Pobreza e miséria: sua elasticidade e princípios de solução
Por Alberto Mahula Francisco | 29/05/2025 | Sociedade1 Pobreza e miséria: sua elasticidade e princípios de solução Autor: Alberto Mahúla Francisco, (MSc.) Mestre em Economia e Gestão de Educação, pela Northeast Normal University da República Popular da China. Docente Universitário, no Instituto Superior Internacional de Angola. albertofrancisco0686@yahoo.com/+244941612807 Resumo Trata-se de uma pesquisa mista que usou a triangulação metodológica, empregando as técnicas de inquérito, observação e bibliográfica, cujo, objetivo consiste em descrever a pobreza e miséria, mostrando a sua elasticidade e princípios de solução. Participou no estudo 220 elementos de ambos os sexos, selecionados de forma aleatória simples, a partir das cidades de Luanda capital de Angola, Ndalatando província de Cuanza Norte, Lucala, Samba Caju, Ambaca, Negage e Uíge. Os resultados da pesquisa mostram que a pobreza e miséria são dois fenómenos que crescem de forma vertical. Mesmo assim, as suas vias de solução antes empregues, quase que todos falharam. Pois, seus autores muitas das vezes tendem a ser menos pragmáticos. E, pouco ou nada se usa princípios assertivos. Pelo que a pesquisa sugere o uso dos princípios de objetividade, foco, rapidez, agilidade e eficiência, como princípios valiosos para a solução dos problemas da pobreza e miséria. Palavras-chave: pobreza, miséria, elasticidade, princípios, solução 1. Introdução A pobreza e a miséria, são dois fenómenos que nos dias mais recentes, têm-se apresentado com maior elasticidade, complicando as sociedades em moldes de encontrar vias de solução. A pobreza e a miséria, vão multiplicando-se, até chegar ao ponto de criar raízes nocivas em termos de convívio entre as famílias, e no encontro de povos com cultura diferentes. E, da pobreza e miséria advém a diversidade de crise, “crise econômica, crise energética, crise social, crise educacional, crise moral, crise ecológica, crise espiritual etc. Se olharmos bem, verificamos que, na verdade, todas as crises se encontram numa fundamental: a crise do tipo de sociedade que criamos a partir dos últimos 400 anos. Esta crise é global porque este tipo de sociedade se difundiu ou foi imposta praticamente no globo inteiro” (Boff, 2025). 2 Em algumas sociedades, incluindo nas conferências e fóruns de cunho internacional, o assunto sobre a pobreza tende a perder o interesse de abordagem, mostrando ao mundo que talvez a problemática da pobreza e da miséria, tenha sido ultrapassado e que as famílias são sustentavelmente alimentadas. É, de referir, que no âmbito internacional, os planos mais aliciantes e mais importantes, focam-se atualmente na tecnologia, clima, na guerra entre países e guerras de tipo económico, onde as nações estão interessadas em mostrar as suas potencialidades económicas e hegemonia. Neste contexto, os países mais hegemónicos, fazem-se de mais poderosos, cujo, a predominância no mercado global, domina o panorama internacional, onde, por contra senso, os países médios e baixos, estão na periferia do desenvolvimento, mesmo assim, fazem-se de ricos seguindo os rastos do países mais desenvolvidos, esquecendo o velho adagio, segundo o qual, na luta entre o leão e o elefante quem sofre é sempre o capim. Neste caso, enquanto as sociedades dos ricos centram-se nas lutas hegemónicas, as famílias dos países mais baixos (pobres), vivem na estrema pobreza, que num simples tentar da vida, caem na sobrevivência, procurando alimentar-se através de restos de comida deitados no lixo, crianças na fase escolar fora do sistema de ensino, mulheres e adolescentes expostas na vida do sexo abusivo só para obter o pão para se alimentar. Assim, nas sociedades pobres, muitas mulheres praticam a prostituição com o propósito de sustentar os filhos que apesar de terem um pai, mas, os mesmos são órfão de um pai vivo; trata-se neste caso de um homem adulto que apesar de ter uma profissão, uma formação académica, desenvolver habilidades e