Bem sabemos que o ensino em sua prática não podem ser tratados como algo definitivo, uma vez que são passíveis de mudança. E o ser humano também é inacabado e, justamente por isso, o ato de ensinar-e-aprender devem ser permanentes. Chama-nos a atenção ao Patrono da educação no Brasil o pedagogo pernambucano PauloReglus Neves Freire (1921-1997). E o que poderemos debater sobre a escola e suas práticas pedagógicas? Em especial, iremos abordar as práticas pedagógicas progressistas e, tais práticas são marcadas sob um novo olhar sobre a escola e a educação. Não apenas sobre a educação, mas também sobre o papel dessa educação. Observamos que em 1947, começamos a discutir uma Nova Lei de Diretrizes e Bases Educação. Na verdade, a Pedagogia Progressista remonta da década de 1960, mas suas discussões começam quando das discussões da LDB–Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Mas como a LDB foi arquivada desde 1949, começaram a se espalhar vários movimentos populares em educação pelo país. Especialmente, nos interiores de nosso país, até porque a educação que havia no momento não dava ênfase na educação rural. E estes movimentos populares davam ênfase à população do campo, porque a educação que existia naquele momento era a educação liberal. Uma vez que a Educação Renovada já havia sido proposta anteriormente. A educação então proposta pelo desenvolvimento a partir dos Movimentos Populares em Educação, essa era sua denominação; esta tinha como objetivo principal fazer com que os alunos fossem levados a analisar criticamente as relações políticas, sociais, econômicas e culturais da realidade social vivida por eles. Ou seja, experimentada mesmo dentro da escola. E como se deu a passagem de um modelo liberal a um modelo progressista de educação? É exatamente isto o que marca essa mudança de um modelo liberal para um modelo progressista de educação. As bases democráticas, o fazer pensar criticamente, o levar os alunos a entenderem o que acontece em nosso país. Levando-os também a se pensarem como seres autônomos e, não como robôs dentro da sociedade brasileira. Mas como tal transição foi possível? Será que conseguimos realmente evoluir de uma educação liberal para uma educação progressista?

Palavras-chave: Alfaletramento.BNCC.Desenvolvimento Sustentável. Educação Necrosante. Formação Continuada.

 

1.0 INTRODUÇÃO:

Como podemos definir a educação progressista?

Podemos perceber que o ensino através da educação progressista dispõe sobre uma renovação, de uma transformação da realidade educacional, através da democratização do ensino público.

O que leva os alunos a pensarem criticamente sobre a sociedade na qual nos inserimos.

            Então, quando refletimos sobre nosso quotidiano escolar e sobre nossas práticas pedagógicas, também podemos nos questionar da seguinte forma: Será que conseguimos evoluir a partir de um movimento liberal em educação um movimento progressista?

            Será que dentro de nossas escolas ou em nossos espaços de ensino, nós permitimos aos nossos alunos que eles pensem criticamente a respeito da realidade na qual estamos inseridos e, na realidade vigente de nosso país? Pergunta-nos a psicopedagoga Valéria da Hora Bessa (2014).

            Não podemos falar da educação progressista afirmando que essa transição foi possível. Mas, na verdade, tanto a educação liberal quanto a educação progressista perduram até os nossos dias atuais.

Convivem dentro das nossas escolas. Em alguns momentos, educamos através da Educação Progressista, e em outros momentos, usamos as ideias da educação liberal.

Então, não nos foi permitido demarcar essa separação ou a diferenciação entre um modelo de educação liberal e um modelo de educação progressista.

Então, afirmamos que eles acontecem juntos e ao mesmo tempo. O que não traz de nenhuma forma e, de nenhuma incoerência, ou até mesmo incongruência para as nossas práticas pedagógicas.[1]

            O que é fato é que a educação progressista foi utilizada muito mais para a Educação de Jovens e Adultos-EJA. Mas por que será?

Por que na Educação de Jovens e Adultos a formação humana, ou seja, aquilo que as pessoas virão a se tornar, o desenvolvimento delas já aconteceu.

            Já a psicopedagoga Dra. Valéria da Hora Bessa (2014), ainda se coloca nesses termos:Então, nesse caso, o professor não mais atua sobre esse desenvolvimento intelectual ou desenvolvimento humano.

Mas, na verdade, este insere conhecimentos e auxilia no processo de pensamento, do raciocínio crítico do sujeito.

Levando até a interpretar a sociedade, a realidade na qual se vive sua realidade através dos conteúdos dados, conforme Bessa (2014, p. 5).

            Mas não nos levamos a interpretar, por exemplo, o nosso próprio desenvolvimento ou a nossa própria aprendizagem. De como era feita anteriormente, ou desde a época da educação renovada.

E como sabemos na educação renovada a ênfase era dada desde o desenvolvimento infantil.

            Ou seja, uma ênfase maior no desenvolvimento das crianças. Então, ao discutirmos o desenvolvimento infantil não poderemos falar ao mesmo tempo no desenvolvimento do adulto.

E os movimento populares em educação especialmente os movimentos progressistas perceberam isto: Perceberam que os adultos não eram privilegiados de nenhuma maneira dentro da educação brasileira.

E tais movimentos populares foram eclodir lá no interior do nosso país. Desde o ensino fundamental e seus professores perceberam que a educação ainda não havia chegado. E quando chegavam, já chegava de forma bem precária.

            É preciso ensinar os nossos alunos a pensar, e é impossível aprender a pensar em um regime autoritário. Pensar é procurar por si próprio, é criticar livremente. E é demonstrar de forma autônoma.

O pensamento supõe então o jogo livre das funções intelectuais. E não o trabalho sob pressão e, a repetição verbal, conforme o pensamento do biólogo franco-suíço Jean Piaget (1896-1980). [...]