INSTITUTO COTEMAR DE POS GRADUAÇÃO

                          PROJETO POLITICO DE PESQUISA PEDAGÓGICO EM SOCIOLOGIA

               Nome do Artigo: Práticas Materiais Didáticos no Ensino Educação a Distancia

                     Autor:Ivan Dionizio da Cruz: Prof, de Filosofia e Mestre em Sociologia.

                                                         INTRODUÇÃO

    Apresentamos neste trabalho a disciplina de Pesquisa Práticas e Profissional – Materiais Didáticos. Através da mesma é possível compreender e aprofundar nossos conhecimentos no curso de Sociologia, já que a Pesquisa é um caminho natural na busca de respostas e soluções, possibilitando aos alunos compreender a dimensão dessa profissão. Conforme (JUSTINO, 2011 p.7), os materiais didáticos também são muito importantes no processo de ensino, pois são ferramentas de apoio para a ação docente. O presente trabalho foi realizado utilizando-se de duas formas de pesquisa, a bibliográfica e de campo, tendo como objetivo detectar por meio da pesquisa de campo se os métodos e práticas de ensino estão ou não sendo eficientes. Também será possível observar como ocorre a escolha e a utilização dos materiais didáticos, a sua contribuição para a melhoria da qualidade do ensino e enriquecimento do processo educativo, pois os mesmos exercem um papel importante no trabalho docente de todas as disciplinas. A partir da pesquisa de campo realizada nas escolas, podemos compreender de forma mais significativa os assuntos estudados, desenvolvendo e aprimorando novas habilidades para futuras atuações no espaço escolar, bem como a busca de conhecimentos para a solução de problemas que envolvem todo o contexto educativo, utilizando – se assim os métodos mais adequados à prática. A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado (FRANCO, 1985, p. 36). Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa. Segundo Franco (1985) numa pesquisa em que a abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social. A metodologia adotada durante a realização da pesquisa baseou – se em livros, artigos, sites, visitas a instituições de ensino e analise das atividades realizadas pelos alunos, professores e equipe pedagógicas. Também faz parte da pesquisa debates realizados em grupo. Os itens trabalhados na presente pesquisa são: a importância da Pesquisa e Pratica Profissional e como esta contribui para a melhoria na qualidade da educação; a importâncias dos materiais didáticos, diversidades, e como utiliza - lós de forma criativa, tornado assim o aprendizado mais dinâmico e significativo

                PESQUISA E A – SUA IMPORTÂNCIA NO MEIO EDUCACIONAL

1.0 - Segundo JUSTINO (2011), a pesquisa é um processo ligado à ação docente, que nos permite entrar em contato com muitas realidades do contexto escolar que conhecemos, e também com as que talvez pouco conhecesse, revelando suas características, observando critérios específicos e com uma metodologia de trabalho. A atividade esta ligada as mais diversas instancias, desde o desenvolvimento de novos conhecimentos, da pesquisa diagnóstica dos mais diversos campos ate o abastecimento de dados e informações necessárias para a elaboração do planejamento. Existe uma preocupação com o ensino de qualidade, mais que uma educação de qualidade. Ensino e educação são conceitos distintos. No ensino se organizam uma serie de atividades didáticas para assim ajudar os alunos a compreender áreas especificas do conhecimento, JUSTINO (2011). “Na educação os objetivos alem de ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, para assim ter uma visão de totalidade”.

1.1 O Programa de Pós-Graduação em Sociologia pedagógica propõe-se a fornecer aos alunos uma visão em profundidade dos problemas sociais, políticos e culturais do Brasil contemporâneo. Está organizado em duas linhas de pesquisas, complementares e interdependentes, voltadas para o estudo da sociedade, da cultura e do sistema político do país. Suas linhas de pesquisa são: Desigualdades socioeconômicas e Políticas e Diversidade Cultural no Brasil. Conjuntamente, pretendem examinar aspectos variados da sociedade brasileira levando em conta as relações entre o mundo globalizado, as instituições públicas nacionais e a sociedade civil bem como as representações culturais relativas aos diferentes sujeitos coletivos.

