O presidente francês rompeu com seus dois antecessores, que iniciaram as visitas , depois da eleição a Argélia, o grande rival diplomático do Reino de Marrocos

O candidato Emmanuel Macron tinha visitado a Tunísia em novembro de 2016, em seguida, na Argélia em fevereiro, mas pela falta de tempo, não foi para o Marrocos, efetuando apenas uma visita ao Stand marroquino do livro em Paris, na margem da Feira internacional do Livro. Ele prometeu  visitar Marrocos  após a eleição, se o francês concedeu-lhe a sua confiança.

Presidente Emmanuel Macron manteve sua palavra, e decidiu visitar o Reino de Marrocos no âmbito da sua primeira visita a um país do Magrebe, Quarta-feira 14 e quinta-feira 15 de Junho, tendo em vista reunir-se com o rei Mohammed VI e compartilhar com a família no palácio real em Rabat a recepçao do Iftar, a refeição da quebra do jejum do Ramadã.

Na margem desta visita, as associações e as personalidades francesas  aproveitaram a visita do Presidente francês para Marrocos, para enviar-lhe uma mensagem pedindo para que ele intervinha junto ao que se chama "a repressão que sofre os ativistas do movimento social pacífico na zona rural", e também para levantar o cerco sobre refugiados sírios presos na região da fronteira Figuig.

Os signatários desta carta dirigida ao Presidente francês  que efetua uma "visita ao reino, podendo ser uma oportunidade para levar a voz do povo junto ao topo de autoridades, quanto ás preocupações do país, ás violações dos direitos humanos e a falta de respeito das convenções internacionais", anotando que "a França é o país da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Cidadania, e não pode permanecer na posição do espectador sobre a negação do direito à expressão pacífica para a população do Norte de Marrocos, bem como para tantas outras regiões do reino. 

Estes signatários do documento,  tratando de cerca de 25 associações francesas, alem de 37 personalidades, destando que "desde 26 de maio do ano passado que a cidade de Al Hoceima sofria de uma onda de repressão e prisões em massa, o que influenciou muitas as outras cidades do reino, sendo que"nos últimos dias as manifestaçoes passaram de uma atmosfera de solidariedade para o protesto afetando várias regiões de Marrocos.

A carta recorda que "os protestos se iniciaram por causa da morte de Mohsen Fekri, outubro  do ano passado, sem parar desde então, da revolta contra os responsáveis pelo incidente, ás exigências econômicas e sócio-cultural, objeto da marginalização da região.

Quanto ao assunto dos refugiados sírios presos na zona de fronteira perto da cidade de Figuig desde 17 de abril passado, a carta sublinha que esta gente se encontra em circunstâncias muito difíceis, sob os raios do sol, expostos aos ataques de cobras  e de eescorpiões durante a noite. 

Perante esta situação, os signatários da carta acreditam que "ambas as autoridades  de Marrocos e de Argélia não dão nenhuma importância para esses refugiados, sem água, comida ou suprimentos médicos", sublinhando que "esta situação trágica é preocupante, desafiando todos os direitos humanos os mais elementares.

Lahcen EL MOUTAQI