capacidades uteis para a sua inserção na vida ativa da sociedade, este, é um ser socialmente abandonado, sem emprego, nem meios próprios para sobreviver. É, um ser humano envolvido nos vícios de consumo excessivo de álcool e drogas, como recursos vivos para esquecer-se de sérios problemas que a vida em sociedade lhes impõe. São pessoas que de tanto tentar pela vida, falharam e a lei da injustiça social incidiu sobre estes, até ao ponto de não acreditarem da sua própria existência, então, para não atentarem-se em suicidarem-se, estes, preferem evitar os problemas usando álcool e drogas, vícios que lhes atormenta, esperando que por meio deste mal, seja possível a morte. Há por acaso, uma ou outra pessoa que tenta falar, ou seja, pronunciar-se, colocando-se em defesa dos pobres e miseráveis, ainda assim, é claramente silenciado, pois, as sociedades modernas excluem o pobre, como que este não fosse humano. Há questões intrínsecas há humanidade e que teriam sido importantes para a vida em sociedade, tendo 3 em conta o conceito de direitos humanos, onde, todos têm os mesmos direitos, deveres e que a lei estaria em defesa das pessoas mais desfavorecidas, destacando nisto, o pobre, a criança e a mulher. E, dentro de tudo isto, há, o designo sobre a proteção e a dignidade da família como núcleo basilar para o desenvolvimento das sociedades. Por isso, de algum modo, ressalta-se o questionário referente aos moldes como se deve resolver os problemas da fome, pobreza e a miséria, cujo, as principais, questões centram-se em como resolver os problemas da pobreza? Onde começar para combater a fome, pobreza e a miséria que afeita as famílias? Sem especulações, varias organizações e programas guisados em virtude de combate a pobreza e a miséria nas famílias, faliram e não tiveram seguimentos. Mas, porque estes importantes programas faliram? Neste artigo de pesquisa científica orientada para o desenvolvimento económico nas famílias, vamos apresentar os princípios orientadores para a solução de problemas que afligem as sociedades, principalmente no que toca a pobreza e a miséria. 2. Pobreza e miséria A pobreza e a miséria são dois fenómenos que vão crescendo de forma vertical e num nível de extrema equidistância ao crescimento das sociedades, isto quer dizer que há uma dimensão de pobreza social, onde, as pessoas na medida em que vão nascendo, ao mesmo tempo cruzam-se com a pobreza, juntos, vão justamente vivendo de modo mais estreito até atingirem ao nível de abordagem miserável. Pelo modo de vida do quotidiano, vê-se que a pobreza e a miséria, incluindo a fome, são fenómenos “Persistentes num contexto espácio-temporal alargado, a pobreza e a fome são fenómenos do passado e do presente que se encontram em diferentes regiões do globo. Apesar dos programas de combate à pobreza, não apenas à escala mundial mas também à escala nacional, eventos climáticos extremos, pragas das culturas, crises económicas, pandemias e conflitos armados têm contribuído para agravar um quadro já preocupante” ( QUEIROZ, DIREITO, DA S I LVA, & P I N T O, 2015, p. 2). Hoje, a pobreza e a miséria são fenómenos de tendência conjuntural, mostrando que na fase atual, o pobre não nasce pobre, mas sim torna-se, pois, o meio ambiente social apresenta tendências de abster-se da possibilidade de criar condições próprias para estimular nas pessoas os hábitos de riqueza e estabilidade social. Assim, o mais favorável que se pode ver e prover é ser pobre, viver miserável e morrer pior que o misero senhor. A cultura de pobreza e miséria está generalizada, pelo que até mesmo as escolas e universidades, tendem a não reinventarem-se. Seus métodos, currículos, conteúdos de 4 ensino, já não são próprios para a formação de um ser humano capaz de criar riqueza. E, seus formandos, são cada vez mais pobres, miseráveis e mendigos da primeira aberração. Há mesmo poucas escolas que ensinam e despertam criatividade, inovação e desenvolvimento. Nesta ordem de ideias, vê-se que talvez haja na atualidade uma escola e universidades comprometidas com o fomento da pobreza e miséria! 