Linhas de pesquisa 1: Desigualdades Sócio-Econômicas e Políticas no                                      Brasil Contemporâneo

1.2 Segundo (Roberto Augusto da Motta - 2013) Problematiza um amplo conjunto de desigualdades, em sua expressão urbana, cívica, jurídica, federativa e de acesso ao poder e aos bens públicos, considerando-se o novo contexto de competição econômica internacional, crítico para países em desenvolvimento. As pesquisas nela agrupados desenvolvem uma acentuada preocupação teórica, que se materializa pela discussão das teorias clássicas, modernas e contemporâneas da democracia, em busca de um horizonte teórico capaz de compreender os novíssimos processos que desafiam a nossa tradicional imaginação democrática, e que nos obrigam a uma profunda redefinição da questão democrática, de suas exigências e instituições. Entrelaçados a essa preocupação de cunho teórico, seus projetos estão orientados para o exame, sob perspectivas variadas, das possibilidades e limites de uma vida democrática na formação social brasileira, sob duas estratégias: uma de caráter mais histórico, acerca dos fundamentos de nossa tradição, a nossa forma histórica de modernização; a outra voltada aos problemas da sociedade brasileira no presente, sobretudo as questões da cidadania e da democracia.

                           Linhas de pesquisa 2: Diversidades Culturais

      Investigam os discursos, as percepções e os valores constitutivos dos grupos, categorias, classes sociais, incluindo gênero, idade, cor, os rituais nacionais, em suas diferentes manifestações culturais, tais como a música e a literatura. O material didático vem contribuindo para a facilitação e melhoria da capacidade para a compreensão do conteúdo. Para entendermos melhor a importância do material didático, apresentaremos a evolução dos

    mesmos classificados por SCHRAMM. 1. Primeira Geração: cartazes, mapas, materiais escritos, quadro negro. 2. Segunda Geração: livros, manuais, testes. 3. Terceira Geração: filme, fotos, radio televisão. 4. Quarta Geração: programada, laboratório de língua, computadores. (SCHRAMM, citado por SANTOS, 2005, p. 49). Quando se fala em material didático, é necessária uma definição, para entendermos a sua importância no contexto educacional. Podemos definir o material didático segundo KARLING (1991), como um recurso humano e materiais utilizados para auxiliar e beneficiar o processo de ensino – aprendizagem. O material didático é um elemento que faz parte da aprendizagem que tem por finalidade estimulá-la, podemos considerar que tudo o que nós encontramos no ambiente escolar, podemos transformar em excelentes recursos didáticos.

                                     PESQUISAS E RECURSOS DIDÁTICOS


 1.3 A Instituição de Ensino onde realizamos nossa pesquisa de Prática profissional tem como mantedor o Governo Estado do RJ. Educação Infantil Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio, no período da Manhã e Tarde, tendo matriculados quatrocentos e quarenta alunos, com média de vinte e sete alunos por sala e cinquenta e seis professores no total, sendo os mesmos formados em várias áreas como biologia, matemática, história, geografia, português, artes, educação física, inglês entre outras matérias. A escola faz reaproveitamento de vários materiais recicláveis como papelão, tampinha de garrafa pet, jornal, revistas, cartazes, palitos de espetinhos, canudinhos coloridos, pedaços de EVA etc. Com esses materiais os professores conseguem construir juntamente com os alunos vários jogos e atividades pedagógicas, como exemplo pode-se utilizar um cartaz de desenho e confeccionar um quebra cabeça podendo trabalhar também figuras geométricas, colando-o em um pedaço de papelão, recortando-o em formato de figuras e depois as encapando com fita larga, está pronto então um quebra cabeça de figuras geométricas, desta forma os professores montam diversos trabalhos abordando vários temas, envolvendo e interagindo com os alunos. Por meio da pesquisa feita com os cinco professores, relatamos que Educação é um processo que se constrói ao longo do tempo iniciando-se na Família e expandindo-se pela escola e sociedade, já ensino e pesquisa é a busca de conhecimentos e aperfeiçoamentos do que se pretende alcançar, sendo que todo professor deve ser um pesquisador do conhecimento cientifico e dinâmico. Já outros professores relatam que pesquisa e ensino dependem da autonomia do aluno, que conforme o mesmo, o ensino é dirigido e focalizado de modo que ele aprenda, e a pesquisa do professor é de extrema importância, pois se abre caminhos, abrangendo mais informações e conhecimentos do que simplesmente trabalhar com base no cotidiano, pois o material didático é apenas um apoio. Já outro professor cita que alem de ser material didático ele precisa ser adaptado para diferentes tipos de necessidades dos alunos e que deve ser utilizado com objetivo definido. Dentre tantos materiais disponíveis nas escolas como: blocos lógicos, material dourado, alfabeto móvel, jogos, TV pen-drive, DVD, data show, quebra-cabeça, os professores continuam construindo mais brinquedos com o intuito de enriquecer cada vez mais o processo de ensino.

