Data: 14.12.98, “Plano 2000 - Jejum de Informações”:

Havia chegado na cidade de Curitiba quando pude comprar jornais de Santa Catarina para saber o que estavam escrevendo sobre a mudança de governo no Estado de Santa Catarina. Nas páginas de política encontrei algumas notícias:

Agora os ajustes de Amin

Depois dos anúncios dos primeiros integrantes de seu colegiado o governador eleito Esperidião Amin está desenvolvendo aprofundados contatos políticos para completá-lo. Esteve com Bornhausen e foi ouvir  lideranças de Joinville. Faz parte, em se tratando de um governo com base aliada expressiva. Ao contrário de outros governadores que optaram pelo anúncio compacto, revelando todo o secretariado de uma só vez. Amin dividiu o anúncio em vários momentos reduzindo a margem de especulação e atendendo à curiosidade da opinião pública e dos políticos. Deu a impressão enquanto pôde  de que goza de absoluta liberdade diante  dos coligados. Agora começa a fase do ajuste final para completar a equipe. Nada de extraordinário na medida em que se trata de consagrar e manter a base política que pretende que seja duradoura. Trabalha neste sentido.

Falando nos nomes já indicados vale a observação de que o governador pensa de forma estratégica com muita projeção. Ao mesmo tempo que traz para o seu colegiado deputados federais destacados, abre vagas para outros nomes expressivos fortalecendo, desta maneira, as regiões e buscando reconquistar prefeituras importantes, entre elas, Chapecó e Blumenau hoje em poder do PT. Nesta peregrinação de incansáveis contatos, Amin já está lançando a semente  para o pleito de 2000. Pelo que deu para observar, e se mostra transparente, o governador eleito atenta para todos os ângulos nas suas decisões. Tem experiência suficiente. Deve ser  por isso que optou por um jejum de informações oficiais neste final de semana ainda que as especulações estejam à margem deste jejum.

(Paulo Alceu, Diário Catarinense, 13.12.98, pág. 14)

“Carta fora do Baralho”:

Telegráficas

O deputado estadual eleito Heitor Luiz Sché, do PFL, não gostou de ter sido preterido para a Secretaria da Segurança. E muito menos da forma. Foi comunicado da decisão por um assessor do governador eleito. Sua campanha foi feita na perspectiva de retornar àquela secretaria.

(Moacir Pereira, A Notícia, domingo, 13.12.98, pág. A-3)

“Obceno?”

(...)

Paulo Afonso diz que deixa Estado com saldo de R$ 2bi

(A Notícia, Domingo, 13.12.98, pág. A-5)

“Os Filmes: Se Todos Fossem Iguais a Você”:

Para lembrar como a equipe de Paulo Afonso assumiu de maneira retumbante o governo do Estado no ano de 1995 e como estava deixando o governo, especialmente, no que dizia respeito aos servidores públicos, a impressão que ficava era que mais parecia o velho filme que sempre se repetia:

Protesto

Um registro inédito no Shopping Center Beiramar. Pensionista encontrou-se  com o governador Paulo Afonso Vieira e disparou um pesado discurso, sem preocupações  com o vernáculo, contra o atraso no pagamento dos salários e das pensões. A bolsa, segundo testemunhas, teve uso diferente daquele destinado à guarda de dinheiro e objetos pessoais.

(Moacir Pereira, A Notícia, Segunda-feira, 14.12.98, pág. A-3)

“Discursos”:

Ações imediatas contra a violência

“(...) Em âmbito estadual, os desafios da Secretaria de Segurança Pública são gigantescos. O futuro titular da pasta, no novo governo, a partir de janeiro, será cobrado por todos para conter a criminalidade.

E proporcionar, dentro das limitações de recursos financeiros e de profissionais existentes, condições seguras de vida à população. Conseguir tal proeza depende dos meios disponíveis para exercer as ações preventiva e repressora. E a vontade política, definida na proposta orçamentária para o setor.

Santa Catarina está longe de se comparar a regiões críticas, como a Grande São Paulo ou Fortaleza, no Nordeste, por exemplo. Para continuar a desfrutar do prestígio nacional de ser terra acolhedora, os governantes têm de encarar questões de segurança pública como vitais. O trade turístico e as pessoas que buscam boa qualidade de vida agradecem.”

(A Notícia, 14.12.98, pág. A-2)

Promotor de Justiça Luiz Carlos de Carvalho (sem partido):

‘Os novos nomes’:

Novos nomes devem sair amanhã

Equipe de Amin adia informações sobre o colegiado

(...)

SETE CONFIRMADOS

(...)

A secretaria de Segurança Pública do governo Amin ficará sob a responsabilidade do promotor de justiça Luiz Carlos de Carvalho (sem partido). E par a Secretaria de Administração foi confirmado o vice-presidente da Perdigão, Ubiratan Rezende (PFL).

(...)

(A Notícia, 14.12.98, pág. A-5)