2.1. Elasticidade da pobreza e miséria “O entendimento é de que o sistema de produção capitalista, centrado na expropriação e na exploração para garantir a maisvalia, e a repartição injusta e desigual da renda nacional entre as classes sociais são responsáveis pela instituição de um processo excludente, gerador e reprodutor da pobreza, entendida enquanto fenômeno estrutural, complexo, de natureza multidimensional, relativo, não podendo ser considerado como mera insuficiência de renda é também desigualdade na distribuição da riqueza socialmente produzida; é não acesso a serviços básicos; à informação; ao trabalho e a uma renda digna; é não a participação social e política” (Silva, 2012). Apesar das sociedades apostarem numa visão ilusória e mais aparente ao surgimento de cidades inteligentes, carros elétricos e recursos mais tecnológicos, incluindo a chegada do homem no espaço, onde, outros acham terem encontrado o melhor habitat na lua duque na terra. Há toda via no recurso sombrio da riqueza dos poderosos, a mascara da prova da pobreza por detrás de todas as invenções. Prova disto, nos últimos anos o nível elástico da pobreza e miséria, tornou-se alarmante. E, com o surgimento da pandemia COVID19, tomou-se a consciência de quantas industriam e empresas fecharam as portas? E, quantos trabalhadores ficaram despedido, ou seja, perderam emprego? Forja-se ainda em informar que muitas das famílias ficaram desempregadas e suas empresas não conseguiram indemniza-las. Nos países do terceiro mundo (pobres), milhares de famílias emigraram na busca de melhores condições de vida. Mesmo assim, estas migrações mostraram que o mundo vive um problema de pobreza e miséria do tipo conjuntural, isto porque, mesmo as famílias que emigraram para os países do primeiro mundo (ricos), estão aconchegadas na estrema pobreza. E, como não bastasse, o racismo, o extremismo, os maus-tratos de homem pelo homem, continuam a perseguir o pobre que vai na busca das melhores condições de vida. De fato, nunca o mundo viveu momentos de tanta cogitação social, onde, a pobreza e miséria andam de mãos dada, tal como se vive hoje, em quase todo o mundo. Há tanta gente morrendo de fome, outras famílias estão morando nas ruas, pois, ficaram sem dinheiro para pagar o aluguer e suas rendas financeiras decaíram à níveis baixos, e os 5 Estados juntos dos seus Governos estão quase sem recursos para acudir tais péssimas calamidades vitais. Os níveis de pobreza e miséria atingiram aos extremos que até mesmo quem corria na lixeira a fim de encontrar um pão para se alimentar, hoje, a lixeira está sem pão. Muitas organizações sociais empobreceram e caíram na mesma miséria, então, em termo da pobreza e miséria, já, ninguém acode ninguém, isto porque o sofrimento é igual para todos. 2.2. Princípios de solução para pobreza e miséria Para muitas sociedades, os mecanismos de solução para pobreza e miséria, faliram na sua totalidade e tentaram aventurar-se em criar pequenos monopólios. Mas, será que os pequenos monopólios conseguem resolver e ultrapassar os problemas da fome que transcende dentro das famílias e vislumbra com a sociedade? E, porque, os mecanismos utilizados falharam? Há alguma razão? Com certeza, há razões e há mais evidencias para que os mecanismos impostos pudessem falhar, pois, é quase inato acreditar que o problema da pobreza e miséria poderia ser tratado por meio de um discurso vácuo e pré elaborado. Não se pode acreditar que criar lei e exigir a obediência sobre ela, seria o instrumento para responder as solicitações da população e satisfação das necessidades das famílias. É, de sublinhar que cometeu-se erros em desejar a luz de belo conforto na certeza de que alimentando a esperança, bondade e prosperidade, seria possível o pobre tranquilizar-se em viver no belo conforto da fome. Para salientar, é errado pensar que o pobre é uma pessoa próspera. O pobre não espera, pois, a fome, juntos da doença, não fazem o servo