“As tecnologias digitais podem (...) ampliar, exteriorizar e alterar muitas funções cognitivas humanas: ‘a memória (bancos de dados, hipertextos, fichários digitais [numéricos] de todas as ordens), a imaginação (simulações), a percepção (sensores digitais, tele presença, realidades virtuais), os raciocínios (inteligência artificial, modalização de fenômenos complexos)’.” (Levi: Educação e Cyber cultura; trecho da obra Cyber cultura, 1998, p. 1 e 2)

                                   ATIVIDADES PRÁTICAS E TECNOLÓGICAS

2.0 Ainda dentro de uma abordagem cognitiva, mas com o atributo de instrumental voltado para o entendimento (Habermas: 1987), a comunicação, em iniciativas de EAD, deve carregar elementos desde a cultura até os processos de interação humanos - máquina (Prece: 2005). Quando falamos em Brasil, não podemos desconsiderar as “culturas” existentes e as linguagens advindas dessa diversidade. Podemos falar num contexto único de Educação para o Brasil? E de “uma” população brasileira? E, portanto, de uma EAD “padrão”? Entretanto, há uma necessidade de considerar, nas ações que cercam a área-modalidade, essa pluralidade, porque disso advém a eficácia ou não dos processos que irão envolver essa natureza. A cultura pode ser responsável pelo desenvolvimento do Homem e da Ciência. Max (2000) ressalta essa afecção ii ao dizer que a existência da ciência e o conteúdo das teorias científicas podem ter algo a ver com as relações que os homens mantêm com o mundo natural (...) a ciência faz parte do complexo de cultura a partir do qual, em cada geração, os homens tentam encontrar uma forma de coerência intelectual. Ao contrário, esta coerência alimenta em cada época, a interpretação das teorias científicas, determina a ressonância que suscitam, influencia concepções que os cientistas fazem do balanço da sua ciência e das vias segundo as quais devem orientar sua investigação.

 2.1Dessa diversidade promovem-se o estabelecimento da coletividade como instrumental para a interpretação das novas informações. As redes de informação, de comunicação, a interatividade, abrem possibilidades de trabalho coletivo, representando a chegada da cooperação, de um caminho rumo a interculturalidade ou ao menos, a percepção da existência de numerosas culturas, valores e pensamentos. (Barrueco, 1992-1993). A Comunicação é atributo de uma visão das Comunidades de Aprendizagem (em EAD), as quais, (...) “se formam ao redor de questões de identidade e de valores compartilhados”. (Pratt& Palloff: 2004 p.37). Essa identidade e valores compartilhados serão construídos, apenas se houver interação (pessoas e conteúdos), colaboração, significados sociais e elementos (críticos) motivacionais. O dialogo, nesta perspectiva, passa a ser um recurso (meio) fundamental para a aprendizagem acontecer e para uma avaliação sistemática e processual das ações, enquanto elas ocorrem. Sob essa ótica, a comunicação não se expressa apenas pela linguagem, mas por uma dinâmica de processos que irá reger o PPP dos cursos. Apenas para elucidar na pratica o que se esta afirmando acima traz alguns trechos de depoimentos de estudantes-participantes de uma Comunidade de aprendizagem com que trabalhamos em um curso de graduação.

“Também outro fator favorável é a facilidade de expressar-se sem os constrangimentos que o presencial nos impõe algumas vezes, "faz com que muitas pessoas sintam-se menos constrangidas socialmente" (Palloff e Pratt, 2002).

                                         AVALIAÇÃO PLANEJADA

3.0 Os professores da instituição onde levantamos esta pesquisa acreditam que não são apenas facilitadores de aprendizagem, mas sim responsáveis pela aprendizagem dos educando, depois de alfabetizados necessitam ainda mais de nós educadores pois os conteúdos são mais elaborados, o bom professor é aquele que planeja suas atividades mediante a dificuldade dos alunos, sabemos que educar alunos que possuem dificuldades em aprender exige-se do professor dedicação, habilidade, afetividade e criatividade. Considerando que os alunos aprendem muito mais rápido quando o conteúdo a ser ensinado tem significado, e para isso o professor deve preocupa-se com suas metodologias estimulando o aluno a adquirir uma aprendizagem de qualidade.

3.2 Os professores precisam refletir sobre seu papel, assumindo uma postura importante em relação em seus alunos em formação, em processo de aprendizagem que necessitam aprender e precisam de sua contribuição e intervenção. Sendo o professor um observador atento e constante, avaliando os avanços de cada aluno, em cada etapa de forma continua. Segundo aos professores entrevistados eles veem um novo método de avaliar já que nos dias atuais temos alunos do mais variados tipos e classes sociais em nossas escolas, por isso devem-se reforçar conteúdos com metodologias variadas. Sendo assim o professor ou responsável por auto avaliar-se cotidianamente, tendo resultados satisfatórios. Entre tantos outros autores, BOTH, Ivo José entende que SARAIVA consegue abordar a avaliação de forma bastante abrangente, enfocando não somente a aprendizagem, mas também o processo de ensino ofertado, os sistemas de ensino que oportunizam, bem como as competências e as habilidades do professor. Segundo BOTH (2011), se a avaliação permear todo o processo de ensino – aprendizagem e se for entendida em todas as dimensões – avaliação do aluno, do professor, da escola, possibilitara ajustes que contribuirão para que a tarefa educativa seja colada de sucesso.         

