JACOBEDE CORRENTESA PAZ LIMA

JAMILLE CRISTINA PAULINO SILVA

RENIELLY ELIZA MATOS LINS  

PREVENÇÃO DE INCAPACIDADES EM HANSENÍASE

 1. INTRODUÇÃO

Segundo o Ministério da Saúde, “a hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.” Embora seja uma das doenças mais antigas da história da medicina, a hanseníase ainda se mostra, no Brasil, como um problema de saúde pública que exige atenção resolutiva.

Essa enfermidade, também conhecida como lepra, é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, entretanto quando descoberta tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares pelas inaptidões físicas que os atinge. Portanto é necessário uma população informada e um fácil acesso à rede de saúde, para que possam evitar as possíveis incapacidades físicas. Estas, causadas pelo comprometimento dos nervos periféricos, principal característica da doença, podendo evoluir para deformidades, que se torna, também, responsável pelo preconceito contra doença, sendo necessário enfatizar sempre, hanseníase tem cura e quanto mais precocemente diagnosticada mais rapidamente se dará esta.

Causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos que se instala no organismo da pessoa infectada, podendo se multiplicar.(Ministério da Saúde, 2002). O M.  leprae, pode infectar muitas pessoas, no entanto somente adoecem aquelas que se encontram com a imunidade baixa.

A transmissão se dá quando, a pessoa portadora do bacilo de Hansen, não tratada, o elimina para o meio exterior, principalmente através das vias aéreas superiores e o trato respiratório, contagiando as pessoas susceptíveis. Sendo portanto, necessário o contato direto com o doente não tratado.

Dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo constituindo os casos Paucibacilares (PB), que por abrigar pouca quantidade de bacilos no organismo não são considerados significantes fontes de transmissão, podendo em alguns casos até curar-se espontaneamente.

Entretanto, um maior número de pessoas não apresenta resistência ao bacilo, que se multiplica no seu organismo, se tornando um provável transmissor da doença, estes constituem os casos Multibacilares (MB).

Quando o portador da hanseníase, inicia o tratamento quimioterápico, a doença deixa de ser transmissível, pois nas primeiras doses a medicação mata os bacilos.