O homem e a tecnologia tem uma parceria desde os seus primórdios. Desde que o homem descobriu que utilizando uma ferramenta conseguia abater um animal para lhe comer a carne seria mais fácil do que somente com o uso das mãos ele já se define como um ser tecnológico. Neste introito queremos apenas demonstrar que o homem e a sua relação com o planeta é uma relação de sobrevivência, e daí podemos tirar embasamento para coroar uma gama de teorias, engrossar as páginas de livros de variadas ciências e alimentar a retórica de inúmeros pensadores. Senão vejamos as ciências ditas sociais que se destinam a observação do homem ser social, suas relações sociais. Ele, o homem, se agrupa quando sente a necessidade de caçar em grupo, foi uma relação acertada, conseguia mais alimento caçando em companhia de outros indivíduos. Daí vieram as tribos, as vilas, as cidade e toda uma forma de se organizar. Depois veio a política, e o restante da história que já conhecemos. Por entusiastas que sejamos com relação ao ser social “homo sapiens” entenderemos que ele conflita com o social em busca dos seus interesses pessoais e particulares, salvas raríssimas exceções. Dessa forma é mister trazermos para a roda da discussão o homem ser educador, o homem que ensina e aprende em busca da sua sobrevivência no planeta. Na antiguidade o homem buscava saciar as mais básicas de suas necessidades de sobrevivência, dentro de suas possibilidades e aptidões ofertava nas suas comunidades a sua força e o seu talento para tais atividades. Pais passavam para os filhos o seu ofício e, com isso garantiam a posteridade da execução dos seus trabalhos para aquela sociedade. Na idade média, além das formas mais primitivas de ensinamento a Igreja Católica, imbuída de grandes saberes e detentora do conhecimento das ciências já disseminava entre o seu clero essas informações sem deixa-las fluir para os demais membros daquela sociedade que, interessantemente paradoxal, é chamada de Idade das Trevas (se considerarmos que para o cristianismo a igreja representa a luz do mundo). Pode-se notar nessa época que os artesãos passavam o seu conhecimento aos filhos e aos aprendizes, sua técnica, sua metodologia era construída por ele mesmo, em uma época em que não se estudava e não se discutia uma forma de transmitir conhecimentos, apenas se fazia. Quando a humanidade começa a sua era industrial dá-se com esse fenômeno a necessidade de acelerar a capacidade de ensinar e de aprender do ser humano. Desde então o homem busca com mais denodo o conhecimento, os cientistas elaboram formas e fórmulas para que o conhecimento se expanda e se agregue cada vez mais aos meios de produção. A educação contemporânea criou complexidade (na forma vista por MORIN) com a tecnologia, a maneira de aprender, a maneira de comunicar o aprendido é completamente inusitada devido as novas Tecnologias de Informação e Comunicação(TIC). Inobstante, o homem continua aprendendo e ensinando para a sobrevivência, mesmo sendo inegável a liberdade e a democratização do saber. Hoje ao estudante é prático e simples o ato de pesquisar. Se dentro de sua pesquisa existe a liberdade para escolher os meios ele obviamente optará pelo mais tecnológico, pelo mais conectado e veloz. O pluralismo de informações que carregam as novas TIC’s e a facilidade de acesso ao conhecimento inovam as formas e aceleram o aprendizado daqueles que por ele se interessem. Com tudo isso ainda não temos uma sociedade auto instrucional, dentro de todo o contexto tecnológico e científico ainda se mantém a figura do professor, mesmo que em bases completamente diferenciadas. Em sua atribuição de guia pelos caminhos do saber ele ainda é imprescindível para o direcionamento da construção do saber. O homem trilha, dentro de sua saga pela continuidade de sua existência, se renova em diferentes formas de agir e adquire ferramentas incontestes para coroar a sua gloriosa evolução, mas não deixou de depender de seus mestres, pelo menos por enquanto. Levi Lima de Oliveira (Levi Beltrão) Economista (CORECON/PA 3552) Aluno do Curso de Pós Graduação e Docência do Ensino Superior – ITPAC/FAHESA – Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína.