RESUMO

Professor, Pedagogo e Educação são palavras ligadas por um fio muito forte, entretanto não soberano, mas que formam uma unidade, aqui procuro esclarecer os laços e vínculos, com relação ao professor, que é visto sim, como aquele que professa e que tem a capacidade de disseminar conhecimentos e, ao mesmo tempo ser o vilão da educação, sendo até mesmo discriminado dentre seus pares e principalmente dentro da sociedade que estigma a profissão ,sem valorizar no mínimo, os princípios éticos, que foi percebido entre os acadêmicos de Pedagogia, ao ministrarmos a disciplina Pedagogia em Ambientes não Escolares para o Plano de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) Universidade Federal do Para, UFPA/Bragança, em suas falas e inquietudes, quando da discussão sobre a valorização do professor.

Desde a criação do mundo sempre houve o aprendizado, embora visto de forma não formal, ou até mesmo nem visto, pois é público e notório que aprendemos uns com os outros, a não importa se aprendemos para o bem ou para o mal, no sentido de aprendizagem, os valores éticos e morais são o que nos fazem distinguir. Ao se concretizar de seus erros, e seus acertos, o homem foi modernizando o mundo, alicerçando-se no seu conhecimento empírico, como também  na era da comunicação tecnológica desse mundo contemporâneo, sem nos esquecermos da comunicação tradicional, ou a comunicação oral, sabe-se, que a primeira manifestação de voz da humanidade, encontra-se registro na Bíblia Sagrada, onde Deus disse “que se faça a luz”, e a luz passou a existir, então já era a comunicação formal, dando vida a tradição, tradição de modo geral que penso não deva-se despir completamente, dentro dessas práticas na profissão chamada professor.

O conceito de profissionalidade pode ser refletido no professor sobre sua própria experiência “O professor forma a si mesmo mais do que é formado” (Nóvoa 1994),” aprende na ação e refletindo sobre ela” (Gomez 1992), então suas ações têm implicações decisivas na formação de profissionais, não só da educação, mas de profissionais que para chegar a algum lugar necessitam ser escolarizados, entretanto a valorização do professor está cada dia mais distante, muito se fala, discursos intensos e extensos estão no dia a dia, entretanto em  ações concretas deixa muito a desejar, primeiramente por conta de que o professor sempre foi estigmatizado, pois desde séculos ,para ser professor, bastava ter apenas vocação, logo depois apenas o magistério básico, enquanto que para outras profissões (Médicos, Engenheiros, Advogados etc...)era necessário o nível superior. Por outro lado, surge na mulher o sonho da independência financeira, juntamente com o desejo de se profissionalizar, porém havia a discriminação, e já que ela queria uma profissão, por que então não ser uma professora normalista, reduzindo-se aos espaços formais escolarizados.

Hoje percebemos que não podemos reduzir a formação profissional a espaços formais e escolarizados, organizados com esse fim, é necessário uma reflexão, acerca do Professor, o que ensina, o que busca dar o todo de si comprometido com a sociedade, precisamos refletir principalmente como nós professores nos vemos, pois tenho observado que sempre que se reúnem oficialmente, quase nunca ouvimos palavras reconhecedoras para esse gigante chamado professor, muito ao contrário, os próprios professores buscam contar fatos, que acabam por inferiorizar diminuindo  a classe, enquanto que temos uma infinidade de professores que servem ou deveriam servir de espelhos para reflexões no mínimo filosóficas, pois todo professor quer alunos interessados, já que é no aluno que está o foco; neste sentido, seleciona conteúdos que façam sentido e sejam desafiadores, porém, existem outros que quando assistem o colega quebrando paradigmas e buscando novas metodologias se sentem intimidados e procuram denegrir o trabalho do outro, ai pergunto onde foi parar a ética? Então de acordo com Johann Jorge (2009) ” Antes de avançarmos na busca da aproximação entre educação e ética no campo educativo, faz-se necessário clarificar a compreensão dos termos ética e moral, pois muitas vezes eles são empregados como sinônimos”

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