PREVALÊNCIA DE OBESIDADE INFANTIL NA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ CEZÁRIO DE CASTILHO NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO CLARO ESTADO DE MATO GROSSO
Por Hellen Aline Rodrigues Albuquerque | 21/08/2018 | EducaçãoSORTI, Dhaya Cristyna Furlan
ALBUQUERQUE, Hellen Aline Rodrigues
FREITAS, Jéssica Messi
Resumo: O problema da obesidade é crescente na população mundial e brasileira, sendo uma doença crônica que provoca e acarreta o desenvolvimento de muitas doenças como a hipertensão arterial e o diabetes. A entrada na vida adulta com alto índice de células adiposas pode trazer prejuízos físicos, psíquicos, sociais e fisiológicos ao ser humano. Estudos mostram que a incidência da obesidade na infância e adolescência está aumentando rapidamente. O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de obesidade infantil em uma escola no município de São José do Rio Claro, Mato Grosso. Foram selecionados 15 alunos por sala. Foi aplicado o teste percentual de gordura através da fórmula desenvolvida por Boileau et al. (1985) utilizando as espessuras de dobras cutâneas do tríceps, subescapular. Os resultados indicaram que há uma grande presença de obesidade nos alunos dessa escola, tendo assim uma urgente necessidade de intervenção em mudanças no comportamento e hábitos alimentares dos escolares investigados.
Palavras-chave: Obesidade, infantil e escola.
Keywords: Obesity, children and school.
1 INTRODUÇÃO
A presente pesquisa destina-se a informar ao leitor que, a obesidade é uma das doenças que mais crescem no mundo ocidental, podendo ser considerada uma epidemia globalizada. Segundo a Doutora Karla Saggioro (1999, p. 15), “Em muitos países o número de pessoas obesas chega a dobrar a cada cinco anos”.
Diz-se que alguém é obeso quando seu organismo tem mais tecido gorduroso do que magro. É possível saber se um indivíduo é obeso calculando-se o índice de massa corporal (IMC). Para obtê-lo basta dividir seu peso pela altura multiplica-la por ela mesma. Se obtiver valores entre 18,5 e 24,9 ele está na faixa de peso ideal, valores entre 25 e 29,9 indicam obesidade em graus variados. (REVISTA CARAS, edição 783, ano 15, nº 45, de 07/11/2008).
Como a obesidade está altamente correlacionada com uma incidência aumentada de várias doenças, é importante defini-la e conhece-la, compreender suas causas e ser capaz de implementar medidas apropriadas para a sua prevenção e tratamento. (ROBBINS 2000, P 406).
A nutricionista VITOLLO da Escola Paulista de Medicina (EPM) afirma:
“Nenhum alimento é sozinho, causa de excesso de peso. O que torna as pessoas gordas é a combinação entre uma dieta exagerada e desequilibrada e a ausência de atividades físicas regulares (VITOLLO, 1995, p. 21)”.
2 MATERIAS E MÉTODOS UTILIZADOS
Este trabalho será realizado totalmente de forma de revisão bibliográfica, para demonstrar o índice de casos de obesidade infantil na escola municipal José Cezário de Castilho no município de São José do Rio Claro estado de Mato Grosso, segundo Gil (2002, p.44), “[...] a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”, onde será realizado uma pesquisa para esclarecer e detalhar como a obesidade infantil está atingindo nossos alunos.
Neste estudo bibliográfico foi realizado a pesquisa em diversos meios, como livros, artigos de periódicos, google acadêmico e revistas, elaborando assim uma revisão bibliográfica este tema abordado e principalmente sobre a importância da prevenção de mal que aflige nossas crianças dentro e fora do âmbito escolar.
Serão avaliados cerca de 15 alunos por série. Para a avaliação do estado nutricional, serão coletadas medidas de peso e estatura, através de uma balança e um estadiômetro localizado na balança. Serão coletadas as dobras cutâneas através de um compasso, e também será calculando o índice de massa corporal (IMC). Para cada criança, será entregue um questionário contendo dados sobre o perfil alimentar e socioeconômico, que serão respondidos pelos pais. Os resultados serão tabulados manualmente.