   Enfatiza Penna Firme, que avaliar e o momento inevitável de qualquer atividade humana, se a falta de avaliação é grave, igualmente prejudicial é a sua inadequação. Realmente sem avaliação não há aprendizagem condizente, assim como avaliar inadequadamente pode propiciar desequilíbrio qualitativo entre ensino e aprendizagem. Ao analisar a questão conclui – se que: é errando que chegamos ao acerto, e com as falhas que aprimoramos nossos conhecimentos e temos uma ampla visão, que devemos sempre estar atentos em tudo que nos rodeia para podermos repassar com segurança o conteúdo, mas vale lembrar de que ao errarmos nós faz refletir e chegar próximos da verdade.

“Um paradigma delineia, define um quadro epistêmico, um arcabouço conceitual, um conjunto de referências capaz de conduzir as investigações científicas durante certo período de tempo”. (Moraes, 2003, p. 132).

                                         EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

4.0 cursos de datilografia e aulas A EAD chegou ao Brasil no final do século XIX, oferecendo transmitidas através do radio. A necessidade de transmitir conhecimento ao nosso país levou a modalidade a se expandir trazendo inúmeros benefícios. Foi somente no século XX que a EAD começou a ser regularizada no Brasil, pois havia muita rejeição em ser aceita. Mas assim que passou a atingir até os lugares mais distantes, sua regularização foi inevitável. A valorização do ensino se deu pelo numero maior de pessoas com mão de obra especializada. O Instituto Universal Brasileiro (IUB) tornou – se a maior instituição de ensino de EAD no Brasil, seu método de ensino era por correspondência, os materiais eram transportados pelos correios. Com modalidades de cursos diversificadas atua ate hoje com aproximadamente cerca de 20 mil alunos. Nos dias atuais o conteúdo das aulas é impresso, o aluno controla seu tempo de estudo e horário, estuda de forma autônoma e independente, as avaliações são em forma de provas on-line e trabalhos enviados através do Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA.


4.1 A implantação de diferentes modelos de EAD no Brasil acontece independente de uma política educacional, ela vem tendo um avanço significativo ganhando espaço e atualizando-se desde a era do radio até os dias de hoje com o uso de tecnologias mais avançadas e uma grande diversidade de proposta, á uma grande demanda social de formação devido às exigências de níveis mais elevados, também oferece à população uma educação acessível, ela deixa de ser apenas uma alternativa para as pessoas impedidas de ter acesso à educação formal e passa a ser uma modalidade de ensino flexível e de qualidade que atenda às suas necessidades e expectativas, fortalecendo a possibilidade da educação promovendo o crescimento pessoal de seus alunos, possibilitando o maior número de pessoas a serem atingida. Houve um esforço do Poder Público para incentivar o crescimento da EAD Brasil, as EAD representam uma abordagem eficaz para diminuir as grandes desigualdades sócias existente em muitas sociedades, diminuindo os déficits do sistema e ampliando o acesso da população á educação, democratizando o ensino e reduzindo os gastos nas áreas de serviços educacionais. As razões que explicam a intensificação de uma política educacional para a modalidade à distância apenas na primeira década do século XXI estão estreitamente vinculadas à política colonizadora dos portugueses. Entre as diretrizes básicas da política ditada por D. João III, com relação às terras colonizadas, encontra-se uma referente à conversão dos indígenas à fé católica pela catequese e pela instrução. No Brasil, até 1967, a educação escolar inicial era conhecida como ensino primário e compreendia os quatro primeiros anos de escolarização. A partir da Lei nº 5.692/71, atendendo a mudança constitucional de 1967 que amplia para oito anos o ensino primário obrigatório, agrupou-se os antigos cursos primários e ginasiais sob a denominação de ensino de Primeiro Grau, que, por sua vez, foi rebatizado pela Lei nº 9.394/96 como Ensino Fundamental em relação às terras colonizadas, encontra-se uma referente à conversão dos indígenas à fé católica pela catequese e pela instrução.

