1. INTRODUÇÃO

Objetivando um maior índice de aprendizado o trabalho em questão buscou a análise de um jardim paisagístico e sua estruturação, sendo esta composta pelo memorial descritivo do projeto, do seu manual de implantação e por final os anexos no tratante ao croqui, feito isso o trabalho fez uma minuciosa análise dos conhecimentos adquiridos em sala e por meio deste teve por objetivo a estruturação de um projeto, ainda que simulado da estrutura adjacente a um jardim paisagístico.

  1. OBJETIVO DA DISCLIPLINA

No meio da agronomia um dos fatores de importância na grade acadêmica é a floricultura e paisagismo, esta disciplina abrange uma vasta gama de conhecimentos, tais como noções de desenho técnico, estruturação de projetos padronizados por meio das normativas da ABNT, e conhecimentos específicos a respeito de plantas e suas adequações (LORENZI, 1992).

Nesse sentido o profissional agrônomo possui o conhecimento mais específico para implantação de um jardim, isso é devido ao grande contexto de conhecimentos obtidos por ele no decorrer de seu curso, a agronomia proporciona vasto conhecimento no sentido de cuidados com plantas e seus tratos específicos, desta forma propiciando um profissional altamente capacitado para a elaboração de projetos de porte paisagístico (LORENZI, 1992).

O objetivo da subsequente disciplina de floricultura e paisagismo é dar o conhecimento necessário para o profissional agrônomo no tratante a elaboração de jardins, para tal se faz uso de conhecimentos responsivos a desenho técnico, botânica e técnicas fitossanitárias, de modo mais abrangente a disciplina em questão proporciona a criação de profissionais altamente qualificados para criação de jardins e estruturas decorativas que fazem uso de plantas (LORENZI, 1992).

  1. MEMORIAL DESCRITIVO

 1.1 APRESENTAÇÃO

Seguindo as diretrizes e orientações do Projeto Básico de Paisagismo seguem as definições do Projeto Executivo de Paisagismo da empresa de maquinário agrícola Multiforce. Este projeto apresenta em forma de desenho técnico a locação das espécies vegetais; nome científico e popular; porte adequado de plantio; espaçamento e densidade de plantio; quantificação e observações pertinentes. Também é apresentado neste texto breve manual de implantação e manutenção, que visa uma melhor e mais objetiva implantação dos jardins (MACIEL, 2006).

1.2 DESCRIÇÃO

A área a ser trabalhada compreende um terreno de aproximadamente 1800m², situado no distrito agroindustrial de Anápolis. O terreno possui, em sua maioria, topografia pouco acidentada, sendo neste contido estruturas construídas e nestas serão feitas a implantação do jardim, além disso observa-se que no tratante a área vaga será aplicada um gramado para aumentar o grau de beneficiamento vegetal do local.

Quanto as plantas que serão aplicadas no local:

Buritis – Mauritia flexuosa – palmeira presente nas veredas, nascentes, alagados e cursos d’água. Esta precisa de constante fluxo de água, seu porte é elevado podendo alcançar até 10m de altura em condições normais (LORENZI, 2004).

A Palmeira-imperial – Roystonea regia – espécie exótica presente no projeto que tem sua utilização justificada, por meio da beleza inclusa no contexto paisagístico e sua aplicabilidade em trechos decorativos (LORENZI, 2004).

            Espada de São Jorge - Sansevieria trifasciata- de origem africana, a espada de São Jorge é uma planta que exige pouca manutenção e apresenta grande resistência. Deve ser plantada em lugares com meia sombra, tolerando tanto ambientes iluminados quanto sem luz alguma. Consegue aguentar situações de extremo calor ou extremo frio, e deve ser regada sempre que seu solo estiver seco (LORENZI, 2001).

Lírio da paz -Spathiphyllum wallisii- original da América Central, é uma planta que combina beleza com cuidados simples. Resiste a climas de baixa temperatura, e precisa de uma umidade moderada. No caso dela, é preciso evitar o uso de prato com água sob o vaso (LORENZI, 2001).

Antúrio - Anthurium - Original da Colômbia, essa planta é tradicional no paisagismo por sua beleza e por ser de fácil cultivo e manutenção. Deve sempre estar a meia sombra e ser regada regularmente, porém sem encharcar (LORENZI, 2001).

