PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO FAMILIAR[1]

 

Manoel Carlos Lima[2]

Resumo: A ideia de escrever este artigo, cujo tema é “Planejamento Orçamentário Familiar”, não surgiu somente pela similaridade existente entre empresa e família no controle de receita e despesa, mas também devido a vários comentários presenciados entre amigos e familiares. Entre estes comentários, destacam-se: uso contínuo de cheque especial, pagamento parcial do cartão de crédito, valor mensal recebido incompatível às despesas, entre outros. A partir da escassez de teorias que abranjam este assunto, surgiu a necessidade de realizar pesquisas direcionadas na internet que, por sua vez, forneceu alguns escritos que somados ao livro “Orçamento Familiar” – cujo autor é parte integrante das referências deste trabalho – deram, então, início à elaboração deste artigo. Este artigo abrange ainda, além do conceito de orçamento familiar, um pouco de economia doméstica, enfatizando a importância da família em adotar um controle orçamentário, os passos a serem seguidos na sua elaboração, assim como a apresentação de um modelo de planilha orçamentária a título de sugestão que poderá, esta ou similar, ser colocada em prática pelas partes interessadas.

 

Palavras-chaves: Controle; Orçamento Familiar; Planejamento.

 

Introdução

 

Planejamento estratégico é uma ferramenta utilizada pelas empresas de grande e médio porte com metas específicas, cuja finalidade é gerenciar com eficácia a receita e a despesa da família por um determinado período, onde o principal objetivo é não deixar que as despesas superem o valor das receitas. Partindo do princípio que o controle gerencial das receitas e despesas de uma família é similar ao de uma empresa, surgiu a interesse de elaborar este trabalho voltado exclusivamente ao controle do orçamento familiar.

O maior desafio encontrado pela família que opta por adotar em seu cotidiano um controle orçamentário é, sem dúvidas, a mudança de hábitos que o processo exige na sua conjuntura. Tendo em vista este obstáculo, para obter êxito na implantação de um projeto de controle orçamentário familiar, é necessário que haja disciplina, não somente por parte da pessoa responsável pelo gerenciamento, como também pelas demais envolvidas no processo.

1        ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL

O principal objetivo deste artigo é agregar informações que possam, de certa forma, auxiliar a família que busca organizar-se economicamente, utilizando como mecanismo para obtenção de resultado favorável uma planilha eletrônica, que funcionará como relatório, onde os membros desta família terão a oportunidade de registrar e acompanhar diariamente todos os gastos gerados. Para isto, é necessário manter a planilha rigorosamente atualizada, de maneira que seja possível identificar se um valor, destinado a uma determinada despesa, ultrapassar o valor orçado, possibilitando a correção em tempo hábil.

1.1         Orçamento familiar

O conceito de orçamento como instrumento de planejamento e controle surgiu nas empresas. Partindo do princípio de que devemos cuidar de nossas finanças de forma profissional, é imprescindível que, antes de adotar o orçamento familiar como instrumento de controle orçamentário da família, se conheça a origem do orçamento empresarial.

Ainda hoje, há grande associação da palavra orçamento à ideia de cotação de preço, no entanto, para a ciência da administração, a palavra orçamento é designada a cálculo das receitas e despesas de uma empresa. Portanto, quando uma empresa está elaborando o seu orçamento, significa que ela está projetando suas receitas e gastos para o futuro e não simplesmente fazendo uma cotação de preço para aquisição de um produto ou serviço. (CARNEIRO, 2014, p. 33).

Na visão de Lunkes (2009 apud CARNEIRO, 2014, p. 34), o orçamento empresarial pode ser definido como um plano dos processos operacionais, cuja forma é uma representação dos objetivos econômico-financeiros a serem atingidos por uma empresa em um determinado período de tempo, expresso por meio da formalização das projeções das suas receitas e despesas.

Atualmente, as empresas de grande porte em sua maioria, utilizam o orçamento como instrumento de planejamento e controle das suas receitas e despesas. Já as empresas de pequeno porte, bem como as pessoas físicas, infelizmente, ainda não adotaram essa prática, mais precisamente pela falta de conhecimento.

O orçamento familiar é um instrumento que pertence à ciência das finanças pessoais, que objetiva fazer com que as famílias executem a gestão de seus recursos financeiros de forma mais eficaz, ou seja, fazendo com que atinjam seus objetivos econômico-financeiros. “Pode-se definir o objetivo econômico-financeiro das pessoas como a maximização de seu patrimônio por meio das profissões que os membros da família exercem”. (HOJI, 2007 apud CARNEIRO, 2014, p. 35).

1.2  Economia doméstica

É fundamental, para a elaboração deste trabalho sobre planejamento orçamentário familiar, explanar inicialmente sobre economia doméstica, tendo em vista que se trata de uma ciência que abrange assuntos que objetivam melhoria na qualidade de vida individual familiar, como saúde, habitação, alimentação, vestuário, direito do consumidor, entre outros.