4.2 É em cumprimento a essa diretriz que chegam ao Brasil em 1549, junto com o primeiro Governador Geral Tomé de Souza, quatro padres e dois irmãos jesuítas chefiados por Manuel da Nóbrega. Estava lançado o gérmen da estrutura educacional que sobreviveria por toda a colônia, passando pelo império até os albores da república. Essa estrutura se caracterizaria por um ensino distante da realidade da colônia. Um ensino humanístico destinado a dar cultura geral básica para a elite, sem preocupação de qualificação para o trabalho.

  Até porque a educação não representava muito na construção da sociedade que nascia. As poucas atividades produtoras não exigiam preparo educacional, quer do ponto de vista da administração, quer do ponto de vista da mão de obra.
Em decorrência disso, o ensino foi posto à margem, sem utilidade funcional para uma economia fundada na agricultura rudimentar e no trabalho escravo. (ROMANELLI, 1982). Se quisermos compreender as reformas educacionais tomadas pelo atual governo federal relativa ao ensino fundamental nos últimos anos, não basta inserir informações empíricas desse período em um quadro teórico anteriormente elaborado. Para realmente podermos avaliar o peso e a funcionalidade dessas medidas, torna-se necessário vê-las dentro de um contexto mais amplo, o que pressupõe uma retrospectiva histórica.

4.3 Nesse sentido, o objeto de estudo do presente capítulo é, em grandes linhas, apresentar a trajetória da educação escolar inicial no Brasil. Nossa intenção será mostrar como historicamente se configuraram as políticas públicas para esse ramo de ensino. Pretendemos mostrar, também, como o Brasil, principalmente depois de instituída a república federalista, trabalhou a questão da centralização e da descentralização da direção desta etapa da escolarização. Diante de tais afirmações a pergunta mais importante que nos deveríamos fazer sobre o processo de escolarização é: “qual conhecimento vale mais?” Essa pergunta encerra uma infinidade de questões que gravitam em torno da questão epistemológica. Conflitos esses que estão relacionados intimamente com a vida dos aprendizes. A escolha deste ou daquele conhecimento reflete uma posição política mais ampla e com ela a relação de poder em uma determinada sociedade. Por essa razão uma maneira mais precisa formular a pergunta, de tal forma que explicite o caráter político do debate educacional em torno do currículo, é questionar pela legitimidade e pela autoridade de tal conhecimento. Posta dessa forma a questão mais profunda seria: “o conhecimento de quem vale mais?” Essa pergunta não é apenas uma pergunta acadêmica.

4.4 Ela reflete o jogo de forças que atuam nos subterrâneos das políticas curriculares e, por isso, de grande influência para o estabelecimento ou não de formas democráticas e populares de iniciativas educacionais. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino fundamental emergem dentro do clima de reestruturação educacional ocorrido na primeira metade da década de 90. Esse clima elegeu a qualidade educacional como tema central das reformas ocorridas nesse período. Os PCNs serão, então, elaborados na perspectiva de contribuição para a melhoria da qualidade no ensino fundamental. Três razões foram invocadas para justificar tal propósito. Em primeiro lugar, a iniciativa fez cumprir o artigo 210 da Constituição de 1988, que determina a fixação de conteúdos mínimos para o ensino fundamental, a fim de assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. Em segundo lugar, buscou-se promover o aumento da qualidade do ensino fundamental, cuja necessidade foi enfatizada pelo Plano Decenal de Educação pra Todos (1993-2003). Em terceiro lugar, pretendeu-se articular os diferentes esforços de reformulação curricular que vinham sendo desenvolvidos nos diferentes estados e municípios. A produção teórica sobre o currículo tem sido intensa nos últimos anos. Essa intensificação se justifica pela importância que o conhecimento vem tendo nas reformas educacionais.

Quanto ao primeiro, que se relaciona à necessidade de um novo paradigma educacional que dê conta das especificidades inerentes a essa modalidade, entendemos ser fundamental, inicialmente, retroceder no tempo na tentativa de elucidar o que é um paradigma. Dessa forma, encontramos em Moraes (2003), que para Platão paradigma é o modelo ou regra que serve de exemplo, já para Aristóteles é o argumento que pode ser generalizado.

