PROJETO

GERMINAÇÃO E HORTA: DA SALA AULA AO AR LIVRE DO

AMBIENTE ESCOLAR

Luciana Cristina da Silva Evangelista[1]

Gabriella Fernanda Evangelista da Mota[2]

Estudantes do Ensino Fundamental I[3]

RESUMO

Este projeto segue a linha da BNCC “mais investigação e menos transmissão de conteúdo”, ou seja, menos cópias e mais buscas. Nesse sentido, objetiva-se transformar informações em conhecimentos através da pesquisa, da teoria à prática, na perspectiva de criar e promover a aprendizagem prazerosa, qualitativa e autônoma. Com base na indagação “Qual importância do processo de germinação à construção da horta, da sala de aula ao ar livre do ambiente escolar?”. A sequência didática segue uma abordagem interdisciplinar, o resultado deste projeto aponta para o sucesso escolar com base na aprendizagem significativa.

INTRODUÇÃO

A BNCC nos media a um processo de trabalho pedagógico por “mais investigação e menos transmissão de conteúdo”, ou seja, menos cópias e mais buscas. O processo de investigação dar-se-á por meio de pesquisas que os estudantes da Educação básica, no ensino fundamental I têm realizadas nas plataformas online, em almanaques, livros,  aulas expositivas em sala de aula, revistas, e, através dos saberes do homem do e no campo em sua região- a Chã de Cruz. Nesse sentido, o objetivo norteador é transformar informações em conhecimentos através da pesquisa, da teoria à prática, na perspectiva de criar e promover a aprendizagem prazerosa, qualitativa e autônoma. a importância do processo de germinação à construção da horta, da sala de aula ao ar livre do ambiente escolar, vem sendo trabalhada  pela sequência didática na abordagem interdisciplinar como resultado de uma aprendizagem significativa.

Os estudantes buscam compreender os fatores que influenciam no processo de germinação, para construir um momento eficaz para fazer depois o plantio das mudas na horta.

A água também é um elemento de estudo para o processo de germinação, na plantação de mudas, e, para o próprio consumo alimentar.

ATIVIDADES PROPOSTADA

O projeto germinação e horta: da sala aula ao ar livre do ambiente escolar vem sendo trabalhado por uma sequência didática na abordagem interdisciplinar como resultado de uma aprendizagem significativa. Conforme Dolz e Schneuwly (1998, p.93) é “um conjunto de módulos escolares organizadas  sistematicamente  em  torno  de  uma atividade  de linguagem dentro de um projeto de classe”.

Nessa perspectiva, as atividades propostas seguem a sequência didática abaixo:

  • Introdução dos conteúdos programáticos pelo (a)  professor(a)Conteúdo aplicada;
  • Pesquisa em plataforma online, livros didáticos, revistas almanaques, outros;
  • Entrevistas com pessoas do campo – seus saberes;
  • Experimentos com sementes (feijão e milho);
  • Elaboração de uma ficha para acompanhar a transformação da semente;
  • Observação diária no processo de transformação das sementes;
  • Preparação do solo da escola para plantação das mudas e novas sementes;
  • Relatório desde a preparação para germinação, colheita e preparação da merenda escolar.

 

Os estudantes do 5º ANO da Turma A, do Colégio Municipal Maria de Fátima, além de participarem de todo os manejos desde a germinação ao plantio da das mudas e novas sementes, também trabalham a questão de reciclagem, reaproveitam embalagens plásticas como garrafa pet, copo descartável, sacolas plástica, numa construção de diálogos que possibilitam ações sustentáveis para o meio ambiente. Eles transformam garrafa pet em regador, copo descartável em utensílio para a germinação, sacolas plásticas para proteção das mudas. Além disso, também o debate gira em torno de alimentação saudável, cuidados com a água.

É importante, ressaltar aqui a indicação da UNESCO (1999) sobre o planejamento na educação ambiental, que em nosso plano de aula está como tema de estudos no componente curricular de Ciências.

