FACULDADE DOM ALBERTO 

 

FISIOTERAPIA HOME CARE / ATENDIMENTO DOMICILIAR 

 

JOÃO PAULO DA SILVA BRITO 

 

 

POSSIBILIDADES E EFETIVIDADE DA ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA PERPECTIVA DO ATENDIMENTO DOMICILIAR 

 

 

AROEIRAS

2020

POSSIBILIDADES E EFETIVIDADE DA ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA PERPECTIVA DO ATENDIMENTO DOMICILIAR

 

BRITO, João Paulo da Silva[1]

 

Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

 

RESUMO- A fisioterapia domiciliar é uma modalidade terapêutica que vem se ampliando bastante nos últimos tempos por perceber a importância do contexto domiciliar para o cuidado de pacientes, nesse sentido o presente estudo surgiu com o objetivo de caracterizar as possibilidades de atuação e efetividade do tratamento fisioterápico no atendimento domiciliar, a fim de analisar quanto às possibilidades de tratamento fisioterapêutico. O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica transversal de cunho descritivo e teve por abordagem qualitativa. Sabe-se que a assistência domiciliar não se trata apenas de uma nova modalidade de assistência, é também uma forma de promover aos usuários uma nova forma de atenção à saúde. Considerou-se que o são vários os motivos que conduzem ao paciente ou o familiar a escolha por essa modalidade em detrimento ao atendimento convencional em uma clínica, esses motivos podem ser desde a uma limitação de funcionalidade, como uma restrição ao leito e em algumas situações a comodidade e praticidade dessa modalidade de atendimento, concluiu-se então que essa modalidade traz vários benefícios como sessão individualizada, maior comodidade para o paciente, ampla flexibilidade de horário e mais comodidade para o paciente.

 

PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia Domiciliar. Fisioterapia em Home Care. Tratamento Fisioterápico.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

A prática do atendimento domiciliar hoje é uma questão bastante falada onde inúmeras pessoas não tem conhecimento necessariamente suficiente da compreensão dessa prática profissional, sabe-se que trata-se de um programa com diversos recursos que podem ser utilizados no lar do paciente, sabe-se também que um dos principais problemas de saúde no brasil são os hospitais com grandes quantidades de pessoas e com escassez de leitos, bem como a degradação da saúde pública nos demais níveis de atenção a saúde.

Especificamente em relação ao campo da fisioterapia domiciliar ou fisioterapia home care observa-se que essa modalidade vem se ampliando por perceber a importância do contexto domiciliar para o cuidado de pacientes. Esse ambiente possibilita que o fisioterapeuta proporcione maior conforto e praticidade para o paciente, que pode ou não estar em situação de restrição no leito ou de mobilidade reduzida impedindo o mesmo de deslocar-se às clínicas especializadas.

A fisioterapia domiciliar foi por muito tempo associado para pacientes acamados ou com dificuldade de locomoção, várias são as vantagens deste tipo de atendimento desde o conforto de fazer as atividades em seu próprio lar até a flexibilidade com relação aos horários, todavia ainda não estudos que sistematizem as possibilidades de intervenção no atendimento home care bem como a efetividade, nesse sentido o presente estudo surge com o intuito de compreender quais são as possibilidades que o profissional fisioterapeuta dispõe para a efetividade da atuação da fisioterapia no atendimento domiciliar.

É bastante provável que o fisioterapeuta no que se refere ao atendimento domiciliar enfrente a dificuldade no que se refere a disposição de recursos quando comparado com o aparelhamento de uma clínica, consultório ou hospital, porém certamente é minimizado o impacto dessa escassez uma que o perfil profissional do fisioterapeuta home care é de um profissional dinâmico com a capacidade de inovar e reinventar-se a aparte uma visão sistemática e criativa.

Assim o presente estudo tem por objetivo caracterizar as possibilidades bem como a importância de atuação e efetividade do tratamento fisioterápico no atendimento domiciliar, para tanto será necessário descrever em um primeiro momento o que consiste atendimento domiciliar para posteriormente descrever um breve histórico do atendimento home care, por fim é analisado quanto as possibilidades de tratamento fisioterapêutico em atendimento domiciliar.

