Portugal falido mas longe de ser falhado
Publicado em 20 de setembro de 2011 por Francisco Fonseca
Existem muitas definições para Estado falhado, uma das mais consensuais, da ciência política diz-nos, que um Estado falhado é aquele cujo respectivo governo não tem capacidade de controlo sobre a totalidade do seu território, ou não tem o monopólio do uso da força.
A avaliar pelos resultados do recente ranking da Fund for Peace, publicado anualmente na Foreign Policy, os países mais falhados são a Somália, o Sudão e o Chade. Em contraponto, a Suécia, Noruega e Finlândia são os que oferecem menos risco. Portugal ocupa o lugar 163ª posição entre 177 países. Esta classificação indica que os países do topo estão mais longe da sustentabilidade política, económica e social.
Esta classificação pode alterar-se a qualquer momento, pois as consequências globais da revolução árabe, que começou na Tunísia e depressa se espalhou para o Egipto, o Bahrein, a Líbia, o Iémen e a Síria, até ao momento ainda não estão completamente dissecadas.
Os confrontos a que assistimos ultimamente em Londres, constituem exemplos de como as consequências de uma agitação social, rapidamente pode inflamar outras regiões, com a difusão dos confrontos e apelos muito fortes para a violência urbana, que transformou a Inglaterra, momentaneamente num país falhado. O fenómeno da violência urbana, por regra, acontece em países em que existe um deficiente funcionamento dos mecanismos de controlo social, político e jurídico.
As medidas de austeridade que estão a ser impostas, na maior parte dos países europeus, vão fazer diminuir drasticamente os mecanismos de controlo, e por outro lado, os comportamentos criminosos, os tráficos, os gangs rivais, a corrupção, o desrespeito sistemático às normas de conduta estabelecidas, vão aumentar exponencialmente. Espero que a velha Europa, não se venha a transformar num conjunto de países falidos e alguns, mesmo falhados. A situação a que chegamos fica-se a dever à inexistência, de uma visão de médio e longo prazo, da parte de todos os políticos europeus.
Fonte do artigo: http://www.mundocontramao.com
A avaliar pelos resultados do recente ranking da Fund for Peace, publicado anualmente na Foreign Policy, os países mais falhados são a Somália, o Sudão e o Chade. Em contraponto, a Suécia, Noruega e Finlândia são os que oferecem menos risco. Portugal ocupa o lugar 163ª posição entre 177 países. Esta classificação indica que os países do topo estão mais longe da sustentabilidade política, económica e social.
Esta classificação pode alterar-se a qualquer momento, pois as consequências globais da revolução árabe, que começou na Tunísia e depressa se espalhou para o Egipto, o Bahrein, a Líbia, o Iémen e a Síria, até ao momento ainda não estão completamente dissecadas.
Os confrontos a que assistimos ultimamente em Londres, constituem exemplos de como as consequências de uma agitação social, rapidamente pode inflamar outras regiões, com a difusão dos confrontos e apelos muito fortes para a violência urbana, que transformou a Inglaterra, momentaneamente num país falhado. O fenómeno da violência urbana, por regra, acontece em países em que existe um deficiente funcionamento dos mecanismos de controlo social, político e jurídico.
As medidas de austeridade que estão a ser impostas, na maior parte dos países europeus, vão fazer diminuir drasticamente os mecanismos de controlo, e por outro lado, os comportamentos criminosos, os tráficos, os gangs rivais, a corrupção, o desrespeito sistemático às normas de conduta estabelecidas, vão aumentar exponencialmente. Espero que a velha Europa, não se venha a transformar num conjunto de países falidos e alguns, mesmo falhados. A situação a que chegamos fica-se a dever à inexistência, de uma visão de médio e longo prazo, da parte de todos os políticos europeus.
Fonte do artigo: http://www.mundocontramao.com