“O planejamento do ensino tem sido na atual prática pedagógica um procedimento desgastado, desvinculado da realidade do processo pedagógico, determinado autoritariamente de cima para baixo resultando em ineficácia e em  esvaziamento de seu objetivo. Porém, para realizar uma educação popular comprometida com a transformação da sociedade para um mundo mais equilibrado social e ambientalmente, se faz necessário resgatar o planejamento como uma ação pedagógica essencial. O planejamento das ações deve ser essencialmente participativo, com professores, alunos, segmento comunitários, etc, para que cada um contribua com sua experiência acumulada, sua visão de mundo e suas expectativas, aflorando as contradições e facilitando a compreensão e a atuação integral e integrada sobre a realidade vivenciada. As pessoas envolvidas no processo terão com um exercício de cidadania, uma participação ativa na elaboração teórico e prática das ações para a superação dos problemas diagnosticados. Simultaneamente essas ações estarão comprometidas com a realidade ambiental do local em que se vivencie este processo.

Neste planejamento deve-se considerar que os conteúdos das diferentes áreas de conhecimento serão o ponto de partida para proceder-se a reelaboração com vistas à produção de novos conhecimentos, aplicados a realidade no sentido de transformá-la. Se em uma aula o educador deter-se apenas ao conteúdo, não o relacionando a realidade, estará descontextualizando este conhecimento, tirando seu significado e alienando-o.

Pode-se dizer o planejamento implica na participação ativa de todos os elementos envolvidos, prioriza a busca de unidade entre teoria e prática, deve partir da realidade concreta e ser voltado para atingir o fim mais amplo da educação. Parte da realidade local, mas inserida na realidade global.

Um dos pressupostos da crise ambiental das sociedades modernas é a fragmentação do saber, pois isolando o conhecimento nas especificidades das partes, perde-se a noção do todo. Com isso verifica-se na prática escolar a falta de integração entre os diferentes saberes científicos, bem como com os demais saberes. Esse é um dos principais e mais difíceis pontos a serem superados para realização da Educação Ambiental; assim o planejamento participativo torna-se um instrumento para alcançar a interdisciplinaridade pelo incentivo a uma postura integrativa. A participação se efetiva não só na execução por todos, mas principalmente pelo pode de decisão e avaliação sobre o processo que todos o integram.”[4]

Nossa compreensão, dar ênfase no planejamento, é para uma ação eficaz ou chegue o próximo possível a perfeição da ação executada. E, que permite o feedback[5] entre os protagonistas da ação.

Cremos no que diz Papert (2008)

[...] as crianças farão melhor descobrindo por si mesmas o conhecimento específico de que precisam; a educação organizada ou informação poderá ajudar mais se se certifica de que elas estão sendo apoiada moral, psicológica, material e intelectualmente em seus esforços. O tipo de conhecimento que as crianças mais precisam é o que as ajudará a obter mais conhecimento (PAPERT, 2008, p. 135).[6]

            As atividades do presente projeto nos remete a construção de uma educação escolar prazerosa como Evangelista (2017), define “O ser humano mudou suas necessidades, sendo também preciso tonar as aulas mais atraentes, transformando a sala de aula em um espaço colaborativo, colocando o aprendiz como protagonista do aprendizado”.

REFERÊNCIAS

DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Para uma educação oral. Introdução aos gêneros formais na escola. Paris: ESF EDITOR, 1998. (Didática do Francês).

EVANGELISTA, Luciana Cristina da Silva. Aprendizagem de Língua Portuguesa através dos Contos Populares – Ensinagem e Aprendizagem. 1 Ed. ISBN 978620204889-7, Novas Edições Acadêmicas, OmniScriptum, 2017.

UNESCO. Educação para um futuro sustentável. Brasília: IBAMA, 1999.

 

[1] Profª Polivalente, Especialista em Psicopedagogia Institucional, Mestre e Doutora em Ciências da Educação.

[2] Graduanda em Pedagogia

[3] Estudantes do 5º ANO da Turma A, do Colégio Municipal Maria de Fátima, localizado em Chã de Cruz, zona Rural do município de Paudalho/PE/Brasil. Ano 2019.

[4] UNESCO. Educação para um futuro sustentável. Brasília: IBAMA, 1999.

[5] É uma palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a um determinado pedido ou acontecimento. O termo é utilizado em áreas como Administração de Empresas, Psicologia ou Engenharia Elétrica. https://www.significados.com.br/feedback/Acesso em 22 de maio de 2006.

[6] www.webartigos.com/artigos/pedagogia-humanizada/153938