PRECISAMOS APRENDER COM AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS!

Professor Me. Ciro José Toaldo

 

            Dos meus bons tempos de infância, guardo vivo na lembrança as preocupações de minha mãe para com as mudanças do tempo. Quando via surgir uma tempestade, logo pegava os seus ramos bento e fazia um benzimento. Até hoje, tenho receio do vento forte, chuva de granizo e do alvoroço causado por tempestades.

            As intempéries relacionadas com as bruscas mudanças climáticas afetam o mundo em sua totalidade. São mudanças bruscas que causam espanto e receio! Faz alguns dias, preparando aulas de Geografia, deparei-me com dados alarmantes em relação ao Brasil: somos alvo de tornados, nos últimos 20 anos tivemos 205 tornados. Segundo o INPE – Instituto Nacional de pesquisas Espaciais, o Brasil é o segundo país com maior incidente de tornados do mundo, ou seja, nosso país está na rota dos tornados!

            Creio que muitos lembram o furação de 2004, que passou pelo litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, sendo chamado de Catarina! Somente em SC, este furação afetou a vida de um milhão de habitantes. A incidência destes tipos de tragédias ocorre, no RS, SC e também no estado de São Paulo, estes são locais de maior concentração de furações do Brasil.

Portanto, poderemos escapar de muitas ciladas, mas não as relacionadas com a mãe natureza; sendo assim, temos a obrigação de aprender com tudo que está acontecendo. Será que respeitamos os ciclos da natureza? Por quais razões em meu tempo de infância era possível tomar um prazeroso banho, nas águas límpidas do Rio do Peixe e atualmente nem em suas margens conseguimos chegar?

Tenho vivo na memória o quanto a casa de meus pais era ecologicamente correta: toda a água da chuva era armazenada em sistemas de cisternas, havia a maior, essa mandava a água para a menor e, dela a bomba enviava para a caixa no foro da casa. Havia dois poços, um no fundo do lote, que fornecia água quando a cisterna ficava vazia! Contudo, quando chegou a tal de ‘água da rua’ (encanada), os poços caíram no esquecimento, as calhas e cisternas foram desativadas e o belo projeto de meu pai (in memoriam) foi substituído por canos de água vindos de uma empresa privada. Será que neste quesito podemos falar em evolução?

E o volume diário de lixo produzido pelos oito bilhões de habitantes? Será que neste ciclo ‘doido’ de consumismo e imediatismo estamos colaborando com o equilíbrio de nosso meio ambiente?

É preciso ficar antenados, observar os sinais da mãe natureza, compreendendo as suas informações. Quando escrevia este artigo, as redes sociais anunciavam a aproximação de um novo ciclone no sul do país! Que barbaridade, pois novas situações caóticas irão surgir e somente quem as enfrenta sabe de suas consequências amargas!

Estejamos irmanados com tantas criaturas sofredoras com as intempéries climáticas. Contudo, precisamos mudar hábitos e outros aspectos de nosso modo de viver, pois estes destroem a própria natureza. Caso não aprendamos com as mudanças climáticas, poderemos estar fadados ao nosso verdadeiro “fim”!

Pense nisto e até o próximo!