3 CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
3.1 A obesidade: definição, causas e consequências.
Ao pesquisarmos no dicionário a definição de obesidade verificamos que, é uma deposição excessiva de gordura no organismo, levando a um peso corporal que ultrapassa em 15% ou mais, o peso ótimo.
Quando o organismo recebe energia em forma de alimento, em quantidades maiores do que as consumidas ocorre o aumento do peso corporal. A obesidade, por tanto, é obviamente causada pelo suprimento excessivo de energia em relação a seu consumo. Para cada 9,3 calorias de excesso de energia que o corpo recebe, ocorre armazenamento de 1 grama de gordura. (GUYTON e HALL 1998, p 523).
A mais comum é a gordura que se distribui em forma de maçã concentrando-se na barriga. Ela desenvolve várias doenças, principalmente as cardíacas. Em geral, a obesidade androide predomina entre os homens, mas isso não significa que as mulheres estejam isentas dela.
Aquela que se distribui em forma de pera (ginóide) se concentra nos quadris e nas coxas, causando às mulheres grandes preocupações estéticas. Se por um lado o risco de doenças cardíacas é menor, aumentam as chances de problemas articulares, varizes e celulite.
Como a obesidade está altamente correlacionada com uma incidência aumentada de várias doenças, é importante defini-la e conhece-la, compreender suas causas e ser capaz de implementar medidas apropriadas para a sua prevenção e tratamento. (ROBBINS 2000, P 406).
Conforme ANARUMA (l995, p. 22) da Escola Paulista de Medicina,
“A obesidade é um terrível complicador, pois amplia os conflitos normalmente encontrados na adolescência. Se não for tratada como doença, capaz de ter efeitos físicos e psicológicos pode comprometer a estabilidade emocional do estudante (ANARUMA, 1995, p. 22)”.
A alimentação inadequada é sem dúvida, a maior causa da obesidade, mas especialistas afirmam que pode ser também o resultado de hábitos alimentares errados, de problemas do metabolismo, de características emocionais ou, simplesmente de fatores hereditários.
A obesidade é uma doença epidêmica global, resultante de estilos de vida sedentários, da melhoria das condições socioeconômicas e da disponibilidade de alimentos processados de alto valor calóricos e de refrigerantes, nas sociedades industrializadas. (ROBBINS & CONTRAN 2004).
A nutricionista VITOLLO da Escola Paulista de Medicina (EPM) afirma:
“Nenhum alimento é sozinho, causa de excesso de peso. O que torna as pessoas gordas é a combinação entre uma dieta exagerada e desequilibrada e a ausência de atividades físicas regulares (VITOLLO, 1995, p. 21)”.
3.2 Obesidade infantil
Uma criança é considerada obesa quando seu peso está 20% acima do padrão para sua idade e altura.
Vide em anexo artigo extraído da Revista Nova Escola (setembro de 1995 p.22 e 23) apud ANARUMA que apontam uma tabela biométrica cuja fonte é o Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina e também algumas providências simples que facilitam a vida do adolescente com excesso de peso.
Como medir o acúmulo de Gordura? Há várias maneiras altamente técnicas para aproximar a mensuração da realidade, mas, para considerações prática, as que seguem são comumente utilizadas: O peso em relação à altura, especialmente quando a medida é referida como índice de massa corporal (IMC); medida das pregas da pele; várias circunferências corporais, particularmente a relação da cintura com a circunferência do quadril. (ROBBINS & CONTRAN 2004).
Acredita ser que a grande proporção dos casos de obesidade decorra de fatores psicogênicos. Um deles, talvez mais comum, seja a ideia prevalente de que hábitos alimentares saudáveis exigem três refeições por dia, e que cada uma delas deve ser completa. Muitas crianças são forçadas a esse habito por pais excessivamente zelosos, de modo que elas continuam a praticá-lo por toda a sua vida. (GUYTON e HALL 1998, p 524).
A velocidade de formação de novas células adiposas é especialmente rápida nos primeiros anos de vida, e quanto maior o grau de armazenamento de gordura, maior o numero de células adiposas. Em crianças obesas, o número de células adiposas é quase sempre três vezes maior do que nas crianças normais. (GUYTON e HALL 1998, p 524)
Na infância, alguns fatores são determinantes para o estabelecimento da obesidade: desmame precoce e introdução de alimentos inadequados, emprego de fórmulas lácteas inadequadamente preparadas, distúrbios do comportamento alimentar e relação familiar conturbada (FISBERG 1995).