De acordo com Cherobim e Espejo (2010 apud CARNEIRO, 2014, p. 19), o principal objetivo no uso da economia doméstica é integralizar a ciência com a tecnologia buscando promover o indivíduo e a família em um contexto social, visando melhorias na qualidade de vida das pessoas a partir da aplicação dos recursos humanos e tecnológicos.

À medida que as pessoas iriam tomando conhecimento do conteúdo deste curso e do seu principal objetivo, aumentava-se consideravelmente a sua procura, de forma que algumas instituições criaram o Curso de Economia Doméstica. O primeiro curso de graduação em economia doméstica da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRP) surgiu em 1952, junto com a primeira Escola Superior de Ciências Domésticas, na Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, hoje Universidade Federal de Viçosa.

É também atribuição do profissional graduado em economia doméstica, segundo (Id) Guia do Estudante da Editora Abril, planejar, implantar e supervisionar programas de desenvolvimento social nas áreas de alimentação, direito do consumidor, economia familiar, habitação, saúde e vestuário, além de avaliar produtos novos lançados no mercado para prestar os devidos esclarecimentos ao consumidor quanto ao seu uso.

1.3     Finanças pessoais

Baseado em pesquisa de Carneiro (2014, p. 21), finanças pessoais é o próximo item a ser conceituado por se tratar de um tópico estudado dentro da ciência da economia doméstica. De acordo com Cherobim e Espejo (apud CARNEIRO, 2014), “a área de finanças pessoais estuda a aplicação de conceitos financeiros nas decisões financeiras de uma pessoa ou família”. A pessoa com conhecimento em finanças pessoais está apta a gerenciar economicamente a sua vida, fazer um orçamento doméstico, controlar sua conta corrente, calcular o retorno de um investimento, fazer o estudo de um plano de aposentadoria, fazer o acompanhamento do seu patrimônio e das suas despesas.

Plano de aposentadoria, sempre que possível, é um item que deve ser priorizado no seu planejamento, principalmente para pessoas que vivem em país cuja política salarial seja semelhante a do Brasil, onde a perda salarial se inicia no momento da aposentadoria. O indivíduo que se aposenta sem um plano de aposentadoria que lhe propicie uma renda extra, à medida que os anos forem passando, vai sentir a diminuição constante do seu poder de compra, uma vez que o ajuste salarial do aposentado não acompanha o índice da inflação. Assim sendo, há necessidade emergencial de se elaborar um plano de aposentadoria, pois com o passar do tempo é provável que aumente também a necessidade de se obter mais ganhos, ou seja, mais receitas.

Um casal, por exemplo, que tenha realizado matrimônio recentemente: enquanto permanecem apenas os dois, a necessidade de gastos está atrelada a despesas domésticas, uso pessoal, lazer, etc., mas logo surge a possibilidade de um primeiro filho, o que gera, naturalmente, novos gastos. Após o nascimento da criança aparecem mais despesas, o que ocorre de forma progressiva à medida que se dá seu desenvolvimento. A educação de um filho representa uma intensa despesa, uma vez que está diretamente relacionada a um valor considerável e sua respectiva durabilidade.

O exemplo do casamento é utilizado pelo fato de a maioria das pessoas terem como base de princípio na vida adulta o pós-casamento. No entanto, é recomendável preparar-se bem para esse momento, a fim de que a autoconfiança não seja ofuscada com a presença dos gastos financeiros que vêm junto a este novo momento na vida do indivíduo, como energia, água, gás, alimentação, transporte, aluguel e/ou prestação de imóvel, entre outros gastos que aparecem subsequentemente ao início da vida a dois.

Uma forma de amenizar essa tensão, principalmente para os casais da atualidade, onde ambos apresentam renda própria, é começar a planejar o orçamento familiar ainda no início do relacionamento, indicando o responsável pelo gerenciamento do projeto e definindo desde o princípio a responsabilidade – dos dois – por cada despesa. Parece um assunto impróprio para ser tratado logo após o casamento, mas essa decisão, seguida de sua prática, é crucial para o início de uma vida financeira bem organizada.

Cherobim e Espejo, 2010 (apud CARNEIRO, 2014, p. 30), relatam que “não existe uma receita pronta para resolver a questão da divisão da despesa do lar entre o casal, porém, tais autoras comentam que dois fatores são essenciais”:

  1. Tratar de finanças na preparação do casamento é tão importante quanto escolher o local onde será realizada a cerimônia, a escolha dos padrinhos ou até mesmo o destino escolhido para a lua de mel;
  2. A probabilidade de o casamento continuar bem quando apenas um dos membros assume a responsabilidade pelas despesas é consideravelmente menor.

