Resumo

Atualmente os biocombustíveis como o etanol do milho e da cana-de-açúcar tem sido empregues como fontes de energia alternativa e renováveis, no intuito de substituir combustíveis fósseis porque contribuem de forma significativa na redução de emissão de gases de estufa. Os países mais destacados na produção de biocombustíveis através do etanol de milho e cana de açúcar são o Brasil e os EUA, respectivamente. Maior enfoque sobre as fontes de energia renováveis surgem devido a expansão da indústria automóvel e a preocupação com a diminuição das reservas de petróleo, pensando também na preservação do meio ambiente.

Palavras-chave: Álcool. Milho. Biocombustível.

1. PRODUÇÃO DE ETANOL DO MILHO

A sustentabilidade é atualmente um dos desafios da indústria e da agricultura dentro de um contexto de desenvolvimento econômico, pois os processos de produção devem ser mais limpos. Parte-se de princípio que os produtos devem ser biodegradáveis, oriundos de fontes renováveis, obtidos por processos limpos, e consumirem um baixo custo de energia. A principal matéria-prima para a produção do etanol no Brasil, é a cana-de-açúcar. Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a expectativa de produção para a safra 2017/21018 é de 24,7 milhões Arde litros de etanol na Região Centro-Oeste do país, o que representa uma redução de 3,71% em comparação a safra de 2016/2017. Para o milho, a União, em conjunto com demais sindicatos e associações destas regiões, estimam a produção de aproximadamente 300 milhões de litros. Os biocombustíveis permitem a redução da emissão de poluentes atmosféricos através de veículos automotores, proporcionam uma alternativa para a redução do consumo de fontes não renováveis e é um caminho para a ocorrência de um maior equilíbrio entre a produção e o consumo de CO2 na natureza. O acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera devido ao grande consumo de combustíveis fósseis tem sido apontado como um dos grandes responsáveis pelo aquecimento global e mudanças climáticas (LAOPAIBOON, 2010). A substituição da utilização de gasolina por etanol em veículos automotores reduz em até 90% a emissão de dióxido de carbono, justificando assim o interesse na utilização e importância de bioetanol como como fonte de energia renovável (SERNA-SALDIVAR et al. 2009). Porém, a utilização do etanol alinha-se com a política energética brasileira e vem ao encontro das exigências internacionais de redução de poluentes. Considera-se que é uma excelente escolha econômica e ambiental, pois parte-se exclusivamente de fontes renováveis, aumenta-se a produção agrícola e diminui-se a dependência do país em relação às indústrias de petróleo, no entanto, este não deve ser o motivo para aumentar a devastação de florestas, pois já existe muito solo agriculturável que está ocioso. Além da cana-de-açúcar, especial destaque vem sendo dado ao milho, as facilidades de total mecanização da cultura e a versatilidade em termos de fatores climáticos justificam esta posição de destaque em relação à cana de açúcar, podendo então o milho ocupar o espaço de entressafra da cana de açúcar e proporcionar então um período anual completo produzindo matéria prima para o etanol (WANG, D., et al. 2006). A produção do etanol do milho limitam-se às regiões Centro-Oeste do brasil, especialmente nas novas fronteiras agrícolas no país, como os estados de Goiás, Mato Grosso (MT) que tem se tornado maiores produtores de milho em grãos no país. O estado de Goiás conta com a usina da SJC Bioenergia, a São Francisco, em Quirinópolis. Já o Mato Grosso que foi o pioneiro na produção de etanol de milho, hoje conta com três unidades produtoras, sendo Libra, em São José do Rio Claro; Usimat, em Campos de Julho e Porto Seguro, em Jaciara. Porém, devido a maior oferta de milho nestas regiões, também condiciona para maior produção de biocombustível do milho. Nestas regiões, os sistemas tecnológicos de cultivo empregues como a de rotação com a soja, principal cultura da região, e a busca de mais uma fonte de renda na safrinha, pelo produtor no período da safrinha, permite que o Centro-Sul seja o segundo maior produtor de milho do país.