Portfólio como Experiência Acadêmica: Construção do conhecimento, expectativas e possíveis ações educacionais

Texto produzido em janeiro de 2021 e postado no Curso de Mestrado em Educação (FUNIBER) em Santa Maria do Uruará e divulgado em 2023

Por: Sydney Pinto dos Santos[1]

Introdução

A realização e elaboração de um portfólio acadêmico tem como objetivo demonstrar de forma sucinta as realizações de um contexto em que o aluno-acadêmico participa com relação às leituras de materiais, execução de atividades diversas, sejam exames ou trabalhos, discussão nos fóruns e outros expedientes; assim como relações nas plataformas, como os conteúdos, com as diversas tutorias, com os professores e também, com relação às diversas expectativas que o curso pode trazer de resultados positivos à formação e carreira profissional do agente participativo.

Por outro lado, o desenvolvimento do portfólio, deve ter em seu contexto um referencial crítico e reflexivo, onde os autores possam colocar suas expectativas, desafios, fatores intervenientes e outros aspectos que denotam construção democrática sobre aquilo que se quer produzir e quais serão seus reflexos positivos para as instâncias ligadas, sejam elas as educacionais, as acadêmicas, as da sociedade, ou mesmo dentro do âmbito familiar. Proporcionando desta forma, mais do que uma discussão saudável, e sim, uma integração dialógica sobre os diferentes pontos de vista absorvidos nos diferentes espaços e nos seus diferentes atores sociais.

Logo, desenvolver um portfólio, não significa delinear aspectos conjunturais sem sentido, levado pelo emblemático “achismo” ou mesmo algo que se acredita, que está no “conjucturativo”; mas sim perfazer e descrever caminhos sensatos que venham convergir para a formação de uma ideia construtiva, eficaz e notória, seja ela no campo social, seja no campo da educação, ou até mesmo da pesquisa científica; pois, alocar e descrever processos que fogem da realidade, apenas se somarão para passem a significar um amaranhado ou amontoado de escritos sem funcionalidade prática alguma; sem contextualização eficiente e que tenha uma base elencada nas produções que já promovem mudanças nos campos anteriormente descritos.

Assim, a elaboração deste portfólio, além da justificativa propriamente dita, que é a execução de uma descrição sobre os aspectos e sobre as experiências acadêmicas vividas pelo discente; também, abrange a questão de promover e identificar onde e como o acadêmico se comporta diante das variáveis que implicam o processo de aprendizagem no curso de Mestrado. Pois como sabemos, as dificuldades encontradas ou os obstáculos detectados devem balizar os direcionamentos e as estruturações que compõem o trabalho aqui desenvolvido.

Em relação aos objetivos deste portfólio, pode-se destacar: desenvolver uma produção textual que venha caracterizar e delinear os pontos e aspectos referentes ao processo e desenvolvimento do curso de Mestrado. Já os específicos, destacam-se: analisar os fatores intervenientes e processos formativos que compõem as experiências do curso de mestrado; relacionar as variáveis, assim como os resultados advindos das disciplinas que compõem o curso; inclusive àquelas que influenciaram positivamente na formação acadêmica do agente em questão; destacar os pontos positivos e negativos quanto ás experiências vividas, vivenciadas e relacionadas neste trabalho, e quais as suas contribuições para a formação profissional do professor –acadêmica na sua função social.

A estrutura deste portfólio, está assim elaborado e destacado, visando as suas particularidades, dividido em tópicos de descrição. Onde na primeira parte, está a introdução, com sua análise preliminar, destacando seus objetivos e justificativas, assim com as expectativas sobre o mesmo, os desafios encontrados em relação às experiências abordados, e claro, seus resultados. Onde também, é notório salientar o Ponto de Partida, que é um contexto que já fez parte do trabalho inicial do portfólio, como também do Portfólio I; sabendo que este, estará neste conjunto contextualizado do presente trabalho.

Em seguida, um dos tópicos estará relacionados às experiências vividas dentro do processo formativo do curso de Mestrado; e seguidamente descrever através de uma reflexão pessoal, por meio de uma análise crítica sobre a experiência destacada no portfólio. Assim como possibilitar uma autoavaliação sobre as características do desenvolvimento do trabalho.

A experiência destacada e narrada neste trabalho é referente à própria construção do portfólio, sua conceituação, seus objetivos, seus aspectos relevantes, suas expectativas, diretrizes e metodologia, assim como de seus resultados esperados nos diferentes contextos, como levando em conta uma avaliação sobre os fatores intervenientes, seus desafios e suas variáveis, os quais influenciaram na sua elaboração e contextualização.

Ponto de Partida

Muito se busca na educação quanto ao aperfeiçoamento profissional e acadêmico, pois, somos seres humanos dinâmicos, flexíveis, criativos e “nômades” quanto a procura pelo conhecimento quando queremos melhorar nossas expectativas, atingir nossos objetivos, transpor os desafios.

Logo, as experiências formativas estão vinculadas ao avanço no conhecimento, assim como possibilitar no futuro contribuir com a sociedade de uma forma que os discentes se sintam também verdadeiros detentores de ideias modificadoras ao contexto de suas vivências e de suas inter-relações pessoais.

Já quanto as experiências profissionais, foi relevante o trabalho executado como docente na rede pública municipal, e que depois de 20 anos no Magistério, vejo a necessidade de continuidade de estudos, no sentido amplo de contribuir como próprio processo ensino-aprendizagem, como também conduzir um trabalho eficiente e eficaz junto o educandário, aos discentes e ao município em que atuo.

Assim, vejo que a Formação em Mestrado, não se torna apenas um grau acadêmico a se adquirir, mas, a possibilidade de fomentar uma educação escolar dentro dos parâmetros e princípios democráticos de colaboração, cooperação e criatividade, desenvolvida pela ideia da aquisição e repasse de conhecimentos, dentro de uma dinâmica essencial e proficiente na educação escolar e para a formação de cidadãos conscientes de suas necessidades e das possíveis resoluções.

Todas as nossas ações, dentro da educação, na minha concepção, são relevantes. E isto se dar ao fato de que, pela educação e pela aquisição de conhecimentos e informações feitas pelos conteúdos e pela pesquisa e outros meios nos quais ela interage, nos tornamos seres mais capazes de solucionar nossas questões diárias, como as profissionais, sociais, de relacionamento e outras; assim, o conhecimento acadêmico como um dos grandes passos, só tem a contribuir, não apenas ao acadêmico, ou ao futuro mestre, mas a todos àqueles cidadãos vinculados, posteriormente a receberem estas informações em sala de aula ou mesmo em orientações assistemáticas.

Logo, as experiências como educador, dentro de um contexto social e dinâmico, se tornam fundamentais, pois sempre existirão três momentos básicos de feedback: na relação academia e o aluno-acadêmico; entre o professor e o aluno; e entre este aluno-cidadão e a sociedade num futuro próximo. Pois, todo o conhecimento, acredito, será redistribuído de acordo com as diversas necessidades, desafios e problemáticas existentes, os quais deverão serem enfrentados com grande determinação e dentro de suas particularidades apresentadas.

