Platão Educação para a vida Pelo que podemos entender do artigo de Ademir Costa “Estado e Educação em Platão”, com base nos conceitos platônicos o ideário, com relação aos jovens e a pólis, esta fundamentado numa educação que quer dar clareza de pensamento e discernimento ao longo da vida. Sabendo que a educação segundo Platão deve ser à base da sociedade, todo o direcionamento do conceito esta focado na preparação para assumir posto de relevante importância dentro da pólis, entretanto, quando analisamos de uma forma mais profunda o que podemos verificar é que como todo conceito existe acertos e erros, mesmo assim entendemos a preocupação de Platão com a formação das futuras gerações e principalmente com o bem estar da sociedade como um todo, como deixa claro na passagem abaixo extraída do livro “A República”: Mas, quando, penso eu, um homem for, de acordo com a sua natureza, um artífice ou negociante qualquer, e depois, exaltado pela multidão, pela força ou qualquer atributo deste gênero, tentar passar para a classe dos guerreiros, ou um guerreiro para a dos chefes e guardiões, sendo indigno disso, e forem esses que permutem entre si instrumentos e honrarias, ou quando o mesmo homem tentar exercer estes cargos todos ao mesmo tempo, nesse caso penso que também acharás que esta mudança e confusão serão a ruína da cidade. Absolutamente. Logo, a confusão e mudanças destas três classes um para outras seria o maior prejuízos para a cidade e com razão se poderia classificar maiores danos. Levando-se em consideração o contexto histórico da produção do texto original de Platão, e principalmente sua descendência, é óbvio que é um discurso extremamente excludente, se pensarmos para os padrões de nossa época, agora dentro do contexto onde foi pensado é algo perfeitamente normal e natural, entregar a direção da vida política, segurança e produtividade nas mão de pessoas educadas para este fim, vejam bem educadas e não preparadas, pois o modelo educacional pensado por Platão preza uma educação que perpassa a vida toda deste ator, que deverá ao longo de sua existência pensada para o bem da pólis, ser versado em todas as letras, ciências, música, educação física para que possa estar educado em todos os pontos que envolvem a administração social, cultural e política da pólis. É evidente que a preocupação para com este ente não existe num modelo individual, pois num outro ponto segundo Platão: “Segundo o filósofo, a formação dos cidadãos começaria antes mesmo do nascimento, pelo planejamento eugênico da procriação que se baseia em condições que favoreçam a reprodução e melhoria da raça humana”. É difícil para nos imaginarmos um planejamento eugênico nos moldes que Platão coloca e não traçarmos uma analogia com o nacional socialismo alemão, que guardada as devidas proporções podemos entender que teve esta base de pensamento, pois os pontos de aproximação são muitos. Agora, é difícil concatenar tais raciocínios sem pensar a prática, pois segundo Platão a família neste contexto deveria ser banida, ou excluída desta realidade para que não houvesse influências na formação continua deste jovem, separar a criança da família após seu nascimento, para os padrões morais que temos hoje, este procedimento beira a loucura, mas no ideário platônico era uma coisa lógica que iria fortalecer o caráter e a formação sem as interferências da família. A educação segundo Platão deveria ser estatal, obrigação do estado, e pelo podemos entender uma educação em tempo integral, pois as atribuições ao longo do aprendizado e da vida seriam enormes. Enfim o modelo idealizado por Platão ao longo de sua sistematização educacional, tem para os padrões de sua época muito fundamento se pensarmos que a realidade é totalmente distinta da nossa, agora sabemos que muito do que se pensou a partir da analise das obras de Platão, continua sendo difundida ainda nos dias atuais BIBLIOGRAFIA WWW.fmccaieiras.com.br/revista3/artigos/Ademir/Artigo%20Ademir%20Costa.pdf>. Acesso em: 03/09/2012.