População da África
Por Julia Machado | 05/12/2012 | GeografiaPopulação da África: Seus aspectos naturais, culturais, sociais e econômicos
A África é muito conhecida pelos seus aspectos naturais, como as savanas, seus animais nativos e únicos deste belo continente. No entanto, também são bem evidentes seus aspectos negativos, tais como a fome, seca, doenças e etc. Mas é quase impossível falar da África sem mencionar os seus contrastes físicos e sócio-economicos. E é exatamente isso que iremos abordar agora.
Em lugares do continente africano podemos encontrar locais de extrema pobreza, mas também outros com mais do que o básico. Zimbabwe (declarada a nação mais pobre do mundo) e a África do Sul (o país mais rico da África) são exemplos que mostram perfeitamente isso.
Zimbabwe - África. Fonte: Google
O contraste racial é um aspecto bem chamativo em relação à África. Novamente mencionando a África do Sul, podemos ver bem evidente esse contraste entre diferentes etnias. Existem cerca de 50 milhões de habitantes, sendo 70% deles negro, 12% brancos descendentes de holandeses e ingleses, 13% euroafricanos, 3% indianos e 2% representam outras etnias.
Agora vamos falar rapidamente sobre dois países muito curiosos do continente Africano que mostram perfeitamente os assuntos abordados até agora.
Zimbabwe
Localizado na parte sul da África, fio declarado como a nação mais pobre do mundo, com um PIB abaixo de US $1000 per capita. Essa nação tem de lidar com inúmeros problemas, tais como o alto índice de analfabetismo acima de 40% da população, mais de 5% da população com Aids, hiperinflação, o desemprego, a corrupção e a pobreza.
África do Sul
Também localizada na parte sul da África, é o país mais rico da África. Tem uma enorme variedade de etnias como negros ,brancos descendentes de holandeses e ingleses, euroafricanos e indianos. Devido a essa enorme variedade, a África do Sul teve uma política racial cruel, que definia que só a minoria branca tinha os direitos políticos e prestígios sociais ou econômicos. Os negros também não podiam habitar em mesmos bairros, casar ou ter relações sexuais com brancos.
Conclusão
Mesmo com a pobreza, fome, corrupção, doenças e seca, devemos admitir que a África é um continente incrível, cheio de contrastes culturais e naturais, que não deve ser só lembrado por seus aspectos negativos.
A Aids
Como Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia citou- A Aids vista atualmente como uma ameaça ao continente africano, é uma tragédia sem previsões que ataca grande parte dos países, pois diminui suas taxas de natalidade.
A AIDS é uma doença contagiosa que pode ser adquirida através de relações sexuais sem uso de preservativos, transfusão de sangue, drogas injetáveis com agulhas usadas. Ainda sem cura, atinge milhões de pessoas na África Subsaariana, o problema é tão grave que de cada cinco mortos um é de decorrência da AIDS.
O governo do Quênia, diante das enormes consequências provocadas pela doença, sugeriu que a população deixasse de fazer sexo por um período de dois anos. Uma atitude um pouco radical, mas esse tempo serviria para diminuir a expansão do vírus.
O índice de pessoas contaminadas está crescendo, em 2001, aproximadamente 5,3 milhões pessoas contraíram a doença dos quais, segundo a OMS, menos de 1% realizaram o tratamento, o restante provavelmente morre sem saber sequer que tinha a doença.
Por causa da devastação causada pela doença, nos próximos cinco anos a expectativa de vida no continente deve retroceder aos níveis dos anos 60, caindo de 59 para 45 anos em média.
A África do Sul tem hoje 4,2 milhões de pessoas infectadas - o maior número de soropositivos do mundo. No país, a incidência de estupros é epidêmica como a própria síndrome, e as duas estão vinculadas.
Fome na África
Citação de Esther Vivas-
Hoje se produzimos comida para 12 bilhões de pessoas, quando no planeta habitam 7 bilhões. Comida existe. Então, por que ainda existem famílias inteiras que não tem o que comer?
A emergência alimentar afeta mais de 10 milhões de pessoas no Chifre da África. Secas, inundações, conflitos bélicos… contribuem para estimular uma situação de extrema vulnerabilidade alimentar, mas não são os únicos fatores que a explicam.
A fome no Chifre da África não é uma novidade. A Somália vive uma situação de insegurança alimentar há 20 anos. Volte e meia, as mídias nos recordam do impacto dramático da fome no mundo.
A seca com a consequente perda de colheitas e gado, é apontada como um dos principais desencadeadores da fome na África, mas como se explica que países como Estados Unidos ou Austrália, que sofrem periodicamente secas severas, não sofram fomes extremas?
Em muitos países da África, o acesso a terra é bem raro. A compra demasiada de solo fértil por parte de investidores estrangeiros (agroindústria, governos, fundos especulativos) tem provocado a expulsão de milhares de camponeses de suas terras e diminuído a capacidade desses países de se autoabastecerem.
Conclusão
Por que existe fome em um mundo de abundância? A produção de alimentos se multiplicou por três desde os anos 1960, enquanto que a população mundial tão só duplicou desde então. Não estamos enfrentando um problema de produção de comida, mas sim um problema de acesso a ela. Como disse o relator da ONU para o direito a alimentação, Olivier de Schutter, em uma entrevista ao jornal El País: “A fome é um problema político. E uma questão de justiça social e políticas de redistribuição”.
Se queremos acabar com a fome no mundo, é urgente apostar em outras políticas agrícolas e alimentares que coloquem no seu centro as pessoas, as suas necessidades, aqueles que trabalham a terra e o ecossistema. Apostar no que o movimento internacional da Via Campesina chama de “soberania alimentar” e recuperar a capacidade de decidir sobre aquilo que comemos. Tomando emprestado um dos lemas mais conhecidos do Movimento 15-M, é necessário uma “democracia real, já” na agricultura e na alimentação.
Crianças Africanas famintas- Fonte: Google
Conclusão geral
Podemos dizer que a população da África é a que mais merece reconhecimento e respeito, pois apesar de tudo que tem que enfrentar em seu cotidiano, ela se mantem forte e fiel á suas crenças e cultura. E isso é admirável. O continente africano é terra de seres humanos incríveis, cheio de contrastes e riquezas, que muitas vezes são desvalorizadas ou esquecidas devido aos seus aspectos negativos, que seriam facilmente extintos se países mais desenvolvidos estendessem as mãos e ajudassem quem realmente precisa.
-Júlia Machado, Ana Flávia e Beatriz Rodrigues.
Bibliografia: www.educacao.uol.com.br/disciplinas/atualidades/zimbabue-aids-desemprego-ditadura-e-miseria.htm
/www.mundodigital.unesp.br/webjornal/materia.php?materia=967
www.top10mais.org/top-10-paises-mais-pobres-do-mundo/
www.algosobre.com.br/geografia/africa-a-diversidade-num-continente.html
http://www.brasilescola.com/geografia/a-aids-na-africa.htm http://www.brasildefato.com.br/node/7126