POR DESCONHECER

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Não sei o teu nome,

Não sei de onde fui te ver,

Não sei o que convém,

O que quer,

Nem o que tem.

Nunca a vi mais gorda,

Nunca há escutei algum teu grito,

Nunca de ti ouvir falar,

Nunca em te conhecer a pensei.

Nem por algumas insignificantes palavras,

Ou significantes como alguém que qualquer coisa tem.

Nada por não se ter um vintém,

Não sei de que veículo a trouxe,

Nem sei pra onde vai ou pra onde vem.

Do nada a se ter algo como alguma coisa que por resguardo obtém,

Não tenho beleza

Nem dinheiro,

Nem carisma,

Nada pra conquistar um sequer alguém.

Não sei nada de mim,

Muito menos de outrem,

De nada sei pelos cantos a que surgiu,

Pela porta de entrada a que alguém saiu.

Nunca a vi pelas ruas,

As buscas pelas desnudez das pessoas nuas.

Nunca te procurei por alguma estrada,

Nem nada sobre ti, sei,

Nunca o teu nome perguntei,

Indo um para um lado e outro pra outro lado,

Como estranhos a procurar por esbarrões das calçadas a desdém.

Nunca porém a nada busquei,

Nem percebi sumir pelas inúmeras estradas,

Nunca como nunca a esquecerei como uma predestinada

                       A pessoa amada que de amor nada ou tudo obtém.