Através de que há um mundo? Qual é nosso lugar nesse mundo? E o lugar das ferramentas tecnológicas? O que nos faz pensar o que pensamos? As coisas não são desejadas do nada! A força do tempo tudo transforma. O mundo hoje já não é os mesmo, seus componentes se diferenciaram. O mundo é composto por “dobras”, como diz Pierre Lévy (1993), e cada dobra é o começo de um novo mundo. O ser é infinitamente diferenciado de si mesmo, segundo suas dobras, seus drapês, que passam continuamente umas nas outras! Pois bem. Utilizamo-nos então de toda tecnologia disponível e possível para nos transformarmos. Em que? Não sabemos. Mas seguimos nesta trajetória, buscando, comprando, dominando, ostentando. Como bem coloca Tadeu (2009, p. 10), “é no confronto com clones, ciborgues e outros híbridos tecnonaturais que a 'humanidade' de nossa subjetividade se vê colocada em questão”. Somos sujeitos mergulhados na contemporaneidade. Não podemos negar a influência e o atravessamento do social em nossa vida. Absorvemos e nos defendemos dele de formas diferentes, mas influenciamos e somos influenciados o tempo todo. Somos resultado dessa temporalidade, absorta no capitalismo e na tecnologia, e, dessa forma, sofremos de ansiedade e de insatisfação.