  4.5 Essas reformas aludem ao fato de que estamos vivendo em uma “sociedade do conhecimento” e este se torna essencial tanto para a formação da cidadania como para as novas formas de produção do mundo moderno. Essa produção teórica tem na sociologia crítica do currículo uma importante fonte de conhecimentos. Veiculando uma visão de currículo como forma de política cultural, nos tem demonstrado alternativas críticas para as questões curriculares. Esses autores têm demonstrado a falácia da chamada “sociedade do conhecimento” e apontam para uma abordagem crítica do currículo. No Brasil a produção crítica sobre o currículo também tem se mostrado presente. As reformas educacionais, ocorridas na década de 90, têm sido secundadas por mudanças nas prescrições legais sobre o currículo, que alteram o perfil dos cursos oferecidos e o peso relativo das disciplinas no seu interior. A tais reformas segue-se, via de regra, um esforço de renovação dos conteúdos curriculares, realizados pelos órgãos gestores dos sistemas de ensino, que nem sempre correspondem a uma renovação efetiva do seu tratamento nas escolas.

                             CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

4.6 Segundo Santaella (2004), existem diversos tipos de leitores. Antes de entrarmos na explicitação do perfil de cada um deles, é necessário entender que realizamos uma pesquisa com alunos do Ensino fundamental, envolvendo alunos de todos os anos dos Anos Finais. Após realizar a pesquisa fizemos uma análise e concluímos que 60% dos alunos entrevistados se identificaram como Leitor Contemplativo ou Meditativo, 20 % se enquadraram como Leitor Movente Fragmentário e, os outros 20% condizem ao Leitor Imersivo (virtual). Considerando os tipos de leitores que Santanella aponta, faremos um breve relato de cada um deles.
1- O primeiro tipo, como já foi mencionado acima, é o Leitor Contemplativo, Meditativo da idade pré-industrial, o leitor da era do livro impresso e da imagem fixa, ele desprende de aptidões singulares, ele não precisa do auxílio do outro. Sua leitura é isolada, silenciosa e paulatina, pois depende dele a sequência de sua leitura. Ser responsável pela leitura proporciona a capacidade de ler e reler inúmeras vezes e da forma que melhor lhe agrada, sem restrições, sendo que, “a leitura silenciosa criou a possibilidade de ler textos mais complexos” (Charter, 1999, p. 24). Ainda segundo a autora, esse tipo de leitor nasce da relação íntima entre o leitor e o livro, leitura do manuseio, da intimidade, num espaço privado. Acredita-se que, durante a leitura, a sua concentração se volta completamente para essa prática, visto que necessariamente envolve movimentos complexos.

2- O segundo é o Leitor Movente Fragmentário também chamado o leitor do mundo em movimento, dinâmico, mundo híbrido, de misturas significas, um leitor que é filho da Revolução Industrial e do aparecimento dos grandes centros urbanos, é um leitor capaz de compilar diversas imagens e novas formas de ler. Com o surgimento, principalmente, do jornal impresso, ligado à nova conduta social de consumo e amparada na publicidade espalhada por toda a cidade que impulsionou outra óptica, outras formas de ler, porém nenhuma menor que a outra.

Determinada linhas de investigação assumem importância, outras encontram pouco apoio. Alguns temas tornam-se moda e hipertrofiam-se com desvantagem para outros temas. “Tudo isto acontece no seio de um quadro epistêmico, mas pode também mudar este quadro.” (PIAGET E GARCIA, 1987, p 56

   4.7 Com o advento tecnológico em expansão, com a introdução dos cinemas e a instantaneidade da televisão, quebrou-se um paradigma e surgiu um leitor que acumula características do perfil anterior “contemplativo”, mas que passa a ser também movente; leitor de formas, volumes, massas, interações de forças, movimentos; leitor de direções, traços, cores; leitor de luzes que se acendem e se apagam; leitor cujo organismo mudou de marcha, sincronizando-se à aceleração do mundo. Santaella (2004) acredita que a flexibilidade desse segundo leitor abriu caminho ao tipo de leitor mais recente “o Imersivo”, isto é, ele esteve preparando a sensibilidade perceptiva humana para o surgimento do Leitor Imersivo ou Virtual, assim como citado acima, surge da multiplicidade de imagens significas e ambientes virtuais de comunicação imediata. Esse novo tipo de leitor nasce inserido dentro dos grandes centros urbanos, acostumados com a linguagem efêmera e provido de uma sensibilidade perceptiva - cognitiva quase que instantânea. De acordo com Santaella (2004), o receptor de uma hipermídia ou seu usuário coloca em ação mecanismos, ou melhor, habilidades de leitura muito distintas daquelas que são empregadas pelo leitor de um texto impresso como o livro. Com a proliferação crescente das redes de telecomunicação, especialmente da internet que liga todos os pontos do globo, surge um leitor que possui novas formas de percepção que os atuais suportes eletrônicos e estruturas híbridas e alineares do texto escrito estão fazendo emergir. Nessa medida, Santaella (2004) não vê muitas diferenças entres os três tipos de leitores, porém há habilidades que os diferem. 