educado. Por isso, a fome e a doença nunca aguardam o amanhã. Assim, o problema da pobreza e miséria, é um assunto mediático que deve mediatizar as sociedades. É, um problema observado e que deve ser resolvido hoje, esperar amanha, para o pobre é tarde demais. A pobreza e a miséria, enfermam o pobre, de tal modo que este, fica sem possibilidades de ver o sol a nascer. Então, o pobre não vê o amanhã. Deste modo, na vida do pobre o amanhã é quase um dia inexistente. Por isso, o que existe na vida do pobre é o hoje, e o amanhã pertence ati senhor rico, poderoso. E, que a vontade de viver para sempre seja para ti, sua família e seus amigos. Para o pobre e miserável, esperar é um ato de dura ofensa. Por isso, os Estados, Governos e senhores dos direitos, deveriam evitar fazer promessas que fazem, a esperança do pobre 6 cada vez mais moribunda. Deveriam os senhores de competência e direito, resolver os problemas da pobreza e miséria, na luz dos princípios da gestão produtiva, assentes no foco e objetividade. E, no centro do foco e objetividade está a solução dos problemas da pobreza e miséria. E, está sublime a vontade de servir ou seja, a vontade do gestor em resolver o problema das famílias (fome). Neste caso, não importa criar múltiplas leis e exigir obediências e responsabilidades sobre elas, visto que não é a lei que resolve os problemas que enfermam a sociedade, mas, a boa vontade do gestor. A boa vontade do gestor, juntos do seu ser componente, fazem o importante para a exequibilidade dos programas, planos e projetos do fórum social. Para além da boa vontade, que haja, a prática da lealdade. E, que se acredite que a pratica faz o bom mestre. E, a mesma, faz o critério da verdade. Então, onde habita a verdade? A verdade está na prática do bem-fazer. Assim, é sumamente proibido prometer ao pobre aquilo que não podes fazer. Por outro lado, chama-se a verdade que deve ser dita e o bem que deve ser feito. E, para o pobre e o miserável, o bem está em ter o pão na mesa e a verdade está na justiça, saúde, educação e no bem-estar. De toda a linha de ação, não importa somente ter objetivo, foco e boa vontade. Importa acima de tudo aplicar na prática os seguintes princípios: rapidez, agilidade e eficiência. 2.2.1. Objetividade A objetividade “designa a pretensão que define a Ciência como conhecimento” (Cupani, 1989). É o princípio norteador para o êxito das metas preconizadas. É, a objetividade que delineia e especifica a dimensão das necessidades expressas num plano de Governo. Na objetividade tem a nitidez e clareza para a solução dos problemas da pobreza e miséria. Por meio da objetividade entrosa a lealdade e a amabilidade de fazer tudo acontecer ao belo da razão suficiente, evitando, a participação de metas inafundáveis dentro de tudo que deve ser feito para o bem-comum. A objetividade coliga com a consciência moral, onde, a razão julgas os atos do próprio homem. Assim, a objetividade faz o homem escapar-se de vícios e atos ilícitos, tais como: a injustiça, exclusão social, suborno, etc. É, de salientar que acima de objetividade está a realização feliz das pessoas e o bem-estar das famílias. Por isso, quem não tem objetividade em atos de Governo, bens e serviços, é 7 um neófito desorganizado e desorientado. E, que está disposto a fazer tudo, incluindo caprichos, ilusões e agonias. É, um sujeito capaz de praticar imoralidade e vir ao público justificar a razão maior do seu entusiasmo. Ou seja, é um ser empolgado em construir mansão por cima da areia e que vá nadando contra maré, julgando que já construiu o seu investimento de grande envergadura. Por isso, ao propor-se em resolver problemas de pobreza e miséria, mais vale ter objetividade, pois, quem não tem objetivos todos os caminhos o serve, e até o cego, o conduz melhor. E, deste modo, toda a luta guiada contra a pobreza e miséria, deve pressupor antes de tudo uma meta, esta meta deve significar o bem-fazer perante a humanidade. E, o bem feito perante a humanidade, advém do bem praticado em prol do