Na formação acadêmica, as experiências anteriores, facilitam o diálogo com os conteúdos, com as produções, assim como com nas resoluções das atividades, sejam elas obrigatórias ou não. Assim, possibilitando uma “garantia” de interagir e se inter-relacionar com mais clareza, dinamismo, flexibilidade e criatividade.

No entanto, precisamos estar atentos quanto a certos princípios, paradigmas, assim como as diretrizes que implicam no andamento do curso ou programa, pois, estas experiências anteriores deram bastante informações e capacidades, além de habilidades que contribuem hoje nos estudos.

A educação atualmente, é um processo em transformação e continuará sendo, pois, com o aparecimento e aperfeiçoamento das TICs, houvera um movimento muito dinâmico neste campo social, quando para uns as Tecnologias contribuíram para o processo ensino-aprendizagem, para outros houvera um entrave no retrocesso; visto que, muitos docentes não sabem ou mesmo não conseguem utilizar estas novas tecnologias como instrumentos ou ferramentas como apoio pedagógico, tornando assim as aulas mais criativas, chamativas e apreciativas; já pelo outro lado, os novatos ou as crianças, adolescentes e jovens, que manuseiam com facilidade estes equipamentos, muitas vezes não as utilizam para contribuir com o cognitivo, ou mesmo no processo educacional; já que a maioria do tempo em que se está utilizando as mídias informatizadas, elas são direcionadas para entretenimento, lazer e comunicação entre grupos ou de caráter particular, as vezes sem muita finalidade construtiva e essencial.

Porém, a educação, vejo como sendo um processo extremamente importante na formação do cidadão, seja no campo social, cultural, financeiro, profissional, político, ético, moral, e, inclusive no campo educacional-acadêmico. Visto que, ainda no âmbito familiar, a educação é bastante relevante, visto que, possibilita a facilitar as relações e inter-relações existentes dentro de ambiente. Proporcionando assim uma ruptura entre o esfacelamento e a degradação da família e a união ou convergência dos princípios que unem este grupo.

O processo de aprendizagem, no meu entendimento deve ser concebido como uma estrutura bastante complexa, mas eficaz e de natureza essencial, a qual deve ter o envolvimento direto e a responsabilidade de diversos setores, campos ou mesmos agentes, que entre eles está o Estado, a família e a sociedade como responsáveis no dever de implantação. Já a escola ou unidades escolares, famílias, professores, e outros tem a responsabilidade de dar certo na sua execução. Pois, atualmente, no meu ver e entendimento, os reflexos advindos da família e aqueles outros obtidos em meio a sociedade, são refletidos no espaço dos educandários, muitas vezes não muito positivamente.

Assim, a aprendizagem, por ser um processo complexo, necessário e primordial em uma sociedade, precisa-se, segundo minha concepção, de união de forças, responsabilidades e habilidades diversas de grupos, agentes e uma série de outros aspectos e fatores que tendem ou convergem para que a mesma dê certa. No sentido, de que a promoção das transformações mais notáveis desta sociedade, seja ela qual for, seja vista pelo olhar da educação, no sentido da aprendizagem. Pois, aprendizagem, não se concretiza unicamente no espaço escolar, mas em todos aqueles que de alguma forma tem a responsabilidade de colocar em prática diretrizes e estratégias que tenham a permitir em médio e longo prazo mudanças significativas na sociedade, inclusive aos seus indivíduos.

Do ponto de vista de uso e dos agentes usuários, existem dois caminhos no uso das Tecnologias de Comunicação e Informação. Primeiro que, se utilizada de forma racional, responsável e criativa, terão resultados excepcionais e positivos. Possibilitando um dinamismo enorme na área da criatividade dentro dos espaços escolares, onde alunos e docentes só teriam a acrescentar e, seus conhecimentos didáticos-pedagógicos. Por outro lado, o uso, indiscriminado, sem um norteamento de finalidade e de objetivo concreto por parte dos agentes, seria comparado a “andar na chuva sem pensar que não irá se molhar”. Pois, mesmo sendo utilizadas sem um planejamento dentro do contexto escolar, não haveriam resultados concretos, havendo um desvio de finalidade daquele proposto, que seria facilitar o repasse de conteúdos entre professores e alunos.

No entanto, com a nova geração de instrumentos de suporte e apoio e as novas possibilidades de aprendizado via as TICs, a aprendizagem, de uma forma geral teria mais ganho de que perdas, pois sabe-se que sua inserção nos espaços escolares modificaram as dinâmicas do uso dos instrumentos didáticos, do próprio espaço da sala de aula, assim como da inserção das novidades nas estratégias utilizadas no repasse dos conteúdos dos variados componentes curriculares pelos professores. Logo, o que se precisa, são mais informações técnicas sobre o uso dos equipamentos-instrumentos das TIC, olhando-as como ferramentas aliadas, e não como algo que venha desencadear uma disfunção no processo de ensino-aprendizado.

As principais funções que os agentes, professor e aluno devem desempenhar dentro do processo de aprendizagem são três, no meu ponto de vista. Primeiro, o professor como um agente mediador-facilitador, onde este posso encontrar estratégias mais eficazes e eficientes na condução dos repasses dos conteúdos, fazendo um casamento coerente entre a teoria e a prática; outra função referente ao aluno, como elemento colaborador, pois este, sendo o alvo a ser atingido pelos benefícios do processo de aprendizagem, poderá sim colaborar de muitas formas, sendo que uma das mais elementares e fundamentais e a participação dos processos didáticos; quando as atividades e as avaliações de aprendizagem serão os aspectos que irão fazer uma demonstração do avanço deste agente. E na terceira função, tendo o professor, assim como o aluno, como socializadores dos processos educativos, pois sem este feedback, muito difícil haver uma educação escolar ou aprendizagem proficiente; pois a proficiência só será atingida quando este dois agentes, alunos e professores, se interagem, se relacionam entre si, e se possibilitam aprender em conjunto, permitindo com isto desenvolver uma aprendizagem de qualidade, eficaz e produtiva – dinâmica.

São inúmeras as carências existentes no que condiz ou diz respeito a atuação do professor no campo da educação, e dentre as quais podemos citar, a formação continuada deste profissional, visto que à oferta de vagas são limitadas, e que muitas vezes, pela desvalorização no quesito, financeiro, impede-os de procurar instituições particulares a este fim. Outras carências são a de apoio material e o incentivo a orientação, formação, treinamento e uso da TICs; outra carência vigente, é a de apoio pedagógico dentro dos espaços escolares, pois dependendo da localização do educandário e das políticas adotadas no espaço, torna muito difícil desenvolver um trabalho condizente e em parceria e diálogo com os próprios colegas de função.

É notável que, em muitos espaços escolares existe a discriminação dos colegas mais antigos, mas que muitas vezes nem são bem tanto preparados e competentes, em relação aos professores novatos, o que não deixa de ser a existência de bullying profissional dentro da própria categoria.