Quando se elabora um orçamento com um sistema de custeio bem definido, fica designada a responsabilidade de cada membro da família para assumir o controle de determinada despesa. Se isto não ficar muito claro no projeto, ninguém poderá ser responsabilizado quando esta determinada despesa, que foi previamente projetada para o valor “X”, passar a aumentar gradualmente.

A comunicação deve ser constante entre os envolvidos durante a execução do projeto, para que assim possam, natural e constantemente, tratar dos assuntos relacionados ao orçamento. Os filhos não devem ter receio de conversar os pais nem os pais com os filhos, principalmente quando a família em questão estiver enfrentando algum tipo de dificuldade financeira. É importante incluir a participação dos filhos durante esta etapa, embora haja um receio, pois o interessante é que juntos comecem a estudar e adotar medidas a fim de sanar o mais breve possível as dificuldades enfrentadas.

Assim como nas empresas, as definições das metas de receitas e de despesas devem ser feitas com muito critério, com o intuito de evitar a criação de metas muito acessíveis, o que ocasionaria uma provável acomodação, ou, por outro lado, muito difíceis, que podem gerar estresse e levar à pessoa a frustração, por ter a certeza que jamais será atingida. (CARNEIRO, 2014, p. 40). 

Apesar de muitas pessoas encararem o orçamento como uma forma de restrição e de reparação, ele poderá gerar diversos benefícios substanciais à saúde financeira. O orçamento irá mostrar onde cada real está sendo empregado. A representação visual dos gastos reais mostrará a nova direção a ser seguida. Quando o curso a ser seguido é incorreto, o orçamento poderá ser utilizado para rever o que está sendo feito. É por esta razão que o orçamento deverá ser flexível, pois sempre haverá necessidade de ajustes ao passar do tempo, ocasionados por ocorrência não planejada como, por exemplo, uma perda de emprego, gerando redução da receita ou mesmo um gasto eventual que possa interferir consideravelmente no orçamento. (CARNEIRO, 2014, p. 41). 

Um orçamento detalhado, quando é comparado aos gastos reais mensais, revelará se o dinheiro está sendo usado correto ou incorretamente. Quando o dinheiro for gasto em itens não orçados, os déficits orçamentários serão criados e logicamente poderão ser corrigidos. Quando o individuo identificar um tipo de gasto indevido, poderá tomar medidas corretivas evitando maiores problemas no futuro. Discussões sobre o orçamento da família poderão identificar diferenças de prioridades, muitas vezes causadoras de atritos entres os membros da mesma. Discussões produtivas poderão resolver problemas e reduzir o desconforto causado pela a má utilização do dinheiro. Os esforços para se manter dentro do orçamento não são pequenos, geralmente exigem mudanças de hábitos de consumo, que poderão ser mantidos ao longo do tempo. Mantendo o orçamento sob controle, a família poderá reduzir despesas desnecessárias e usar melhor as suas economias. Dessa forma, o dinheiro sempre estará disponível para as despesas mais importantes e a redução da dívida se tornará possível. (CARNEIRO, 2014, p. 42). 

Se as despesas excederam os valores orçados, as correções poderão ser feitas imediatamente nos meses próximos vindouros, controlando, assim, o fluxo mensal do dinheiro. Se as dívidas ultrapassarem os valores orçados das finanças mensais, o orçamento poderá mostrar quais despesas poderão ser reduzidas, gerando recursos para que sejam pagas.

Se o objetivo é programar férias em um local escolhido pelas pessoas envolvidas, os próprios membros da família poderão cobrar-se mutuamente para que o dinheiro não tome outro destino. O orçamento neste caso funcionará como um termômetro para o controle das finanças da família.

O processo de orçar todas as despesas mudará a mentalidade das pessoas em relação ao dinheiro. Ao invés de ser gasto impulsivamente, passará a ser visto simplesmente como uma ferramenta para alcançar os objetivos e satisfazer as necessidades da família. A utilização do orçamento fará com que a família viva dentro da realidade de seus rendimentos mensais, ou seja, quanto menos se gastar, maior será a probabilidade de se obter um superávit, o qual poderá ser utilizado para se atingir outros objetivos financeiros, como por exemplo, investir em imóvel, ou até mesmo fazer aplicações junto a instituições financeiras. (CARNEIRO, 2014, p. 43). 

Diante do que já foi exposto, não fique pensando que ao elaborar um planejamento orçamentário, todos os problemas de ordem financeira estejam resolvidos, não é bem assim. Para se adotar o uso do orçamento é necessário que o indivíduo disponha de algum tempo e tenha algum conhecimento em finanças para que possa colocá-lo em prática. Será necessário arranjar tempo suficiente para criar e gerir o seu orçamento. Além disso, precisará de tempo também, que não será pouco, para criar uma planilha orçamentária, listar todas as contas e obrigações, registrar todas as entradas e fazer as modificações que se fizerem necessárias no orçamento.  Se pretender efetuar uma compra que não faça parte do seu planejamento orçamentário, antes de qualquer ação no sentido de concretizá-la, deve-se verificar se há recurso financeiro suficiente para suprir as necessidades desse novo compromisso.