bem comum, colocando no centro a família como núcleo basilar da sociedade. Assim, quem não luta por um objetivo e que coloque no centro o bem comum e da família de modo particular, este, não é digno de viver. Viver é objetivar-se ao bem. Na luz do bem feito perante a humanidade, emerge o sentido do humanismo que com ele fecunda-se o desenvolvimento globalizado. Por isso, a objetividade na solução dos problemas da pobreza e miséria, justifica o sentido do amor, patriotismo, solidariedade e unidade na diversidade. E, disto tudo, surge a felicidade no meio ambiente familiar. E, da família depende muito a felicidade que o mundo anda procurar até no espaço, onde, uns devem chegar e outros não. 2.2.2. Foco “Trazendo para a mente humana, foco é a capacidade de nos concentrarmos única e exclusivamente em uma tarefa, em um objetivo, dizendo não para todas as outras demandas e distrações que aparecem na nossa frente. Isso é ser uma pessoa focada” (MUDE.VC, S/D, p. 4). O foco é a unidade que este entre a vontade e o poder que temos em pensar e agir em virtude de alcançar as metas preconizadas. Nesta ótica, ao tratar-se do problema da pobreza e miséria, o foco é a luz, guia e linha mestra que faz os gestores, agentes do bem, organizações e pessoas singulares fazem com que as necessidades da sociedade sejam concretizadas, sem exigir favas, e muito menos favores. Com o foco, o bem-feito, traduz-se em dever. E, quem tem foco, não consente sacrifícios, pois, em tudo sente prazer de fazer. Para o problema da pobreza e miséria, o prazer está 8 em ver o pobre e miserável feliz em ter o pão na mesa, a saúde tratada e a educação feita para todos. 2.2.3. Rapidez “A rapidez é ainda uma qualidade profissional fundamental. Ela demonstra eficiência e agilidade. Com ela há como acelerar o processo de trabalho, possibilitando a conclusão de tarefas em prazos apertados, mas assegurando o desempenho de alto nível” (S/N, 2025). O mundo está em constante movimento e as necessidades humanas são mutáveis. Razão pelo qual, o que é útil hoje, pode não ser usável amanhã. E, que se espera hoje, não é o necessário para amanhã ou depois, logo, atualmente quase tudo tende a ser obsoleto. Por isso, mais rápido se fazem as coisas, melhor o Estado do Governo, da sociedade e das organizações. 2.2.4. Agilidade A agilidade é uma qualidade que se impõe a quem seja resolver problemas de pobreza e miséria. E, esta qualidade, exige que as pessoas sejam dotadas de conhecimentos sólidos, experiencias comprovadas e habilidades bem desenvolvidas. Assim, conhecer os fenómenos da realidade circundante e propor soluções constitui a instância primária agilidade enquanto uma qualidade de capital humano. 2.2.5. Eficiência Em todos os níveis de solução de problemas de pobreza e miséria, não basta as pessoas serem eloquentes na capacidade de propor soluções, importa de fato, ser certo no que diz e no que faz. Assim, a eficiência implica produtividade na hora certa e no momento. É, acertar naquilo que realmente é necessário. Para isso, é importante ter inteligência de descobrir o que é necessário e o que é desejável. Pois, nem tudo concorre para o bem. Ser eficiente é ser certo e preciso. Isto requer ter a prática como critério da verdade. E, mostrar que enquanto pessoa humana gestora, e que faça parte da solução dos problemas que afeitam a sociedade, deve ser pontual enquanto as famílias sofrem. Deve neste âmbito evitar ser autor do mito da mitigação dos problemas que atormentam a sociedade. Implica acima de tudo evitar colocar-se no centro das especulações e fomento de problemas, devendo para isso, colocar-se no centro da solução de problemas de pobreza e miséria. 