Pode parecer estranho, mas existem pessoas que têm prazer em se preocupar, em sofrer e viverem mal, por coisas que só existem no seu imaginário, que ainda não se tornaram reais na prática. Essa pode ser uma maneira que encontram para se sentirem motivadas, para chamarem atenção, por acreditarem que dessa forma passam mais credibilidade aos outros. Porém, sofrem, na maioria das vezes, desnecessariamente. Não percebem que a sua preocupação não irá mudar o produto final do problema, ou seja, não irá resolver nada.

            É comum pensar como poderia ser “se” tivessem feito diferente, “se” optasse por outro caminho em sua vida, “se” tivesse feito outro curso, “se” tivesse dado outra solução para determinado problema, ”se” tivesse casado com seu primeiro namorado, que era tão apaixonado por ela O “se” não dará nenhuma certeza por mais que imagina alternativas, todas serão apenas probabilidades e que servem apenas para gerar sofrimento.

            Existem pessoas que são expertas em pensar que algo ruim poderá lhes acontecer e desenvolvem todo um pensamento em cima da situação imaginada e, por vezes, percebem a situação como algo real. Essa é uma das várias técnicas existentes para a pessoa se preocupar. Outra regra é a incerteza, essa gera angústia, ansiedade, tristeza, faz a pessoa perder sono, na maioria das vezes, desnecessariamente. Não fique alimentando a incerteza, lembre-se que existem duas possibilidades, “ser ou não ser” o que você está imaginando. Encare os fatos e busque soluções assertivas para o problema.

            A pessoa preocupada sofre porque não se permite errar, teme o fracasso. E por que isso seria um problema? Errar é do humano e pequenos fracassos podem acontecer com qualquer um, a qualquer momento. Tem pessoas que acreditam que nunca conseguiriam viver com o fracasso, nesses casos precisa-se pensar como a pessoa se percebe, quais as razões que a levam ter tanto medo do fracasso, etc.

            O importante é compreender que a preocupação pode causar sérios prejuízos à pessoa, como: apertos no estômago, batimentos cardíacos acelerados, zumbidos nos ouvidos, dores de cabeça, calafrios, insônia. Ao identificar esses sintomas, é fundamental que a pessoa se livre logo das preocupações, até porque, na maioria das vezes, não existe algo concreto que dê sustentabilidade à preocupação. Tudo não passa de simples hipóteses.

            Uma maneira de se livrar da preocupação é questionar seus pensamentos, perguntando o que comprova que aquilo que está pensando é verdadeiro. A comprovação deve ter um embasamento real.

            Agora, quando a pessoa não consegue se libertar das preocupações, precisa investigar o que a leva ter a necessidade de ficar apegada a preocupação. Pensar qual o ganho secundário que poderá estar por trás da preocupação. Questionar a serviço de que está a preocupação, por que precisa viver sempre preocupada. Pois assim, talvez consiga livrar-se de algo que provavelmente não lhe faz bem.