Os principais riscos para a criança obesa são: a elevação dos triglicérides e do colesterol, alterações ortopédicas, pressóricas, dermatológicas e respiratórias, sendo que, na maioria das vezes, essas alterações são mais evidentes na vida adulta (FONSECA 1998.)
Para o tratamento do obeso infantil, existem algumas normas gerais a serem seguidas: uma dieta balanceada que determine crescimento adequado e manutenção de peso; exercícios físicos controlados e apoio emocional individual e familiar. Além disso, a Educação Nutricional é essencial, pois visa a modificação e melhorias dos hábitos alimentares a longo prazo, e torna-se um elemento de conscientização e reformulação das distorções do comportamento alimentar, auxiliando a refletir sobre a saúde e qualidade de vida (MANTOANELLI 1997)
3.3 Contextualização Histórica da Escola
A Escola Municipal José Cezário de Castilho, com sede no município de São José do Rio Claro, está situada na Antiga Sudhevea, na Rodovia MT 010, criada pelo Decreto Lei nº. 15/88 e reconhecida através da portaria nº. 088/02. Tem como unidade mantenedora a Prefeitura Municipal, CGC nº. 15.024.037/0001-27.
Desde sua fundação em 18 de julho de 1988, a escola funcionava em regime integral, mantendo o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª Série – com pré-qualificação em agropecuária, sendo a primeira Diretora deste estabelecimento a Professora Maria Eliza Buffolin Gonçalves.
A escola atendia uma clientela de jovens alunos que cursavam o ensino Fundamental, onde era diferenciado das outras escolas regulares pela sua composição curricular, que além das matérias básicas, oferecia aulas teóricas e práticas de agricultura e zootecnia.
Funcionava com regime de internato e semi-internato, permanecendo diariamente uma média de 151 alunos na escola.
Atualmente a escola é dirigida pela Professora Ivone Antonia Rosa de Almeida e pela coordenadora pedagógica Professora Silvia Aparecida Zagonel Silva. E a escola atende alunos que cursam o ensino fundamental de 3ª a 5ª Série e também não é mais oferecido aos alunos às aulas de agricultura e zootecnia como antigamente, apenas as outras disciplinas conforme grade curricular das outras escolas do município.
3.4 Plano de desenvolvimento escolar - (PDE)
Uma educação básica de qualidade. Essa é a prioridade do Plano de Desenvolvimento da Educação. Investir na educação básica significa investir na educação profissional e na educação superior porque elas estão ligadas, direta ou indiretamente. Significa também envolver todos; pais, alunos, professores e gestores, em iniciativas que busquem o sucesso e a permanência do aluno na escola.
Com o PDE, o Ministério da Educação pretende mostrar à sociedade tudo o que se passa dentro e fora da escola e realizar uma grande prestação de contas. Se as iniciativas do MEC não chegarem à sala de aula para beneficiar a criança, não se conseguirá atingir a qualidade que se deseja para a educação brasileira. Por isso, é importante a participação de toda a sociedade no processo.
O Compromisso Todos pela Educação deu o impulso a essa ampla mobilização social. Outra medida adotada pelo governo federal é a criação de uma avaliação para crianças dos seis aos oito anos de idade. O objetivo é verificar a qualidade do processo de alfabetização dos alunos no momento em que ainda é possível corrigir distorções e salvar o futuro escolar da criança.
A alfabetização de jovens e adultos também receberá atenção especial. O Programa Brasil Alfabetizado, criado pelo MEC para atender os brasileiros com dificuldades de escrita e leitura ou que nunca frequentaram uma escola, recebeu alterações para melhorar os resultados. Entre as mudanças estão a ampliação de turmas nas regiões do interior do país, onde reside a maior parte das pessoas sem escolaridade, e a produção de material didático específico para esse público. Hoje, há poucos livros produzidos em benefício do público adulto que está aprendendo a ler e a fazer cálculos.
A criação de um piso salarial nacional dos professores (mais de 50% desses profissionais ganham menos de R$ 800 por 40 horas de trabalho); a ampliação do acesso dos educadores à universidade; a instalação de laboratórios de informática em escolas rurais; a realização da Olimpíada de Língua Portuguesa, nos moldes da Olimpíada de Matemática; a garantia de acesso à energia elétrica para todas as escolas públicas; as melhorias no transporte escolar para os alunos residentes em áreas rurais e a qualificação da saúde do estudante são outras ações previstas no PDE.