Pois, sabemos que a atuação do professor dentro dos espaços escolares podem ter seus resultados positivos ou não, o que depende exclusivamente de três pilares, no meu entendimento: apoio da família como responsável do aluno; apoio pedagógico e gestacional, pois as orientações sobre o que queremos e o que temos dentro do espaço escolar é fundamental para atingir os objetivos; e a motivação do aluno e do próprio professor em mudar para melhor a missão, a finalidade e os objetivos práticos a serem alcançados dentro das atividades, do período letivo, dos componentes curriculares, dentro do espaço escolar, e é claro, dentro e para fins na sociedade.

A partir das experiências formativas do professor ou do futuro docente, é possível observar inúmeras particularidades, como: avanço nos conhecimentos e informações; possibilidade de mudança ao mundo interior ou exterior; condução do processo de ensino – aprendizagem de forma mais clara e dialógica; desenvolvimento de estratégias com grande possibilidade de atingir o que a realidade do educando comunga; facilitar através do desenvolvimento de projetos pedagógicos e intervencionistas, que ajudem ou colaborem dentro dos educandários, com a defasagem de alguns eixos importantes, ligados a leitura, a escrita, e aos cálculos.

Muitos são os desafios, tanto na formação do profissional docente, como na sua atuação dentro dos espaços escolares, e entre os mais vigentes na sua atuação e que precisam de intervenção imediata, é despertar o interesse do educando quanto as aulas, e consequentemente, quantos aos conteúdos e as atividades propostas... no entanto, existem outros desafios. Mas isto é possível se o professor for criativo, habilidoso no uso da TICs, assim como dinâmico no uso da ludicidade; pois este último aspecto, torna as aulas mais participativas, atraentes e interativas, além de colaborativas.

Já na formação dos professores, inclusive a continuada, existem várias barreiras ou desafios a serem vencidos, em especial, está a aproximação dos conteúdos com a praticidade da futura função do professor; pois os cursos além de serem intensivo, aos professores atuantes, torna-se longe de seu local de morada e vivência. No entanto, é algo, hoje quebrado, pela modalidade da Educação à Distância – EAD, a qual facilita e possibilita ao acadêmico – professor uma flexibilização enorme nos estudos, especialmente, quanto ao horário.

Após a finalização do curso, espero do mesmo as melhores formas de atuação e ação dentro espaço escolar e dentro da comunidade onde desenvolvo meus trabalhos como docente; assim me dando condições viáveis e suficientes concretas para desempenhar meu papel como educador de uma forma sólida, permitindo aos alunos serem objetos diretos das informações a serem repassadas posteriormente, dentro de um vínculo rotativo do aprender pelo aprendido.

Assim, também no decorrer do curso de Mestre em Educação, os conhecimentos e os estudos através dos conteúdos dos diferentes componentes curriculares que englobam as disciplinas, me permitam contribuir com outros acadêmicos que fazem parte deste programa, enfatizando os meus conhecimentos anteriores com os que estarão sendo ao longo dos estudos, colocados a minha disposição. Como fazer, também, as discussões como trocas de ideias, sugestões, propostas, e outros aspectos que venham através da interação acadêmica somar de maneira clara, objetiva e dinâmica no decorrer dos debates.

Dentre as metas e objetivos a serem alcançados, existem os essenciais e os principais. Sendo que os essenciais, podem ser assim relacionados: planejar um calendário para os estudos dos conteúdos; assim como para a execução das diversas atividades; ler os conteúdos das disciplinas antes da execução da avaliação, fazendo as revisões, anotações e possíveis análises; procurar interagir dentro dos fóruns que fazem parte do programa-curso, assim como dos componentes curriculares (disciplinas); executar as avaliações de maneira cuidadosa, sempre lendo os comandos de maneira que possa haver um entendimento claro e objetivo; postar os trabalhos em tempo hábil. Já entre os objetivos principais, estão: revisar conteúdos quando necessários; promover a leitura de outros conteúdos paralelos, mas que tenham relação com os temas dos componentes curriculares; fazer anotações e fichamentos quando houver dúvidas; buscar informações nos fóruns sobre alguma dúvida gerada no decorrer do curso; possibilitar a quitação das obrigações financeiras com a instituição acadêmica, dentro dos prazos estabelecidos; solicitar junto aos tutores alguns esclarecimentos que porventura possam surgir dentro dos aspectos ou mesmo fora do programa; concluir o curso em período pré-determinado pela instituição.

Dentro dos objetivos profissionais buscado no Curso ou Programa de Mestre em Educação, estão: ampliar minha graduação como profissional de educação; buscar vagas via concurso públicos para o ingresso como profissional nas instituições como faculdades ou universidades públicas ou privadas; expressar de maneira clara o meu trabalho como Mestre em Educação na ajuda junto aos outros professores, assim como também aos discentes que gostaria de ingressar nos estudos acadêmicos; ampliar meu currículo como profissional na área da educação; possibilitar a melhoria do processo ensino-aprendizagem na sociedade onde vivo, convivo e incentivo a educação nos seus diversos níveis de formação; desenvolver projetos de ação, pesquisa e intervenção na área educacional, com sentido amplo de colaborar com as defasagens existentes e na busca de uma Educação de qualidade.

3 – Experiência de aprendizagem

Introdução sobre o portfólio

Quando procuramos melhorar nossas condições e a aperfeiçoar nossos conhecimentos, temos as diversas possibilidades de expressa-los e buscar as melhores ferramentas para tal; e neste sentido, a fermenta portfólio nos permite que façamos as transcrições sucintas de nossos trabalhos e claro, respeitando algumas orientações necessárias e fundamentais para que o mesmo seja muito mais do que um instrumento, mas um conjunto de conhecimentos e experiências acadêmicas ou educacionais, como é o caso do desenvolvimento deste, para que assim possamos expor de maneira técnica, dinâmica, flexível e transparente os caminhos, estratégias, objetivos e resultados do processo a qual estamos inseridos e nos desenvolvemos como participantes ativos.

Acredito que, nas produções acadêmicas, inseridas no portfólio, o conhecimento, a técnica e a absorção de informações teóricas e práticas, fomentam a produção de uma maneira aprazível e coerente, visto que a tomada de forma de um portfólio, se caracteriza pela certeza dos assuntos e daquilo que queremos abordar; ainda mais, quando possibilitamos que a produção do portfólio não seja apenas um amontoado de informações sem nexo ou que não tenha nenhuma contribuição a seu público – alvo; seja no meio social, aos leitores; seja no meio acadêmico; seja como informações plausíveis no desenvolvimento de outras produções relacionadas ao campo da pesquisa e da formação educacional, tipo servindo de referência e citações em outras experiências.

De uma forma ou de outra, o que espero que este portfólio tenha como base, são os conhecimentos adquiridos ao longo da formação do curso, inclusive quanto as dificuldades, desafios e barreiras encontradas; visto que, quaisquer produções acadêmicas, necessitam de racionalização, reflexão, leitura, pensamento centrado e analítico, assim como de uma transcrição exata, para um melhor atendimento e entendimento do seu público alvo ou dos seus receptores.

