Promessas

 

Um dia Ele disse: “Peçam, e lhes será dado ...” (Mt 7:7)! E os que sofrem pensam: quantos pedidos foram feitos pelos mais de seis milhões nos campos de concentração e nas câmaras de gás?           Quantos pedidos, foram e são feitos pelos semivivos jogados nos entulhos da vida? Quantos pedidos foram e são feitos pelos reprimidos dos nossos morros e periferias? Também foi dito : “Procurem, e encontrarão...” (Mt 7:7)! E os que  Procuram pensam: procurar onde, e recorrer a quem?  Se se até para os justos e bons de coração, Ele continua dizendo: “ Quando vocês erguem para mim as mãos, eu desvio o meu olhar” (Is 1:15). E ainda: “Batam, e abrirão a porta para vocês...” ( Mt 7:7)! E os que batem se perguntam: que porta? A da humilhação e da repressão, de onde saem os que nos atropelam, movidos pelos preceitos humanos?

     Quando diz: “vim lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que já estivesse aceso”, o que podemos esperar? Que destino IRÁS nos dar: o de Estêvão (At 7:57-60), ou o de Tiago (At 12:2), filho de Zebedeu e irmão de João? A recompensa de João Batista (Mc 6:27), ou a de Pedro, chamado Simão?

     Talvez a resposta ainda não venha, por muito tempo,mas quem sabe, os últimos esfacelos de vivos mortos, alcancem o dia em que Ele dirá: “Chega! Agora retire a mão” (2Sm 24:16); e se comova como aconteceu n’Aquele dia de reflexão, a ponto de Se retrair e dizer: “... pois estou arrependido do mal que fiz a vocês” (Jr 42:10).