4.8 A nossa pesquisa consistiu exatamente em conhecer e delimitar esse novo leitor, suas transformações sensórias, perceptivas, cognitivas e, consequentemente, também transformações de sua sensibilidade. Ainda na mesma Instituição de Ensino entrevistamos professores e equipe pedagógica, além do diretor. Para estes profissionais, a importância da realidade virtual e da aprendizagem digital na formação dos alunos de hoje é um meio pelo qual os proporciona um enriquecimento nas práticas pedagógicas, pois existem muitas matérias que servem de apoio, segundo os professores entrevistados através da tecnologia digital conseguem trabalhar a coordenação motora, a capacidade de raciocínio rápido e através desta realidade consegue uma melhor explicação do conteúdo, as várias linguagens midiáticas torna o assunto mais atrativo trazendo a atenção do aluno na aula e para o educando que tem acesso a internet o conhecimento torna se diversificado. De acordo com os entrevistados a realidade virtual influencia sim na pratica de ensino. Eles dizem, que através de pesquisas eles podem sempre aprender algo inovador facilitando assim suas Praticas Pedagógicas, tanto na produção quanto na execução das atividades e o aproveitamento e muito melhor, o acesso ás paginas relacionadas com as disciplinas ou ate mesmo as paginas do governo conseguem encontrar uma variedade de conteúdos disponíveis tornando um trabalho melhor, um exemplo disso na área de formação de um deles é os simuladores de efeitos e reações químicas se a escola oferece um laboratório de química e um ou laboratório de informática possibilita ver o resultado final do processo.

Piaget e Garcia (1987), os quais avançam no conceito dado 4 por Kuhn, as revoluções científicas ocorrem a partir de mudanças no quadro epistêmico, o qual é mais amplo que o conceito de paradigma, segundo os autores, o conceito de Kuhn se apóia na sociologia do conhecimento e não na própria epistemologia.

                                             AS VANTAGENS VIRTUAIS

5.0 Quanto às vantagens da aprendizagem digital podemos dizer que acontece mais rápido do que o modo tradicional, pois existe um leque de informações e modelos referentes ao conteúdo a ser abordado, sem contar que podemos Fazer leituras virtuais realizar pesquisas de um modo geral assistir vídeos, noticias em tempo real, uso de programas como editor de textos, impressão de materiais e troca de atividades. Nota se o avanço da tecnologia nas últimas décadas, pois na instituição de Ensino onde realizamos a pesquisa com os professores direção e equipe pedagógica contam com um laboratório de informática onde alunos e professores têm acesso à internet. Dos entrevistados 100% têm acesso diário à internet para realizar pesquisas, usar o correio eletrônico participar de listas de discussões e ainda usam para o la

                                 MATERIAL DIDÁTICO EO  BRINQUEDO

    Após mesa redonda com o grupo decidimos fazer um boneco, onde trabalharemos várias disciplinas num mesmo material, para desenvolver o mesmo utilizemos fio de lã, uma barrinha de ferro, bola de isopor, agulha, tampa de garrafa pet colorida, cola de isopor, um par de olhos, tinta guache, pincel preto, fita mimosa, cola e tesoura. Esse brinquedo formou se um corpo humano onde nele estaremos trabalhando os membros, a lateralidade, as cores, as cores primárias, secundaria e terciária, as cores quentes e as cores frias, a soma, divisão, multiplicação, subtração alem de poder encenar uma historia em quadrinho. Ele pode ser utilizado no Ensino Fundamental nos Anos Iniciais e Educação Infantil, a aprendizagem é definida como um processo de transformação de comportamento mediante estímulos e, como tal pode ser estimulado, manifestando - se de formas diferentes em cada indivíduo.

   Para elaborar essa boneca primeiramente pegamos dois pedaços de fios de lã e cortamos do mesmo tamanho dobramos ao meio e amaramos em uma barrinha de ferro, onde se dividiu em quatro partes iguais, depois disso com uma bola de isopor nas mãos furamos a mesma bem no centro passando de um lado para outro, colamos os fios em uma agulha com espessura grossa onde passamos os quatro fios ao mesmo tempo por dentro da bola de isopor deixando uns  centímetros longe da barra de ferro, colocamos uma tampa de garrafa para formar o pescoço deixamos dois fios de lado e com os outros dois fomos colocando tampinhas até formar o tronco e as pernas, após isso pegamos os dois fios que ficou de lado e com tampas formamos os braços, pegamos fio de lã e cortamos novamente do mesmo tamanho colamos no centro da cabeça escondendo o furo que fizemos anteriormente formando os cabelos, o fio que sobrou dos braços elevamos ate em cima e na mesma altura que ficou o ferro e amaramos, nosso brinquedo esta praticamente pronto, para finalizar colocamos os olhos de plástico desenhamos com pincel preto o nariz e com tinta guache pintamos a boca, no pescoço fizemos um tope com fita mimosa e colamos e ai esta pronto nosso eco brinquedo.