Zamioculcas -  Zamioculcas zamiifolia - Original da Tanzânia e de Zanzíbar, é considerada popular para ambientes internos por ser uma planta decorativa. Ela é bem resistente por conseguir aguentar alta exposição solar ou falta dela, além de poder ficar muito tempo sem ser regada. Só tome cuidado para não colocar a planta em um vaso com muita água - ela deve ter o solo apenas ligeiramente úmido (LORENZI, 2001).

Grama Esmeralda – Zoysia japônica - Tradicional em projetos paisagísticos, esta deve ser implantada com abundância de água e sol, antes da implantação o solo local deverá ser previamente escarificado (manual ou mecanicamente) numa camada de 15 centímetros de profundidade. Este solo deverá ser recoberto por uma camada de no mínimo 5 centímetros de terra fértil. O terreno deverá ser regularizado e nivelado antes da colocação das placas de grama. As placas de grama devem ser perfeitamente justapostas, socadas e recobertas com terra de boa qualidade para um perfeito nivelamento, usando-se no mínimo 0,90m2 de grama por m2 de solo. O terreno ou floreira deverá ser abundantemente irrigado após o plantio.

Dos materiais de porte decorativo: Será feito uso de pedrisco branco, casca de pinus e também brita. No caso dos dois primeiros, estes serão de uso interno e externo no jardim, quanto a brita, esta será para uso nos estacionamentos da propriedade.

1.3. DA QUANTIDADE

- Pedrisco Branco: 50 kg;

- Casca de Pinus: 150 kg;

- Brita: 3 toneladas;

- Grama esmeralda: 150 m2 de grama esmeralda;

- Buriti: 14 mudas em estágio de desenvolvimento adequado para implantação;

- Palmeira Imperial: 18 mudas em estado de desenvolvimento adequado para implantação;

- Zamioculcas: 50 mudas com pelo menos 6 meses de idade para implantação adequada;

- Antúrio: 12 mudas de Antúrio;

- Espada de São Jorge: 40 mudas de espada de são Jorge prontas para plantio;

- Lírio da Paz: 25 mudas com pelo menos 1 mês de idade.

  1. MANUAL DE IMPLANTAÇÃO

 2.1 PREPARO DO TERRENO

Para o plantio das espécies indicadas no terreno externo da empresa este deverá estar livre de plantas daninhas, limpo de detritos de obras civis e lixo. Após a limpeza deverá ser feita a escarificação do terreno, para descompactar e promover a aeração do solo, os torrões devem ser quebrados. Efetuar o nivelamento do solo, conforme projetos, acrescentando terra vegetal ou areia, se necessário, principalmente no plantio da grama e canteiros. Nesta fase devem ser feitas as análises de solo para verificação das possíveis correções. Seguinte a esse processo deverá ser feita a incorporação de insumos – adubo orgânico, adubo químico, calcário dolomítico, para os canteiros e gramados, conforme necessidade.

No tratante aos canteiros deve-se seguir o mesmo processo, porém por ser utilizado terra em proporções pequenas não é possível a escarificação desta, sendo assim deve-se proporcionar terra de boa qualidade com redução de quantidade de torrões e detritos indesejados.

  • PREPARO DAS COVAS E CANTEIROS

As covas para as palmeiras devem possuir dimensão de no mínimo 60x60x60 (cm), à terra retirada deverá ser utilizada para preparar uma mistura com calcário, adubo orgânico e adubo mineral NPK 6-30-6, para enchimento das covas (BASTOS, 2002).

As covas para arbustos devem possuir dimensão mínima de 40x40x40 (cm), à terra retirada deverá ser utilizada para o preparo da mistura de adubação recomendada, para enchimento das covas. Por estas serem utilizadas na parte interna da estrutura deve-se ter um cuidado especial com o manejo da terra, para evitar contágio desta por parte de plantas infestantes (BASTOS, 2002).

No quesito dos vasos deve-se fazer uso de terra rica em material orgânico, sendo este na proporção de 1/do volume do vaso, para enfeite de superfície dos vasos se utilizaram lascas de madeira (BASTOS, 2002).

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