Projeto

Lendo e Escrevendo 

 

Num Cordel Receitas Saborosas.

Profª. Edinei Ferreira da Silva Andrade

Público alvo:  

• 2º ano do ensino fundamental Objetivos: 

 

• Conscientizar os alunos sobre a importância e os motivos pelos quais nos alimentamos;
• Reconhecer os alimentos que faz bem à nossa saúde;
• Identificar cores, textura e os diferentes sabores dos alimentos;
• Valorizar o momento reservado à alimentação;
• Escrever receitas – do próprio punho ou oralmente, partes ou toda;
• Participar de situações que envolvam comportamentos de escritor;
• Possibilitar momentos de produção textual e leitura;
• Apropriar-se da escrita de forma criativa e compromissada;
• Garantir que os alunos aprendam sobre o gênero textual receitas;
• Possibilitar a produção textual livre e descontraída;
• Promover a relação escrita, leitura e interpretação textual;
• Produzir um livro de receitas coletivas da turma;

Carga horária 

• 25 dias

Justificativa

• As receitas são um gênero textual muito adequado para incluir na rotina das turmas que estão no processo de alfabetização. É um gênero de circulação social bastante corrente, presente em todas as classes sociais. Permite a aprendizagem de práticas de leitura e escrita relacionadas aos textos instrucionais, sua estrutura- uma ficha com uma lista de ingredientes e depois um parágrafo, geralmente com os verbos nos modos imperativo ou infinitivo - facilita as antecipações e permite

que se coloque em prática uma série de comportamentos de leitor uma dos propósitos sociais de leitura.

Foco Da Aprendizagem

 

• Gênero textual literatura de cordel- receitas;
• Leitura em rimas;
• Produção de textos;
• A palavra na frase;

Metodologia

• O projeto Iniciará com a leitura de textos do livro “RIMAS SABOROSAS” de César Obeid, Editora Moderna distribuído gratuitamente pelo ministério da educação;

Sinopse do livro:

Por meio de versos de cordel, este livro vai lhe mostrar como pode ser divertido e gostoso se alimentar bem. Traz curiosidades sobre os vegetais, informações nutricionais e receitas bem fáceis de fazer! A técnica da massinha de modelar foi escolhida para mostrar este assunto tão importante para sua saúde. Agora é só colocar a mão na massa, seja experimentando as receitas sugeridas, seja moldando

vegetais e frutas com massinha. Boa leitura e boa diversão!

Neste projeto a metodologia terá sempre em foco o diálogo como método principal na realização das atividades previstas.

       Proposta de   Atividades 

ATIVIDADES PARA ANTES DA LEITURA

 

• Apresentar o livro à classe e pedir que imaginem o que seriam “rimas saborosas”. Interessante seria contar que a palavra saber vem da mesma raiz de sabor. Em alguns lugares ainda se usam expressões como “Este bolo sabe a laranja”, ou seja, tem sabor de laranja. 
• Agora uma questão polêmica: quem gosta de verduras? Saladas? Legumes? Com a ajuda de um voluntário, faça um levantamento sobre quantos alunos têm o hábito de comer verduras diariamente. Depois da leitura do livro e de realizadas as atividades, verifique se esse quadro mudou.
• Faça também um levantamento para saber quem conhece a literatura de cordel. Conte um pouco sobre a importância dessa literatura popular, principalmente no Nordeste do Brasil. 
• Explique aos alunos que o livro entremeia estrofes com textos informativos, sugestões de atividades, receitas.
• Leiam juntos a dedicatória do autor. Por que será que ele homenageia esse tipo de pai? Em se tratando de alunos mais novos, seria útil ler também a introdução e verificar se eles entendem o que o autor quis dizer com “O reino vegetal é, naturalmente, um doador nato”.
• Comente a respeito das ilustrações. Se possível, mostre aos alunos algumas pinturas (não presentes no livro) de Albert Eckhout, pintor e botânico que, no século XVII, viajou pela região Nordeste do Brasil pintando nosso povo e nossa flora. pois muitas das frutas que julgamos

“tipicamente brasileiras” na verdade vieram de lugares bem longínquos, como a jaca, que veio da Índia, e o mamão, originário do México.

• Aproveite a parte “Brincadeiras com as rimas” e proponha uma lista de palavras homógrafas cujo sentido vai ser determinado pela sílaba tônica, como cará e cara. Exemplos: jaca, jacá; caqui e cáqui; pais e país; doido

e doído; sábia, sabia e sabiá. Proponha também que encontrem rimas para os vegetais que o autor cita. Nem sempre é possível achar uma rima perfeita!