Nesse sentido o presente estudo apresenta alto valor levando em consideração o impacto do atendimento domiciliar como alternativa ao processo de saúde, a sociedade é diretamente beneficiada tendo em consideração que o estudo fortalecerá a reflexão possibilitando compreensão dos indivíduos que tiverem acesso ao estudo. essa pesquisa contribui diretamente para o desenvolvimento científico uma vez que fortalece a literatura científica e resulta em um arsenal que possibilite compreensão. ha valor preditivo também para os profissionais da saúde em especial ao profissionais fisioterapeutas que poderão se apropriar desse conhecimento para fortalecer a sua prática profissional.

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica o qual consiste em uma pesquisa em material já processado e publicado em relação ao tema de estudo, é de caráter transversal a qual tem por característica o estudo de uma situação em um momento não inespecífico, é de cunho descritivo que compreende a descrição das características a respeito de determinado fenômeno ou população, ou o estabelecimento de relações entre variáveis, o estudo teve por abordagem qualitativa sendo apropriada para a análise de estudos complexos. Foram obtidas as informações a partir de base de dados Lilacs, Scielo e Google Acadêmico, tendo como critérios de inclusão: textos de cunho bibliográfico que abordem o tema da fisioterapia em atendimento domiciliar ou home care, foram critérios de exclusão: materiais incompletos e/ou textos que não contemplem referência apropriada.

 

2 DESENVOLVIMENTO

 

A assistência domiciliar não se trata apenas de uma nova modalidade de assistência, é também promover aos usuários uma nova forma de atenção à saúde, na qual se associa o conhecimento e tecnologia, é um serviço que proporciona ao paciente cuidado individualizado e, sobretudo mais humanizado (KATZER, MADEIRA, 2016).

 

2.1 Conceito e breve histórico do atendimento Home Care

 

Conforme destacado por Rehem e Trad (2005) a literatura científica aponta vários termos usados para designar o cuidado no domicílio incluindo; assistência domiciliar, sendo esse predominante, atenção domiciliária, atenção médica domiciliária, internação domiciliar, hospitalização domiciliar, e Home Care. Essa diversidade de significados decorre da dificuldade histórica de expressar claramente as características desse auxílio.

Para Moura et al. (2018) a Assistência Domiciliar é caracterizada como um aglomerado de ações hospitalares que possibilitam a realização dessas práticas em ambiente domiciliar, mediante atuação de uma equipe multidisciplinar, fundamentada na realidade que o paciente se encontra e no diagnóstico apresentado. Esta modalidade, denominada também como Home Care, contribui para um estado de promoção, manutenção e a reabilitação a saúde. Ela pode ser classificada como particular ou publica possui benefícios como maior comodidade, sessão individualizada, não exige a locomoção do paciente.

Esta é então uma das alternativas em detrimento da hospitalização e que atualmente é fruto de discussões entre os profissionais da área da saúde e entre administradores, essa alternativa de assistência também como home care do inglês que significa cuidado do lar, trata-se de procedimentos desenvolvidos por uma equipe interprofissional, que se ocupa no estudo e diagnóstico da realidade do paciente no intuito da busca da promoção, manutenção e reabilitação de sua saúde (KATZER; MADEIRA, 2016).

No que tange a história há relatos que as mais remotas referências em medicina descrevem cuidados domiciliares e hospitalares começando por um médico chamado Imhotep, que na terceira dinastia do Egito Antigo (século XIII a.C.)atendia o paciente tanto no domicílio como em um consultório/hospital, sendo o responsável pelo atendimento do Faraó nas dependências do palácio. Na Grécia Antiga, o médico, por nome Asklépios, atendia na residência do paciente e seus seguidores atendiam em templos, onde dispunham de medica-mentos e materiais especiais para a cura, podendo, esses locais, ser considerados a primitiva estrutura que seria mais tarde denominada hospital (AMARAL et al. 2001).

Rehem e Trad (2005) destacam que Há relatos de que o atendimento domiciliar se originou na América do Norte e na Europa, e a literatura apontou que ele apareceu nos Estados Unidos em 1947. O incentivo inicial foi reduzir o congestionamento do hospital e proporcionar um ambiente psicológico mais positivo para pacientes e familiares. Então, esses experimentos se multiplicaram na América do Norte e na Europa. Nos Estados Unidos, as informações desde 1999 mostram que existem 20.215 organizações envolvendo mais de 8 milhões de pacientes a cada ano.

