita na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), de Araranguá, para saber até que ponto existe o envolvimento de auto-escolas e de funcionários da Ciretran.

Giraldi foi quem iniciou as investigações, em maio deste ano, enquanto atuava como delegado regional. Foram feitos quinze inquéritos sobre a emissão irregular dos documentos. O deputado acredita que com a divulgação das fraudes possa ter havido redução das falsificações.

Paralelo às investigações feitas pelo delegado, o promotor público Gilson Jacobsen apura denúncias, mas prefere não divulgar o conteúdo para não atrapalhar o processo de apuração.

(Diário Catarinense, 27.11.98, pág. 40)

“Secretariado: Só em Dezembro?”

A definição do secretariado

O governador eleito Esperidião Amin adotou uma estratégica política inteligente para fugir das pressões que costumam marcar a fase de formação do Secretariado. Proclamados os resultados das eleições retirou-se da cena política, ao outorgar poderes especiais ao professor Celestino Secco, que passou a ocupar a principal cadeira do governo de transição na sede do comitê eleitoral, à Praça Getúlio Vargas.

Transferiu também procuração aos presidentes dos principais partidos da coligação Mais S. Catarina, aos quais estão recorrendo os pretendentes a cargos públicos.

Resultado: O senador continua  trabalhando em Brasília, livre para consultas e sondagens daqueles que pretende convocar para o primeiro escalão do novo governo. Enquanto isso, os dirigentes partidários tiveram que cancelar até atividades de lazer com os familiares. O presidente do PFL, Pedro Bittencourt, diz que tem mais de uma centena de indicações para funções da nova administração. O presidente do PSDB, Francisco Kuster, em posição mais delicada pelas divisões entre os tucanos, armazena dezenas de solicitações. É o presidente do PPB, Leodegar Tiscoski, bate todos os recordes. Informa já ter recebido mais de 300 currículos de correligionários.

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(‘O Estado, Moacir Pereira, 27.11.98, pág. 02-Opinião)