O rei de Marrocos chegou em Moscou, domingo 13 março, no quadro da sua segunda visita oficial á Rússia. Ele deve se reunir com o presidente russo, nesta terça - feira 15 marco 2016. O rei visitou a Rússia em 2002, antes de acolher Putin em 2006.

 A visita ocorre em um contexto particular, em que os dois países desejam consolidar suas parcerias em vários sectores.

 Acompanhado por uma grande delegação incluindo vários responsáveis de diferentes setores da economia marroquina, entre outros, seus conselheiros Taieb Fassi Fihri e Fouad Ali El Himma, Salaheddine Mezouar, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Mustapha Ramid, Ministro da Justiça e de Liberdades, Ahmed Toufiq, Ministro das doações e dos Assuntos islâmicos, Mohamed Boussaid, Ministro de Economia e das Finanças, Aziz Akhannouch, Ministro da Agricultura e das pescas Marítimas, Aziz Rebbah, Ministro do Equipamento, de Transporte e da  logística, Abdelkader Amara, ministra da Energia, das minas, água e meio ambiente.

 A delegação oficial inclui também o ministro delegado do Primeiro-Ministro, encarregado  da Administração da Defesa Nacional, Abdelatif Loudiyi, o ministro delegado  do Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Nasser Bourita, a Ministro Delegada do Ministro da energia, das minas, água e meio ambiente, encarregda do meio ambiente, Hakima El Haite, o Director-Geral do Escritório Nacional marroquino do Turismo, Abderrafie Zouiten, o embaixador do Rei em Moscou, Abdelkader Lachheb, e o presidente da Fundação nacional dos museus, Mehdi Qotbi.

Muitos assuntos urgentes devem envolver os dois dirigentes como a segurança e a luta contra o terrorismo.

 Enquanto a visita do rei Mohammed VI para Moscou vem em um momento marcado pelo terrorismo no Magrebe e no Oriente Médio, os dois chefes  iam discutir sobre os esforços de ambos os países na luta contra o terrorismo. Bem como  do "compromisso comum" contra o terrorismo e o extremismo, como os dois paises apresentarem seus fortes argumentos para se prevalecer neste domínio, entre outros, neutralizar os actos e planos dos terroristas, como o caso da formação dos imãs e a propagação do discurso de tolerância.

 Desde 2015, Marrocos distinguiu-se na luta contra o terrorismo internacional, nomeadamente através da prestação de informações valiosas para a França que ajudou a localizar alguns instigadores dos ataques de 13 de Novembro de 2015, mas é também graças a uma cooperação contínua com várias países europeus, como Bélgica e Alemanha.

O reino desmantelou também dezenas de células, ativas no seu território, evitando assim vários atentados.

 O principal assunto da preocupação é de abordar o  dossiê do Sara, considerando

Rússia, aliado para desenvolver as províncias do sul.

 No momento em que Marrocos condena veementemente as palavras do Ban Ki-Moon, Secretário-Geral  das Nações Unidas sobre o Sara, o país trabalha no sentido de  implementar o "novo modelo de desenvolvimento das províncias do sul", investindo mais de 77 bilhões de dirhams nos projectos de infraestrutura socio-económica.

 Bem  recentemente, Marrocos e Russia  tinham co de um concluído um acordo de pesca, que visou o desenvolvimento sócio-económico das províncias do sul, traduzindo a vontade de Marrocos reduzir as disparidades entre as diferentes regiões do reino e facilitar o acesso aos serviços sociais.

Neste sentido, Moscou deve ser  um forte aliado de Rabat. As relações comerciais entre os dois países aparecem cada vez mais importantes. Após a assinatura de um acordo de livre comércio há 15 anos, as trocas comerciais passaram de 200 milhões de dolares a 2,5 milliards em  2015. Um  número que desejam aumentar ainda mais, desenvolvendo diferentes regiões de Marrocos, incluindo  o sara marroquino.

 Vários sectores da economia foraml visados como a agricultura, a Rússia representa um importante mercado para Marrocos, absorvendo quase metade dos citrinos marroquinos destinados á exportação. Alem  do mercado promissor do turismo.

 Após a queda do número de turistas da França e da Espanha para Marrocos, este último decidiu sair de sua zona de conforto para atrair novos destinos.

 O reino ambiciona atrair 800.000 turistas russos no horizonte de 2020. A presença de Abderrafie Zouiten dentro da delegação oficial significa a assinatura de parcerias neste sentido. No mês de fevereiro passado, o Escritório National marroqsuino do Turismo  convidou um grupo de jornalistas russos para visitar as principais cidades do reino. Uma estratégia  que intensificou  os contactos com a Rússia para promover os bens e atractivos turísticos do reino.

Lahcen EL MOUTAQI