5.1Dentre as formas de se estimular esse processo temos o que se chama de “aprendizagem apreciativa”, que “consiste na aquisição de atitudes e ideais, tendo por base a afetividade, a imitação”. Partindo do princípio de que é na infância onde está mais latente o processo de aprendizagem, e de que as crianças aprendem mais, com o que lhes provoca afeição e com o que lhes identificam, passando a imitar as ações, que se pretende com este material desenvolvendo atividades onde propiciem a elas ações de conscientização. 

  A elaboração do brinquedo desenvolveu o desenho de um corpo humano com reaproveitamento de resíduos sólidos, tendo como base especificamente tampinhas de garrafa pet, onde se fará uso desses princípios para a produção de materiais didáticos a serem aplicados em escolas públicas como enriquecimento do acervo pedagógico, uma vez que se observa uma carência dos mesmos nesse setor. Ele é um material que possibilita ao educador trabalhar de forma lúdica e significativa para que vivências, experiências e sensações permeiem sua prática em sala de aula, num contexto de relações de respeito e confiança à faixa etária. Esse material está preparado para atender a demanda da Educação Infantil e Série Inicial podendo acompanhar o desenvolvimento das crianças e despertar o entusiasmo em aprender. A qualidade e o nível do material desenvolvido proporcionam à escola e aos alunos segurança para tornar os primeiros passos infantis mais prazerosos.

    Afinal, nesta fase aprender é brincar, e brincando eles aprendem e conseguem criar o puro prazer. O material leva em consideração o fato de que o aluno desta fase descobre novas habilidades e define muitos de seus interesses formando algumas das principais características que o fazem evoluírem para um indivíduo singular. O material didático fornece, então, um aprendizado bem mais estruturado, a base necessária para todo o processo de aprendizagem que a era da globalização exige. “A criança é uma máquina de digerir novidades, assimilando qualquer mudança do seu meio. Daí partindo para novas experiências se o ambiente for propício.” (Jerome Kagan, da Universidade de Harvard).

   Após os eco brinquedos estarem prontos reunimos no Pólo juntamente com o Tutor e realizemos a exposição de todos os brinquedos confeccionados, onde cada grupo apresentou seu brinquedo expondo os objetivos, a metodologia, os materiais utilizados e a importância desse recurso didático no processo de ensino aprendizagem, concluindo se que alcançamos nossos objetivos com o mesmo.

                                               CONSIDERAÇÕES FINAIS

  Ao concluir essa análise da prática pudemos perceber que na escola pesquisada, os professores buscam utilizar todos os recursos disponíveis em suas aulas e de uma forma dinâmica propiciando momentos significativos de aprendizagem. Obviamente que como em todas as instituições de ensino também encontramos problemas, mas nesse contexto os conflitos são solucionados por todos os integrantes do corpo docente e discente da escola o que propicia um trabalho mais harmonioso e concreto no interior da instituição. Este trabalho teve como objetivo despertar o interesse na formação dos futuros professores e pedagogos levarem-nos a ter uma visão ampla ao confeccionar os materiais didáticos, já que os mesmos têm um papel fundamental no processo de ensino, pois é preciso trabalhar com os alunos de forma lúdica e concreta, não basta basear-se somente em conteúdo e livros, mas incentivá-los na realização de pesquisas de forma que possa ser despertado o prazer pela leitura, fazendo com que tanto o professor quanto o aluno possam interagir de forma satisfatória beneficiando o assim o aprendizado.

                                            REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOTH, Ivo José. Avaliação planejada, aprendizagem consentida. Curitiba: Editora IBEPEX, 2ª Ed, 2012.
CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora UNESP, 1997.
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DEMO, Pedro. O Porvir, desafios das linguagens do século XXI. Curitiba: Editora IBEPEX, 2007.
FRANCO, M.L.P.B. O "estudo de caso" no falso conflito que se estabelece entre
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JUSTINO, Marinice Natal. Pesquisa e recursos didáticos na formação e práticas docentes. Curitiba: Editora IBEPEX, 1ºEd, 2011.
ROMANELLI, Otaíza de O. História da educação no Brasil. Petrópolis: Editora Vozes, 1982.
SANTAELLA, Lucia. Navegar no ciberespaço: o perfil do leitor Imersivo. São Paulo: Editora Paullus, 2004.
Sites consultados:
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