No século V antes de Cristo, Hipócrates descreve em tratado sobre os ares, as águas e os lugares a eficiência de atender-se no domicílio, pois tal cuidado propiciava um bom êxito, segundo suas observações. Ao finaldo século XVII, o fundador da homeopatia, Samuel Hanneman, passou a visitar os enfermos por acreditar que o médico tem o dever de lutar, sem descanso, contra a enfermidade, independente do local onde setravava essa luta. Ele permanecia junto aos leitos de seus doentes, no domicílio, a maior parte do tempo possível (AMARAL et al. 2001).

A respeito da assistência domiciliar no Brasil Katzer e Madeira (2016) relatam que não se encontram muitos registros sobre sua história, o que existe são depoimentos de pessoas que viveram o desenvolvimento ou estão vivenciando essa modalidade, no país as primeiras atividades desse cunho ocorreram no século XX, no ano de 1919, com o desenvolvimento do Serviço de Enfermeiras Visitadoras no Rio de Janeiro.

De acordo com Amaral et al. (2001) a forma organizada de cuidados em Assistência Domiciliar à Saúde (ADS) tem como primeira referência o Dispensário de Boston no ano de 1796,hoje: New England Medical Center. Em 1850, sob a liderança de Lilian Wald, com a determinação de promover ações de saúde em domicílio, foi criado o programa que mais tarde denominou-se Plublic Health Nurse.

Já em 1947, o Hospital de Montefiori, de Nova York, inaugurou os conceitos de home care de forma que fosse uma extensão do suporte hospitalar. Há inclusive informes de estudos da existência desses serviços no modelo de saúde europeu, que se deve ao fato de políticas em cuidados à saúde, envelhecimento populacional e alto custos. Constata-se que muitos dos serviços de atendimento domiciliar estão se segmentando em sua forma de assistência, basicamente em: inspeção domiciliar, serviço domiciliar e internação domiciliar (KATZER, MADEIRA, 2016).

Para Rehem e Trad (2005) a experiência mais antiga dos métodos de atendimento domiciliar foi desenvolvida pela Agência de Assistência Médica à Família e Emergência (Samdu), criada em 1949. O serviço estava originalmente vinculado ao Ministério do Trabalho e foi fundido pelo INPS em 1967. A experiência será da Fundação Especial de Serviços de Saúde Pública (FSESP), criada em 1960 e extinta em 1990. Entre outras atividades, a Fundação também desenvolveu maneiras de prestar serviços organizados em unidades, famílias e comunidades. É um método indispensável para as famílias, incluindo visitas domiciliares por visitantes de saúde e assistência no processo de higiene para promover atividades, prevenção de doenças, monitoramento de grupos de risco e vigilância em saúde.

Katzer e Madeira (2016) destacam que no Brasil, nos anos 60 aconteceu uma valorização dos âmbitos familiares, onde nessa período ocorreu a inauguração do pioneiro programa de atendimento domiciliar do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. A datar de então, vários serviços vieram surgindo, públicos e privados, se moldando às necessidades de sua clientela e na década de 90, aconteceram várias implantações de serviços apelados à assistência domiciliar, a modelo da Volkswagem do Brasil, assim como a fundação em prefeituras, cooperativas médicas, hospitais públicos e privados, seguradoras de saúde, entre outros. No ano de 1780, o Hospital de Boston (EUA), precursores nesta atividade, implantou o home care, e as atividades prestados, em sua grande maioria, foram formados por enfermeiras visitadoras, de cunho filantrópico.

Recentemente a assistência domiciliar pública contou com o apoio do Núcleo de Apoio à saúde da Família a qual foi desenvolvida em 2008 e que conta com profissionais de diversas áreas tais como psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, farmacêuticos, profissionais de educação física, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeuta ocupacional, médicos pediatras, psiquiatras, homeopatas, ginecologista e acupunturistas (KATZER, MADEIRA, 2016).

 

2.2 A importância do atendimento domiciliar

 

Conforme relata Moura et al. (2018) a atenção domiciliar tem fundamentação naquilo que a Lei Orgânica de Saúde n. 8080/90 que regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS) estabelece como integralidade, que em seus princípios e diretrizes, propõe o atendimento integral aos cidadãos, por meio de uma visão humanizada dos indivíduos envolvidos no processo, havendo nestes casos um trabalho interdisciplinar da equipe de saúde por meio de ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde.

