PROPORCIONAR CONDIÇÕES DE APRENDIZAGEM AOS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE
Publicado em 31 de março de 2020 por NANCILEIDE FERREIRA RODRIGUES
PROJETO INTEGRADOR
NANCILEIDE FERREIRA RODRIGUES
PROPORCIONAR CONDIÇÕES DE APRENDIZAGEM AOS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE
Projeto Integrador apresentado à Universidade Candido Mendes – UCAM, como requisito parcial para a obtenção de título de Especialista em Neuropsicopedagogia Institucional e Educação Especial e Inclusiva.
1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1.1 Área que aplicará o projeto
Educação Especial e Inclusiva
1.2 proporcionar condições de aprendizagem aos alunos com necessidades especiais: Atendimento Educacional Especializado – AEE
1.3 Nome do seu idealizador: Nancileide Ferreira Rodrigues
2 SITUAÇÃO GERADORA E JUSTIFICATIVAS
A abordagem sobre educação especial é bem ampla e tem prioridade em atender e incluir educandos com necessidades especiais no processo da aprendizagem. O referido projeto acontece no âmbito escolar, na qual é desenvolvido uma proposta de trabalho diferenciada que atendam os alunos matriculados na rede regular de ensino.
Esse projeto tem como motivação a modalidade de ensino Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a sala de recursos multifuncional como importante aliada para traçar um diagnóstico das necessidades da clientela, bem como a utilização de materiais, equipamentos ferramentas e recursos.
Segundo Zacharias (2007), é muito importante que as possibilidades de utilizar a escola como um recurso inclusivo e que as necessidades dos alunos, sejam priorizadas.
Neste sentido, falar em atendimento especializado também é enfrentar alguns problemas, pois o processo da inclusão ainda não é totalmente aceito, porém, deve ser analisado como parte fundamental desse atendimento. O aluno deve ser incluído em todo processo e programação escolar, e não pode de maneira nenhuma ficar de fora.
Ressalta que, esse atendimento visa superar alguns desafios, pois o mesmo acontece de maneira diferenciada, com atuação do profissional da área. Lembrando que o Atendimento Educacional Especializado embora seja interligado com o currículo regular não é um ensino de aula particular ou de reforço e o professor deve se apresentar embasado.
Assim, para atuar no AEE, o professor deve desenvolver atividades que complementam o atendimento, para eliminar obstáculos, com o foco de proporcionar a participação efetiva dos educandos levando em consideração as necessidades específicas de cada indivíduo (LIMA; SANTOS, 2010).
Por esse motivo, esse projeto tem como estratégias, proporcionar aos alunos com necessidades especiais, um atendimento que privilegia o desenvolvimento e a superação das dificuldades. Proporcionando recursos, materiais que serão de grande valia para o crescimento dos alunos com necessidades especiais.
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Atender aos alunos de maneira que identifique suas necessidades, particularidades e possibilidades visando o desenvolvimento escolar e social. Disponibilizar sala de recursos, programas, conteúdo curricular e sua aplicabilidade na qual possa garantir a acessibilidade e participação em cada fase educacional.
3.2 Objetivos Específicos
A). Proporcionar condições de acesso à aprendizagem e participação em todo processo escolar;
B). Ofertar maneiras diferenciadas e organizadas para estimular o desenvolvimento nos aspectos físico, cognitivo, emocional e social;
C). Assegurar condições de integração nas atividades escolares e continuação na educação especial e inclusiva;
D). Promover a capacitação profissional continuada e participação da equipe escolar.
4 ABRANGÊNCIA E CONTEXTO
O Projeto de Atendimento Educacional Especializado é realizado na unidade escolar na sala de recursos, com o apoio da gestão e equipe escolar.
Dessa forma, o projeto visa atender todos os alunos com necessidades especiais, que estão matriculados na rede regular de ensino, o que não impede de atender clientes de outras redes, desde que o cronograma seja adaptado para tais. Lembrando que, o profissional da área direcionado ao atendimento, desde o princípio, fará levantamentos de dados de todos os alunos.
Para realização desse projeto é fundamental a participação da gestão e da equipe escolar na qual possam ajudar no levantamento de hipótese, e contribuir para o início da realização de um projeto que tem foco atender as necessidades e especificidades de cada aluno.
