Por Paulo Marcos Ferreira Andrade

Público alvo: Turma Multisseriada (3º E 5º ANO)

Situação conflitiva: Bullying

Apresentação

Este plano de ação será desenvolvido na Escola Municipal Raimunda A. de Almeida Leão na turma mutisseriada 3º e 5º ano do ensino fundamental. Cuja docente responsável é recém formada e está em sua primeira experiência em uma turma que além de mutisseriada é composta por a 23 alunos.  A temática central será reflexão sobre o Bullying tanto na sala de aula, embora este seja também um problema da sociedade em geral.

Livro relacionado:

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

Deste modo pretende-se discutir com este projeto as situações ocorridas no ambiente escolar caracterizada como bullying, além disso, este projeto visa discutir formas de convivência no espaço escolar, valorizando a amizade, os valores humanos e a integração entre os envolvidos no projeto.

JUSTIFICATIVA

A prática do Bullying, tornou-se algo comum nos espaços educacionais, provocando cada vez mais atitudes violentas, tantos dos agressores, como das vítimas.

Discutir as questões ligadas a prática do bullying com toda a comunidade escolar, é importante, pois, proporciona a reflexão e evita que novos casos de bullying ocorra nas unidades escolares. Este projeto pretende atuar, tonto com os alunos, como pais e responsáveis, buscando medidas educativas que combatam as ações de violência na escola.

A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. "O fato de ter consequências trágicas - como mortes e suicídios - e a impunidade proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema".

Objetivo Geral 

Refletir sobre as causas e consequências do bullying, tomando como partida as narrativas de alunos, professores, pais e responsáveis da turma multisseriada 3º e 5º ano do ensino fundamental.

Objetivos específicos 

  • Discutir com os alunos as principais causas de bullying na sala de aula.
  • Refletir sobre a necessidade de desenvolvermos ações educativas contra o bullying na Escola Municipal Raimunda A. de Almeida Leão.
  •  Aplicar atividades orais e escritas que estimulem a reflexão sobre as práticas de violência no espaço escolar.
  • Discutir o respeito as diferenças dentro e fora da sala de aula.
  • Construir uma proposta de regras de convivência e contra o bullying na unidade escolar.
  • Solucionar problemas referentes a temática que vem acontecendo no interior da sala de aula e se propagando pela escola e comunidade;
  • Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
  • Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;
  • Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;
  • Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;
  • Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.
  • Levar o grupo a perceber a importância do respeito mútuo, respeito às diferenças individuais e com isso iniciar o trabalho de temas como Bullying e como evita-lo.

Descrição do problema

            Há na sala de aula acima supra citada três alunos, que estão em constantes conflitos. O primeiro é negro e está acima do peso, tem sido agressivo com os colegas que usam termos pejorativos ao se referem a ele, que também se refere a um colega da sala de forma constrangedora dado ao fato do colega babar devido um problema nas glândulas salivares. O terceiro é branco e encontra em defasagem ano/idade, este que se colocar como líder da sala e por isso recebe apelidos pejorativos devido ser muito branco, alto e estar atrasado nos estudos.  A professora se encontra em dificuldades para solucionar o problema devido ser inexperiente e a complexidade do mesmo. Desta forma a equipe gestora da escola após ter analisado a situação propõem a  realização deste plano de ação.

Discutir com os alunos as principais causas de bullying.

Metodologia

Este projeto será desenvolvido através de leituras, filmes, brincadeiras, trabalhos em grupos, contação de histórias, proporcionando aa reflexão sobre as causas e consequências do Bullying na sala de aula.  O dialogo será a mola mestre das atividades exequíveis deste plano de ação.

Atividades Em Ordem Cronológica 

  1.  Roda de conversas para levantar as causas do problema;

ü  É importante usar este momento para esclarecer o que o bullying e as consequências do mesmo. A conversa deve ser descontraída sem chamar a atenção, sem focar diretamente no problema, sem das o a palavra final.

ü  É importante que os alunos falem livremente sobre o assunto mesmo que aflore as situações conflitivas;

  1. Contar a história as tranças de Bintou; 

ü  As Tranças de Bintou é uma linda história, escrita por Sylviane A. Diouf, que conta o sonho de Bintou, uma menina africana, de ter tranças como todas as mulheres mais velhas de sua aldeia. Mas, como ainda é criança, tem de se contentar com os birotes. A autora Sylviane A. Diouf, filha de pai senegalês e mãe francesa, criou uma delicada história sobre a angústia do rito de passagem e o aprendizado do crescimento. As ilustrações de Shane W. Evans reforçam beleza, tradição e encantamento da cultura africana. Um belo exercício de respeito à pluralidade cultural e ao amadurecimento. Com esta história, podemos destacar atitudes solidárias em detrimento ao preconceito. 

  1. Dinâmicas de Grupo;

ü  Dividir os participantes em grupos de 5 ou 4 participantes, cada;

ü  Entregar para cada grupo uma folha de sulfite e canetas coloridas.

ü  Explicar que cada componente do grupo só poderá fazer um traço de cada vez para executar o barco e que quando terminar o seu traço deve passar a folha para o próximo colega que por sua vez irá executar o traço que lhe cabe. Por exemplo: O primeiro participante faz o traço que se refere à parte de baixo no barco, cabe então ao próximo participante fazer uma das laterais. E assim por diante até que todos possam ter executado sua parte e o barco esteja, totalmente, desenhado.

ü  Pedir para que iniciem a atividade. Enfatizar que cada grupo deve ter seu desenho pronto no prazo máximo de 2’.

ü  Após a execução da atividade verificar se todos completaram o desenho e qual grupo a terminou mais rapidamente. (A tendência é que todos os grupos terminem rapidamente e não tenham dificuldade para executar a tarefa).

ü  Agora, explicar que isso foi apenas um ensaio e que irão novamente fazer o desenho do barco, só que agora serão estabelecidos algumas características para cada participante como descritas a seguir. (colocar na lousa ou levar um cartaz).

                       Participante 1- É cego e só tem o braço direito.

                       Participante 2- É cego e só tem o braço esquerdo.

                       Participante 3- É cego.

                       Participante 4- É mudo.

                       Participante 5- Não tem os dois braços.

Obs: Essas combinações são feitas de acordo com o número de participantes de cada grupo, podendo ser acrescentadas ou retiradas dificuldades. O facilitador pode levar fitas para prender a mão ou mãos dos participantes que não podem usá-las, pois estes tendem a não respeitar as instruções até mesmo por ato reflexo. Outras combinações podem ser feitas: cego e surdo, só tem o braço esquerdo, etc.

ü  7-   Depois de explicado quais serão as dificuldades dos membros do grupo, pedir para que estabeleçam quem irá assumir qual característica, entregando as vendas para os que serão cegos, tiras de pano para amarrar os braços que não deverão utilizar e tapa ouvidos para os surdos.

ü  Quando todos estiverem prontos, estabelecer o tempo de 4’ para que executem a tarefa.

Obs: O facilitador deverá permanecer em silêncio, apenas observando o trabalho. Caso alguém solicite ajuda ou informações, reforçar as instruções já ditas sem dar outras orientações. Caso algum participante faça perguntas do tipo está certo? Pode fazer assim? Deixar o grupo decidir. Não deve interferir. Estas situações poderão ser retomadas no momento de debate, para análise e como ilustração para outros comentários.

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