Previdência Privada x Tesouro Direto

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É de suma importância que todos planejem suas aposentadorias com a devida antecedência.

Alguns terão somente a previdência pública e outros terão condições de fazer uma previdência complementar, privada.

Este artigo visa trazer a nossa visão sobre os prós e contras de se fazer uma previdência privada ou manter os recursos no tesouro direto para uma aposentadoria complementar.

Previdência Privada

Existem dos tipos de previdência privada: PGBL e VGBL. PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre e VGBL quer dizer Vida Gerador de Benefício Livre.

São planos previdenciários que permitem que você acumule recursos por um prazo contratado. Durante esse período, o dinheiro depositado vai sendo investido e rentabilizado pela seguradora escolhida por você.

São duas as fases

  • Período de investimento: Neste período são feitos o aporte inicial e a carga mensal.
  • Período de Benefício: Neste período o usuário usufrue do plano, recebendo o valor acordado pelo período acordado.

Taxa de Carregamento e Administração

A taxa de carregamento é definida em termos percentuais e incide sobre todas as contribuições que você efetuar a um plano de previdência. Enquanto a taxa de administração tem como objetivo compensar o gestor pelo seu trabalho gerindo os recursos do fundo, a taxa de carregamento busca compensar a instituição financeira pelas suas despesas com corretagem e venda do plano.

Diferença entre PGBL e VGBL

A principal diferença entre eles está na tributação. No PGBL, você pode deduzir o valor das contribuições da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limite de 12% da sua renda bruta anual. Assim, poderá reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar sua restituição de IR. Indicado para quem faz declaração completa de IR.

Para quem faz declaração simplicada ou não é tributado na fonte, como autônomos, o VGBL é ideal. Isto porque, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital, como acontece nos investimentos de renda fixa.

Tesouro Direto

O tesouro direto foi a forma criada pelo governo para que as pessoas pudessem comprar títulos do governo sem a necessidade de alto investimentos. Para isto, o governo criou o site http://www.tesourodireto.gov.br, o qual traz um passo à passo para fazer investimento.

Para investir é necessário estar vinculado à uma corretora ou agente de custódia, a qual fará a custódia do papel comprado. O site traz um ranking das taxas cobradas pelos agentes de custódia. Alguns agentes são integrados com o site e permitem fazer a compra/venda pelo site do agente e este efetiva no tesouro direto.

Para investir no tesouro direto são cobradas as seguintes taxas:

  • CBLC: 0,10% ao ano sobre o valor da operação
  • BM&FBOVESPA: 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos
  • Taxa do agente de custódia sobre o valor dos títulos (vide ranking no site do tesouro direto)
  • Imposto de renda (tabela regressiva)

Tipos de títulos 

LTN (Letras do Tesouro Nacional): oferecem uma taxa prefixada, definida no momento da compra. Assim, o investidor sabe na hora os juros que serão pagos no momento do vencimento. Esse tipo de título não paga juros semestrais (os chamados "cupons").

LFT (Letras Financeiras do Tesouro): tem sua rentabilidade vinculada à taxa Selic. Por serem pós-fixados, o investidor saberá a remuneração somente ao final do processo, pois ela dependerá do comportamento da taxa básica da economia. O pagamento do principal e dos juros se dá apenas na data de vencimento.

NTN-B (Nota do Tesouro Nacional série B): título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. Os pagamentos dos juros são feitos semestralmente e o pagamento do principal é feito no vencimento.

NTN-B Principal (Nota do Tesouro Nacional série B Principal): assim como o NTN-B, tem rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. A diferença, aqui, é que o pagamento é único e feito apenas na data de vencimento.

NTN-C (Nota do Tesouro Nacional série C): título com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M, acrescida de juros definidos no momento da compra. Os pagamentos dos juros são feitos semestralmente e o pagamento do principal é feito no vencimento.

NTN-F (Nota do Tesouro Nacional série F): título com rentabilidade prefixada, acrescida de juros definidos no momento da compra. Os pagamentos dos juros são feitos semestralmente e o pagamento do principal é feito no vencimento.

Sobre os preços dos títulos veja o artigo do Prof. Elisson, acessando este site: http://profelisson.com.br/2012/01/30/tesouro-direto-e-a-questao-da-marcacao-a-mercado/

Previdência Privada x Tesouro Direto

Previdencia

  • Conforme descrito a previdencia privada cobra duas taxas. Estas taxas "comem" parte do seu patrimonio. Taxas de administracao maiores que 1,5% minimizam seus ganhos
  • Os bancos aplicam grande parte dos recursos em títulos publicos.
  • Existe o risco de o banco/seguradora quebrar e trazer prejuízos ao cliente.
  • Faz com que o cliente tenha que carregar recursos todo mês, praticamente obrigando a poupança.
  • O "salário" pago no período do benefício é pré-estipulado.

 Tesouro Direto

  • No caso do tesouro direto as taxas nao chegam a 1% ao ano.
  • O risco de quebra é praticamente inexistente, já que os recursos são emprestados ao governo brasileiro.
  • Neste caso é necessária disciplina do investidor, já que não há uma obrigação de aplicação. Também tem a questão que no caso da previdência privada é possível sacar, mas dá um pouco mais de trabalho do que o tesouro direto, o qual faz a recompra todas as quartas-feiras.
  • No caso do tesouro direto, não há um "salário", sendo o investidor responsável por gerenciar os recursos.
Remuneração

Abaixo um exemplo da remuneração de um título: NTNB 150535 - [Posição de 13/02/2012].

Data
Saldo
Transação
Valor
R$
PU
Taxa Juros
(%)
Dias Corridos
Alíq.
Imposto Previsto
R$
Taxa Devida
R$
Valor
R$
Rentabilidade Bruta
(%)
Compra
Atual
Origem
Bruto
Compra
Pactuada(a.a.)
Compra
I.R.(%)
I.R.
IOF
CBLC
Ag. Cust.
Líquido
Mês
Ano
12 Meses
Acumulada
02/08/2010
2,20
4.209,54
5.023,23
1.913,43
6,18
560
17,5
142,39
0,00
1,78
2,07
4.876,99
-0,94
1,60
16,67
29,58
11/10/2010
0,20
400,88
456,65
2.004,43
5,93
490
17,5
9,76
0,00
0,16
0,18
446,55
-0,94
1,60
16,67
23,70
Total
2,40
4.610,42
5.479,88
 
152,15
0,00
1,94
2,25
5.323,54
 

 

Conclusão

Dizer categoricamente que previdência privada é melhor que o tesouro direto ou vice-versa, seria leviano de nossa parte.

Em nosso entendimento depende muito mais do perfil de cada um, já que alguns tem mais facilidades e disciplina para manter os recursos por conta própria.

Mas é imperativo que se pesquise os bancos para obter as menores taxas de administração e carregamento no caso da previdência privada.

Quanto aos títulos públicos, com a tendência de queda da selic, investir em NTNB, por exemplo, garantirá juros mais altos por muito tempo, desde que o papel seja levado até seu vencimento.

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