3. Metodologia aplicada 9 Este estudo empregou uma triangulação metodológica de enfoque qualitativo e quantitativo. Optou pela pesquisa descritiva por ser um estudo de maior abrangência fenomenológica. Usou essencialmente as técnicas de inquérito, bibliográfica e de observação, a fim de coletar os dados com maior fidedignidade. Neste sentido, os dados colectados através da técnica de inquérito, foram analisados por meio de SPSS, um instrumento estatístico eficiente para apurar o nível de imparcialidade de dados, permitindo a elaboração de gráficos e sua devida representação percentual. Já os dados coletados por via de técnicas de observação e bibliográfica, sua análise obedeceu os critérios da via fenomenológica usando o princípio de descrição, partindo da amplitude do fenómeno em estudo. E, procurou-se construir as ilações conclusivas, seguidas de sugestões que serviram de contribuições sucintas ao problema. No decorrer do estudo, foram utilizados os métodos e técnicas de dedução e indução, cujo, propósito é se tornar o estudo mais evidente e mais próximo da certeza absoluta. Por isso, o pensamento analítico e sintético guiou e acompanhou a descrição do problema, partindo do geral ao especifico e do especifico construi-se as ilações do compito geral do assunto. E, deste modo, o estudo foi feito com maior cuidado, evitando incidências no cruzamento entre fatores parasitas e nocivos ao estudo. Assim, a pesquisa apresenta um nível de coerência e sistematização que não admite excessos na sua linha de abordagem descritiva. 4. Resultados da pesquisa: Apresentação, análise e discussão Dos duzentos e vinte (220) inquiridos, oitenta porcento (80%) das famílias confirma a hipótese segundo o qual, a maior parte destes vivem na pobreza. E, dentre os quais, 67% é miserável. Ao passo que 8% dos inquiridos, afirma que sua condição de vida é estável. Na mesma optica, 2% é sumamente rica. Há uma tendência de crescimento da 80% 67% 8% 2% 62% 57% FIG: 1- NÍVEL SOCIAL DAS FAMÍLIAS INQUIRIDA 10 desestruturação familiar na ordem de 62%. Ao passo que a instabilidade social está numa projeção de 57%. Assim, a pesquisa mostra que os níveis de riqueza posicionam-se numa tendência abaixo de 2%. E, isto, representa um risco maior quanto as confirmações da estabilidade económica, social e financeira. Na procura de solução para os problemas de pobreza e miséria, a pesquisa mostra que o princípio de objetividade, é aceite ao nível 65%. O foco, foi confirmado o seu índice de validade para solução do problema de pobreza e miséria à 76%. A pesquisa admite que 72% dos inquiridos, aceita hipótese segundo o qual, rapidez seria o princípio aplicável para a solução do problema em estudo. De outro modo, aplica-se o princípio de agilidade, mostrando que 73% dos inquiridos, acha que agilidade é o princípio de exequibilidade dos problemas que afeitam a população, essencialmente no que toca a pobreza e a miséria. De igual modo, o estudo admite que o princípio de eficiência é mais assertivo para a solução do problema da pobreza e miséria nas famílias. Por isso, a pesquisa é fértil em admitir uma projeção linear, uma vez que seja aplicável o princípio de eficiência na produção e distribuição de bens e serviços. E, juntos disto, tem-se os princípios de objetividade, foco, rapidez e agilidade como vias para a solução do problema da pobreza e miséria. Assim, quem queira resolver os problemas que afligem a vida das famílias, é conveniente ser rápido, ágil e eficiente. E, acima de tudo deve ter um objetivo e foco, assentes em servir a população. E, por meio dos dados obtidos através da técnica de observação, vê-se que a pobreza e a miséria enfermam a sociedade até ao ponto do pobre ficar sem teto para morar, comida para se alimentar. E, sem possibilidades mínimas para se tratar de uma vez que esteja doente. O absentismo escolar, fuga a escolaridade e crianças fora do sistema de ensino, são ainda problemas mais comuns na vida do pobre e miserável. O índice de desemprego alarmou, o abandono e a fuga a paternidade e maternidade acompanham o desenrolar da manchete de cada amanhecer, passando a ser um problema normal o uso do sexo como meio de sobrevivência. Do mesmo modo, se tornou realidade o consumo excessivo de 65%76% 72% 73%80% O B J E C T I V O F O C O R A P I D E Z A G I L I D A D E E F I C I E N C I A FIG. 2- PRINCÍPIOS PARA