“Para que uma família não enfrente problemas financeiros, a principal regra é não gastar mais do que se ganha. Portanto, antes de pensar em gastar, a família deve saber, com a máxima exatidão possível, qual é o valor mensal de receitas que possui”. (CARNEIRO, 2014, p. 47).

De acordo com Carneiro e Matias (2010 apud CARNEIRO, 2014, p. 47-48), as dificuldades encontradas pelas empresas para projetar suas receitas é bem maior do que as encontradas pelas pessoas, visto que as receitas das empresas são basicamente baseadas em projeções calculadas sobre o histórico de receita da empresa e em ações a serem executadas pelos os setores envolvidos, e ainda no cumprimento das metas estipuladas que configura no valor das receitas. Enquanto que para as pessoas, normalmente, a projeção das receitas não é tarefa tão difícil, visto que a maioria possui salários fixos. A tarefa de projetar as receitas passa a ser um pouco mais complicada para as pessoas com renda variável que pode oscilar a cada mês. No orçamento familiar, podem-se definir como receitas todas as entradas de dinheiro que a família terá por direito.

Depois que as receitas forem devidamente projetadas, a família poderá definir quais serão os tipos e os valores de despesas com as quais poderá arcar. Dessa forma, evitará gastar um valor maior que o valor da receita projetada. Em um orçamento familiar pode-se definir despesas, como todos os desembolsos de dinheiro que a família realizará.

Um dos objetivos deste artigo é orientar as famílias a manter o controle das despesas, e para que as mesmas fiquem bem organizadas, é prudente agrupá-las de acordo com alguns critérios a seguir:

  • Supermercado: alimentos, bebidas, produtos de limpezas, produtos de higiene pessoal, utilidades doméstica, etc.;
  • Moradia: aluguel, energia elétrica, telefone, água, manutenção, IPTU, aquisição de imóveis e decoração;
  • Vestuário: roupas, calçados e acessórios;
  • Transporte: combustível, pedágio, manutenção de veículo, seguro, IPVA, etc.;
  • Saúde: plano de saúde e odontológico, exames médicos, entre outros;
  • Educação: mensalidade escolar, material escolar, cursos etc.;
  • Lazer e entretenimento: cinema, teatro, restaurantes, bares, viagens;
  • Despesas bancárias: juros de cheque especial, juros do cartão de crédito, pagamento de empréstimo de curto prazo, tarifas bancárias;
  • Outras despesas: presente de aniversário, imposto de renda e outras. (CARNEIRO, 2014, p. 49 e 50).

Obviamente, a classificação das despesas apresentada, trata-se apenas de uma sugestão, pois cada família, de acordo com suas características de consumo, poderá definir outros critérios para classificá-las. Além disso, em cada uma das categorias apresentadas, poderão ser inseridas outras despesas, ou mesmo excluídas aquelas que não fazem parte do dia a dia da família.

1.4     Método de elaboração

De modo simplificado, pode-se dizer que método é um caminho que deverá ser seguido para que um objetivo possa ser alcançado. Assim sendo, na primeira etapa da elaboração do orçamento familiar, preocupe-se apenas em listar os tipos e os valores de suas despesas mensais, montado dessa forma um plano de conta. Após a obtenção desses dados, devem ser calculadas as medias dos valores mensais das despesas, tendo como base os valores pagos nos últimos três meses. Para encontrar o valor a ser utilizado no orçamento, soma-se o valor pago em cada mês e divide por três, e o resultado será o valor a ser projetado para os meses seguintes. Quando, enfim, finalizar a listagem de todas as despesas, é possível identificar algumas divergências. Ao comparar os valores orçados para as despesas dos meses seguintes com o montante da receita da família e descobrir que a previsão de receita não será suficiente para cobrir as despesas, ou seja, será descoberto um grande problema: a família está gastando mais do que ganha. Ao se deparar com um problema dessa natureza, a primeira providência a ser tomada para os próximos meses é orçar valores menores para algumas despesas, sempre tendo em mente que a família não pode gastar mais do que ganha.

O primeiro objetivo do orçamento é fazer com que a família não gaste valor superior ao que ganha. Quando conseguir o equilíbrio das despesas em relação às receitas, é preciso usar de todos os artifícios para conseguir ter uma sobra de dinheiro, e destiná-lo a algum tipo de investimento, que gerará no futuro, mais tranquilidade e segurança para a família. (CARNEIRO, 2014, p. 63, 64 e 65).

1.5     Planilha orçamentária

Segundo Carneiro (2014, p. 65-66), quando se elabora um projeto de orçamento familiar, é imprescindível a utilização de um relatório gerencial, do tipo planilha, que permita visualizar se o que foi projetado está condizente com o que foi gasto.