São vários os motivos que conduzem ao paciente ou o familiar a escolha pelo serviço de fisioterapia em home care em detrimento ao atendimento convencional em uma clínica, esses motivos podem ser desde a uma limitação de funcionalidade, como uma restrição ao leito e em algumas situações a comodidade e praticidade dessa modalidade de atendimento (SILVA; DURÃES; AZOUBEL, 2011).

Bezerra, Lima e Lima (2015) ressaltam que o atendimento a domiciliar proporciona ao profissional a possibilidade de adentrar o espaço da família e, assim, identificar suas necessidades e potencialidades. Para Medeiros, Pivetta e Mayer (2012) essas transformações, bem como uma visão positiva da visita domiciliar, não acontecem ao acaso, e sim por meio da prática fundamentados em pressupostos científicos, éticos e humanizados que contribuem para a valorização desse instrumento e para a mudança.

A fisioterapia no atendimento domiciliar é caracterizada como uma assistência, onde cuidados fisioterápicos são realizados na própria residência do cliente, permitindo uma avaliação profissional quanto à realidade e dificuldades do mesmo, e a partir disso, elabora um plano de assistência que se adéque à realidade do paciente (MOURA et al. 2018).

Os usuários ficam muito mais confortáveis sem ir à clínica, porque geralmente precisam enfrentar tráfego e congestionamento. Outra vantagem é que os pacientes poderão escolher o melhor horário de atendimento e, quando estiverem com a família, poderão se sentir mais seguros e relaxados em sua residência, fatores que afeta positivamente o tratamento. Em alguns casos, os pacientes só podem deitar na cama e precisam de mais trabalho de suas famílias antes de serem transferidos para a clínica para fisioterapia (SILVA; DURÃES; AZOUBEL, 2011).

 

2.3 Possibilidades de tratamento fisioterápico em atendimento domiciliar

 

Conforme destaca Katzer e Madeira (2016) a fisioterapia está posta no Home Care, sendo exercida no ambiente domiciliar do paciente. Nesse modelo o fisioterapeuta tem como intuito analisar as reais dificuldades e necessidades do paciente em seu domicílio e nesse contexto realizar adequações à sua terapia e seus objetivos, todavia buscando a melhor adaptação do paciente em seu ambiente familiar, com o avanço da tecnologia grande avanços foram possíveis na fisioterapia domiciliar. O transporte moderno possibilitou o tratamento em domicilio, correspondendo as condições que o paciente teria se estivesse recebendo o tratamento em uma clínica  ou  hospital.

De acordo com Custódio et al. (2017) o atendimento fisioterapêutico domiciliar, tanto no setor privado quanto no público, tem como o objetivo melhorar o entendimento da realidade do paciente no ambiente em que ele vive; realizar a prevenção de agravos; fornecer cuidados paliativos e a reabilitação do paciente incapaz de locomover-se até a unidade de saúde

Deve-se enfatizar que o ambiente íntimo dos profissionais pode não apenas tratar diretamente as doenças, mas também compreender o contexto familiar, principalmente os problemas ambientais e de relacionamento na prevenção dos problemas de saúde dos beneficiários, famílias e unidades de atenção. Em termos de atendimento domiciliar, deve-se enfatizar que os fisioterapeutas também buscam entender o ambiente de vida dos pacientes, promover o treinamento de AVDs e orientá-los a entender as limitações de suas AVDs, a fim de melhor se adaptar à realidade em momentos vulneráveis da saúde do indivíduo (SILVA; DURÃES; AZOUBEL, 2011).

Para Benassi et al. (2012) nesta modalidade o profissional fisioterapeuta pode avaliar as reais dificuldades e necessidades do paciente em seu ambiente e assim adequá-lo a sua terapia bem como as condições do paciente visando à melhor adaptação, a fisioterapia domiciliar teve um grande professo com a sucessão da tecnologia e com o transporte fácil e moderno tornou-se possível o tratamento em domicílio aproximado as condições de uma clínica ou hospital, porém é necessário frisar que embora tenham várias vantagens ainda não existem muitos registros formais referentes à atuação do fisioterapeuta nesta modalidade de assistência à saúde, o que impede uma ação mais eficaz e a promoção deste tipo de atendimento.

