GEAN KARLA DIAS PIMENTEL

GRACIELE CASTRO SILVA

RENATA RODRIGUES DE ARRUDA 


Atualmente estamos em tempo de grandes mudanças. Precisamos repensar sobre as nossas instituições, modelos de formação para os professores e também visitar os porões da escola, pois, essas descidas nos mostram a história, sendo um tanto complexas, tais fenômenos trabalharemos a favor daquilo que nos interessa e contra os constrangimentos e limitações que se impõe.

Vale salientar que antes de sair de casa, somos acolhidos, nesta mesma linha de pensamento, convido a refletir que sem esse acolhimento não teríamos memórias, seriamos pessoas sem raízes e sem histórias. Mas existe seres que são acolhidos, porém vive alienados no mundo. Como também se não soubermos ocupar toda casa, se mantivermos apenas no espaço intermediário, perderemos boa parte de nossa própria condição humana, assim também funciona no espaço escolar.

No que diz respeito lá no sótão, partimos para voos imaginários e da sublimação já no porão estão relacionadas as raízes e a sustentação racional da própria casa, isso nos remete o ambiente obscuro da casa, sendo um espaço escuros. Para quebrar esse paradigma é necessário desencantar os arquétipos, os preconceitos, os estereótipos e de lá outros entendimentos para a sua própria melhoria, ou seja, é preciso descer a os porões e rever as práticas pedagógicas, rumo a um futuro pré traçado e melhor. Vale ressaltar a importância de o docente sempre ter em mente as raízes sobre as quais sustentam a casa (intermediário) e o sótão o que se projeta, para assim conhecer tanto os arquétipos, quanto as bases epistemológicas dos entendimentos que partilhar da compreensão da comunidade.

Para compreender o papel e a força dessas metáforas bachelardianas é preciso entender o que significa metáfora, em suma significa a construção linguística onde a palavra que comumente designa uma coisa ou estado de coisas, estabelecendo uma comparação implícita entre ambas os lados. Nas análises da metáfora, é preciso ir aos porões, tais significados e sentidos, onde a casa não é atributo comum, mas sim um espaço onde se permite compreender uma comunidade, já o porão a sustentação racional da própria casa.

No que diz respeito, para nós que trabalhamos no campo da educação, é necessário a ocupação do modo mais complexo possível desde do porão ao sótão. De modo ocupar todas as dependências possíveis da casa para que se tenha uma visão ampla do ambiente.

A escola deve ser um espaço público, aberto, adaptáveis e flexíveis com condições para estudo individual e em grupo, sendo um ambiente para pesquisa, para o uso das tecnologias digitais, ou seja, precisamos remodelar os espaços escolares com ousadia e criatividade. Para isso precisamos de professores que assumam plenamente está missão, os mesmos podem construir as condições para uma construção educativa no comum e convivência.

Hoje, não é possível pensar a educação e os professores sem uma referência as tecnologias, precisamos de uma metamorfose, uma transformação, aprender não é um ato individual, precisa do outro, é na relação e na interdependência que se constrói a educação, pois, sabemos que a tecnologia por si só não educa ninguém, mas questões tecnológicas não são apenas tecnológicas, são pedagógicas e políticas.

No que diz respeito os novos ambientes escolares não surgiram espontaneidade. Os professores tem um papel muito importante, graças ao seu conhecimento, sua experiência, sua responsabilidade, construíram pontes dentro e fora da profissão, da escola e também da sociedade.

No primeiro momento, pode parecer que nós professores, já moramos na casa inteira, pois boa parte dos docentes deve estar habitando no intermediário e, no máximo, também no sótão. Mesmo para aqueles profissionais que buscam examinar a história da casa, tornando uma sucessão de acontecimentos necessários. De modo que a casa devesse obedecer a um plano, cabe ao docente, descobrir e sugerir melhores maneiras a um futuro melhor. Nesse sentindo ao visitar os porões não significa apenas conhecer como se formaram historicamente as coisas que lá estão, mais sim, combater estereótipos e preconceitos e encontrar bases racionais que sustenta o senso de justiça e o respeito a diferença.

Neste sentindo, estamos em tempo de construir coletivamente uma nova educação com professores empenhados num trabalho em equipe e numa reflexão conjunta, como também novas teorias e novos modelos de escolas.

De modo que a metamorfose da escola implica a criação de um novo ambiente para a formação do professor tais como: a valorização do conjunto do desenvolvimento profissional docente; um olhar sobre outras profissões, buscando uma fonte de inspiração e promover uma política integrada de formações de professores da Universidade e das escolas públicas da cidade.

Existem, hoje, muito iniciativas privadas que defende para que a instituição escolar se desintegre, sendo tão importante proteger, transformar, valorizar as escolas e os professores. Neste sentindo, a grande vantagem da escola diferir da residência do discente, segue em vários sentidos tanto para o ensino quanto para a estrutura, sendo tão importante a colaboração entre escola e as famílias, pois, são realidades distintas.

Neste sentindo, é preciso evitar esses pensamentos sobre a desintegração da educação, sendo possível promover a construção de uma proposta transformadora, a partir das múltiplas experiências já existentes na escola.

Visitar os porões pode ser positivo, pois, combaterá os preconceitos tornando assim uma prática social mais justa e equitativa para todos os envolvidos neste processo. Sem conhecer os porões da casa, muitas das vezes se repõe pela janela o que se retira pela porta da frente.

É na complexidade de uma formação que se amplia a partir das experiências e das culturas profissionais que poderemos encontrar soluções para os dilemas dos professores. Nesta reflexão encontra-se a necessidade de mudança profunda nas políticas e nas práticas de formação de professores. Texto baseado em António Nóvoa e por Alfredo Veiga Neto.

 

Nóvoa, António. Escolas e professores proteger, transformar, valorizar/António Nóvoa, colaboração Yara Alvim – Salvador:SEC/IAT,2022.

Veiga- Neto, Alfredo. A didática e as experiências de sala de aula: uma visão pós estruturalista. Educação e Realidade, Porto Alegre, UFRGS, v.21, n2, p.161-175, 1996.