Prisão de mel
Publicado em 08 de setembro de 2010 por Simônides Silva bacelar
PRISÃO DE MEL
Simônides Bacelar
Solto nas paixões, sem freios,
com anseios,
devaneios,
eu quis alguém adorar.
Prendeu-me, então, num piscar,
teu olhar.
Eu fugia à séria vida,
tanta a lida,
lá contida.
Por isso, com graça e siso,
prendeu-me ? sem sobreaviso ?,
teu sorriso.
Perdia-me a escutar, das matas,
as sonatas
de cascatas.
Mas, co?efeito tão veloz,
prendeu-me o som ? brando algoz ?,
da tua voz.
Livre filho dos caminhos
sem ter ninhos
nem carinhos,
Eu ? em menos de um lampejo ?
todo prendi-me ao desejo
por teu beijo.
Da liberdade, fui guarda;
vesti farda
co?alabarda;
mas a batalha ? perdida.
Pois vê, prendeste-me à brida
da tua vida.
Cansado doutras labutas,
tantas lutas...
? Tu me escutas?
De tanto, assim, te querer,
prendi-me ao doce poder
do teu ser.
E, assim, brada a humanidade:
Liberdade!
Liberdade!
Mas genéticos grilhões
Unem todos às prisões
de corações!
Simônides Bacelar
Solto nas paixões, sem freios,
com anseios,
devaneios,
eu quis alguém adorar.
Prendeu-me, então, num piscar,
teu olhar.
Eu fugia à séria vida,
tanta a lida,
lá contida.
Por isso, com graça e siso,
prendeu-me ? sem sobreaviso ?,
teu sorriso.
Perdia-me a escutar, das matas,
as sonatas
de cascatas.
Mas, co?efeito tão veloz,
prendeu-me o som ? brando algoz ?,
da tua voz.
Livre filho dos caminhos
sem ter ninhos
nem carinhos,
Eu ? em menos de um lampejo ?
todo prendi-me ao desejo
por teu beijo.
Da liberdade, fui guarda;
vesti farda
co?alabarda;
mas a batalha ? perdida.
Pois vê, prendeste-me à brida
da tua vida.
Cansado doutras labutas,
tantas lutas...
? Tu me escutas?
De tanto, assim, te querer,
prendi-me ao doce poder
do teu ser.
E, assim, brada a humanidade:
Liberdade!
Liberdade!
Mas genéticos grilhões
Unem todos às prisões
de corações!