Poetas não mentem
Mesmo sabendo que meu afago
não te aquece,
sigo criando armadilhas em volta de ti.
É meu vicio, é minha queda.
Ja nao ha mais no que acreditar,
me tens sido mui banal.
Nãoo haveria motivos pra mentira,
nao quero que sejas pena.
O que escrevo
serve para o alivio.
As palavras sao o escape,
para as feridas de você.
É como se tudo ficasse mais leve
e desse para aguentar mais um dia.
Espero tanto esses momentos chegarem
e esta para começar mais uma semana.
Ha ansiedade, tao comum para nos dois,
pensamentos de renuncia,
atitudes de desejo.
Não quero sonhar sozinho
O que faço pra você
de certo nem ves, as vezes nem sabe,
mas faço pra te ver bem,
você pode descobrir depois.
Nada precisa ser combinado,
pode ser que nao de certo.
Que seja assim com nos dois tambem,
as surpresas é que regem a vida.
Quero te ver sem máscaras,
sem reservas, como quando me encaras.
Somente ver teu rosto
e os teus desejos longe de todos.
Se tambem sabes brincar com as palavras,
deve entender meu anseio.
Se poetizas com a vida,
devias dar valor ao que sinto.
Não me faças crer que sua filosofia é vã,
não me acordes pra descobrir q não és o que diz.
Me mostre o seu coração,
me demonstre quem eu acredito que sejas.
Quando te vejo não meço
o estranho estrago feito em mim,
e temo que a ti, isso apenas soe
como um simples toque do vento.
Haveria ainda tempo?
ja que o teu afeto me afetou?
consigo escapar, mesmo intriscado em mim,
me vejo mergulhado em teu olhar.
Ainda sonho porque acredito ser capaz
de ver a vida como um lindo desenho,
e as cores vem de você,
esboço nosso caminho em comum.
Me transporto ao fechar os olhos,
e mesmo acordado, escrevo fantasia.
Por que não recusou, por que aceitou aquelas maos?
Sei que foi sensivel a mim.
Você desmonta o meu mundo, na minha frente,
nao mede o que fazes, nao se importa.
Ainda vais me enxergar,
só seja você, nada mais.
Ha tanto pra falar que as palavras se enrolam,
até os dedos tropeçam,
a razão se vai, o pensamento voa
e o poeta não se sai tão bem assim.