• Releia com a classe os versos que falam dos derivados dos vegetais e pergunte quem sabe com que vegetais se pode fazer farinha, vinagre e chás. Que tal fazer na classe a receita de leite de sementes? ( leite de semente de linhaça, ver receita em anexo) ;
• Amplie o assunto dos derivados e peça que os alunos façam um levantamento de tudo aquilo que usamos e que provém dos vegetais. 
• Para os pequenos pode ser uma surpresa saber que é com plantas que fazemos papel e roupas, entre outras coisas. Esta é a ocasião de reforçarmos a consciência sobre a importância do verde e a nossa responsabilidade com a saúde do planeta. Até mesmo os alunos mais novos podem começar a economizar papel, por exemplo. Uma proposta que agrada a todas as idades é organizar uma oficina de papel com restos orgânicos, como casca de cebola. Verifique se algum professor ou pai de aluno sabe como fazer e peça-lhe para orientar a classe.
• Dizem os versos da página 15 que a maçã é detergente. Na realidade, não só a maçã como vários outros alimentos têm a propriedade de limpar os dentes. Aproveite para falar sobre a higiene bucal e a importância de uma alimentação balanceada. 
• Ainda com relação aos benefícios da maçã, explore outros dados trazidos pelas estrofes: pepino seca espinhas, casca de romã alivia dor de garganta, e assim por diante. 
• Discuta com eles que propriedades curativas têm as plantas? Peça que perguntem em casa geralmente os parentes mais velhos é que sabem disso.
• Proponha que escrevam uma lista nomes de plantas, frutas e legumes que

servem para fazer remédio. (Não esquecer de copiar a receita num cordel).

ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA

 

• É recomendável que seja feita a leitura do livro várias vezes pelo professor e pelos alunos.
• Peça aos alunos que registrem, à medida que a leitura progrida, as palavras que não conheçam. Além de nomes de frutas e outros vegetais, é bem possível que os alunos desconheçam alguns termos como desvendar, complementar, sublime etc. Oriente-os a tentar fazer hipóteses sobre o seu significado, antes de perguntar ou de consultar o dicionário.

ü  Ajude-os a grafá-las primeiramente no quadro depois no caderno;

• Como a abertura fala do milagre que é uma semente gerar um broto, seria oportuno plantar um grão de feijão num pedaço de algodão molhado e observar o milagre acontecer. Os feijões podem ser postos em vidros ou copinhos transparentes e ficar expostos na classe para observação. 

ü  Lembre-os de que a semente vai precisar de

luz e água para germinar.

  

• Seria bacana fazer uma visita na horta da escola, de forma organizada é claro  e pedir para que eles anotem tudo o que viram lá;
• Escreva as palavras que anotaram em um cartaz da forma com que escreveram e depois as escreva de forma correta em outro cartaz e discuta com eles.

ü  Não diga que escreveram errado mas mostre a forma correta de grafá-las.

ü  Pode se fazer também em forma de etiquetas por palavras.

ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA

 

• Será sempre bem-vinda uma conversa livre com os alunos a respeito do que leram. Que trecho gostaram mais? Eles perceberam que os versos

são ritmados e rimados? Escolha alguns versos para serem lidos em voz alta. Se algum aluno souber acompanhá-los ao violão, melhor! ü Seria muito bacana se o livro fosse reproduzido em forma de papelógrafo ou em forma de álbum sanfonado;

• Verifique as dúvidas de vocabulário e também quais vegetais os alunos não conhecem. Leve alguns deles para a classe; se não for possível, providencie fotos ou desenhos.

ü  Aqui se propõe levar as figuras de frutas desconhecidas e também os seus respectivos nomes em etiquetas. 

ü  Realize com eles uma atividade de reconhecimento. Ø Peça que cada aluno traga de casa uma fruta ou outro vegetal e façam o exercício sensorial recomendado logo depois da abertura. Depois, se for possível, lavem e descasquem as frutas e legumes trazidos e preparem um suco, uma salada ou qualquer outro prato vegetariano que seja simples de fazer. Aproveitem as receitas do livro!

• “O kiwi vem lá da China...” E as outras frutas, de onde vêm? Seria interessante fazer uma pesquisa para verificar quais são, afinal, as frutas genuinamente brasileiras.

Elaborando as receitas em cordel

• Elabore uma ficha caracterizado com desenhos típicos da literatura de cordel e transcreva as receitas das páginas 48,49 e 50.

ü É importante não esquecer de colocar a bibliografia.