Pois, todos os seus receptores, seja, eles outros acadêmicos, pesquisadores, autores de outras obras e trabalhos voltados para a teoria e mesmo a prática educacional, tenham um suporte acessível, compreensível e que esteja de acordo a responder inúmeras respostas para as pesquisas vindouras; quando as produções aqui, sirvam de base notadamente teórica, a responder os questionamentos e dúvidas daqueles que procurarão centrar seus conhecimentos na busca da produção científica do que significa um portfólio, suas vantagens, desvantagens e seus campo de abrangência.

Por outro lado, devemos nos questionar, no processo de produção do portfólio, quanto as suas peculiaridades, no que tange, a sua função formativa do acadêmico, assim como de seu papel interveniente no processo de aprendizagem como recurso capaz de transcrever sucintamente as habilidades, experiências e capacidades do autor, no caso o pesquisador-aluno; pois, sabemos que não significa apenas transcrever os conteúdos em uma sequência lógica, enfatizando as disciplinas e conteúdos em suas pormenorizadas características; mas sim, dar possibilidade de entendimento sobre o que se quer escrever e promover através da literatura apoiadora, no caso do que seu, interpretou dentro das orientações e, conteúdos da grade curricular do curso em questão: de mestrado com sua especialização específica.

Construção do portfólio como experiência acadêmica

A produção deste instrumento estará abordando não só as experiências que se vejam necessárias, como a própria construção do portfólio, com também abordar os aspectos relevantes e construtivos, assim com expressar as expectativas sobre o mesmo, sendo no campo profissional do aluno-docente aqui no curso, seja para futuras pesquisas acadêmicas ou educacionais, seja de cunho social, onde a sociedade deve estar informada sobre as produções literárias e com suas diferenciações de gênero textual, mas que que tem por objetivo, informar a todos de forma cidadã e coerente; pois, se sabe que, um trabalho produzido, o qual não atinge à sociedade em seus diferentes campos, pouco tem relevância e fundamentação prática.

Assim, construir ou produzir o portfólio demanda racionalização, tempo, leitura, reflexão e além de tudo está atendo para o público alvo, como de seus resultados a serem absorvidos para os conhecimentos posteriores e informações acessíveis ao público – leitor. Quando o autor, precisa ser mais do que um acadêmico em si, mas um pesquisador sobre o seu papel como mediador e fomentador das mudanças necessárias à sociedade, como também, possibilitar uma metodologia que possa ser abrangente e significativa ao destinatário; fazendo como que seja mais do que um leitor, mas um entusiasta para as futuras produções textuais, com temas que sejam capazes de modificar o pensamento e o olhar do leitor; transformando-o em um novo pesquisador.

É notório salientar que, quando propus construir o portfólio, desde a sua primeira etapa, que foi o Ponto de Partida, havia por minha parte um receio de que a produção se esvaziasse nos primeiros momentos, ou ainda que as dificuldades pudessem levar para outros caminhos, como um “ponto fora da curva” e que, não abordasse o que o orientador-tutor esperava ou que se fugisse do tema; se criando, assim, descrições sem sentido, ou ainda que não fosse absorvido em sua totalidade.

Logo, após a primeira produção, do ponto de partida e do Portfólio I, percebi que tinha escrito minha autobiografia escolar, e assim não corresponderia com as solicitações vigentes solicitadas nas orientações do próprio portfólios, dos debates em grupos ou fóruns ou mesmo das solicitações dos tutores. Foi quando se focou mais atentamente às orientações. E se percebeu que estava completamente se vendendo “sabão por banana”; provocando com isto, um retorno imediato ao tema, e norteando as possibilidades criativas e produtivas para o produto em si: o portfólio acadêmico com suas bases orientativas e, dentro do paradigma de construção.

Sabe-se que no decorrer do cursos, com as orientações tutorias, a grade curricular, os componentes curriculares (disciplinas), assim como dos conteúdos, e posteriormente os exames com as atividades diferenciadas, se poderia utilizar as dificuldades e desafios como experiências a serem abordadas na construção e descrição do portfólio, porém, que como se trata de um expediente de grande relevância dentro do espaço acadêmico, permitiu-se que, a “produção do próprio portfólio” seria a experiência que deveria ser construída e destacada. Permitindo com isto, além dos conhecimentos introjetados a serem descritos, também levar aos outros estudantes o conhecimento sobre esta ferramenta acadêmica, com seus pormenores, aspectos e definições, fatores vantajosos ou não, com a apresentação de resultados no decorrer da produção ou surtidos posteriormente.

Destarte, o portfólio aqui produzido, dará ênfase a sua própria particularidades, conceituações como ferramenta de auxílio, descrição e aspectos ou fatores relevantes que deverão conter em sua estrutura compositiva; fomentando a sua importância nos diversos campos da educação, pesquisa e especialidades afins, como surtidos e solicitados nas produções de outros trabalhos acadêmicos como TCC, dissertações, teses e outros, futuramente.

Conceituação própria

O que é um portfólio? Para que serve? E quais suas funcionalidades no campo acadêmico? Estas são perguntas destacadas por mim, para enfatizar uma melhor conceituação sobre este instrumento, que além de acadêmico, pode ser pedagógico e construído de forma didática.

Assim, posso definir com minha visão de docente-acadêmico, como um instrumento, uma ferramenta, um processo que o acadêmico poderá lançar mão para elaborar, destacar, enumerar e relacionar, detalhadamente, suas experiências de aprendizagem, decorrentes de um curso ou processo educacional organizado e gradual, o qual se faz necessário discorrer estas experiências como forma de expressar os aprendizados dentro de um tempo específico e numa ordem que explicite as características de cada conhecimento neste percurso, como de suas expectativas, desafios, e resultados obtidos ou serem alcançados.

Pode-se ainda, definir o portfólio, como sendo um encadeamento essencial, utilizado pelos estudantes ou discentes para detalhar o objeto de uma experiência de maneira ou forma organizada, a fim de explicar a funcionalidade, objetivos e expectativas, decorrentes de um estudo sobre determinado tema ou temas específicos. Seja ele, de um curso, programa ou projeto; dando com isto uma possibilidade de conhecimentos futuros, por interessados que venham estudar sobre eles, de maneira informativa, formativa ou educativa, e ainda produtiva.

Pois, portfólio, não pode ser apenas um amontoado de informações desconexas e que não tenham uma razão de existência, ou ainda uma justificativa plausível para a sua elaboração e produção, desenvolvida através de uma textualização inadequada e ineficaz, no que tange aos “produtos” para pesquisas futuras ou que se venham a ser desenvolvidas com embasamento teórico. Mas sim, um produto, seja ela teórico ou prático com descrição de execução, para assim auxiliar, primeiro, a quem elabora este instrumento educacional; segundo, para auxiliar nas produções futuras os possíveis interessados em pesquisar e elaborar seus trabalhos acadêmicos, tendo como base as produções anteriores sobre o portfólio e seus aspectos constitutivos.

