POR ONDE ANDAVA

                                   AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Ter um amor é afirmar passos com um andador por muitas estradas,

É ter manias como se combatesse uma maléfica ou benéfica praga,

Surgida dos ventos fortes das várias e consequentes entidades,

Dos aglomerados de gentes de algumas estipuladas cidades,

Numa forma latente e reluzente de uma suma colocação de identidade,

Entrecortando as vilas, becos, bielas, bairros, cidades ou calçadas,

                                                             Por onde despercebidamente andava.

Pelas esquinas tropeçando pelas esperas que por algo deva aguardar,

Nos bares engasgados com muitos os goles amargos pra embebedar,

Pelas horas tardias ou contextuais que custavam pelo dia passar,

                                                               Por tudo que se vale a pena esperar.

Sonhos daqueles que alteram as intenções boas dos realejos,

Pelas estradas se perdia nas distâncias pelas horas que estavam a passar,

Passavam tempestades que eram sucumbidas pelos incontroláveis desejos,

Caminhos que se perdiam por escuridões que se trancafiam as travas,

Luzes que pelas distâncias se perdiam pelos insignificantes lampejos,

                                       No surgimento dos fatos por onde a paciência se encontrava.

Desnorteio daquilo que disfarçava as balbúrdias

Por ilusões que faziam como algo de bom que se pronunciava

Por cada curva imaginava aparecer aquilo que era de uma captura procurada,

Destino de uma tarefa descontroladamente desesperada,

Dos sonhos que dá luz a aquela cor que é como coisa imaginada,

Através das trilhas, trechos, trecos truques, toques e milhas

                                                           Por onde a coincidência constantemente parava.

Talvez pelas miras dos olhares que faziam a dor acontecer,

Na ira de muitos que por tumultos transformavam o tempo de branco a enegrecer,

Sobre alguns disfarces das fantasias que por nosso lado passava,

Por esconde a tristeza ou a alegria de uma ocasião que serve como charada,

A percepção daquilo em que a dúvida venha suplantar,

Por onde a aproximação destoa o gosto por uma coisa amada,

Da preza pelo desespero da fuga por querer do perigo escapar,

As estrelas brilhando no céu que muita amplidão consegue a visão notar,

A conotação alada de uma ocasião predestinada,

                                                                            Numa alusão a pessoa amada,

                                                                            Por onde é que repentinamente andava.

Nos acasos dos encontros de cada coincidente menção conjugada.

                                                                                      Por onde talvez algo a aguardava.

Ou por ruas, avenidas, passeios, esquinas, marquises, mercados ou calçadas,

                                                                                       Por onde infinitamente trafegava,

                                                                                       Pelas infindáveis estradas.