A planilha orçamentária é um instrumento de controle gerencial que ajuda na organização do orçamento familiar, facilitando a visualização dos ganhos e gastos dentro do planejamento mensal. Na planilha são registradas todas as contas com seu respectivo valor, possibilitando que a família tenha uma visão geral de como a receita está sendo distribuída, se as metas foram alcançadas e até que ponto as variações encontras interferiram no resultado. Frezatti (2007) também tem essa opinião. A planilha pode ser alimentada por qualquer pessoa com algum conhecimento em finança e Excel. Deve-se adaptar a planilha da melhor forma possível, acrescentando e excluindo itens, conforme a necessidade da família. Se usar corretamente a planilha, fica mais fácil gerenciar o orçamento familiar de maneira mais eficaz.

O ideal é que o orçamento seja elaborado para um período mínimo de 12 meses, de janeiro até dezembro, uma planilha para cada mês e sempre, ao final de cada ano, a família deverá elaborar a projeção das receitas e despesas para o ano vindouro, sempre levando em conta a sazonalidade, as datas comemorativas, visando diminuir ao máximo as margens de variações.

Existem vários tipos de planilha de controle gerencial do orçamento que podem ser adotadas pela família, o importante é que a escolhida permita visualizar com bastante clareza os tipos de receitas e despesas, orçadas e realizadas, e que permita também comparar percentualmente o que foi orçado com o que foi realizado, de maneira que possibilite a comparação de cada um dos itens de receita e despesa com a quantia mensal total da família.

O modelo de planilha apresentado a seguir, com valores fictícios, é somente a título de sugestão, a qual foi desenvolvida no formato Planilha Excel, que pode ser obtida gratuitamente no site da Editora IELD (http://ield.com.br/).

 

 

Tabela 1 – Controle do Orçamento Familiar

PLANILHA DE ORÇAMENTO FAMILIAR

Descrição das Receitas e Despesas

 

Valores

Valores

 

Realizado/Orçado

 

Despesas e Receitas

Referência: (mês) de (ano)

 

Orçados

Realizados

 

Variação (%)

 

% da Receita Total

RECEITAS TOTAIS

 

4.000,00

3.800,00

 

-5,00%

 

100,00%

Regulares

 

4.000,00

3.800,00

 

-5,00%

 

100,00%

Salário

 

3.000,00

3.000,00

 

0,00%

 

78,95%

Comissões e benefícios

 

1.000,00

800,00

 

-20,00%

 

21,05%

Reembolso de despesas de viagem

 

 

 

 

 

 

0,00%

Aluguéis de imóveis

 

 

 

 

 

 

0,00%

Eventuais

 

0,00

0,00

 

 

 

0,00%

Décimo terceiro e férias

 

 

 

 

 

 

0,00%

Venda de bens próprios

 

 

 

 

 

 

0,00%

Bônus, prêmios ou heranças

 

 

 

 

 

 

0,00%

Restituição do imposto de renda

 

 

 

 

 

 

0,00%

Resgate de aplicação financeira

 

 

 

 

 

 

0,00%

Empréstimo de curto prazo

 

 

 

   

0,00%

DESPESAS TOTAIS

 

2.750,00

2.726,00

 

-0,87%

 

71,74%

Supermercado

 

1.010,00

995,00

 

-1,49%

 

26,18%

Alimentos

 

800,00

780,00

 

-2,50%

 

20,53%

Bebidas

 

100,00

90,00

 

-10,00%

 

2,37%

Produtos de limpeza

 

50,00

55,00

 

10,00%

 

1,45%

Produtos de higiene pessoal

 

60,00

70,00

 

16,67%

 

1,84%

Utilidades domésticas

 

 

 

 

 

 

0,00%

Outras despesas com supermercado

 

 

 

 

 

 

0,00%

Moradia

 

1.040,00

1.036,00

 

-0,38%

 

27,26%

Aluguel

 

500,00

500,00

 

0,00%

 

13,16%

Energia elétrica

 

180,00

198,00

 

10,00%

 

5,21%

Telefone

 

100,00

98,00

 

-2,00%

 

2,58%

Condomínio

 

220,00

200,00

 

-9,09%

 

5,26%

Manutenção

 

40,00

40,00

 

0,00%

 

1,05%

IPTU

 

 

 

 

 

 

0,00%

Aquisição de móveis e decoração

 

 

 

 

 

 

0,00%

Vestuário

 

300,00

295,00

 

-1,67%

 

7,76%

Roupas

 

100,00

105,00

 

5,00%

 

2,76%

Calçados

 

200,00

190,00

 

-5,00%

 

5,00%

Acessórios

 

 

 

 

 

 

0,00%

Transporte

 

400,00

400,00

 

0,00%

 

10,53%

Combustível

 

300,00

320,00

 

6,67%

 

8,42%

Pedágio

 

 

 

 

 

 

0,00%

Manutenção

 

100,00

80,00

 

-20,00%

 

2,11%

Licenciamento

 

 

 

 

 

 

0,00%

Seguro

 

 

 

 

 

 

0,00%

IPVA

 

 

 

 

 

 

0,00%

Transporte coletivo (ônibus, metro etc.)

