Realisticamente, não se deve esperar, nos próximos meses, uma volta à normalidade real, sem uma vacina necessária no horizonte. Portanto, o mundo deve gerir a situação, acompanhar a saúde de todos os cidadãos, observar a propagação de vírus e, em seguida, tentar, medir o possível, com vista a reduzir suas repercussões sociais e econômicas.

Para reduzir dos efeitos da crise econômica, deve tomar  decisões de maneira rápida e proativa. Para ultrapassar esta fase da epidemia que nos coloca em uma encruzilhada, onde não há margem para erro, estas escolhas devem ser certas, tirando as edições da atual crise de saúde.

A atual indústria mostrou certas habilidades, responsabilidades e competências para  interagir rapidamente e garantir a fabricação local de um conjunto de produtos e mercadorias necessárias.

E, diferentemente para outros países, o Marrocos teve a capacidade de garantir a auto-suficiência e atendimento regular dos mercados, isso não podia ser possível sem o empenho pessoal do rei, desde anos, tinha permitido que o cultivo ter todos os meios e benefícios para desenvolvê-lo e modernizá-lo, notadamente no quadro do Plano Marrocos Verde.

É claro que as empresas marroquinas sofrem da dificuldades da infecção e da gravidade, resultado dos componentes sobrepostos do nosso tecido econômico. 

Para organizar uma saída da crise, não tem, portanto, a opção do Estado a não ser escolher elevar o nível do risco da dívida interna e externa, e acompanhar os atores sociais e econômicos até superar o palco.

Desde o início, para fazer face ao estado de emergência, Marrocos bem como todos os países do globo optaram para uma demanda interna, reforçando o poder de compra de famílias, e reativando os pagamentos ao consumidor e as necessidades financeiras das corporativas. Sendo errado para aqueles que acreditam que essas diferenças podem ser extrapoladas, uma vez a saída do período da quarentena, necessita um momento de reflexão, para atender aos prazos e ao desempenho.

Tal crise do vírus Corona tem também afectado os equilíbrios no nível da oferta e prejudicando  ou reduzindo o ciclo de produção, devido ao estado da emergência. E nos próximos meses, deve-se inevitavelmente, saber como manter uma demanda interna mínima e equilibrar a poder de compra. 

Esta epidemia demonstrou o enorme potencial  dispensado aos médicos, diante de um trabalho incansável para salvar vidas. A equipe médica e a enfermagem e, portanto, um arsonal do futuro, exigendo reformar os sistemas de saúde, resolver estruturais dos setores. Isso é através de um orçamento equilibrado e estratégico por parte do Estado com boa gestão e um gasto racional dos recursos disponíveis.

Temos também anotado como as instituições educacionais conseguiram adaptar o sistema de tele-ensino após a decisão de fechar os estabelecimentos escolares e universitários, abrindo o caminho para milhões de estudantes à tecnologia. Acelerar a reforma do sistema educacional, através do digital, exige repensar o amanhã da educação a distância, alternando com os métodos da educação no mundo rural e urbano em particular? 

Obviamente, isso nos leva à questão da generalização dos serviços de comunicação e da necessidade de expandir a cobertura da Internet. Isso significa entrar mais uma vez na era das empresas de comunicação, nos quais o Marrocos quer ter acesso, à Internet, a comunicação digital, para envolver com força vital a sociedade da amanhã.

Qualquer política de planejamento urbano para as cidades de amanhã, exige responder a uma interrogação urgente que vem à mente, a crise de saúde, da quarentena ou da importância das aglomerações urbanas equipadas com todos os equipamentos da proximidade, de todos os serviços básicos da vida, em troca manter-se neste centro da cidade. 

A exemplo, dos bairros marginalizados e das cidades menores, localizadas nos arredores das principais cidades, reabilitadas para serem centros urbanos dos integrados e independentes, desfrutando de espaços projetados para a vida comunitária e de espaços para a ativação e recreação.

No mundo pós-Covid 19, certas medidas parecem urgentes a reiniciar diante das nossas economias, cujas respostas a médio e a longo prazo, transformam as atividades econômicas e humanitárias.

O principal objetivo diante de tudo isso, é a intervenção do estado a curto prazo, lançando as bases no sentido da decolagem econômica. Permitindo um apoio público aos atores econômicos, a fim de preservar a sua capacidade de decolar e protegê-los da ameaça de estrangulamento financeiro. Esse apoio envolve o investimento das oportunidades das empresas em estado de  crescimento, bem como as obrigações superar as crises, abrindo os horizontes futuros aos planos de investimento ambiciosos. 

Possibilitando um clima de confiança aos atores, aos usuários e até as famílias, em termos das finanças do estado, dos equilíbrios macroeconômicos, para um período mais longo.

Enfim, deve começar a fornecer respostas sem demora, porque o fato é ligado ao futuro próximo do nosso país. Para esse fim, é a necessidade de abrir ou criar espaços de discussão e diálogo, plataformas na internet, permitindo que todos comuniquem suas vozes e expressem o que pensam!.

Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador universitário- Rabat, Marrocos