Desta forma, os aspectos constitutivos de um portfólio se relacionam, interagem e se integram, assim como se complementam entre si da seguinte forma, seguindo e respeitando as orientações e normas vigentes de formatação: tema, justificativa, objetivos, metodologia e recursos na produção, resultados ou análise de resultados, como de uma avaliação, a qual venha validar as possíveis transformações ou inserções em sua constituição, futuramente.

Aspectos relevantes e constituintes do portfólio

São as etapas que se constituem o portfólio em sua execução e construção ou desenvolvimento; pois eles são as partes integrantes que dão “vida” ao processo que vão de sua justificativa, passando pelas experiências abordadas, até aos resultados a serem expressos com a sua finalização ou produção final. Visto que, as partes integrantes devem estar “casadas” entre si, delineando os fatores e aspectos constituintes neste caminho que ora irão produzir um novo produto acadêmico – educacional, o qual auxiliará em novos procedimentos e atividades que ora irão necessitar de um embasamento teórico.

Assim, entre os aspectos relevantes, estão a introdução, a conceituação própria, a justificativa, os objetivos, a metodologia, os recursos utilizados na produção – desenvolvimento, os resultados esperados, as reflexões, a avaliação e

Justificativa

É uma parte constituinte significativa de cada projeto, trabalho ou ação, pois explica o porquê daquela produção ou a causa, motivo para a elaboração e execução de determinado trabalho, seja ele acadêmico, de pesquisa, de ação ou projeto de intervenção. É ela que começa a dar a base para a promoção e incentivo de construção dos trabalhos, inclusive do portfólio como instrumento delineador das experiências vividas e vivenciadas dentro de um plano, projeto, programa ou curso, sejam eles quaisquer que sejam as suas características ou temáticas.

Desta forma, justificar um trabalho como no caso aqui, o portfólio, significa estabelecer “o porquê” ou casa de tal abordagem, o que implicará delinear corretamente e coerentemente as etapas constituintes deste trabalho que colaborará com o acadêmico autor em destacar as notáveis e notórias experiências da produção do Portfólio como instrumento acadêmico. Expondo seu motivo, e assim permitir entender as razões obvias e claras para o seu desenvolvimento neste curso de mestrado em educação.

Portanto, a justificativa da elaboração e construção deste portfólio acadêmico é fomentar uma reflexão transcrita sobre a experiência da aprendizagem dos conhecimentos dentro da própria elaboração deste instrumento, com suas etapas e finalidades diversas. Seja para embasamento teórico nos futuros trabalhos relacionados a este tema; ou como referência e citações em produções textualizadas de pesquisas ou ainda para leituras complementares em cursos acadêmicos ou educacionais orientativos.

Pois, além desta justificativa principal, se elenca a possibilidade de testar a capacidade e as habilidades de produção do próprio acadêmico, permitida pelos conhecimentos adquiridos no curso de mestrado com sua especialização específica. Dando com isto, mais um passo à construção pessoal, acadêmica e profissional dentro da sociedade ou do campo pesquisador. Já que a leitura, foi o elo e esfera que permitiu uma criação e desenvolvimento do instrumento de uma forma organizada, eficiente e que se faz compreender no meio discente – acadêmico, vislumbrando as dificuldades e as barreiras encontradas e com fim em contorna-las gradualmente.

Objetivos 

Quando produzimos determinado trabalho, temos que ter em mente quais lugares ou instâncias queremos chegar. Ou ainda quais etapas gostaríamos de finalizar dentro de um propósito ou planejamento. Assim, os objetivos deste trabalho significam dar garantia aos caminhos a serem seguidos para se alcançar determinado ponto ou finalidade de um trabalho. Portanto, ter ou estabelecer objetivos, é garantir um guia para se chegar a algum lugar, percorrendo inúmeros caminhos diferentes, mas com um propósito convergente e atuando em consonância e com regularidade.

Desta forma, produzir este portfólio têm como objetivos, o geral que é possibilitar a construção de um trabalho (portfólio) de maneira organizada e compreensiva, no que tange a leitura e sua interpretação, assim como promovendo as suas etapas passo a passo. Já quanto aos específicos, compreende-se: relacionar as experiências vividas no que diz respeito à construção do próprio portfólio, com suas barreiras e desafios; analisar as melhores maneiras de construir um trabalho na reflexão, autoavaliação e criticidade sobre as próprias habilidades do autor; construir um trabalho capaz de fomentar a discussão em outros campos, assim como possibilitar o acesso aos resultados que se espera alcançar através dele, como por exemplo, o acesso futuro a uma literatura que aborde de forma clara e imediata o que é o portfólio no meio acadêmico e educacional.

Evidentemente que, no decorrer de sua construção-desenvolvimento deste trabalho, os objetivos poderiam ter se conectado a outros objetivos, o que de alguma forma o tornou mais abrangente e capaz de aferir e somar mais conhecimentos, experiências e habilidades; também, poderia ter possibilitado a fuga do tema principal, articulando fora do contexto a ser abordado e descrito. Porém, o cuidado na execução da transcrição das etapas, foram de forma cuidadosa o que permitiu seguir dentro dos parâmetros exigidos no processo, mesmo que não possuísse uma fundamentação teórica de apoio. Já que a constituição do mesmo era de livre e espontânea criatividade e visão do autor, no caso o acadêmico.

Metodologia

Para a produção e desenvolvimento deste trabalho de portfólio, foram usados a racionalização pessoal como acadêmico e profissional docente, assim como a reflexão acerca dos diversos tipos de produções textuais, que abrangem a pesquisa, a fundamentação teórica, por exemplo. Porém este texto reflexivo – analítico e crítico pessoal, está mais centrado na observação e descrição das produções científicas, as quais levam o autor a independência criativa, assim como permitir testar as suas habilidades criativas, embasada nos conhecimentos adquiridos e introjetados anteriormente em sua longa carreira como discentes dos cursos de graduação e das suas habilidades como profissional docente da escola de ensino público.

Logo, se somou a esta produção, de forma sucinta e coerente, as relações observadas no curso de Mestrado, como das relações e discussões nos diferentes fóruns da plataforma do programa; como das leituras obrigatórias e paralelas, as quais conseguiram permitir a construção de um feedback entre a posição pessoal do autor, as orientações tutoriais e os conteúdos das disciplinas que abordavam a questão do portfólio como instrumento de produção-elaboração, análise e divulgação.

Esta produção e construção deste portfólio está vinculada a um desenvolvimento de um trabalho qualitativo, onde se procurou estabelecer algumas estratégias concernentes a um processo que desse vida através de leituras anteriores, para esta apenas apoiar pedagógica e didaticamente, e assim possibilitasse ao autor-acadêmico estabelecer seu ponto de vista ao construir este trabalho, onde os aspectos fossem gradualmente se encaixando, e assim dando coerência e consistência ao produto, que o portfólio, como sendo um instrumento não acabado, mas sim, que no momento possibilitasse uma visão sobre o significado da pesquisa que ora ia se “tecendo” e construindo um aprendizado pelas habilidades e competências sobre esta experiência do pesquisador em questão.