 

 

 

 

 

 

0,00%

Taxi

 

 

 

 

 

 

0,00%

Saúde

 

0,00

0,00

 

 

 

0,00%

Convênio médico e odontológico

 

 

 

 

 

 

0,00%

Exames particulares

 

 

 

 

 

 

0,00%

Remédios

 

 

 

 

 

 

0,00%

Educação

 

0,00

0,00

 

 

 

0,00%

Mensalidade escolar

 

 

 

 

 

 

0,00%

Material escolar

 

 

 

 

 

 

0,00%

Curso de línguas

 

 

 

 

 

 

0,00%

Lazer e entretenimento

 

0,00

0,00

 

 

 

0,00%

Cinema e teatro

 

 

 

 

 

 

0,00%

Restaurante e bares

 

 

 

 

 

 

0,00%

Passagens para viagens

 

 

 

 

 

 

0,00%

Hotéis (viagem)

 

 

 

 

 

 

0,00%

Aquisição de eletroeletrônicos

 

 

 

 

 

 

0,00%

Despesas bancárias

 

0,00

0,00

 

 

 

0,00%

Juros do cheque especial

 

 

 

 

 

 

0,00%

Juros do cartão de crédito

 

 

 

 

 

 

0,00%

Pagamento de empréstimo de curto prazo

 

 

 

 

 

 

0,00%

Tarifas bancárias

 

 

 

 

 

 

0,00%

Outras despesas

 

0,00

0,00

 

 

 

0,00%

Presentes de aniversário

 

 

 

 

 

 

0,00%

Doações para instituições filantrópicas

 

 

 

 

 

 

0,00%

Imposto de renda

 

 

 

 

 

 

0,00%

(=) RESULTADO PARCIAL

 

1.250,00

1.074,00

 

-14,08%

 

28,26%

Investimentos

 

0,00

0,00

 

 

 

0,00%

Financiamento do carro

 

 

 

 

 

 

0,00%

Financiamento da casa

 

 

 

 

 

 

0,00%

Aplicação financeira

 

 

 

 

 

 

0,00%

Título de capitalização

 

 

 

 

 

 

0,00%

Previdência Privada

 

 

 

 

 

 

0,00%

(=) RESULTADO FINAL

 

1.250,00

1.074,00

 

-14,08%

 

28,26%

Fonte: IELD (2014, online).

 

Se os valores apresentados na planilha acima fossem a realidade do relatório gerencial de uma família, o resultado parcial de R$ 1.074,00, que equivale à soma total da receita menos a soma total da despesa, seria o valor máximo permitido para um investimento. Lembrando que sendo este o valor máximo permitido, é aconselhável imobilizar apenas parte desse valor, deixando sempre uma margem que possa suprir as possíveis variações mensais da receita.    De acordo com Viegas (2007 apud CARNEIRO, 2014, p. 73), um dos pontos mais importantes na gestão familiar é o controle gerencial do orçamento. Controlar significa acompanhar e atuar assiduamente dentro do processo, para que se obtenha resultado em conformidade com as metas estabelecidas. O principal objetivo do controle é manter os resultados obtidos ou melhorá-los, caso seja necessário. É exercendo o controle do orçamento que se consegue fazer o monitoramento dos resultados, identificar os meios que impossibilitam atingir as metas estabelecidas, ou em caso de situação bem sucedida, pode-se adotá-lo definitivamente como forma de padronização.

Planejar o orçamento familiar é fundamental para a organização da receita, da despesa e, principalmente, do controle dos gastos com base nas necessidades e poder de aquisição, e não nos desejos. Uma família bem organizada economicamente pode ser comparada a uma empresa bem sucedida, aquela que planeja o futuro com antecedência, cujos gastos são efetuados de acordo com o planejado.

Crespi (2000 apud VASCONCELOS FILHO; PAGNONCELLI 2001, p. 29) afirma que “os piores inimigos do planejamento são a complacência e a arrogância, pois levam a ações modestas, muitas vezes mortais para a empresa”, e, desta forma, trazendo esta filosofia para a família, pode-se concluir que a organização da mesma de nada se diferencia de uma empresa. Murilo (2014, p. 3) também compartilha dessa opinião.

É direito adquirido dos trabalhadores receber anualmente, além do salário, valores relativos a férias, 13º salário e outros benefícios que lhes asseguram uma renda extra. Renda esta que pode proporcionar, para muitos, o privilégio de realizar sonhos. Uma viagem inesquecível, por exemplo. O fato é que, com um bom plano estabelecido e cumprido com disciplina, este e outros desejos podem ser saciados. Para alguns, este sonho pode tornar-se realidade em curto prazo, já para outros poderá vir a demorar um pouco mais, depende do quanto poderá poupar a cada mês visando o sucesso de seus objetivos.

