Por que não param?

Enquanto os fragilizados lacrimam num covil, abarrotados pela dor e pela desilusão de sonhos, e gritam na solidão de um silêncio que não ecoa, os que castram e sentem prazer no que destroem, avançam indiferentes com a apatia própria dos que enxergam os outros apenas como um lixo humano.

  Por mais que a história insista, não dá para conviver com uma facção que promove intermináveis valetas de enterros coletivos apenas por deleites extraídos da tritura dos que clamam por clemência. Há muitos argumentos tentando convencer, porém é em vão qualquer explicação diante da ganância de possuir o que não lhes pertence.

Que gene será que lhes falta para que a indiferença seja a base de suas vitórias rudes, onde o produto final é um saldo de cadáveres  vivos ressecados?

  Por que não param? Talvez os que sofrem sejam frutos do destino de Ismael e de Esaú; e os que talham, sejam frutos de Isaac e Jacó, e dos que tiveram o coração endurecido.