 

Recursos

Os recursos utilizados pela elaboração deste trabalho, que é o portfólio, forem de suma importância para, primeiro desenhar o que seria e como deveria ser a construção do mesmo. Assim, as leituras de livros paradidáticos e dos conteúdos da plataforma do curso, foram os elementos preliminares que deram sustentação à criação. De outra forma, as ferramentas das TICs (Tecnologias de Informações e Comunicações), possibilitaram, através de seu uso técnico, a aprimoramento e desenvolvimento via textualização, com o uso do computador e seus equipamentos paralelos, como pen drives e outros, do trabalho em si.

Além, claro, de pura reflexão sobre a produção e a importância do portfólio em outros campos ou meios de atuação, como a educacional, o acadêmico, o de pesquisa e da leitura, sejam por profissionais ou alunos – acadêmicos de diferentes cursos ou de agentes da sociedade em geral, no que tange a absorção de informações e conhecimentos diversos.

Resultados ou expectativas 

Quanto aos resultados ou expectativas geradas pela produção do referido trabalho qualitativo analítico e reflexivo, percebeu-se em primeiro plano, em sua criação, as dificuldades em, a partir do Ponto de partida, o qual já estava pronto e divulgado no Portfólio I, como iniciar de forma sucinta e descritiva o desenvolvimento, não se permitindo fugir do tema. Assim como os desafios seguintes, que era estabelecer um conceito próprio ao trabalho, já que o autor não se permitiria absorver referenciais alheios ou teóricos de outros autores, utilizando a literatura disponível como recursos apoiadores na produção.

Ou seja, este desafio, de se fazer uma produção original, percorrendo todos os caminhos e etapas, surgiu como algo enriquecedor na concepção do autor, pois exigiria uma reflexão aprofundada sobre os conteúdos lidos anteriormente e assim fazer um “casamento” real e convergente com as ideias a serem elaborados, direcionadas e contextualizadas no corpo do trabalho.

Porém, o que mais incentivava, e por ser uma produção original e autêntica do autor, seria a leitura e reflexão por outros agentes e atores; neste caso, o que o trabalho poderia propor e promover em outros espaços e campos futuramente; ou seja, a outros profissionais, levando esta produção para outras que iriam surgir e assim ser citada, fosse em outros trabalhos acadêmicos, educacionais, produção textual, trabalhos de conclusão de curso, onde parte do tema-contexto podia ser utilizado com referência bibliográfica ou teórico ou mesmo em leitura “organizativa”.

Sabendo que, esta produção do portfólio daria sustentáculo a trabalhos vinculados ao tema vigente, o portfólio como experiência vivenciada; e que seria, posteriormente, debatido, analisado, inserido, criticado e “reflexionado “ no campo educacional, fosse ele de ensino superior ou outros quaisquer, vinculados ao processo ensino-aprendizagem.

Avaliação

O processo avaliativo da construção e desenvolvimento, assim como de sua contextualização do portfólio, se dar de maneira racional, sistemático e formativo, visto que cada etapa da produção era analisada em seus pormenores, verificando o seu “encaixamento”, desdobramento didáticos e convergências propositivas. Além de suas particularidades, como conceituação, verificação temporal e verbal, como análise de seus resultados.

Sabido, que se faria também necessário a análise e verificação de seus objetivos, no que tange as respostas para tais, tendo em vista que, a construção do portfólio também se baseava nos objetivos elencando no e para o trabalho.

4 – Reflexão pessoal

Diante ao exposto, o trabalho produzido e analisado aqui, me permitiu aprofundar meus conhecimentos quanto ser acadêmico e como agente docente do processo ensino – aprendizagem, pois me garantiu, antes de tudo, ser um leitor capaz de absorver as informações necessárias e eficientes para o desenvolvimento de um trabalho que viesse promover e expressar minhas habilidades, competências e capacidades como autor e ao mesmo tempo como ser reflexivo; pois, além do processo de leitura e reflexão acerca do uso das melhores estratégias, objetivos a serem alcançados, assim como das diretrizes na produção deste instrumento, me percebi cercado de dúvidas e desafios, além de barreiras, já que, embora tivesse outras experiências educacionais para serem abordadas neste trabalho, como por exemplo, a formação continuada de professores da rede pública de ensino, pude perceber em tese, grande entusiasmo de elaborar um trabalho consciente, significativo e coeso, não só para este momento do curso de Mestrado, mas dar significado para pesquisas e trabalhos educacionais e acadêmicos futuros. Tendo em vista que, muito já se tinha se falado em portfólio como instrumento de descrição, alinhamento e sequenciamento de experiências acadêmicas; porém, não se tinha elaborado algo que estivesse intimamente ligado ao próprio tema – base ou ao instrumento – ferramenta em si.

Logo, lançado este desafio, tão abrangente, já que suas expectativas não podem estacionar nos conhecimentos do acadêmico, mas algo que possa surtir efeitos a outros agentes, outros campos e expedientes, fui capaz de me debruçar na produção e desenvolvimento do mesmo; lembrando sempre das barreiras lógicas de quaisquer trabalhos a serem elaborados, como o que? O porquê da finalidade deste?  Para quê?  Como? A quem? Pois sem estas diretrizes, seria impossível sair da primeira página, mesmo que as leituras anteriores e as pesquisas sobre o tema, me possibilitasse de início um rascunho direcionado ao tema.

Assim, e de acordo com minha percepção e reflexão pessoal e analítica, pude perceber que, a construção de um portfólio se dar basicamente por uma necessidade de salientar e obedecer às orientações tutorias e obrigatórias de um determinado curso ou componente curricular (disciplina). Porém, existem outros parâmetros e motivos que permitem a sua elaboração e desenvolvimento, o que significa dizer, uma escolha pessoal relacionada à promoção do fechamento de um período acadêmico ou ainda, por fatores diversos, que vão desde a escolha pessoal em debater e criar algo diferenciando no período acadêmico ou ainda, por elaborar e salientar conhecimentos acerca deste instrumento; o qual se dar livre iniciativa do autor ou do discente-acadêmica em proporcionar e elencar conteúdos teóricos sobre o mesmo, isto é, sobre o portfólio como ferramenta de suporte na elaboração e descrição sucinta de experiências educacionais ou de relações socioeducacionais.

Como expresso anteriormente, o portfólio é um expediente técnico, prático, flexível e dinâmico que ainda, permite estabelecer um feedback entre os processos anteriores e os que poderão se desenvolver futuramente; ou ainda, convergir as experiências passadas, presentes e futuras, dentro de um debate e criação compactada, para com objetivos de destacar processos avaliativos que possam mensurar a aprendizagem dentro de um espaço – tempo educacional.