É necessário considerar a adaptação às necessidades do tratamento a ser implementado, o que requer um processo de estabelecimento de confiança e respeito mútuo entre pacientes, profissionais e familiares, promovendo o relacionamento entre profissionais e familiares, pois quando necessário, O tratamento em casa estará vinculado ao tratamento clínico (SILVA; DURÃES; AZOUBEL, 2011).

A assistência domiciliar é uma alternativa à hospitalização, Katzer e Madeira (2016) destacam que essa modalidade pode trazer maior comodidade e conforto para clientela que carecem de cuidados. É também uma forma importante para a população, seja no setor privado ou pelo SUS, em razão de busca uma saúde mais plena e humanizada. Além de que, é uma boa opção para pacientes com disfunções crônicas, graves que resultam na ocupação de leitos de hospitais. O trabalho de um fisioterapeuta pode ser exercido em todos os níveis de cuidados à saúde, tendo sua abordagem prática visando à prevenção, tratamento e a reabilitação de disfunções.

Para Benassi et al. (2012) a procura pelo serviço ao que se refere a fisioterapia no tratamento domiciliar é ocasionada principalmente pelas condições crônicas, sendo que os indivíduos que mais se valem deste tipo de serviço se concentram na faixa etária variando entre 61 a 90 anos, sendo sua grande maioria as mulheres, e o principal objetivo da fisioterapia domiciliar é a reabilitação motora sendo a principal sequela do AVE.

Há de se destaca no entanque que o atendimento domiciliar apresenta algumas equipamentos específicos da prática clínica, na qual Silva, Durães e Azoubel, (2011) ressaltam quanto ao uso de equipamentos especiais na clínica, como lesões na medula espinhal em pacientes paraplégicos, o atendimento domiciliar será mais confortável e prático devido à dificuldade de movimentação, mas devem ser utilizadas pranchas verticais para melhorar.Nesse caso, é necessário transferir o paciente para a clínica de fisioterapia semanalmente Portanto, usando esse recurso, a escolha do tratamento clínico suplementar no atendimento domiciliar pode tirar o máximo proveito das duas situações.

Katzer e Madeira (2016) destacam que a demanda pelo acesso de fisioterapia domiciliar é demandada principalmente pelas afecções crônicas, como o caso de pacientes graves com acometida respiratório. Onde o fisioterapeuta deve investigar todas as necessidades do paciente acometido e apresentar todas as possibilidades terapêuticas a ele e também para os cuidadores e familiares.

O perfil dos pacientes tratados em âmbito domiciliar é muito grande, dentre os quais Silva, Durães, Azoubel (2011) relatam que a assistência fisioterapêutica domiciliar trata principalmente pacientes sequelados de acidente vascular cerebral (AVC), incapacidades neurológicas, idoso restrito ao domicílio, esclerose lateral amiotrófica (ELA), portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença de Parkinson (DP), fibrose cística, AIDS, reabilitação do ligamento cruzado, mulheres submetidas à cirurgia por câncer de mama e pacientes pediátricos com quadro de hipertensão.

Colodetti (2009) destaca que a atuação fisioterapêutica pode ser desenvolvida em todos os níveis de atenção à saúde, por ter sua abordagem prática voltada para a prevenção, o tratamento e a reabilitação de distúrbios cinéticos funcionais.

 

3 CONCLUSÃO

 

O presente estudo teve por objetivo caracterizar as possibilidades de atuação e efetividade do tratamento fisioterápico no atendimento domiciliar, para isso foi destacado o conceito do que consiste atendimento domiciliar bem como foi relatado um breve histórico do atendimento home care. Observou-se no entanto que a literatura cientifica consolida uma variedade de termos que são utilizados para essa prática dentre as quais foram citados assistência domiciliar, atenção domiciliária, atenção médica domiciliária, internação domiciliar, hospitalização domiciliar, e Home Care.