5 PLANO DE AÇÃO, CRONOGRAMA E DESDOBRAMENTO DAS AÇÕES
O Atendimento Educacional Especializado é considerado uma modalidade de ensino que movimenta os níveis e etapas escolares e tem como foco identificar as necessidades e também as possibilidades dos alunos com deficiências. Portanto como primeira etapa os alunos serão direcionados a sala de recursos para que sejam observados e tenham suas necessidades acompanhadas e atendidas. Segundo Silva; Maciel (2005, p.5)
Suas ações são definidas conforme o tipo de deficiência ou condutas típicas que se propõe a atender, bem como deve contemplar as necessidades educacionais especiais de cada aluno, as quais devem estar fundamentadas na avaliação pedagógica.
Sendo os alunos os principais participantes, serão acompanhados durante todo o processo e programação desfrutando de um currículo criativo.
Pode-se então compreender que, a maneira correta de agir, é quando de fato se designa ações para eliminar as barreiras vinculadas ao desenvolvimento dos alunos.
A educação inclusiva é um direito assegurado na Constituição Federal que ampara os alunos com necessidades especiais a uma efetivação desse direito.
O processo de inclusão também terá um olhar atento nas ações para que as mesmas aconteçam de maneira eficaz proporcionando o envolvimento e desenvolvimento dos alunos que possibilite garantir uma educação de qualidade.
Segundo Mantoan (2004), para melhor atender as especificidades dos alunos ele direciona o serviço de apoio que completa a educação e se dispõem para todos os níveis.
Lembrando que, é preciso agir ao longo do processo articulando o currículo com a proposta pedagógica de ensino comum. O aluno será atendido na sala de recursos no contra turno, ou seja, o horário deve ser oferecido em período distinto das aulas regulares, e será proporcionado para os mesmos materiais didáticos, equipamentos, conteúdo diferenciado, ludicidade ou até mesmo tecnologia assistiva, pois quando falamos em deficiências podemos mencionar; todas as modalidades, como, deficiência auditiva, visual, motora, cognitiva, verbal, transtornos globais e altas habilidades/superdotação.
Conforme Resolução CNE/CEB n.4/2009, art. 12, para atuar no atendimento educacional especializado, o professor deve ter formação inicial que o habilite para exercício da docência e formação específica na educação especial.
Neste sentido, ações, desdobramentos e atitudes, são fundamentais no que se refere a formação profissional para atuar na sala de recursos, o professor da sala de recursos multifuncionais deverá ter cursos de graduação, pós-graduação, e como base, uma formação inicial e continuada, bem como conhecimentos gerais e específicos da área.
De forma que, esse profissional deve buscar parceria e trabalhar em equipe, pois o atendimento educacional especializado requer um conjunto de atividades pedagógicas criativas e estratégias distintas. Sendo assim, o trabalho em equipe certamente assegurará que essas ações tenham um atendimento diferenciado e continuado para que possa potencializar a capacidade dos alunos.
Como etapa de grande importância, é fundamental mencionar, o levantamento da estrutura da sala de recursos multifuncional.
De acordo com (SARTORETTO; SARTORETTO, 2010), a sala de recursos multifuncionais, recebe esse nome porque nela é encontrada profissionais preparados, atendimento flexível, equipamentos e materiais didáticos, na qual atendem diversos tipos de necessidades especiais dos alunos.
A sala de recursos torna concreta, pois nela são colocadas meios e recursos pedagógicos à disposição do aluno. Alguns desses recursos são ofertados pela Secretaria de Educação, porém outros materiais são produzidos pelo profissional da área que de acordo com as especificidades e particularidades de cada aluno, busca meios para atender e superar as barreiras, nos aspectos individuais e sociais.
É necessário também que o professor tenha algumas atribuições, como, elaborar, executar, avaliar o Plano de AEE, como também realizar a avaliação diagnóstica e contínua dos alunos. Dessa forma, é fundamental que o profissional estabeleça um cronograma de atendimento.