Na educação profissional, a principal iniciativa do plano é a criação dos institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica, destinados a funcionar como centros de excelência na formação de profissionais para as mais diversas áreas da economia e de professores para a escola pública. Os institutos serão instalados em cidades de referência regional, de maneira a contribuir para o desenvolvimento das comunidades próximas e a combater o problema da falta de professores em disciplinas como física, química e biologia.
O PDE inclui metas de qualidade para a educação básica, as quais contribuem para que as escolas e secretarias de Educação se organizem no atendimento aos alunos. Também cria uma base sobre a qual as famílias podem se apoiar para exigir uma educação de maior qualidade. O plano prevê ainda acompanhamento e assessoria aos municípios com baixos indicadores de ensino.
Para que todos esses objetivos sejam alcançados, é necessária a participação da sociedade. Tanto que ex-ministros da Educação, professores e pesquisadores de diferentes áreas do ensino foram convidados a contribuir na elaboração do plano. Para se resolver a enorme dívida que o Brasil tem com a educação, o PDE não pode ser apenas um projeto do governo federal. Tem de ser um projeto de todos os brasileiros.
3.5 Projeto Político Pedagógico - (PPP)
Esta Escola tem como valor filosófico a preparação de nossos alunos para a vida, desenvolvendo–os dentro de princípios de dignidade, liberdade, compreensão de direitos e deveres para desempenho das responsabilidades pessoais, familiares, profissionais e sociais.
As atitudes desenvolvidas no dia a dia são de solidariedade, cooperação e respeito ao próximo, utilizando o diálogo como forma de medir conflitos e tomar decisões, respeito as individualidades, as diferenças culturais, de classe social, de crença, de sexo, de etnia e outras características peculiares.
A escola é conhecedora da sua responsabilidade e se mobiliza para oferecer aos nossas alunos um ensino de qualidade dentro de um ambiente favorável à aprendizagem, uma alimentação equilibrada e saudável, tudo de forma gratuita.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espera-se que, com a elaboração deste projeto, venha identificar o grau de prevalência de obesidade na Escola Municipal “José Cezário de Castilho” na cidade de São José do Rio Claro, visando uma melhoria, na parte da mesma, com o cuidado aos seus respectivos educandos. Desta forma demonstrando aos nossos alunos a importância de uma alimentação saudável e seus benefícios a longo prazo, aliando a prática de atividades físicas para metabolizar estes resultados.
De acordo com relatos da Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40% na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos. A obesidade ocorre mais frequentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos e na adolescência. (MELLO et al 2004).
O sobrepeso/obesidade na infância e adolescência, assim como nos adultos, tem sido considerado como um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade, tanto em países desenvolvidos como naqueles considerados de economia emergente, em função da estreita relação com diversos problemas de saúde, dos gastos crescentes com o tratamento dos agravos decorrentes, e do rápido crescimento na sua prevalência (JUNIOR & SILVA 2008).
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANARUMA, S. M.. Excesso de peso só perde para anemia e desnutrição. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, setembro, 1995.
GUYTON e HALL. Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças 6ª e. 1998.
JUNIOR J. C. F; SILVA K.S. Sobrepeso/obesidade em adolescentes escolares da cidade de João Pessoa - PB: prevalência e associação com fatores demográficos e socioeconômicos; Revista Brasileira de Medicina do Esporte vol.14 no.2 Niterói Mar./Apr. 2008.
MELLO E. D et al. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? Disponível em http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n3/v80n3a04.pdf. Acesso em 18 de agosto de 2018.
ROBBINS. Patologia Estrutural e Funcional, 6ª e. 2000.
ROBBINS & CONTAN . Bases Patologias das doenças, 7ª e. 2004.
SAGGIORO, K. Bella: Guia prático de beleza e boa forma. 2 ed. São Paulo: Editora SENAC, 1999.
SANTANA, J.I.D.. Todo mundo é bonito. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, agosto, 2004.
VITOLLO, M. Nem sempre comer causa excesso de peso. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, setembro, 1995.