A infeliz e equivocada necessidade do ser humano de ditar regras que apontam o que seja certo ou errado para se fazer ou viver ou para poder estar inserido dentro de uma sociedade, sempre se mostrou desde  os primórdios através da  natureza dos fatos o quanto é inútil insistir nisso.  Mesmo assim o ser humano não consegue se desvincular disso. Talvez esta seja a prática mais adotada pelos indivíduos no dia a dia. É impressionante a vontade que os indivíduos possuem de querer interferir e conduzir no modo de se viver do seu semelhante. Vou dar um exemplo: A união estável entre os homossexuais deve ser legalizada?

 Opinião 1: Não!
Pelo simples fato do homossexualismo ser uma prática antinatural, amoral, contra as leis da Natureza e de Deus.

Opinião 2: Entendo que não. Em primeiro lugar pelo fato de a Constituição conceituar família como união entre homem e mulher. Em segundo lugar, pelo fato de a prática ser antinatural e contrária à moral convencional da maioria das pessoas integrantes da sociedade.

Opinião 3: Sim,
Não considero a homossexualidade uma pratica anti- natural, ou amoral. Ela existe, faz parte da vida de alguns, da sociedade de um modo geral. O Direito tem obrigação de proteger e tutelar interesses, estabelecer regras e não de definir comportamentos.

Opinião 4: Sem dúvida SIM.
Isto porque a união de homossexuais constitui um fato juridicamente relevante (envolve patrimônio, eventuais filhos adotivos etc) e que merece a tutela da Lei.
Caso se entenda que a prática é imoral, amoral, anti-natural, etc. Então, que seja feita uma lei criminalizando a conduta.

Vejam! As opiniões se diferem. Mais porque elas se diferem? Esses indivíduos poderiam ficar 4 horas ou dois dias discutindo que provavelmente não iriam chegar a um consenso. E por que não iriam? Simples: O princípio é o mais importante dos pensamentos por que dele derivam os demais. No primeiro caso segue-se o princípio do Divino, princípio este estabelecido por um livro que supostamente fora deixado por Deus (um ser misterioso, invisível, longínquo onde as provas são duvidosas e dependem da fé) que ditam regras de como se deve viver em perfeição. No segundo caso está bem próximo do primeiro porque no caso dá-se importância ao que é convencional perante a maioria das pessoas integrantes da sociedade. No caso, esse antinatural e contrário à moral convencional também não teria sido retirado desse mesmo livro Divino? No terceiro caso segue o princípio da vida como sendo o verdadeiro sentido de nossa existência e da convivência na igualdade dos direitos que cada um possui de conduzir sua vida do modo que seja o  mais correto. No quarto caso seque o princípio do quem pode mais chora menos por que se apóia no jurídico, no patrimônio e em uma possível possibilidade de dizer não a pergunta desde que seja feita uma lei criminalizando a conduta.

Um princípio apenas basta para que tudo isso seja uma discussão inútil. O princípio da vida como mais importante sentido da existência e a evolução do pensamento com a erradicação da violência. Este princípio leva a uma filosofia simples: se a vida é mais importante que qualquer coisa como você pode ditar regras para uma pessoa viver do modo que você acha o mais correto? Quando não há violência a uma vida perfeita de acordo com seu nível de conhecimento de seu caminho escolhido para viver. Quando você dita regras você está seguindo  outro princípio o do quem pode mais chora menos , princípio este que nos leva a impor a decidir pelos outros a querer impor o poder de seu pensamento, portanto a vida alheia não é mais importante que sua vontade de conduzir o processo do que seja certo ou errado. Na Filosofia evolutiva deve ser ao contrário, quanto menos você ditar regras de comportamentos, formas de se viver, que espelhem o seu modo de pensar, praticamente você está se portando como um ditador, um deus, um sabe tudo, um que se acha o todo poderoso, o que certamente tem causado muitos danos a sociedade e aos indivíduos que são sufocados por idéias fracas, que  só serve a quem as dita. A evolução está exatamente no cuidado, na prudência de uma mínima interferência possível  de como se deve se portar ou viver um indivíduo. Desde que a vida e a erradicação da violência, seja, o mais importante de tudo o resto se ajeita, se adéqua a convivência e certamente ao bem comum.