SOLUÇÃO DOPROBLEMA DA POBREZA E MISÉRIA 11 álcool e drogas por pessoas de diferentes faixas etária, onde, o género feminino coube com maior incidência o fluxo da visão do observador. O fluxo de pessoas que correm nas lixeiras a procura de qualquer coisa para se alimentar é cada vez mais crescente. E, as lixeiras, já não têm quase nada para oferecer ao pobre. Deste modo, o clamor pelo sofrimento tornou-se maior. E, o índice de mortalidade, incluindo suicídio vão cada dia aumentando. Mesmo assim, há uma tendência surda e sega por parte da sociedade e seus agentes do direito que de algum modo, tendem excluir o pobre dentro das suas projeções, planos e projetos. Há um olhar desdenhado sobre o pobre, mostrando que talvez as sociedades possam estar na luta contra o pobre e não no combate a pobreza. Os mercados já excluem o pobre, tal como se sabe que hoje o rácio dos preços nos mercados e supermercados, são cada vez mais crescentes, sem no entanto haver possibilidade de baixar. Neste caso, o pobre nunca vai alinhar-se ao cunho da sorte para chegar no mercado, pois, sua exclusão é visivelmente exposta. Nos hospitais, o atendimento medico ao pobre é sempre péssimo, pois, o pobre e o miserável, nunca têm dinheiro para comprar medicamentos, mesmo tendo na mão a receita datada com urgência. 5. Conclusões A pobreza e a miséria são dois fenómenos que crescem de forma vertical, degradando cada vez mais a vida das famílias; A linha de projeção para que um pobre possa se tornar rico, está abaixo de 2%; A fuga a escolaridade, abandono escolar e crianças fora do sistema de ensino, fazem o dia-a-dia do pobre e miserável; A condição de saúde e o atendimento médico e medicamentosa se tornaram precários, pois, o pobre e miserável nunca têm dinheiro para comprar medicamentos nas farmácias em que os preços de fármacos aumentam cada dia que passa. No entanto, para o pobre e miserável, viver não é fácil. E, morrer é a coisa mais fácil duque ter pão na mesa. 6. Sugestões 3. Que os diferentes órgãos e agentes competentes, tenham a pobreza e a miséria como problema de solução imediata, pois, os dois fenómenos, crescem de forma vertical, degradando cada vez mais a vida das famílias; 4. Que o pobre e miserável, tenham uma linha de projeção que os aproxime da riqueza, obtendo uma nota de prosperidade e espectativa acima de 2%; 12 5. Que a fuga a escolaridade, abandono escolar e crianças fora do sistema de ensino, sejam assunto a ultrapassar, evitando que isto seja o dia-a-dia do pobre e miserável; 6. Que as condições de saúde, atendimento médico e medicamentosa, sejam melhorados, evitando precariedade na vida do pobre e miserável, pois, estes nunca têm dinheiro para comprar medicamentos nas farmácias em que os preços de fármacos aumentam cada dia que passa. No entanto, que haja espectativas de vida melhor para o pobre e miserável. E, que a dadiva de viver seja fácil. E, morrer seja a coisa mais difícil duque ter pão na mesa. Bibliografia queiroz, A. I., Direito, B., Da S I Lva, H., & P I N T O, L. C. (2015). I n t ro d u ção ao s t e m a s da p o b r e z a e da f o m e e m contexto historiográfico. Em A. I. queiroz, b. direito, h. e. da s i lva, & l. í. p i n t o, i n t ro d u ção ao s t e m a s da p o b r e z a e da f o m e e m contexto historiográfico (p. 19). gols report. Boff, L. (2025). Ecologia social : pobreza e miséria. http://franciscanasdedillingen.org.br. Obtido em 2025, de http://franciscanasdedillingen.org.br Cupani, A. (1989). A objetividade científica como problema filosófico. Em A. Cupani, & F. 6.-2. Cad. Cat. Ens. Fís. (Ed.), A objetividade científica como problema filosófico (p. 12). Depto. de Filosofia – UFSC. MUDE.VC. (S/D de S/D de S/D). Manual prático de fortalecimento do foco. 23. https://mude.vc/foco. Obtido em 21 de Maio de 2025, de https://mude.vc/foco S/N. (21 de Maio de 2025). conceito de Rapidez. Obtido de Rapidez: https://conceito.de/rapidez Silva, M. O. (15 de Junho de 2012). Pobreza no Brasil contemporâneo e formas de seu enfrentamento. scielo.