Sonhar é bom. Todos gostam. A compra da casa própria, faculdade para os filhos, viagens, carros, eletrônicos, móveis, etc.; tudo isto é possível. Para que possamos realizar nossos sonhos é fundamental pensar e planejar. Organizar os planos, considerando quais são as prioridades, ou seja, o que quer – ou precisa – fazer primeiro, então:

  • Avalie quanto dinheiro precisará para realizar cada objetivo;
  • Calcule a quantia que terá que poupar por mês;
  • Discuta com a família de que forma poderão juntar esse dinheiro todo o mês (economizando no supermercado, luz, água, gás, etc.);
  • Calcule o tempo que levará para conseguir juntar o necessário;
  • Crie um plano para poupar o valor todo mês e siga o plano. (BOA VISTA, 2014, online).

O planejamento tanto pode ser elaborado individualmente como em família. No caso de em família, é fundamental que se reúna todas as pessoas envolvidas no comprometimento da renda familiar, relacionar todas as despesas fixas e pré-fixas, fazer uma explanação do assunto exposto, trocar ideias com os envolvidos, vê onde se deve ou se pode mexer, e o mais importante, ter sempre o cuidado para não deixar que as despesas superem as receitas no seu valor, pois esta é a principal causa que contribui para que uma família se torne inadimplente.

Após relacionar todas as despesas usualmente praticadas pela família, caso concluam que a renda não é suficiente para supri-las, inicia-se a segunda parte do processo, que é a análise das despesas que devem ser cortadas, começando pelas supérfluas, ou seja, aquelas que embora façam falta no dia a dia, não interferem no convívio familiar, e, assim procedendo até a sua normalização, que ocorre quando a renda familiar volta a superar com sobra o valor da despesa, volte-se a usufruir dos benefícios que a mesma poderá lhe propiciar.

Tabela 2 – Percentagem de despesa por categoria

 

Fonte: BOA VISTA (2014, online).

É indispensável à elaboração de uma planilha orçamentária o registro de todas as receitas e despesas, a qual será alimentada diariamente. É importante lembrar que os valores das receitas registrados na planilha, principalmente para os que possuem renda fixa, serão sempre a soma dos salários de todas as pessoas envolvidas. Quanto às despesas, sãs essas que mais precisam de acompanhamento e disciplina. Se destinar um valor “X” para certa despesa, e ao executá-la o gasto for maior que o previsto, já é um sinal para se rever as outras despesas ainda não executadas e vê aonde se pode mexer para não ultrapassar a somatória do que foi planejado com as despesas do mês. Ao elaborar o planejamento orçamentário familiar, não se esquecer de levar em conta as datas comemorativas, logo, deve-se sempre estimar uma reserva no orçamento visando estas datas, pois são nelas que costumeiramente tende-se a fazer gastos extras que geralmente não estão inclusos na programação.

Groppellie (2010, p. 319) afirma que “planejamento financeiro é o processo por meio do qual se calcula quanto de financiamento é necessário para dar continuidade às operações de uma companhia e se decide quanto e como a necessidade de fundos será financiada”. Trazendo essa realidade para o planejamento financeiro familiar, pode-se definir o quanto de receita será necessário para suprir as necessidades básicas da família, incluindo todas as pessoas envolvidas no planejamento. Porém, para este caso não se trata de calcular quanto de financiamento será necessário para que a família continue com suas finanças organizadas sem correr o risco de tornar-se inadimplente com o nome incluso nos órgãos de proteção ao crédito, e sim, o quanto de redução nos gastos será necessário para que a soma total das despesas não ultrapasse a soma total das receitas de todos os envolvidos.

Elaborar planejamento orçamentário para uma família de renda fixa assalariada, aparentemente é bem mais fácil, já que se sabe o valor exato da receita, e consequentemente o valor que se pode gastar. Porém são exatamente as dessas categorias que mais correm o risco de fazer parte da lista dos órgãos de defesa do consumidor quando perdem seus empregos, ficando impossibilitados de saldar seus compromissos, e até mesmo de cumprir com suas necessidades básicas. Pensando na solução de problema inevitável como esse, recomenda-se começar a fazer uma poupança emergencial para tal fim. Comece analisando o valor necessário para suprir as despesas fixas mensais. Na hipótese desse valor ser na casa de R$ 3.000,00, multiplique esse valor por seis que corresponderá a R$ 18.000,00, então comece a poupar mensalmente até atingir esta quantia, cujo montante será o suficiente para manter as despesas da família durante seis meses sem o risco de restrição, tempo suficiente para conseguir uma nova oportunidade de emprego. É importante manter como referência sempre o valor equivalente a seis meses de despesas. Quando os R$ 3.000,00 não forem mais suficientes para suprir os gastos mensais e sim um pressuposto de R$ 3.500,00, que multiplicado por seis seria R$ 21.000,00, então passaria esse a ser o valor de referência da poupança necessária para suprir os seis meses e não mais os R$ 18.000,00 iniciais e assim sucessivamente, sempre mantendo o valor da poupança equivalente a seis meses de despesas fixas.

