DOUTOR ROBERTO MARTINS DE SOUZA

PROFESSOR TITULAR DA UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO-UNICASTELO E PROFESSOR ADJUNTO DA UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL (UNICSUL).

          Às vezes me sinto incomodado com tantos comentários sobre vários assuntos que ultimamente se tem discutido em vários meios de comunicação escrita e falada.

          Vivemos em uma sociedade livre, “moderna e antenada conectada com o mundo inteiro” e por vezes me deparo com alguns indivíduos que se dizem atualizados, fazendo discursos moralistas e sem nenhum argumento que justifiquem tais idéias.

          Cabe aqui uma indagação: será mesmo que estas tais pessoas estão tão atualizadas assim? Tantos jovens e até mesmo adultos jovens com falas discriminatórias e aqui não me refiro às pessoas que já tem certa idade. São os jovens mesmo. Esses que tem a sua disposição todos os meios de comunicação a palma de sua mão. Basta “um clique” e pronto. Iram aparecer todo tipo de informação que disponha. Basta querer.

           Lógico que não quero aqui influenciar o pensamento livre de que cada ser humano tem por direito. Porém certos tipos de preconceitos não devem ser aceitos como “normal”, como por exemplo: transgênicos, homossexuais, negros, índios, credo religioso entre outros.

           Quando me deparo ao ser ouvinte desses fatos dados como exemplo, acabo me perguntando. Será realmente que estamos no século XXI, ou estas pessoas têm memória seletiva. Com esse tipo de pensamento retrógado não iremos caminhar para um mundo melhor, uma sociedade mais justa e mais igual. Igual para todos.

            Todo ser humano nasceu livre e assim deve continuar sendo. Alguns indivíduos que se encontram nesta situação de preconceito vivido, são vitimas. E como vítimas às vezes não encontram apoio adequado para que os danos sejam reparados. Pois o preconceito nos exemplos citados é independente da vontade do querer.

            O individuo que nasceu negro, não pediu para nascer negro, assim como o índio e assim também sobre a condição sexual de cada um.  O que se deve então é aceitar cada ser humano do jeito que ela é ou está. Respeitando e se fazer respeitado. Só assim viveremos em uma sociedade que vou acreditar que seja SECULO XXI.  

            Cabe fazer aqui uma reflexão: Eu quero viver no século XXI ou vivendo como nos séculos passados. Sem tolerância, sem conhecimento técnico científico e sem noção de respeito.

             Vamos parar e refletir. Que tal?