Conhecer um portfólio com suas características e particularidades vai além de estabelecer critérios rígidos em sua construção, porém, serve para impor conhecimentos adquiridos de muitas maneiras e que, de alguma forma demandaram tempo, paciência e reflexão, tanto no campo pessoal, como no discente-acadêmico. Possibilitando ao autor, colocar e distribuir dentro do instrumento (o portfólio) e ordenadamente as partes integrantes de sua elaboração e metodologia; descrevendo e analisando parte a parte; impedindo com isto, que seja um amontoado de experiências sem lógica e sem fundamentação; portanto, um constructo com suas delimitações e ao mesmo tempo com suas abrangências dentro de um contexto que poderá alcançar patamares maiores, que diz respeito ao seu uso e análises futuras.

Toda vez, que um autor se propõem iniciar uma obra, ele precisa ter em mente algumas particularidades que possam elencar seu ponto de partida, e nada melhor para isto do que dois elementos extremamente essenciais para se servir de mola – mestra: leitura e a reflexão. Pois, a primeira, o condiciona pensar e interpretar melhor seus pensamentos “formuladores”, os quais serão utilizados de maneira organizativa para adequar as estruturas do trabalho; já a segunda, lhe permitirá, elevar em grau maior seu posicionamento diante aos fatos e atos circunstanciais dentro do processo criativo, tonando assim, quaisquer produções dentro da literatura, algo agradável, chamativo, dinâmico e que demanda inúmeras interpretações, neste último caso, dependendo do acesso pelo destinatário ou usuário – leitor da obra, produção ou criação literária.

Os gêneros, elaborados independentemente, como no caso do portfólio, nos faz muito mais do que pessoas produtoras de trabalhos de pesquisas, mas nos promove como elementos suscetíveis de pesquisa e processo reflexivo contínuo e analítico, já que o próprio autor da obra, neste caso do gênero literário, o portfólio, se propaga além das fronteiras da racionalização e da criação, mas também da divulgação, aperfeiçoamento e promotor de futuras obras que venham colaborar com o pensamento acadêmico.

Logo, assim que surge a ideia de produção, criação e desenvolvimento de um procedimento literário, devemos ter em mente qual a sua capacidade de ajuda fora do âmbito de seu autor; assim como também de sua interferência, como resultados, nos campos educacionais e de pesquisa, levando ao pensamento e criticidade de quem o leu ou tomará com obra de apoio em futuras produções de trabalhos de pesquisa, sejam eles relacionados ao termino de um bloco de estudo, de uma disciplina, ou mesmo de um curso. Sendo assim, um “colaborador” na parte teórica do desenvolvimento das pesquisas e trabalhos acadêmicos afins.

Vale ressaltar que, as Tecnologias de Informações e Comunicações (TICs), muito usual nos dias atuais, nos propõem sermos mais ágeis e práticos quanto a criação, visto que o uso do computador, em consequência o acesso à internet, nos garante uma maior agilidade, ganho de tempo, “textualizamento” na descrição dos fatos e atos, assim como permite ser capaz de acesso de um vocabulário mais rico e preciso, usado nas produções; dando ao seu autor maior capacidade de elaboração de um trabalho digno de ser analisado por outros agentes de diversos campos de pesquisa, como dar autonomia de possibilitar a divulgação em tempo real pelas mídias ou portais, fazendo com que se saia do anonimato para um patamar mais abrangente e de destaque no meio acadêmico ou literário.

Destarte, o portfólio, é apenas um dos muitos instrumentos de divulgação do pensamento acurado e aguçado daqueles que se propõem colocar em prática suas experiências educativas e acadêmicas ao julgamento e aceitação de outros indivíduos que poderão utiliza-las em seus propósitos e projetos. Pois, desta forma, acredita-se que, o pensamento elaborado, não fica apenas com indivíduo pensante, mas sim ganha corpo, quando o mesmo é transcrito e permitido chegar mais longe, quando divulgado e absorvido por outros atores. Sendo capaz de críticas construtivas ou não; de uso racional em pesquisas, ou ainda ser citados, válido pela sua importância e essencialidade às produções futuras.

5 – Autoavaliação

Destaco que, foi de grande entusiasmo ter condições suficientes para produzir um portfólio que tivesse como principal experiência a ser abordada e destacada, o próprio portfólio acadêmico, relacionado com o curso de Mestrado; visto que, muito se tinha ouvido falar desta ferramenta descritiva, porém pouco conhecimento sobre o mesmo havia-se absorvido ou lido. Logo, as dificuldades, barreiras e desafios iriam aparecer pelo caminho.

Mas como falado anteriormente, a leitura antecipada e o costume com a mesma, facilitou o norteamento dos caminhos mais elementares para os mais delicados e dificultosos, mas que foram aos poucos, neste último caso, sendo suprimidos pela insistência e persistência pessoal do autor, como pelos conhecimentos prévios reunidos em experiências de outras produções acadêmicas, como TCC, relatórios, monografias e outros trabalhos, usados na elaboração de um trabalho – pesquisa que permitisse colocar em forma de texto, tudo aquilo que acreditava-se pertinente ao portfólio.

Com isto, acredito que, além de ser um trabalho que venha expressar pessoalmente, e de maneira original e genuína, o pensamento do autor-criador, o mesmo permita a oferecer conteúdo para àqueles que porventura se interesse em produzir o mesmo tipo de instrumento ou ainda que possa utiliza-lo como referencial teórico em suas produções, dando clareza real a importância do tema nos meios acadêmicos, científicos, de pesquisa e educacionais. Pois, professores, acadêmicos, discentes dos níveis de ensino e pesquisadores, buscam conteúdos que muitas vezes tendem a responder suas perguntas de maneira clara, abrangente, dinâmica e flexível; e neste contexto, se encaixa o portfólio, como elemento descritor das experiências reais e autônomas nos cursos, programas e projetos.

Evidentemente que, expressar como experiência acadêmica a própria criação e desenvolvimento do portfólio, demanda alguns processos que tendem a contribuir e permitir um trabalho mais elaborado e significativo; onde e como se falou anteriormente, a leitura vem como fator extremamente facilitador de se colocar ordenadamente as ideias, dentro de um conjunto maior que é o planejamento ou etapas organizativas do próprio trabalho. Assim, como a capacidade de raciocinar e reflexionar sobre a ordenação dos pensamentos, o que se faz necessário, para que a conclusão do trabalho, não seja entendido como a organização de uma biblioteca, onde os seus volumes estejam todos atrapalhados, sem fazer uma conexão com os temas vigentes. Mas sim dando um sequenciamento lógico e ordenado para a compressão e “casamento” das partes.

 

6 – Plano de Ação paralelo

O plano de ação, pode ser considerado um elemento essencial para que a elaboração de um projeto ou programa não desvie de seus objetivos ou resultados a serem almejados e alcançados. Pois, além das estratégias e diretrizes estabelecidas dentro de um cronograma, as avaliações e reflexões dobre a produção do trabalho e sobre as suas diferentes etapas, permite organizar adequadamente os conteúdos contextualizados dentro da produção.