Acredita-se, entretanto, na ideia de que muitas pessoas preferem não fazer um orçamento familiar, por acharem que cumpri-lo é dizer não a muitas coisas, ou seja, abdicar de algo que muito apreciado.

Portanto, para que as famílias possam atingir seus objetivos financeiros, elas devem começar a pensar em suas finanças com profissionalismo, como se realmente se tratasse de uma empresa, com plano concreto de viabilidade que dê a certeza de que o futuro da família esteja assegurado. É evidente que na elaboração do planejamento orçamentário da família não existem ações executáveis visando lucros como nos que são elaborados para empresas, afinal são esses os objetivos de toda empresa com fins lucrativos. No caso da família o foco maior é assegurar a tranquilidade, a qualidade de vida, garantir o futuro de todos os envolvidos no planejamento orçamentário.

O sucesso econômico financeiro da família não está atrelado somente à elaboração do plano orçamentário. Para que se obtenha êxito é preciso que se eleja um responsável pelo gerenciamento, aquela pessoa que fará o acompanhamento diário, fazendo anotações na planilha de tudo que for gasto por cada pessoa envolvida. Quanto aos demais, por sua vez, se comprometerão a passar todas as informações ao responsável pelo gerenciamento, função esta que poderá ser exercida por qualquer um dos envolvidos, alternando periodicamente, sempre que se fizer necessário, desde que se proceda dentro de uma padronização, ou seja, quem assumir a função deverá proceder rigorosamente de acordo com o antecessor, sem fugir à regra, mantendo os envolvidos sempre informados de qualquer alteração no orçamento que possa vir a comprometer o resultando, adotando ações corretivas imediatamente com o objetivo de não perder o controle do plano orçamentário. (EDUCAÇÃO..., 2014, online).

CONCLUSÃO

 

O objetivo deste trabalho foi agregar informações que possam auxiliar a família na organização e no controle do seu orçamento, apresentando exemplos práticos, modelo sugestivo de planilha de controle orçamentário, forma usual de procedimento e, principalmente, os benefícios que o mesmo poderá lhe propiciar.

É grande o desafio para a família que se propuser a adotar como instrumento de controle gerencial o planejamento orçamentário familiar, principalmente no inicio da sua elaboração, quando terão de reunir informações a respeito da receita total da família, quanto cada membro está gastando por mês, quais os tipos de despesas de cada um, identificar quais as supérfluas e se haverá ou não, já no princípio, a necessidade de corte de alguma dessas.

Espera-se que as sugestões e exemplos contidos neste artigo possam contribuir para a família que aceitar o desafio de mudar seus hábitos de gerenciamento familiar, passando a anotar cada centavo gasto, registrar diariamente na planilha orçamentária e analisar mensalmente os resultados que certamente tendem a ser satisfatórios. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BOA VISTA. Disponível em:<http://www.boavistaservicos.com.br/wp-ntent/uploads/2012/12/cartilha_boa_vista.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2014.

CARNEIRO, Murilo. Orçamento familiar. Ribeirão Preto: Ield, 2014.

EDUCAÇÃO financeira. Disponível em: http://www.educacaofinanceira.info/1111/a-chave-para-um-orcamento-domestico-eficaz. Acesso em: 06 jun. 2014.

GROPPELLI, Nikbakht. Administração financeira. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

IELD. Disponível em:<http://ield.com.br/>. Acesso em: 07 ago. 2014.

VASCONCELOS FILHO, Pagnoncelli. Construindo estratégias para vencer. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.  

AGRADECIMENTOS

 

Agradeço primeiramente a Deus, minha fonte inspiradora em todos os momentos da minha vida;

À minha esposa Tereza Cristina que tanto me incentivou desde a minha graduação. Sem a sua presença constante na minha vida, certamente eu não seria o homem que sou e muito menos estaria hoje concluindo esta pós-graduação;

Aos professores que tanto contribuíram ao transmitirem seus valiosos conhecimentos;

E a todos os outros que direta ou indiretamente contribuíram para o sucesso desta etapa.



[1] Artigo apresentado à Universidade de Fortaleza – UNIFOR como trabalho de Conclusão do Curso de Pós-Graduação Controladoria e Gerência Contábil, sob a orientação da professora Núbia Maria Garcia Bastos.

[2] Graduado em Gestão de Finanças pela Faculdade de Tecnologia e Aperfeiçoamento Humano. E-mail: [email protected]