Histórico recente da poupança

Muita gente simplesmente não entende porque, dia após dia, a poupança bate recordes de captação no Brasil.

No início do plano real, quando a inflação chegou a oscilar na faixa de 2% ao ano, um rendimento de 6% totalmente seguro e isento de imposto de renda era realmente atrativo.

Nessa época, muitas pessoas recobraram o hábito de investir na poupança, após muitos anos de investimentos em estoques de alimentos, por exemplo (na época da inflação de 40% ao mês!).

Ocorre que a inflação está mais uma vez de volta ao cenário econômico brasileiro e, nesse contexto, a poupança deixou de ser um bom investimento e muita gente ainda nem se deu conta.

E agora, o que fazer?

Diante de uma poupança que rende 6% ao ano e uma inflação superior a isso, a solução, sem dúvida, é buscar outras alternativas.

Mas quais são as opções de investimento tão seguras quanto a poupança e mais rentáveis que ela?

A primeira opção que vem à mente é, sem dúvida, é investir no Tesouro Nacional.

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Os títulos da dívida pública federal são praticamente livres de risco. Afinal, são garantidos pela União.

E se o país quebrar?

Ainda assim, certamente você receberá sua aplicação, pois a dívida pública brasileira, hoje, é doméstica (em reais), basicamente.

Países que quebram são aqueles que devem em moeda estrangeira e, portanto, correm o risco de não conseguir honrar suas obrigações.

Com a dívida em moeda local, em último caso, o governo manda imprimir moeda e pagar seus credores (efeito colateral: inflação).

Como investir no Tesouro?

Enfim, considerando a segurança do investimento, o Tesouro Direto é, sem dúvida, o melhor investimento frente à poupança hoje em dia.

Se você se interessar por essa forma de investimento, é bom abrir conta em uma corretora de valores, pois elas cobram taxas mais baratas que os bancos. O ranking das taxas cobradas está disponível no site do próprio Tesouro.

Após isso, você já pode começar a comprar títulos.

A principal dica é, em um primeiro momento, investir em um título chamado LFT (Letra Financeira do Tesouro).

É, sem dúvida, o título mais indicado para iniciantes, pois não possui oscilações negativas em seu preço.

Em um segundo momento, à medida em que o investidor vai adquirindo experiência e segurança, ele já pode buscar algum curso Tesouro Direto e aprimorar suas técnicas, aprendendo a comprar os títulos mais rentáveis conforme a conjuntura econômica.

Com a opção, desde 2002, das pessoas investirem diretamente em títulos da dívida pública, realmente não tem feito mais sentido investir em poupança.

O histórico de rendimentos dos títulos públicos (embora alguns possam ter oscilações negativas temporárias) é muitas vezes superior ao rendimento da poupança, desde o lançamento da plataforma do Tesouro.

O importante, em todos os casos, é o investidor se informar e "tomar as rédeas" de suas aplicações.

Afinal de contas, se uma coisa ficou clara nos últimos anos é que, se você investe na poupança, quem terá lucro será o banco.