Assim, as estratégias utilizadas para a elaboração de um plano de ação, devem estarem alinhadas com os objetivos, visto que os objetivos indicam as etapas, e as estratégias indicam os instrumentos e meios para se alcançar este fim. Pois, estas etapas ou partes devem estar entrelaçadas ou convergentes, para que assim produzam efeitos e/ou resultados eficientes e construtivos, dentro de uma lógica e desenvolvimento acertado e direcionado a função avaliativa a ser contemplada.

O plano de ação a ser contemplado aqui, é a formação continuada de professores, onde este profissional deve, além de seu trabalho contínuo como mediador da aprendizagem, também consiste em se aprimorar continuamente; pois, o seu trabalho exige muito mais do que uma leitura e interpretação coerente em sua função, mas o uso sistemático e contínuo dos processos que exigem promover um trabalho capaz de atender e suprir as demandas, suprimir as barreiras e derrubar as dificuldades que os alunos enfrentam ou que, por alguma razão, desenvolvem em suas relações interpessoais e de convivência, seja na família ou nos ambientes escolares e de interação sociais.

E neste contexto, existem duas possibilidades e exigências atuais para que o docente esteja sempre em transformação profissional, fazendo um somatório de habilidades e competências que possibilitam atuar este ator ou agente de forma contundente, eficaz e eficiente em seu trabalho, que é a inclusão aos alunos com deficiência e a inclusão e uso das tecnologias digitais.

Assim, formação continuada do professor, nos dias atuais, não só exige esta transformação na postura e atitude do profissional, mas que o mesmo esteja em um alerta constante dos fatores intervenientes que “solicitam” com haja sempre esta promoção na carreira docente, não com sentido único e restrito de atender as demandas do professor, mas sim dos seus discentes e consequentemente da sociedade em que estes atores estão envolvidos.

Por outro lado, a formação continuada, vem também suprir o que a formação inicial deste professor não foi capaz de lhe outorgar, pois a teoria ou mesmo a convivência esporádica em tempos de estágio de observação ou das práticas estabelecidas em época de academia ou ainda o que o local de vivência, convivência e realidade dos discentes exigem na praticidade do professor no seu magistério. Pois, absorver a teoria como se ela fosse realmente ser a resolução das variáveis e das barreiras sociais da aprendizagem do aluno, é como se comparasse tentar ler um livro de cabeça para baixo em um idioma desconhecido. Onde as barreiras e obstáculos pontuais e reais são concretos, mas a formação não dar a receita para contorna-los de forma proporcional ao problema.

Desta forma, a formação continuada não vem apenas ocorrer como mero e simples mérito de atender o que as leis atendem no que tange a valorização do professor no seu quesito de remuneração, elencado nos planos de cargos e carreiras do professorado, nem lhe dar status ou poder de ação junto à comunidade ou sociedade em que estará alocado este profissional; porém, para atender aquilo que a própria sociedade nos seus pormenores e exigências busca através de uma solução empreendedora do professor, o que somente será alcançada pela formação continuada, como um processo contínuo e transformador neste profissional.

Todavia, esta formação continuada, exige que este profissional abdique, muitas vezes de alguns caprichos e/ou mesmo abandone sua zona de conforto, a atender aos privilégios futuros de outros agentes ou atores. Pois, muito deles, em busca de aprimoramento e aperfeiçoamento profissional, deixam para trás suas famílias, trabalho ou ambiente de morada, assim como demanda a arcar com mais uma despesa extra para que assim, ingressem em cursos específicos para que, depois de algum tempo dê um retorno a sua comunidade escolar, visto que, as problemáticas educacionais, sempre estarão batendo à porta dos educandários, assim como na vida profissional do docente.

Assim entendo que, a formação continuada de professores, como uma ação concreta e pertinente ao aprimoramento daquilo que já ele já introjetou na sua formação inicial, deve ser um expediente extremamente necessário para não só contribuir com o professor, mas para com um conjunto real e notável que vai desde as necessidades dos alunos, da comunidade escolar, das mudança ocorridas dentro do processo, assim como do seu trabalho, no que tange as estratégias e procedimentos curriculares que dão ênfase e resultados sólidos em seu trabalho didático-pedagógico.

Em tese, professores ou profissionais da educação, não procuram se aperfeiçoar através da formação continuada, por que quer ou para atender em específicos seus caprichos. Mas por dois motivos, principalmente. Primeiro, que esta formação continuada dê uma resposta plausível diante das barreiras encontradas no campo educacional ou na realidade de seu aluno. E outro, atender as mudanças recorrentes, as quais estão em constante mudanças e movimento, já que remetem às necessidades da sociedade e do sistema de uma forma geral. Como por exemplo, podemos citar estas mudanças, como a inclusão dos alunos deficientes no processo regular de ensino, isto é, nas turmas dos alunos ditos normais; assim como o uso e domínio da inclusão digital nos ambientes escolares pelos professores e alunos; e ainda, temos como exemplo, da necessidade desta formação contínua, a construção de uma educação acessível e democrática dentro de uma Base Comum Curricular.

Considerações complementares

Considerando que, o portfólio, como instrumento real e dinâmico, não somente possibilita a descrição sucinta dos pormenores ou etapas de um processo que ora está em andamento ou que já se encerrou, porém, nos dar condições para que possamos descrever, enumerar e tornar além de descritiva, fazer a experiência, uma experiência crítica e dentro de uma análise fundamentada na vivência e convivência; assim também, descrevendo as variáveis do processo, desafios, barreiras, e é claro, descrever as expectativas, resultados e possibilidades de execução e absorção de seus escritos.

Desta forma, um portfólio, não se encerra em um único trabalho, mas sim, este está sempre em movimento, dinamizando com as mudanças ocorridas e com as reflexões sobre o tema ou temas abordados. E aqui, como foi a experiência descrita a própria produção do portfólio, o desenvolvimento, poderá servir posteriormente de arquivos ou texto de consulta para pesquisas que estejam abordando o portfólio e seus aspectos. Ou ainda servindo para que leitores e destinatários sociais, estejam informados, do que e para que este instrumento serve, seja no meio acadêmico, no educacional ou no campo da pesquisa.

Todavia, como se entende que, este instrumento de pesquisa e desenvolvimento de experiência não é um documento acabado, é susceptível de mudanças ocorridas no tempo e no espaço, ou ainda porque o tema demanda; visto que uma de suas características é a flexibilidade e a autoavaliação. Ou seja, a flexibilidade, decorre do mesmo receber as mudanças de acordo com as reflexões existentes ou ainda dependo da avalição, receber estas alterações, que não servirão para designar erros na construção e desenvolvimento do portfólio, porém, para receber adendos e possíveis alterações formadoras do pensamento construtivo.

 

[1] Professor e Pedagogo da rede pública de ensino de Prainha – Pará; Mestrando em Educação com Especialização em Ensino Superior (UNINI/FUNIBER).