• Entregue para os alunos fichas em branco e faça com eles algumas construções coletivas de receitas de sucos, lanches, e outras guloseimas

que sejam rápidas e com textos curtos e que se utilize frutas, sementes ou legumes;

• Em seguida realize com eles a atividade “inventando um suco”; ü Leve para sala maças de modelar e peça para que cada aluno molde as frutas que usarão em sua nova receita;

ü  Depois  de muitas conversas sobre a produção de cada um faça na lousa uma lista de nomes de  todas as frutas que modelaram;

ü  Não esqueça de deixar que eles levantem as hipóteses da escrita de cada nome;

ü  Pode-se usar alfabeto móvel para o levantamento de hipóteses;

ü  Depois distribua novas fichas para que criem suas receitas.

ü  Não esqueça de que eles são os autores e devem assinalas;

 

 

Recursos

• Barbante 
• Papel cartão
• Prendedor
• Cola
• Maça de modelar
• Frutas
• Legumes
• Câmera digital
• Fichar em branco
• Papel a4
• Livro didático
• Livro “Rimas Saborosas”

 

Culminância 

• Organize um cordel na escola para que as receitas sejam divulgadas;
• Se possível tire fotos e coloque na sala para que eles os alunos vejam as produções;
• Se puder grave as falas de cada um no momento das apresentações e depois mostre para eles na sala de aula;  
• Ao final recolha as receitas de cordel encaderne-as e faça um livro de receitas coletivas e coloque na biblioteca da escola.       

 

 

 

 

LEITE DE SEMENTE DE LINHAÇA 

Este leite e muito delicioso e nutritivo. Pode ser consumido puro ou em vitaminas com frutas ou cereais. E excelente para preparar bolos pois deixa a massa muito macia e fofinha além de enriquecer muito a receita.

INGREDIENTES PARA O LEITE:

-  1/2 xicara de sementes de linhaça deixadas de molho 

-  agua filtrada(mais ou menos umas 4 xicaras)

-  1 colher de sopa de extrato de baunilha

 PREPARO: 

Lave a linhaça e deixe escorrer. Coloque em um recipiente de vidro com tampa. Acrescente agua filtrada pelo menos duas vezes mais do que a quantidade de sementes. Tampe e leve a geladeira de um dia para o outro. (Mais ou menos umas 12 hs.)

No dia seguinte, drene a linhaça em uma peneira, enxague pelo menos duas vezes e leve ao liquidificador.

Acrescente as 4 xicaras de agua filtrada e bata bem. (com esta quantidade de agua o leite fica bem cremoso.)

Drene com uma peneira fina. Separe a parte solida que e ótima para usar como substituto aos ovos em receitas. 

Mantenha em geladeira em recipiente de vidro fechado por no máximo uma semana. 

Lembrando que sempre e preferível que se consuma os alimentos no mais curto espaço de tempo possível para que os mesmos não percam as propriedades nutricionais.

Pode também ser usado para cookies, pastinhas e recheios.  

O leite e delicioso e muito nutritivo. Confira abaixo um pequeno resumo das propriedades e benefícios da semente de linhaça.

Leite de Sementes de Abóbora 

"Ricas em gordura poli-insaturada, proteínas, vitaminas do complexo B, ferro e zinco. Aumenta a fertilidade, ajuda os diabéticos a melhorarem os níveis de insulina. Verdadeira mina de ferro, fósforo e cálcio, combate a anemia, ajuda na formação dos glóbulos vermelhos, na oxigenação das células, na formação de ossos, músculos e do cérebro" 

Ingredientes

• 1 xícara (150 ml) de sementes de abóbora
• 1 litro de água mineral

Instruções de preparo

ü  Escolhas a sementes e coloque de molho por 8 horas.

ü  Descarte a água do molho.

ü  Coloque as sementes no copo do liquidificador.

ü  Aqueça a água mineral, testando a temperatura com o dedo, para que não passe de 42°C.

ü  Coloque um pouco da água no liquidificador e bata até formar uma pasta.

ü  Acrescente o resto da água aos poucos batendo por mais uns 03 minutos.

ü  Coe várias vezes.

ü  Use o farelo em outras receitas.

  

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bibliografia

 

SOARES, Leôncio, GIOVANETTI, Maria Amélia, GOMES, Nilma Lino. Orgs. Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Estudos em EJA.

2a. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

Caderno do GEEEMPA. Porto Alegre. 1998.

Revista Nova Escola. 

JOLIBERT, Josette. Além dos muros da escola. Porto Alegre:

Artemed. 2006.

Obeid, César, Rimas Saborosas- PNLD- MEC

http://www.abcdasaude.com.br – Traz informações sobre as vitaminas encontradas em cada

tipo de vegetal.

http://www.alimentacaosaudavel.org/Receitas-Saudaveis.html – Além de informações gerais

sobre os vegetais, traz muitas receitas vegetarianas. 

http://www.abc-alimentos.com/fruta.htm  – Traz explicações simples sobre os benefícios das

frutas em nossa nutrição.