Para auxiliar no desenvolvimento do projeto e garantir execução dentro de cada etapa, é importante seguir o modelo a seguir:
CRONOGRAMA DAS ETAPAS
Etapas |
Atividades |
Responsável |
Etapa 1 |
Colher dados dos alunos com necessidades e levantar hipóteses |
Professor específico e equipe escolar |
Etapa 2 |
Estruturar a sala de recurso multifuncional e produzir materiais |
Professor específico e gestão escolar |
Etapa 3 |
Atender os alunos e proporcionar acesso à aprendizagem |
Professor especifico |
Etapa 4 |
Avaliar e acompanhar o desenvolvimento dos alunos |
Professor específico e equipe pedagógica |
6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
O requisito de monitoria e avaliação, efetiva-se por meio de diagnóstico, levantamento de hipótese, acompanhamento do desenvolvimento escolar e social, e monitoramento das habilidades adquiridas. O monitoramento é realizado de maneira semanal, e a avaliação de forma continua, ou seja, todas as vezes de atendimento. Esse processo avaliativo será realizado pelo professor especifico da área com o auxílio e apoio da gestão escolar.
De acordo com (LIMA VERDE, 2012), o objetivo da avaliação é recolher informações do aluno e considerar os aspectos apresentados, como, cognitivo, psicomotor, afetivo, social, estabilidade, saúde, oralidade, escrita, aprendizagem, comportamentos, atitudes e desenvolvimento.
7 RESULTADOS
7.1 Resultados Esperados
Através do Atendimento Educacional Especializado por meio da sala de recursos multifuncionais- AEE, espera-se os seguintes resultados:
a) Superação de todas as necessidades especiais;
b) Melhorias no processo da aprendizagem;
c) Desenvolvimento em todos os aspectos;
d) Autonomia nas atividades educacionais e sociais.
7.2 Resultados Obtidos
A implantação desse projeto tem como meta obter os respectivos resultados:
a) Responsabilidade e dedicação do professor atuante da área;
b) Comprometimento e apoio da gestão;
c) Participação de toda equipe escolar;
d) Acompanhamento por parte de todos os envolvidos.
8 Conclusão
Todas as etapas desse projeto, ao serem cumpridas e desenvolvidas com responsabilidade, podem resultar em grande êxito no processo escolar, de alunos com necessidades especiais.
Ressaltando que a responsabilidade e comprometimento do profissional da área junto com a equipe escolar, é de grande valia, pois para a realização do respectivo projeto será necessária muita dedicação.
Dessa forma, é fundamental que o profissional, ultrapasse todas as barreiras e problematize as atividades e construa um planejamento no qual atenda as especificidades e particularidades da clientela.
As organizações e estruturação da sala de recursos multifuncional, serão eficientes tendo investimentos do professor da área e participação da gestão escolar e secretaria de educação.
Sendo assim, esse projeto também se concretizará no processo de avaliação, acompanhamento e monitoramento.
Portanto, o projeto cumprindo todas as fases se tornará um instrumento dinâmico no qual tende a contribuir com uma educação de melhor qualidade.
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, Sandra Arnaldo de Amorim; SANTOS, Almir Barbosa dos. Atendimento educacional especializado para alunos especiais de escolas públicas: uma perspectiva de direito social. V Colóquio Internacional “Educação e Contemporaneidade “ São Cristóvão SE, 2011.
LIMAVERDE, Adriana. O aluno com deficiência intelectual: intervenção do Atendimento Educacional Especializado. Ribeirão Preto, 2012.
MANTOAN, M. T. E. Uma escola para todos.2004.Disponível em: http://www.aee.ufc.br/oktiva.net/1733/nota/48704 Acesso em: 22 de out. 2018.
Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação. Resolução n° 04, de 02 de outubro de 2009. Institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica – Modalidade Educação Especial. Diário Oficial da União Brasília, n°190, 05 de outubro de 2009. Seção 01.p.17.
SATORETO, Rui; SATORETO, Mara Lúcia. Atendimento educacional especializado e laboratórios de aprendizagem: o que são e a quem se destinam (2010). Disponível em www.assistiva.com.br Acesso em: 20 de out. 2018.
SILVA, K.F.W; MACIEL, R.V.M. Inclusão escolar e a necessidade de serviços de apoio: como fazer? In. Revista Educação Especial. 2006. Disponível em http://www.reveduesp.com.br Acesso em: 20 de out. 2018.
Por Nancileide Ferreira Rodrigues
Graduada pela Instituição de Ensino: UniCesumar Maringá-PR
Pós graduada pela Faculdade: Unica Prominas Ipatinga-MG
Atuante como professora dos anos iniciais na Rede Municipal de Educação - Rondonópolis-MT