Um dos nossos inúmeros problemas são os péssimos engenheiros que temos, não todos mas uma parcela deles. Se não vejamos: em BH podemos lembrar do viaduto que lá tombou em 2016.

Em Porto Alegre temos uma avenida perimetral inaugurada há menos de 10 anos que está rachando em incontáveis pontos. Os prédios que desmoronaram na Barra da Tijuca há quase duas décadas são outras mostras do problema. As cabeças de pontes de rodovias brasileiras mais parecem degraus. E agora esse viaduto em SP que está interditado devido à(s) fissura(s).

Engenheiros ruins procuram, em vão, dar explicações e desculpas por essas "derrotas". Governantes fogem de suas responsabilidades na supervisão e recebimento das obras fazendo, posteriormente,  remendos que duram muito pouco, pela sua, também, baixa qualidade. Os conselhos de profissionais de engenharia, com suas exageradas exigências para conceder um certificado, são ineficientes em cobrar a manutenção das exigências iniciais,e, pouco fazem para melhorar a qualidade dos seus associados. 

Quem não pode ser responsabilizado por isso são os peões destas obras. Sejam eles os que seguram ferramentas ou os que forjam o ferro ou ainda os que fazem o trabalho pesado. Os reais responsáveis são os seus incompetentes engenheiros.

A  "obra" (7X1) do Sr. Scolari , por exemplo, trouxe à tona, na época e no jornalismo especializado, a ideia de importar o próximo técnico da seleção brasileira - " isto traria maior qualidade ao selecionado tendo em vista que lá fora é onde está o futebol de melhor qualidade do mundo" diziam eles.

Sendo assim importar engenheiros resolveria esse nosso problema. Então por que não criar um programa Mais Engenheiros?

É claro que a defesa de um programa como esse é uma provocação. O Brasil tem ótimos profissionais. O que precisamos nesse momento é de profissionais mais comprometidos e bem preparados; governantes realmente preocupados com o bem comum e a melhoria da qualidade de vida das populações, isto sim é o que deve pavimentar o caminho para o desenvolvimento e modernização necessários. Caso contrário continuaremos sendo eliminados na disputa por uma país melhor. E com vexames.

Também poderia ser adotado um exame periódico, a exemplo do que ocorre com os pilotos que têm suas habilitações revalidadas a cada ano, se pilotos executivos, ou a cada seis meses, se pilotos de empresas aéreas. Comissários(as) de bordo também são avaliados periodicamente.  Outros profissionais que lidam direta ou indiretamente com vidas humanas como os médicos, deveriam de tempos em tempos provar se ainda mantém suas proficiências. Ah. Antes que insinuem: não precisamos de programa " Mais Pilotos" pela razão acima exposta e porque pilotos brasileiros são ótimos profissionais e também muito requisitados no exterior.

R. V. Janczura. Piloto de Linha Aérea. (Aposentado mas não inativo!)