Data: 10.12.98, “Carvalhinho”:

Estava em Jundiaí (São Paulo), em vista a uma meia irmã por parte de meu pai (Sandra) e resolvi telefonar para casa para dar notícias. Logo de início “Dinha” foi me dizendo que a sua colega de trabalho tinha ouvido no noticiário daquele dia que havia sido anunciado o nome do Secretário de Segurança Pública, trata-se do Promotor Schmidt Carvalho, um que havia sido Secretário de Administração no governo passado (Vilson Kleinubing). Depois de terminar a ligação resolvi ligar para Jorge Xavier, só que o seu telefone residencial não atendia. Não pude suportar a curiosidade e lembrei então de ligar para o Delegado Krieger:

  • Alô!
  • Krieger?
  • Sim.
  • É o Felipe.
  • Fala amigo!
  • Escuta é verdade que já saiu o nome do novo Secretário de Segurança Pública?
  • Sim. Saiu no noticiário agora à noite. É aquele que já foi Secretário de Administração no governo passado, o Luiz Carlos de Carvalho, foram nove meses, ele é Promotor de Justiça.
  • Sim,  ele foi Secretário de Administração no governo Kleinubing.
  • Isso! Agora é saber quem será o adjunto, não dá para ti telefonar para o teu amigo lá?
  • Tu falas o Julio?
  • Isso!
  • Sim,  eu ligo. Escuta, tu estais sabendo de algum projeto de lei que foi aprovado na assembleia e que diz respeito aos Delegados de Polícia?
  • Sim, foi aprovado pela Comissão de Justiça, ele altera a atual situação das entrâncias. A carreira passa a ser regida pelas letras ‘a’, ‘b’ e ‘c’.
  • E mexe com a lotação dos Delegados Especiais, acaba com aquela prerrogativa de lotação na Delegacia-Geral?
  • Sim, é isso aí!
  • Mas isso é um retrocesso, vamos cair na vala comum, quem é que foi o pai da criança?
  • Corre por aí que foi o Redondo.
  • O quê? Mas parece que o Julio foi quem subscreveu o projeto?
  • É, parece que é isso aí, o Moreto me ligou e eu não quis acreditar.
  • Mas isso é inconstitucional, um projeto desses só pode ser de iniciativa do Governador do Estado, não é? Como é que o Julio poderia fazer uma coisa dessas?
  • Pois é Krieger, mas ele nunca mais deu notícias.
  • É verdade, e  eu estou aqui em São Paulo.
  • É mesmo?
  • Mas tudo bem, depois a gente se fala.
  • Certo. Um abraço.
  • Outro Krieger.