No que concerne a história do atendimento domiciliar observou-se no estudo uam certa variedade de informações, dentre elas que origem do atendimento domiciliar estar nos âmbitos da América do Norte e Europa, nos Estados Unidos em 1947, há também citação referente a terceira dinastia do Egito Antigo, ao finaldo século XVII na qual o fundador da homeopatia, Samuel Hanneman, passou a visitar os enfermos sendo portanto uma prática de atendimento domiciliar, já ao que se refere ao Brasil há poucos registros sobre sua história, porém sabe-se que as primeiras atividades domiciliárias ocorreram no ano de 1919, com o desenvolvimento do Serviço de Enfermeiras Visitadoras no Rio de Janeiro.

Quanto as possibilidade de tratamento fisioterapêutico em atendimento domicilia observou-se que o transporte moderno assegurou condições que o paciente teria se estivesse recebendo o tratamento em uma clínica ou hospital, e esse atendimento visa desde realizar a prevenção de agravos, cuidados paliativos e/ ou reabilitação, essa inserção possibilita além do tratamento da doença, uma visão do contexto familiar compreendendo as necessidades do paciente em seu ambiente e assim adequar sua terapia e seus objetivos.

Considerou-se então que essa modalidade traz vários benefícios como sessão individualizada, maior comodidade para o paciente, ampla flexibilidade de horário e mais comodidade para o paciente. Observou-se também que a procura pelo serviço de fisioterapia domiciliar é ocasionada principalmente pelas patologias crônicas como o caso de pacientes com acometimento respiratório, portadores de AVC, incapacidades neurológicas, capacidade funcional do idoso restrito ao domicílio, ELA, DP, AIDS, fibrose cística, reabilitação de ligamento bem como outras condições citadas no decorrer do estudo.

Por fim foi possível notar também que o atendimento domiciliar apresenta algumas limitações principalmente ao que se refere aos recursos quando comparado ao hospital ou clínica. É também necessário destacar que ainda não existem muitos registros formais referente a atuação do fisioterapeuta nesta modalidade de assistência à saúde. Nesse sentido sugere-se que sejam feitas novas pesquisas e que contemplem estudos de campo a fim caracterizar a atuação do profissional nessa modalidade a fim de possibilitar maior arsenal científico com intuito de fortalecer a literatura científica.

 

 

REFERÊNCIAS

 

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BEZERRA, Maria Iracema Capistrano; LIMA, Maria José Melo Ramos; LIMA, Ylana Castro Ponciano. A visita domiciliar como ferramenta de cuidado da fisioterapia na estratégia saúde da família. SANARE-Revista de Políticas Públicas, v. 14, n. 1, 2015.

 

COLODETTI, Natalia Lopes Magalhães et al. Fisioterapia na assistência domiciliar, Univale, v. 1, p. 1-8,  2009.

 

CUSTÓDIO, Izabela Carolina Soares et al. Atendimento domiciliar: a vivência do fisioterapeuta. Revista de Trabalhos Acadêmicos-Universo–Goiânia, n. 4, 2018.

 

http://www.pergamum.univale.br/pergamum/tcc/Fisioterapianaassistenciadomiciliar.pdf

KATZER, Jéssica; MADEIRA, Fábio Pegos. Fisioterapia domiciliar em pacientes graves com acometimento respiratório. Saúde e Desenvolvimento, v. 8, n. 5, 2016.

 

MEDEIROS, Paulo Adão de; PIVETTA, Hedioneia Maria Foletto; MAYER, Margarida da Silva. Contribuições da visita domiciliar na formação em fisioterapia. Trabalho, Educação e Saúde, v. 10, n. 3, p. 407-426, 2012.

 

MOURA, Darlei Souza et al. Fisioterapia no atendimento domiciliar: Enfrentamento e Desafios dos Profissionais. Id On Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia, v. 12, n. 39, p. 71-83, 2018.

 

REHEM, Tânia Cristina Morais Santa Bárbara; TRAD, Leny Alves Bomfim. Assistência domiciliar em saúde: subsídios para um projeto de atenção básica brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, v. 10, p. 231-242, 2005.

 

SILVA, Luzia Wilma Santana da; DURÃES, Argleydsson Mendes; AZOUBEL, Roberta. Fisioterapia domiciliar: pesquisa sobre o estado da arte a partir do Niefam. Fisioterapia em movimento, v. 24, n. 3, p. 495-501, 2011.

 

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Endereço para acessar Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4142721320503394

Endereço para acessar Orcid iD: https://orcid.org/0000-0003-1492-8144