POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DECORRENTES NO USO DE ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES - AINEs

Daniel Pedro Soares *

RESUMO

            Os antiinflamatórios não esteroides – AINEs, desde a sua descoberta em 1827 por Leurox, onde isolou a salicina; passando por Piria, em 1838, no qual isolou o ácido salicílico, logo a frente em 1844, Cahours, que isolou o ácido salicílico do óleo de gaultéria. Kolbe e Leutemann, em 1860, conseguiram obter o ácido salicílico através de síntese. E finalmente em 1899, foi introduzido na prática clínica o ácido acetilsalicílico (AAS), terminando em 1950 onde deu-se o início do aprofundamento da sintetização desse fármaco até a atualidade, o mesmo é utilizado nos seres humanos para alivio e ou a cura de dores musculoesqueléticas e febre, além de ser utilizados como anticoagulantes. Sendo assim, é um fármaco amplamente prescrito por profissionais de diversas área da saúde como farmacoterapia aos pacientes com dores, febre entre outras patologias crônicas e agudas. No entanto, a facilidade de se encontrar os antiinflamatórios no comercio é muito grande, considerando esse fato uma relevância preocupação em saúde pública. Pois os mesmos, na maioria das vezes, são isentos de retenção de receituário, o que leva a pratica de comercialização livre. E que por sua vez, a maioria dos pacientes, não se respaldam das possíveis complicações que podem vir acarretar no seu metabolismo. Portanto, o objetivo geral dessa pesquisa é conhecer o que são anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), seu mecanismo de ação e sua terapêutica. Bem como suas possíveis complicações metabólicas que podem ocorrer no organismo humano. E sendo sua metodologia desenvolvida com base em artigos científicos e revistas com abordagem do tema proposto.

PALAVRAS CHAVE: Uso dos Antiinflamatórios para analgesia em pacientes crônicos; Uso racional de anti-inflamatórios não esteroides; anti-inflamatórios-inflamatórios não esteroides: Efeitos cardiovasculares, cerebrovasculares e renais; Inflamação Aguda e Crônica.

*Acadêmico do curso de   Enfermagem –FPM (Faculdade da Cidade de Patos de  Minas –MG,10º período

POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DECORRENTES NO USO DE ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES - AINEs

1 INTRODUÇÃO

              De acordo com os dados históricos, a importância do uso de anti-inflamatórios em humanos para alivio da dor e febre, surgiu a partir da descoberta do composto isolado da casca do salgueiro (Salixalbavulgaris), por Leroux em 1827, onde isolou a salicina. Mais tarde, Piria, em 1838, isolou o ácido salicílico. Em 1844, Cahours, isolou o ácido salicílico do óleo de gaultéria. Kolbe e Leutemann, em 1860, conseguiram obter o ácido salicílico através de síntese. E finalmente em 1899, foi introduzido na prática clínica o ácido acetilsalicílico (AAS) (CARVALHO, 2010).

            Desta maneira, o início do aprofundamento dos estudos dos anti-inflamatórios aconteceu por volta de 1950, quando iniciou-se o boom dos esteroides que conduziu à pílula contraceptiva e abriu espaço para o conhecimento do papel dos hormônios esteroides na fisiologia. Data desta época, a identificação das propriedades anti-inflamatórias dos corticoides e, pouco depois, a compreensão de seus efeitos colaterais, severos, restringindo seu emprego na terapêutica (MATA, 2011).

            Desta forma, a lacuna deixada pela cortisona enquanto anti-inflamatório motivou, de um lado, a busca de análogos estruturalmente modificados capazes de serem empregados com mais segurança na terapêutica de quadros inflamatórios crônicos, e de outro lado estimulou o estudo de análogos do ácido acetilsalicílico (AAS), conhecido fármaco analgésico, antitérmico, com propriedades anti-inflamatórias e também apresentando efeitos irritantes ao nível da mucosa gástrica (FURST et al, 2010).

            Sendo assim, em 1960, estes esforços de pesquisa foram recompensados pela identificação dos fenamatos, classe de agentes anti-inflamatórios nascidos no extinto laboratório Parke-Davis, pelos derivados de ácidos benzóicos, mefenâmico e meclofenâmico. Ambos são estruturalmente relacionados ao AAS, possuindo o padrão do ácido antranílico (orto-aminobenzóico), isóstero do ácido salicílico, presente no composto desse fármaco.

            Portanto somente, nos meados de 1990, devido a toxicidade dos anti-inflamatórios com acentuada relevância nos seres humanos, um pesquisador brasileiro, conhecido como Sérgio Ferreira, levantou a hipótese de que haveria duas isoformas dessa enzima.

            Sendo assim, conseguiu-se comprovar que a COX (ciclooxigenase) é constituída por duas isoformas, com características bem definidas, a COX-1 (fisiológica) e a COX-2 (induzida). E que, com esta comprovação cientifica da tolerância e baixa toxicidade, em 1995, até os tempos atuais vem cada vez mais desenvolvendo anti-inflamatórios da classe AINEs (Anti-inflamatórios Não Esteroides) mais eficazes e com baixa toxicidade. Além disso, a mesma data a distribuição desses fármacos teve um grande crescimento comercial (GIORGI; SZAJUBOK, 2008).

            Por sua vez, o uso de anti-inflamatórios de forma indiscriminada que vem ocorrendo cada vez mais na sociedade, e que acentua-se uma grande preocupação. Visto que, a indicação e prescrição somente deve ser feita por um profissional médico ao paciente no uso de sua terapêutica. Pois, os efeitos no metabolismo humano podem gerar várias complicações adversas de nível considerável e alarmante.